O futuro da técnica Pia Sundhage na seleção brasileira feminina será definido nas próximas duas semanas. A treinadora, cujo trabalho foi muito criticado após a eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo, tem contrato com a CBF até o final dos Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano, mas sua permanência até lá é incerta. “Vamos ter uma reunião com a Pia no final do mês, assim que ela retornar”, disse de forma lacônica o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, nesta sexta-feira, sem confirmar a permanência da treinadora sueca.
Pia Sundhage foi contratada ainda em 2019 pelo então presidente da entidade, Rogerio Caboclo. O trabalho dela com o futebol feminino sempre foi elogiado na CBF, sobretudo pela renovação gradual feita na equipe. O resultado pífio no Mundial, porém, decepcionou a cúpula da entidade.
Todos na CBF sabiam que uma conquista da Copa do Mundo este ano seria muito difícil, mas não passava pela cabeça de ninguém que o Brasil seria eliminado ainda na primeira fase. A seleção goleou o Panamá na estreia e perdeu o segundo jogo, diante da França - dois resultados que de certa forma estavam nos prognósticos. O empate sem gols com a Jamaica na partida derradeira, contudo, foi totalmente fora da curva, especialmente porque a própria Pia considerava o Brasil como uma das dez melhores equipes da competição.
Pia Sundhage deixou a delegação da seleção ainda na Austrália e viajou para a Suécia. Ela já disse que gostaria de seguir à frente da equipe até o fim do seu contrato.