Análise|Gabigol será para sempre ‘predestinado’ na sua história de imperfeição no Flamengo


Jogador deixará o clube pelo qual se consagrou no futebol brasileiro em busca de uma nova chance de deixar sua marca, agora no Cruzeiro

Por Leonardo Catto
Atualização:

Os melhores personagens do futebol são os imperfeitos. Aqueles que, no alto do pódio e das glórias, na idolatria das crianças e na memória dos idosos, nos lembram que são, como todos, humanos. Talvez seja uma forma de se identificar e encontrar, no campo, um pouco de si. Imagine, então, tornar vivo, em um só ente, uma nação inteira.

A imperfeição lembra a realidade. Mas não que isso torne a visão cética. Há como ser devoto dos imperfeitos e acreditar em magia. Por exemplo, somente uma profecia mágica poderia justificar que Gabriel Barbosa estava fadado a representar uma nação desde 30 de agosto de 1996. Uma, não. A Nação.

O encontro só aconteceu 22 anos depois. Naquela altura, Gabriel já tinha outro batismo. Gabigol tinha, no nome, seu ofício e, no currículo, ter vestido a 10 de Pelé. O histórico, contudo, não era só de brilhos. Para alguns, o rótulo era de “fracassado”, pelo insucesso em Benfica e Inter de Milão. Ainda bem, Gabriel não poderia ser perfeito.

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Gabriel Barbosa: 13 títulos com o Flamengo e 16 gols em finais pelo clube. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Se fosse, seria anjo. Mas, se anjo fosse, não brigaria com Pinola nos minutos finais de uma final de Libertadores, em Lima, para fazer a Nação bicampeã da América. Com nome angelical, Gabriel, o Gabigol, ganhava também uma alcunha: predestinado.

O termo virou tatuagem no peito e nome de minissérie documental. Nada representava isso melhor que Gabriel em campo, 13 vezes campeão pelo Flamengo. Zagallo diria que o número dá sorte. “Predestinado”, porém, tem só 12 letras. Como disse e reforço: imperfeito.

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Gabriel também sofreu. Mesmo em alta, tirou o gol do nome. Queria ser Gabi. Viveu outras transformações. Saiu de 9 para vestir a 10, a de Zico. Talvez por azar, o futebol foi no sentido oposto e decresceu.

Estaria cansado de ser a Nação em campo? Uma foto com a camisa de outros milhões de Fiéis poderia indicar que sim. Se o problema era fadiga, teve 66 dias para repouso, suspenso por um exame antidoping. Alguma substância encontrada? Não. Gabriel que aparentemente tem gosto por complicar.

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Mas voltou, mesmo que sem parecer que brilharia. Gabriel e a Nação já viam o fim da linha. Em um último ato, então, Gabriel quis relembrar seu apelido e sua alcunha. Dois gols contra o Atlético Mineiro na final da Copa do Brasil. Depois de temporadas ruins, ele estava lá - como se fosse o exato lugar em que ele deveria estar.

A relação com quem manda não fazia sentido. Se Gabriel estava certo, são outros motivos. Bastaria um para que Gabigol fosse embora, como vai finalmente.

Ele diz que foi jogo sujo e que foge para não sofrer. Gabriel sai tranquilo, com a paz de quem pode olhar para a Nação e dizer: “Gostava tanto de você”. E saber que foi gostado de volta, mesmo na complexidade da relação.

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Pode confessar, Gabriel. A Nação marcou a sua vida. Pode admitir que talvez chegue a ter medo do futuro. Contudo, há chances pela frente. Mesmo que o mar fique mais longe, o destino de quem é predestinado pode ser azul como ele.

Os melhores personagens do futebol são os imperfeitos. Aqueles que, no alto do pódio e das glórias, na idolatria das crianças e na memória dos idosos, nos lembram que são, como todos, humanos. Talvez seja uma forma de se identificar e encontrar, no campo, um pouco de si. Imagine, então, tornar vivo, em um só ente, uma nação inteira.

A imperfeição lembra a realidade. Mas não que isso torne a visão cética. Há como ser devoto dos imperfeitos e acreditar em magia. Por exemplo, somente uma profecia mágica poderia justificar que Gabriel Barbosa estava fadado a representar uma nação desde 30 de agosto de 1996. Uma, não. A Nação.

