França supera defesa do Marrocos, marca duas vezes e faz final da Copa do Mundo com a Argentina


Sensação do Mundial, equipe africana não consegue parar atuais campeões e irá disputar o terceiro lugar com a Croácia

Por Marcio Dolzan
Atualização:

A Copa do Mundo encerrará no próximo domingo com um novo tricampeão. Campeã em 1998 e 2018, a França derrotou o Marrocos por 2 a 0 nesta quarta-feira e garantiu vaga na decisão com a Argentina, que venceu as edições de 1978 e 1986. Aos marroquinos, caberá a busca por um inédito terceiro lugar em jogo com a Croácia, no sábado.

Por si só, uma semifinal de Copa do Mundo já geraria enorme expectativa, mas esta da quarta-feira no Al Bayt era especialmente peculiar. De um lado estava a França, atual campeã, uma das favoritas desde sempre ao troféu e que vem sendo liderada por Kylian Mbappé, artilheiro da competição ao lado de Messi, ambos com cinco gols. Do outro estava o Marrocos, cujo melhor desempenho num Mundial havia sido uma etapa de oitavas de final há 36 anos e era tido como mero coadjuvante no Catar.

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Theo Hernandez marcou o primeiro gol francês na semifinal da Copa do Mundo.  Foto: Georgi Licovski/ EFE

Apesar das credenciais, ninguém no país da Copa dava o jogo como favas contadas. Porque, se o Marrocos não tinha uma história robusta antes deste Mundial, agora se apresentava como o adversário mais incerto e perigoso, capaz de fazer frente - e, depois, superar - seleções como Bélgica, Espanha e Portugal.

O ambiente no estádio também era singular. Se até as quartas de final os franceses jogavam ora amparados pelos gritos de seus torcedores, ora pelo silêncio respeitoso - mas não muito futebolístico -, dessa vez a torcida era predominantemente marroquina. E barulhenta.

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O que quase ninguém contava é que o time que menos toma gol na Copa do Mundo fosse ser vazado logo no início. Aos 5, Griezmann aproveitou um raro erro defensivo do Marrocos para ir ao fundo pela direita e cruzar no meio da área para Mbappé; o artilheiro furou, tentou um segundo chute e a bola acabou sobrando para Theo Hernández abrir o placar.

O gol tão cedo, claro, ajudou a França, mas não foi capaz de abalar os marroquinos. O time de Walid Regragui seguiu demonstrando organização tática, com boa posse de bola e chegadas insinuantes ao ataque. Ounahi teve boa chance aos 9, Ziyech perdeu outra aos 17 e El-Yamiq quase marcou de bicicleta aos 43. Enquanto isso, a França teve duas oportunidades com Giroud, uma que parou na trave e outra que passou à direita de Bono.

Na etapa final, o Marrocos seguiu com o controle da posse de bola. Isso não quis dizer, contudo, que a seleção africana detivesse também o controle do jogo. Os marroquinos rodavam a bola, trocavam passes de pé em pé e até conseguiam chegar à área francesa. Só que não conseguiam finalizar.

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A França, por sua vez, cozinhava o adversário em banho-maria. Protegia sua meta com uma linha de quatro defensores, mantinha Tchouaméni e Fofana no círculo central para impedir a progressão do adversário pelo meio e esperava para dar o bote final em alguma arrancada de Mbappé pela esquerda ou em algum passe definitivo de Griezmann pelo meio.

O lance que pavimentou de vez a classificação francesa veio aos 34. Mbappé recebeu a bola pela esquerda da área, livrou-se de três marcadores à base de dribles e tocou no lado oposto para Kolo Muani. O jogador de 24 anos, que entrara alguns segundos antes, apenas desviou para fazer 2 a 0, classificando a França para sua quarta final de Copa do Mundo nas últimas sete edições.

A Copa do Mundo encerrará no próximo domingo com um novo tricampeão. Campeã em 1998 e 2018, a França derrotou o Marrocos por 2 a 0 nesta quarta-feira e garantiu vaga na decisão com a Argentina, que venceu as edições de 1978 e 1986. Aos marroquinos, caberá a busca por um inédito terceiro lugar em jogo com a Croácia, no sábado.

Por si só, uma semifinal de Copa do Mundo já geraria enorme expectativa, mas esta da quarta-feira no Al Bayt era especialmente peculiar. De um lado estava a França, atual campeã, uma das favoritas desde sempre ao troféu e que vem sendo liderada por Kylian Mbappé, artilheiro da competição ao lado de Messi, ambos com cinco gols. Do outro estava o Marrocos, cujo melhor desempenho num Mundial havia sido uma etapa de oitavas de final há 36 anos e era tido como mero coadjuvante no Catar.

Theo Hernandez marcou o primeiro gol francês na semifinal da Copa do Mundo.  Foto: Georgi Licovski/ EFE

Apesar das credenciais, ninguém no país da Copa dava o jogo como favas contadas. Porque, se o Marrocos não tinha uma história robusta antes deste Mundial, agora se apresentava como o adversário mais incerto e perigoso, capaz de fazer frente - e, depois, superar - seleções como Bélgica, Espanha e Portugal.

O ambiente no estádio também era singular. Se até as quartas de final os franceses jogavam ora amparados pelos gritos de seus torcedores, ora pelo silêncio respeitoso - mas não muito futebolístico -, dessa vez a torcida era predominantemente marroquina. E barulhenta.

