Análise|Espanha mostra como aproveitar talentos e conquista Eurocopa ao bater a desiludida Inglaterra


Seleção de Luis de La Fuente vai às redes com Nico Williams, assistido por Yamal, e Oyarzabal para conquistar o tetra; ingleses perdem mais uma chance de encerrar o jejum de títulos que se mantém desde 1966

Por Bruno Accorsi
Atualização:

O projeto esportivo do futebol espanhol concretizou-se em título neste domingo, com a conquista do tetracampeonato da Eurocopa. A seleção da Espanha deu uma aula de como aproveitar seus jovens talentos, liderada por Nico Williams, 22, e Lamine Yamal,17, durante a maior parte do torneio, e venceu a Inglaterra por 2 a 1 na final, disputada no Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha.

Aos ingleses, restou mais uma desilusão. Nem mesmo o fato de terem em seu elenco um nome como Jude Bellingham, um dos favoritos para ganhar a Bola de Ouro ao lado de Vinícius Júnior, foi o suficiente para encerrar o jejum de 58 anos sem título. A última vez que a Inglaterra levantou uma taça foi em 1966, quando faturou a Copa do Mundo.

Lamine Yamal e Nico Williams foram os destaques da Espanha durante a Euro. Foto: Matthias Schrader/AP
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Como esperado, a bola passou maior parte do primeiro tempo nos pés da Espanha, o que não significa que houve domínio ou agressividade por parte dos comandados de Luis de La Fuente. Passar do último terço era um grande desafio para eles, mesmo com todo o talento de Nico Williams e Lamine Yamal à disposição. A defesa inglesa se protegia ocupando intensamente a faixa central, com os laterais destacados para impedir que os pontas espanhóis puxassem para dentro, como preferem fazer já que atuam de pé trocado.

Cansados de serem empurrados para a linha de fundo e nada produzir, Williams e Yamal chegaram a inverter de lado, mas a troca de posição não mudou a configuração da partida. A marcação dos britânicos continuava implacável, mas eles pouco fizeram em termos ofensivos. Não à toa, a etapa inicial terminou com apenas um chute a gol, dado por Foden após cobrança de falta e defendido Unai Simón.

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Logo no primeiro lance do segundo tempo, os atacante espanhóis conseguiram executar o que tanto tentaram durante a primeira metade do jogo, porém não sem a ajuda do experiente lateral-direito Carvajal, que deu um toque de primeira para Yamal, com espaço para avançar pelo meio. O prodígio de 17 anos carregou até a meia-lua e soltou dentro da área, onde Williams se encontrou com a bola e bateu de esquerda no canto esquerdo de Pickford para abrir o placar.

A partir daí, a disciplina defensiva da Inglaterra parou de funcionar como antes. Ainda restava algum resquício da solidez, mas a Espanha encontrava muito mais espaços. Não fosse a falta de pontaria de Morata e boas intervenções de Pickford, como em um chute perigoso de Yamal, a vantagem poderia ter sido ampliada rapidamente.

Já os sopros da esperança inglesa vinham ocasionalmente, caso de ótima finalização do até então tímido Bellingham, após segurar a marcação de costas e girar para bater. Foi a qualidade como pivô do meia do Real Madrid que permitiu aos ingleses o gol de empate, depois que ele fez a parede dentro da área e soltou para Palmer, que havia acabado de entrar, soltar a bomba rasteira, vencendo Simón.

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A Espanha sentiu a Inglaterra crescer no jogo, mas o herói improvável Oyarzabal aproveitou assistência de Dani Olmo para garantir o tetracampeonato. Ainda foram necessários esforços defensivos frente à grande pressão colocada em prática pelos ingleses no minuto final. Suportada a ofensiva britânica, confirmado o título espanhol.

ESPANHA X INGLATERRA

  • ESPANHA - Unai Simón; Carvajal, Le Normand (Nacho Fernández), Laporte e Cucurella; Rodri (Zubimendi), Fabián Ruiz e Dani Olmo; Lamine Yamal (Merino), Morata (Oyarzabal) e Nico Williams. Técnico: Luis de La Fuente.
  • INGLATERRA - Pickford; Walker, Stonees e Guéhi; Saka, Mainoo (Palmer), Rice, Bellingham, Foden (Toney) e Shaw; Harry Kane (Watkins); Técnico: Gareth Southgate.
  • GOLS - Nico Williams, no primeiro minuto, Palmer, aos 27, e Oyarzabal, aos 41 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO - François Letexier (FRA).
  • CARTÕES AMARELOS - Dani Olmo, Harry Kane, Toney e Stones
  • RENDA E PÚBLICO - Não disponível.
  • LOCAL - Estádio Olímpico de Berlim.