O encontro só aconteceu 22 anos depois. Naquela altura, Gabriel já tinha outro batismo. Gabigol tinha, no nome, seu ofício e, no currículo, ter vestido a 10 de Pelé. O histórico, contudo, não era só de brilhos. Para alguns, o rótulo era de “fracassado”, pelo insucesso em Benfica e Inter de Milão. Ainda bem, Gabriel não poderia ser perfeito.

Gabriel Barbosa: 13 títulos com o Flamengo e 16 gols em finais pelo clube. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Se fosse, seria anjo. Mas, se anjo fosse, não brigaria com Pinola nos minutos finais de uma final de Libertadores, em Lima, para fazer a Nação bicampeã da América. Com nome angelical, Gabriel, o Gabigol, ganhava também uma alcunha: predestinado.

O termo virou tatuagem no peito e nome de minissérie documental. Nada representava isso melhor que Gabriel em campo, 13 vezes campeão pelo Flamengo. Zagallo diria que o número dá sorte. “Predestinado”, porém, tem só 12 letras. Como disse e reforço: imperfeito.

Gabriel também sofreu. Mesmo em alta, tirou o gol do nome. Queria ser Gabi. Viveu outras transformações. Saiu de 9 para vestir a 10, a de Zico. Talvez por azar, o futebol foi no sentido oposto e decresceu.

Estaria cansado de ser a Nação em campo? Uma foto com a camisa de outros milhões de Fiéis poderia indicar que sim. Se o problema era fadiga, teve 66 dias para repouso, suspenso por um exame antidoping. Alguma substância encontrada? Não. Gabriel que aparentemente tem gosto por complicar.

Mas voltou, mesmo que sem parecer que brilharia. Gabriel e a Nação já viam o fim da linha. Em um último ato, então, Gabriel quis relembrar seu apelido e sua alcunha. Dois gols contra o Atlético Mineiro na final da Copa do Brasil. Depois de temporadas ruins, ele estava lá - como se fosse o exato lugar em que ele deveria estar.

A relação com quem manda não fazia sentido. Se Gabriel estava certo, são outros motivos. Bastaria um para que Gabigol fosse embora, como vai finalmente.

Ele diz que foi jogo sujo e que foge para não sofrer. Gabriel sai tranquilo, com a paz de quem pode olhar para a Nação e dizer: “Gostava tanto de você”. E saber que foi gostado de volta, mesmo na complexidade da relação.

Pode confessar, Gabriel. A Nação marcou a sua vida. Pode admitir que talvez chegue a ter medo do futuro. Contudo, há chances pela frente. Mesmo que o mar fique mais longe, o destino de quem é predestinado pode ser azul como ele.

Os melhores personagens do futebol são os imperfeitos. Aqueles que, no alto do pódio e das glórias, na idolatria das crianças e na memória dos idosos, nos lembram que são, como todos, humanos. Talvez seja uma forma de se identificar e encontrar, no campo, um pouco de si. Imagine, então, tornar vivo, em um só ente, uma nação inteira.

A imperfeição lembra a realidade. Mas não que isso torne a visão cética. Há como ser devoto dos imperfeitos e acreditar em magia. Por exemplo, somente uma profecia mágica poderia justificar que Gabriel Barbosa estava fadado a representar uma nação desde 30 de agosto de 1996. Uma, não. A Nação.

O encontro só aconteceu 22 anos depois. Naquela altura, Gabriel já tinha outro batismo. Gabigol tinha, no nome, seu ofício e, no currículo, ter vestido a 10 de Pelé. O histórico, contudo, não era só de brilhos. Para alguns, o rótulo era de “fracassado”, pelo insucesso em Benfica e Inter de Milão. Ainda bem, Gabriel não poderia ser perfeito.

Gabriel Barbosa: 13 títulos com o Flamengo e 16 gols em finais pelo clube. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Se fosse, seria anjo. Mas, se anjo fosse, não brigaria com Pinola nos minutos finais de uma final de Libertadores, em Lima, para fazer a Nação bicampeã da América. Com nome angelical, Gabriel, o Gabigol, ganhava também uma alcunha: predestinado.

