Futebol ganha ?balcão de emprego?


Por Agencia Estado

Um trabalho pioneiro em São Paulo tenta reunir num mesmo local jogadores profissionais e amadores ainda dispostos a apostar na carreira, mas que perderam ou nunca tiveram vínculo com clubes esportivos. Trata-se do Tô!Sem Clube, projeto idealizado pelo gerente de futebol do Nacional Atlético Clube, Paulo Sérgio Tognasini, cuja finalidade é manter em atividade atletas e postulantes desempregados. Em 15 dias de funcionamento apenas, seis garotos se inscreveram. Todos eles ainda em fase de confirmação na profissão. Jogadores do Tô!Sem Clube usam a estrutura do próprio Nacional da Rua Comendador Souza, na Água Branca. São três campos gramados, contando o estádio, dois de terra, piscinas e sala de ginástica. A estrutura é de um clube intermediário que disputa a Série A-2 do Paulista, mas que já esteve na Primeira Divisão do torneio Estadual. Tudo isso tem preço. Os interessados são obrigados a fazer um contrato de prestação de serviço, sem nenhum vínculo empregatício com o NAC, por três meses - tempo considerado suficiente pelos idealizadores para que o atleta recupere o condicionamento físico e encontre uma recolocação no mercado. Pagam-se mensalmente R$ 500. Jogadores de outros Estados dispostos a usar os alojamentos do clube e a fazer três refeições por dia são obrigados a desembolsar R$ 1.000 por mês. "O objetivo é trabalhar com atletas inativos, sem contratos ou mesmo encostados, e também com aqueles garotos em que o pai aposta todas as suas fichas na carreira profissional", explica Tognasini, representante também da empresa Euroexport, voltada para formação e revelação de atletas. O elenco do Tô! Sem Clube será dividido e mesclado às categorias amadoras e profissional do Nacional. Uma avaliação inicial, tendo ainda por referência a idade do atleta, irá definir em qual categoria ele irá treinar. Aceitam-se garotos acima de 14 anos. Existe uma equipe de profissionais destinada a cuidar dos relegados, com técnico, auxiliar-técnico, massagista, médico, preparador físico, ropeiro. "O Tô!Sem Clube recebe qualquer pessoa para treinar, até mesmo aqueles garotos mais gordinhos, talvez sem chance para o futebol, mas que estão dispostos a vivenciar a rotina de um clube de verdade. Para nós, o que vale, sobretudo, é a mensalidade dos interessados. A recolocação do jogador no mercado de trabalho dependerá quase que exclusivamente dele próprio em campo", acrescenta Tognasini. Um dos desafios dos idealizadores do negócio é quebrar o preconceito que existe entre os próprios jogadores desempregados, normalmente avessos a esta designação. O lateral-esquerdo Moreno e o goleiro Carlão, ambos com passagens pelo Corinthians, mantêm a forma no Tô!Sem Clube, mas preferem dissimular suas atuais situações. Carlão assinou até junho com o Nacional e vai disputar a Segunda Divisão do Paulista. Já Moreno aguarda para janeiro uma nova proposta do futebol francês. Por isso é que a intenção é misturar atletas empregados do NAC com os desempregados do Tô!Sem Clube. Durante os três meses de prestação de serviço, amistosos serão feitos quase semanalmente. "É dessa forma que o atleta vai se recolocar ou mesmo o garoto tentará encontrar um clube", diz o gerente. Se isso não ocorrer nos três meses, o contrato poderá ser refeito. Em relação a vínculos empregatícios, os jogadores prestadores de serviço não assinam qualquer documento nesse sentido, nem com o Nacional nem com representantes da Euroexport. Portanto, se um atleta desempregado despertar o interesse de algum time durante os amistosos ou mesmo nos coletivos da semana, ele poderá se acertar imediatamente com o time em questão e assinar contrato sem consulta prévia ao pessoal do Tô!Sem Clube. "Existe, no entanto, a possibilidade de o Nacional propor ao jogador um contrato de trabalho durante seu período de prestação de serviço", diz Tognasini. "Isso pode ocorrer quando o garoto desponta logo de cara. Nesse caso, paramos de cobrar dele a mensalidade e passamos a pagar uma remuneração." EMPRESÁRIOS - O projeto Tô!Sem Clube tem como intenção fisgar