O que quase ninguém contava é que o time que menos toma gol na Copa do Mundo fosse ser vazado logo no início. Aos 5, Griezmann aproveitou um raro erro defensivo do Marrocos para ir ao fundo pela direita e cruzar no meio da área para Mbappé; o artilheiro furou, tentou um segundo chute e a bola acabou sobrando para Theo Hernández abrir o placar.

O gol tão cedo, claro, ajudou a França, mas não foi capaz de abalar os marroquinos. O time de Walid Regragui seguiu demonstrando organização tática, com boa posse de bola e chegadas insinuantes ao ataque. Ounahi teve boa chance aos 9, Ziyech perdeu outra aos 17 e El-Yamiq quase marcou de bicicleta aos 43. Enquanto isso, a França teve duas oportunidades com Giroud, uma que parou na trave e outra que passou à direita de Bono.

Na etapa final, o Marrocos seguiu com o controle da posse de bola. Isso não quis dizer, contudo, que a seleção africana detivesse também o controle do jogo. Os marroquinos rodavam a bola, trocavam passes de pé em pé e até conseguiam chegar à área francesa. Só que não conseguiam finalizar.

A França, por sua vez, cozinhava o adversário em banho-maria. Protegia sua meta com uma linha de quatro defensores, mantinha Tchouaméni e Fofana no círculo central para impedir a progressão do adversário pelo meio e esperava para dar o bote final em alguma arrancada de Mbappé pela esquerda ou em algum passe definitivo de Griezmann pelo meio.

O lance que pavimentou de vez a classificação francesa veio aos 34. Mbappé recebeu a bola pela esquerda da área, livrou-se de três marcadores à base de dribles e tocou no lado oposto para Kolo Muani. O jogador de 24 anos, que entrara alguns segundos antes, apenas desviou para fazer 2 a 0, classificando a França para sua quarta final de Copa do Mundo nas últimas sete edições.

A Copa do Mundo encerrará no próximo domingo com um novo tricampeão. Campeã em 1998 e 2018, a França derrotou o Marrocos por 2 a 0 nesta quarta-feira e garantiu vaga na decisão com a Argentina, que venceu as edições de 1978 e 1986. Aos marroquinos, caberá a busca por um inédito terceiro lugar em jogo com a Croácia, no sábado.

Por si só, uma semifinal de Copa do Mundo já geraria enorme expectativa, mas esta da quarta-feira no Al Bayt era especialmente peculiar. De um lado estava a França, atual campeã, uma das favoritas desde sempre ao troféu e que vem sendo liderada por Kylian Mbappé, artilheiro da competição ao lado de Messi, ambos com cinco gols. Do outro estava o Marrocos, cujo melhor desempenho num Mundial havia sido uma etapa de oitavas de final há 36 anos e era tido como mero coadjuvante no Catar.

Theo Hernandez marcou o primeiro gol francês na semifinal da Copa do Mundo.  Foto: Georgi Licovski/ EFE

Apesar das credenciais, ninguém no país da Copa dava o jogo como favas contadas. Porque, se o Marrocos não tinha uma história robusta antes deste Mundial, agora se apresentava como o adversário mais incerto e perigoso, capaz de fazer frente - e, depois, superar - seleções como Bélgica, Espanha e Portugal.

O ambiente no estádio também era singular. Se até as quartas de final os franceses jogavam ora amparados pelos gritos de seus torcedores, ora pelo silêncio respeitoso - mas não muito futebolístico -, dessa vez a torcida era predominantemente marroquina. E barulhenta.

O que quase ninguém contava é que o time que menos toma gol na Copa do Mundo fosse ser vazado logo no início. Aos 5, Griezmann aproveitou um raro erro defensivo do Marrocos para ir ao fundo pela direita e cruzar no meio da área para Mbappé; o artilheiro furou, tentou um segundo chute e a bola acabou sobrando para Theo Hernández abrir o placar.

O gol tão cedo, claro, ajudou a França, mas não foi capaz de abalar os marroquinos. O time de Walid Regragui seguiu demonstrando organização tática, com boa posse de bola e chegadas insinuantes ao ataque. Ounahi teve boa chance aos 9, Ziyech perdeu outra aos 17 e El-Yamiq quase marcou de bicicleta aos 43. Enquanto isso, a França teve duas oportunidades com Giroud, uma que parou na trave e outra que passou à direita de Bono.

Na etapa final, o Marrocos seguiu com o controle da posse de bola. Isso não quis dizer, contudo, que a seleção africana detivesse também o controle do jogo. Os marroquinos rodavam a bola, trocavam passes de pé em pé e até conseguiam chegar à área francesa. Só que não conseguiam finalizar.

A França, por sua vez, cozinhava o adversário em banho-maria. Protegia sua meta com uma linha de quatro defensores, mantinha Tchouaméni e Fofana no círculo central para impedir a progressão do adversário pelo meio e esperava para dar o bote final em alguma arrancada de Mbappé pela esquerda ou em algum passe definitivo de Griezmann pelo meio.

O lance que pavimentou de vez a classificação francesa veio aos 34. Mbappé recebeu a bola pela esquerda da área, livrou-se de três marcadores à base de dribles e tocou no lado oposto para Kolo Muani. O jogador de 24 anos, que entrara alguns segundos antes, apenas desviou para fazer 2 a 0, classificando a França para sua quarta final de Copa do Mundo nas últimas sete edições.

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