O termo virou tatuagem no peito e nome de minissérie documental. Nada representava isso melhor que Gabriel em campo, 13 vezes campeão pelo Flamengo. Zagallo diria que o número dá sorte. “Predestinado”, porém, tem só 12 letras. Como disse e reforço: imperfeito.

Gabriel também sofreu. Mesmo em alta, tirou o gol do nome. Queria ser Gabi. Viveu outras transformações. Saiu de 9 para vestir a 10, a de Zico. Talvez por azar, o futebol foi no sentido oposto e decresceu.

Estaria cansado de ser a Nação em campo? Uma foto com a camisa de outros milhões de Fiéis poderia indicar que sim. Se o problema era fadiga, teve 66 dias para repouso, suspenso por um exame antidoping. Alguma substância encontrada? Não. Gabriel que aparentemente tem gosto por complicar.

Mas voltou, mesmo que sem parecer que brilharia. Gabriel e a Nação já viam o fim da linha. Em um último ato, então, Gabriel quis relembrar seu apelido e sua alcunha. Dois gols contra o Atlético Mineiro na final da Copa do Brasil. Depois de temporadas ruins, ele estava lá - como se fosse o exato lugar em que ele deveria estar.

A relação com quem manda não fazia sentido. Se Gabriel estava certo, são outros motivos. Bastaria um para que Gabigol fosse embora, como vai finalmente.

Ele diz que foi jogo sujo e que foge para não sofrer. Gabriel sai tranquilo, com a paz de quem pode olhar para a Nação e dizer: “Gostava tanto de você”. E saber que foi gostado de volta, mesmo na complexidade da relação.

Pode confessar, Gabriel. A Nação marcou a sua vida. Pode admitir que talvez chegue a ter medo do futuro. Contudo, há chances pela frente. Mesmo que o mar fique mais longe, o destino de quem é predestinado pode ser azul como ele.

Os melhores personagens do futebol são os imperfeitos. Aqueles que, no alto do pódio e das glórias, na idolatria das crianças e na memória dos idosos, nos lembram que são, como todos, humanos. Talvez seja uma forma de se identificar e encontrar, no campo, um pouco de si. Imagine, então, tornar vivo, em um só ente, uma nação inteira.

A imperfeição lembra a realidade. Mas não que isso torne a visão cética. Há como ser devoto dos imperfeitos e acreditar em magia. Por exemplo, somente uma profecia mágica poderia justificar que Gabriel Barbosa estava fadado a representar uma nação desde 30 de agosto de 1996. Uma, não. A Nação.

O encontro só aconteceu 22 anos depois. Naquela altura, Gabriel já tinha outro batismo. Gabigol tinha, no nome, seu ofício e, no currículo, ter vestido a 10 de Pelé. O histórico, contudo, não era só de brilhos. Para alguns, o rótulo era de “fracassado”, pelo insucesso em Benfica e Inter de Milão. Ainda bem, Gabriel não poderia ser perfeito.

Gabriel Barbosa: 13 títulos com o Flamengo e 16 gols em finais pelo clube. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Se fosse, seria anjo. Mas, se anjo fosse, não brigaria com Pinola nos minutos finais de uma final de Libertadores, em Lima, para fazer a Nação bicampeã da América. Com nome angelical, Gabriel, o Gabigol, ganhava também uma alcunha: predestinado.

O termo virou tatuagem no peito e nome de minissérie documental. Nada representava isso melhor que Gabriel em campo, 13 vezes campeão pelo Flamengo. Zagallo diria que o número dá sorte. “Predestinado”, porém, tem só 12 letras. Como disse e reforço: imperfeito.

Gabriel também sofreu. Mesmo em alta, tirou o gol do nome. Queria ser Gabi. Viveu outras transformações. Saiu de 9 para vestir a 10, a de Zico. Talvez por azar, o futebol foi no sentido oposto e decresceu.

Estaria cansado de ser a Nação em campo? Uma foto com a camisa de outros milhões de Fiéis poderia indicar que sim. Se o problema era fadiga, teve 66 dias para repouso, suspenso por um exame antidoping. Alguma substância encontrada? Não. Gabriel que aparentemente tem gosto por complicar.