empresários, sobretudo aqueles que têm fileiras de jogadores sob suas asas e nem todos em atividade. Tognasini prepara um material publicitário sobre o tema para distribuir somente para agenciadores de atletas. Acredita-se que o agente terá mais interesse em manter seu jogador em atividade num clube como o Nacional que deixá-lo aos cuidados nada específicos das academias. "Isso sem falar naqueles jogadores sem contrato que tentam manter a forma apenas correndo em parques, como o Ibirapuera", condena o gerente de futebol do NAC. Tognasini aposta ainda no maior poder financeiro dos empresários, que, segundo ele, não sentirão no bolso mensalidades de R$ 500 ou R$ 1.000 para cada atleta. Já há em São Paulo alguns empresários que deixam seus clientes trabalharem praticamente de graça em clubes que disputam, por exemplo, o Campeonato Paulista. A Portuguesa Santista chegou a formar um time para o Campeonato Estadual de 2002 com alguns jogadores emprestados por agentes que visavam apenas expor suas mercadorias (atleta) na vitrine. Claro, para vendê-los. Como no Tô!Sem Clube, tentativas como esta podem acabar em nada, caso não haja o interesse dos clubes profissionais. É uma aposta mesmo. "Mas o atleta não perderá seu tempo, pois ele estará mantendo seu condicionamento", lembra Tognasini. Interessados em manter a forma no NAC devem acessar o site www.tosemclube.com.br.

Um trabalho pioneiro em São Paulo tenta reunir num mesmo local jogadores profissionais e amadores ainda dispostos a apostar na carreira, mas que perderam ou nunca tiveram vínculo com clubes esportivos. Trata-se do Tô!Sem Clube, projeto idealizado pelo gerente de futebol do Nacional Atlético Clube, Paulo Sérgio Tognasini, cuja finalidade é manter em atividade atletas e postulantes desempregados. Em 15 dias de funcionamento apenas, seis garotos se inscreveram. Todos eles ainda em fase de confirmação na profissão. Jogadores do Tô!Sem Clube usam a estrutura do próprio Nacional da Rua Comendador Souza, na Água Branca. São três campos gramados, contando o estádio, dois de terra, piscinas e sala de ginástica. A estrutura é de um clube intermediário que disputa a Série A-2 do Paulista, mas que já esteve na Primeira Divisão do torneio Estadual. Tudo isso tem preço. Os interessados são obrigados a fazer um contrato de prestação de serviço, sem nenhum vínculo empregatício com o NAC, por três meses - tempo considerado suficiente pelos idealizadores para que o atleta recupere o condicionamento físico e encontre uma recolocação no mercado. Pagam-se mensalmente R$ 500. Jogadores de outros Estados dispostos a usar os alojamentos do clube e a fazer três refeições por dia são obrigados a desembolsar R$ 1.000 por mês. "O objetivo é trabalhar com atletas inativos, sem contratos ou mesmo encostados, e também com aqueles garotos em que o pai aposta todas as suas fichas na carreira profissional", explica Tognasini, representante também da empresa Euroexport, voltada para formação e revelação de atletas. O elenco do Tô! Sem Clube será dividido e mesclado às categorias amadoras e profissional do Nacional. Uma avaliação inicial, tendo ainda por referência a idade do atleta, irá definir em qual categoria ele irá treinar. Aceitam-se garotos acima de 14 anos. Existe uma equipe de profissionais destinada a cuidar dos relegados, com técnico, auxiliar-técnico, massagista, médico, preparador físico, ropeiro. "O Tô!Sem Clube recebe qualquer pessoa para treinar, até mesmo aqueles garotos mais gordinhos, talvez sem chance para o futebol, mas que estão dispostos a vivenciar a rotina de um clube de verdade. Para nós, o que vale, sobretudo, é a mensalidade dos interessados. A recolocação do jogador no mercado de trabalho dependerá quase que exclusivamente dele próprio em campo", acrescenta Tognasini. Um dos desafios dos idealizadores do negócio é quebrar o preconceito que existe entre os próprios jogadores desempregados, normalmente avessos a esta designação. O lateral-esquerdo Moreno e o goleiro Carlão, ambos com passagens pelo Corinthians, mantêm a forma no Tô!Sem Clube, mas preferem dissimular