Arquiteto dos sucessos da história moderna do Real Madrid, seu poderoso presidente Florentino Pérez se tornou um dos homens mais influentes da Espanha e posicionou seu clube como uma referência mundial em todos os níveis.
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Apesar de ter as vitrines cheias de troféus, o hiperativo dirigente do clube merengue está longe de se conformar.
“Aqui há um capitão, que se chama Florentino Pérez, todos os outros somos marinheiros”, disse o treinador Carlo Ancelotti após a conquista de sua equipe, em sua décima oitava final do maior torneio europeu de clubes, depois de vencer o Borussia Dortmund em Londres.
Sete dessas finais foram com Florentino Pérez como presidente. Nas seis anteriores, o Real Madrid foi campeão, chegando à sétima como grande favorito.
Empresário de sucesso com uma fortuna estimada em cerca de 1.8 milhão de euros (cerca de 1.950 milhão de dólares), ele preside o Real Madrid e o gigante ACS (Actividades de Construcción y Servicios).
Aos 77 anos, este hábil negociador, muito dotado para as relações públicas, gerencia suas duas grandes paixões, o clube e a empresa, com uma mesma meta pré-definida: a excelência.
Mais troféus que Bernabéu
No plano esportivo, ele já se tornou o presidente que mais troféus deu ao Real Madrid, com 33, um a mais que o lendário Santiago Bernabéu, o homem que dá nome ao estádio do clube, que acumulou 32.
Entre os conquistados na ‘era Florentino’ destacam-se 6 La Ligas e, sobretudo, 6 das 14 Ligas dos Campeões que o clube possui, dominando com grande autoridade o histórico do torneio mais importante da Europa. A isso se somam também os múltiplos sucessos da equipe de basquete, também uma das mais fortes do ‘Velho Continente’.
Mas seu legado não se limita apenas a resultados e troféus: este engenheiro conseguiu que o Real Madrid se tornasse uma grande marca mundial, respeitada e conhecida, ao mesmo tempo em que preservou sua identidade e seu modelo de gestão por meio de sócios (abonados-acionistas).
Dois projetos também serão emblemas de seu balanço
Primeiro, a remodelação do estádio Santiago Bernabéu, que foi modernizado e equipado com um gramado retrátil para permitir a organização de outros eventos esportivos e culturais. É o local escolhido para os dois shows da americana Taylor Swift em Madrid nesta semana.
Também sob seu mandato foi construído o centro de treinamento de Valdebebas, na periferia de Madrid, que em breve será batizado com seu nome.
Sua marca está presente até nos países do Golfo, onde o Real Madrid inaugurou um imenso parque temático e de atrações perto de Dubai.
Mbappé e a Superliga
No passado, Florentino Pérez apostou em atrair grandes estrelas para Madrid, que deram uma repercussão midiática de primeira linha ao clube.
Após a saída de Cristiano Ronaldo, o clube apostou em jogadores jovens que responderam muito bem em campo, mas sua obsessão há anos é que Kylian Mbappé assine com o Real Madrid e que seja, a partir de agora, o rosto de um Real Madrid global que marque uma nova era de reinado no futebol europeu.
Esse objetivo parece próximo. Mbappé já anunciou sua saída do PSG, onde estava desde 2017, e há meses a imprensa dá como certa sua chegada ao Real Madrid, embora ainda sem confirmação oficial.
Outro de seus cavalos de batalha nos últimos anos tem sido a Superliga europeia, o projeto de competição semi-fechada que pretendia ser alternativa à atual Liga dos Campeões da UEFA, em busca de maiores receitas.
“O futebol atravessa uma crise institucional sem precedentes. O futebol europeu não pertence ao presidente da UEFA e o futebol espanhol não pertence ao presidente da Liga. A Superliga é mais necessária do que nunca”, disse Pérez na assembleia geral de seu clube, em novembro passado.
No entanto, nem em tudo ele tem sucesso e esse projeto da Superliga não conseguiu decolar, apesar de obter diversas vitórias nos tribunais.