O projeto esportivo do futebol espanhol concretizou-se em título neste domingo, com a conquista do tetracampeonato da Eurocopa. A seleção da Espanha deu uma aula de como aproveitar seus jovens talentos, liderada por Nico Williams, 22, e Lamine Yamal,17, durante a maior parte do torneio, e venceu a Inglaterra por 2 a 1 na final, disputada no Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha.

Aos ingleses, restou mais uma desilusão. Nem mesmo o fato de terem em seu elenco um nome como Jude Bellingham, um dos favoritos para ganhar a Bola de Ouro ao lado de Vinícius Júnior, foi o suficiente para encerrar o jejum de 58 anos sem título. A última vez que a Inglaterra levantou uma taça foi em 1966, quando faturou a Copa do Mundo.

Lamine Yamal e Nico Williams foram os destaques da Espanha durante a Euro. Foto: Matthias Schrader/AP

Como esperado, a bola passou maior parte do primeiro tempo nos pés da Espanha, o que não significa que houve domínio ou agressividade por parte dos comandados de Luis de La Fuente. Passar do último terço era um grande desafio para eles, mesmo com todo o talento de Nico Williams e Lamine Yamal à disposição. A defesa inglesa se protegia ocupando intensamente a faixa central, com os laterais destacados para impedir que os pontas espanhóis puxassem para dentro, como preferem fazer já que atuam de pé trocado.

Cansados de serem empurrados para a linha de fundo e nada produzir, Williams e Yamal chegaram a inverter de lado, mas a troca de posição não mudou a configuração da partida. A marcação dos britânicos continuava implacável, mas eles pouco fizeram em termos ofensivos. Não à toa, a etapa inicial terminou com apenas um chute a gol, dado por Foden após cobrança de falta e defendido Unai Simón.

Logo no primeiro lance do segundo tempo, os atacante espanhóis conseguiram executar o que tanto tentaram durante a primeira metade do jogo, porém não sem a ajuda do experiente lateral-direito Carvajal, que deu um toque de primeira para Yamal, com espaço para avançar pelo meio. O prodígio de 17 anos carregou até a meia-lua e soltou dentro da área, onde Williams se encontrou com a bola e bateu de esquerda no canto esquerdo de Pickford para abrir o placar.

A partir daí, a disciplina defensiva da Inglaterra parou de funcionar como antes. Ainda restava algum resquício da solidez, mas a Espanha encontrava muito mais espaços. Não fosse a falta de pontaria de Morata e boas intervenções de Pickford, como em um chute perigoso de Yamal, a vantagem poderia ter sido ampliada rapidamente.

Já os sopros da esperança inglesa vinham ocasionalmente, caso de ótima finalização do até então tímido Bellingham, após segurar a marcação de costas e girar para bater. Foi a qualidade como pivô do meia do Real Madrid que permitiu aos ingleses o gol de empate, depois que ele fez a parede dentro da área e soltou para Palmer, que havia acabado de entrar, soltar a bomba rasteira, vencendo Simón.

A Espanha sentiu a Inglaterra crescer no jogo, mas o herói improvável Oyarzabal aproveitou assistência de Dani Olmo para garantir o tetracampeonato. Ainda foram necessários esforços defensivos frente à grande pressão colocada em prática pelos ingleses no minuto final. Suportada a ofensiva britânica, confirmado o título espanhol.

ESPANHA X INGLATERRA

  • ESPANHA - Unai Simón; Carvajal, Le Normand (Nacho Fernández), Laporte e Cucurella; Rodri (Zubimendi), Fabián Ruiz e Dani Olmo; Lamine Yamal (Merino), Morata (Oyarzabal) e Nico Williams. Técnico: Luis de La Fuente.
  • INGLATERRA - Pickford; Walker, Stonees e Guéhi; Saka, Mainoo (Palmer), Rice, Bellingham, Foden (Toney) e Shaw; Harry Kane (Watkins); Técnico: Gareth Southgate.
  • GOLS - Nico Williams, no primeiro minuto, Palmer, aos 27, e Oyarzabal, aos 41 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO - François Letexier (FRA).
  • CARTÕES AMARELOS - Dani Olmo, Harry Kane, Toney e Stones
  • RENDA E PÚBLICO - Não disponível.
  • LOCAL - Estádio Olímpico de Berlim.