suas atuais situações. Carlão assinou até junho com o Nacional e vai disputar a Segunda Divisão do Paulista. Já Moreno aguarda para janeiro uma nova proposta do futebol francês. Por isso é que a intenção é misturar atletas empregados do NAC com os desempregados do Tô!Sem Clube. Durante os três meses de prestação de serviço, amistosos serão feitos quase semanalmente. "É dessa forma que o atleta vai se recolocar ou mesmo o garoto tentará encontrar um clube", diz o gerente. Se isso não ocorrer nos três meses, o contrato poderá ser refeito. Em relação a vínculos empregatícios, os jogadores prestadores de serviço não assinam qualquer documento nesse sentido, nem com o Nacional nem com representantes da Euroexport. Portanto, se um atleta desempregado despertar o interesse de algum time durante os amistosos ou mesmo nos coletivos da semana, ele poderá se acertar imediatamente com o time em questão e assinar contrato sem consulta prévia ao pessoal do Tô!Sem Clube. "Existe, no entanto, a possibilidade de o Nacional propor ao jogador um contrato de trabalho durante seu período de prestação de serviço", diz Tognasini. "Isso pode ocorrer quando o garoto desponta logo de cara. Nesse caso, paramos de cobrar dele a mensalidade e passamos a pagar uma remuneração." EMPRESÁRIOS - O projeto Tô!Sem Clube tem como intenção fisgar empresários, sobretudo aqueles que têm fileiras de jogadores sob suas asas e nem todos em atividade. Tognasini prepara um material publicitário sobre o tema para distribuir somente para agenciadores de atletas. Acredita-se que o agente terá mais interesse em manter seu jogador em atividade num clube como o Nacional que deixá-lo aos cuidados nada específicos das academias. "Isso sem falar naqueles jogadores sem contrato que tentam manter a forma apenas correndo em parques, como o Ibirapuera", condena o gerente de futebol do NAC. Tognasini aposta ainda no maior poder financeiro dos empresários, que, segundo ele, não sentirão no bolso mensalidades de R$ 500 ou R$ 1.000 para cada atleta. Já há em São Paulo alguns empresários que deixam seus clientes trabalharem praticamente de graça em clubes que disputam, por exemplo, o Campeonato Paulista. A Portuguesa Santista chegou a formar um time para o Campeonato Estadual de 2002 com alguns jogadores emprestados por agentes que visavam apenas expor suas mercadorias (atleta) na vitrine. Claro, para vendê-los. Como no Tô!Sem Clube, tentativas como esta podem acabar em nada, caso não haja o interesse dos clubes profissionais. É uma aposta mesmo. "Mas o atleta não perderá seu tempo, pois ele estará mantendo seu condicionamento", lembra Tognasini. Interessados em manter a forma no NAC devem acessar o site www.tosemclube.com.br.

Um trabalho pioneiro em São Paulo tenta reunir num mesmo local jogadores profissionais e amadores ainda dispostos a apostar na carreira, mas que perderam ou nunca tiveram vínculo com clubes esportivos. Trata-se do Tô!Sem Clube, projeto idealizado pelo gerente de futebol do Nacional Atlético Clube, Paulo Sérgio Tognasini, cuja finalidade é manter em atividade atletas e postulantes desempregados. Em 15 dias de funcionamento apenas, seis garotos se inscreveram. Todos eles ainda em fase de confirmação na profissão. Jogadores do Tô!Sem Clube usam a estrutura do próprio Nacional da Rua Comendador Souza, na Água Branca. São três campos gramados, contando o estádio, dois de terra, piscinas e sala de ginástica. A estrutura é de um clube intermediário que disputa a Série A-2 do Paulista, mas que já esteve na Primeira Divisão do torneio Estadual. Tudo isso tem preço. Os interessados são obrigados a fazer um contrato de prestação de serviço, sem nenhum vínculo empregatício com o NAC, por três meses - tempo considerado suficiente pelos idealizadores para que o atleta recupere o condicionamento físico e encontre uma recolocação no mercado. Pagam-se mensalmente R$ 500. Jogadores de outros Estados dispostos a usar os alojamentos do clube e a fazer três refeições por dia são obrigados a desembolsar R$ 1.000 por mês. "O objetivo é trabalhar com atletas inativos, sem contratos ou mesmo encostados, e também com aqueles garotos em que o pai aposta todas as suas fichas na carreira profissional", explica Tognasini, representante também da empresa Euroexport, voltada para formação e revelação de atletas. O elenco do Tô! Sem Clube será dividido e mesclado às categorias amadoras e profissional do Nacional. Uma avaliação inicial, tendo ainda por referência a idade do atleta, irá definir em qual categoria ele irá treinar. Aceitam-se garotos acima de 14 anos. Existe uma equipe de profissionais destinada a cuidar dos relegados, com técnico, auxiliar-técnico, massagista, médico, preparador físico, ropeiro. "O Tô!Sem Clube recebe qualquer pessoa para treinar, até mesmo aqueles garotos mais gordinhos, talvez sem chance para o futebol, mas que estão dispostos a vivenciar a rotina de um clube de verdade. Para nós, o que vale, sobretudo, é a mensalidade dos interessados. A recolocação do jogador no mercado de trabalho dependerá quase que exclusivamente dele próprio em campo", acrescenta Tognasini. Um dos desafios dos idealizadores do negócio é quebrar o preconceito que existe entre os próprios jogadores desempregados, normalmente avessos a esta designação. O lateral-esquerdo Moreno e o goleiro Carlão, ambos com passagens pelo Corinthians, mantêm a forma no Tô!Sem Clube, mas preferem dissimular suas atuais situações. Carlão assinou até junho com o Nacional e vai disputar a Segunda Divisão do Paulista. Já Moreno aguarda para janeiro uma nova proposta do futebol francês. Por isso é que a intenção é misturar atletas empregados do NAC com os desempregados do Tô!Sem Clube. Durante os três meses de prestação de serviço, amistosos serão feitos quase semanalmente. "É dessa forma que o atleta vai se recolocar ou mesmo o garoto tentará encontrar um clube", diz o gerente. Se isso não ocorrer nos três meses, o contrato poderá ser refeito. Em relação a vínculos empregatícios, os jogadores prestadores de serviço não assinam qualquer documento nesse sentido, nem com o Nacional nem com representantes da Euroexport. Portanto, se um atleta desempregado despertar o interesse de algum time durante os amistosos ou mesmo nos coletivos da semana, ele poderá se acertar imediatamente com o time em questão e assinar contrato sem consulta prévia ao pessoal do Tô!Sem Clube. "Existe, no entanto, a possibilidade de o Nacional propor ao jogador um contrato de trabalho durante seu período de prestação de serviço", diz Tognasini. "Isso pode ocorrer quando o garoto desponta logo de cara. Nesse caso, paramos de cobrar dele a mensalidade e passamos a pagar uma remuneração." EMPRESÁRIOS - O projeto Tô!Sem Clube tem como intenção fisgar empresários, sobretudo aqueles que têm fileiras de jogadores sob suas asas e nem todos em atividade. Tognasini prepara um material publicitário sobre o tema para distribuir somente para agenciadores de atletas. Acredita-se que o agente terá mais interesse em manter seu jogador em atividade num clube como o Nacional que deixá-lo aos cuidados nada específicos das academias. "Isso sem falar naqueles jogadores sem contrato que tentam manter a forma apenas correndo em parques, como o Ibirapuera", condena o gerente de futebol do NAC. Tognasini aposta ainda no maior poder financeiro dos empresários, que, segundo ele, não sentirão no bolso mensalidades de R$ 500 ou R$ 1.000 para cada atleta. Já há em São Paulo alguns empresários que deixam seus clientes trabalharem praticamente de graça em clubes que disputam, por exemplo, o Campeonato Paulista. A Portuguesa Santista chegou a formar um time para o Campeonato Estadual de 2002 com alguns jogadores emprestados por agentes que visavam apenas expor suas mercadorias (atleta) na vitrine. Claro, para vendê-los. Como no Tô!Sem Clube, tentativas como esta podem acabar em nada, caso não haja o interesse dos clubes profissionais. É uma aposta mesmo. "Mas o atleta não perderá seu tempo, pois ele estará mantendo seu condicionamento", lembra Tognasini. Interessados em manter a forma no NAC devem acessar o site www.tosemclube.com.br.

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