O projeto esportivo do futebol espanhol concretizou-se em título neste domingo, com a conquista do tetracampeonato da Eurocopa. A seleção da Espanha deu uma aula de como aproveitar seus jovens talentos, liderada por Nico Williams, 22, e Lamine Yamal,17, durante a maior parte do torneio, e venceu a Inglaterra por 2 a 1 na final, disputada no Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha.

Aos ingleses, restou mais uma desilusão. Nem mesmo o fato de terem em seu elenco um nome como Jude Bellingham, um dos favoritos para ganhar a Bola de Ouro ao lado de Vinícius Júnior, foi o suficiente para encerrar o jejum de 58 anos sem título. A última vez que a Inglaterra levantou uma taça foi em 1966, quando faturou a Copa do Mundo.

Lamine Yamal e Nico Williams foram os destaques da Espanha durante a Euro. Foto: Matthias Schrader/AP

Como esperado, a bola passou maior parte do primeiro tempo nos pés da Espanha, o que não significa que houve domínio ou agressividade por parte dos comandados de Luis de La Fuente. Passar do último terço era um grande desafio para eles, mesmo com todo o talento de Nico Williams e Lamine Yamal à disposição. A defesa inglesa se protegia ocupando intensamente a faixa central, com os laterais destacados para impedir que os pontas espanhóis puxassem para dentro, como preferem fazer já que atuam de pé trocado.

Cansados de serem empurrados para a linha de fundo e nada produzir, Williams e Yamal chegaram a inverter de lado, mas a troca de posição não mudou a configuração da partida. A marcação dos britânicos continuava implacável, mas eles pouco fizeram em termos ofensivos. Não à toa, a etapa inicial terminou com apenas um chute a gol, dado por Foden após cobrança de falta e defendido Unai Simón.

Logo no primeiro lance do segundo tempo, os atacante espanhóis conseguiram executar o que tanto tentaram durante a primeira metade do jogo, porém não sem a ajuda do experiente lateral-direito Carvajal, que deu um toque de primeira para Yamal, com espaço para avançar pelo meio. O prodígio de 17 anos carregou até a meia-lua e soltou dentro da área, onde Williams se encontrou com a bola e bateu de esquerda no canto esquerdo de Pickford para abrir o placar.

A partir daí, a disciplina defensiva da Inglaterra parou de funcionar como antes. Ainda restava algum resquício da solidez, mas a Espanha encontrava muito mais espaços. Não fosse a falta de pontaria de Morata e boas intervenções de Pickford, como em um chute perigoso de Yamal, a vantagem poderia ter sido ampliada rapidamente.

Já os sopros da esperança inglesa vinham ocasionalmente, caso de ótima finalização do até então tímido Bellingham, após segurar a marcação de costas e girar para bater. Foi a qualidade como pivô do meia do Real Madrid que permitiu aos ingleses o gol de empate, depois que ele fez a parede dentro da área e soltou para Palmer, que havia acabado de entrar, soltar a bomba rasteira, vencendo Simón.

A Espanha sentiu a Inglaterra crescer no jogo, mas o herói improvável Oyarzabal aproveitou assistência de Dani Olmo para garantir o tetracampeonato. Ainda foram necessários esforços defensivos frente à grande pressão colocada em prática pelos ingleses no minuto final. Suportada a ofensiva britânica, confirmado o título espanhol.

ESPANHA X INGLATERRA

  • ESPANHA - Unai Simón; Carvajal, Le Normand (Nacho Fernández), Laporte e Cucurella; Rodri (Zubimendi), Fabián Ruiz e Dani Olmo; Lamine Yamal (Merino), Morata (Oyarzabal) e Nico Williams. Técnico: Luis de La Fuente.
  • INGLATERRA - Pickford; Walker, Stonees e Guéhi; Saka, Mainoo (Palmer), Rice, Bellingham, Foden (Toney) e Shaw; Harry Kane (Watkins); Técnico: Gareth Southgate.
  • GOLS - Nico Williams, no primeiro minuto, Palmer, aos 27, e Oyarzabal, aos 41 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO - François Letexier (FRA).
  • CARTÕES AMARELOS - Dani Olmo, Harry Kane, Toney e Stones
  • RENDA E PÚBLICO - Não disponível.
  • LOCAL - Estádio Olímpico de Berlim.

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