Mas voltou, mesmo que sem parecer que brilharia. Gabriel e a Nação já viam o fim da linha. Em um último ato, então, Gabriel quis relembrar seu apelido e sua alcunha. Dois gols contra o Atlético Mineiro na final da Copa do Brasil. Depois de temporadas ruins, ele estava lá - como se fosse o exato lugar em que ele deveria estar.

A relação com quem manda não fazia sentido. Se Gabriel estava certo, são outros motivos. Bastaria um para que Gabigol fosse embora, como vai finalmente.

Ele diz que foi jogo sujo e que foge para não sofrer. Gabriel sai tranquilo, com a paz de quem pode olhar para a Nação e dizer: “Gostava tanto de você”. E saber que foi gostado de volta, mesmo na complexidade da relação.

Pode confessar, Gabriel. A Nação marcou a sua vida. Pode admitir que talvez chegue a ter medo do futuro. Contudo, há chances pela frente. Mesmo que o mar fique mais longe, o destino de quem é predestinado pode ser azul como ele.

Os melhores personagens do futebol são os imperfeitos. Aqueles que, no alto do pódio e das glórias, na idolatria das crianças e na memória dos idosos, nos lembram que são, como todos, humanos. Talvez seja uma forma de se identificar e encontrar, no campo, um pouco de si. Imagine, então, tornar vivo, em um só ente, uma nação inteira.

A imperfeição lembra a realidade. Mas não que isso torne a visão cética. Há como ser devoto dos imperfeitos e acreditar em magia. Por exemplo, somente uma profecia mágica poderia justificar que Gabriel Barbosa estava fadado a representar uma nação desde 30 de agosto de 1996. Uma, não. A Nação.

O encontro só aconteceu 22 anos depois. Naquela altura, Gabriel já tinha outro batismo. Gabigol tinha, no nome, seu ofício e, no currículo, ter vestido a 10 de Pelé. O histórico, contudo, não era só de brilhos. Para alguns, o rótulo era de “fracassado”, pelo insucesso em Benfica e Inter de Milão. Ainda bem, Gabriel não poderia ser perfeito.

Gabriel Barbosa: 13 títulos com o Flamengo e 16 gols em finais pelo clube. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Se fosse, seria anjo. Mas, se anjo fosse, não brigaria com Pinola nos minutos finais de uma final de Libertadores, em Lima, para fazer a Nação bicampeã da América. Com nome angelical, Gabriel, o Gabigol, ganhava também uma alcunha: predestinado.

O termo virou tatuagem no peito e nome de minissérie documental. Nada representava isso melhor que Gabriel em campo, 13 vezes campeão pelo Flamengo. Zagallo diria que o número dá sorte. “Predestinado”, porém, tem só 12 letras. Como disse e reforço: imperfeito.

Gabriel também sofreu. Mesmo em alta, tirou o gol do nome. Queria ser Gabi. Viveu outras transformações. Saiu de 9 para vestir a 10, a de Zico. Talvez por azar, o futebol foi no sentido oposto e decresceu.

Estaria cansado de ser a Nação em campo? Uma foto com a camisa de outros milhões de Fiéis poderia indicar que sim. Se o problema era fadiga, teve 66 dias para repouso, suspenso por um exame antidoping. Alguma substância encontrada? Não. Gabriel que aparentemente tem gosto por complicar.

Mas voltou, mesmo que sem parecer que brilharia. Gabriel e a Nação já viam o fim da linha. Em um último ato, então, Gabriel quis relembrar seu apelido e sua alcunha. Dois gols contra o Atlético Mineiro na final da Copa do Brasil. Depois de temporadas ruins, ele estava lá - como se fosse o exato lugar em que ele deveria estar.

A relação com quem manda não fazia sentido. Se Gabriel estava certo, são outros motivos. Bastaria um para que Gabigol fosse embora, como vai finalmente.

Ele diz que foi jogo sujo e que foge para não sofrer. Gabriel sai tranquilo, com a paz de quem pode olhar para a Nação e dizer: “Gostava tanto de você”. E saber que foi gostado de volta, mesmo na complexidade da relação.

Pode confessar, Gabriel. A Nação marcou a sua vida. Pode admitir que talvez chegue a ter medo do futuro. Contudo, há chances pela frente. Mesmo que o mar fique mais longe, o destino de quem é predestinado pode ser azul como ele.

Análise por Leonardo Catto

Jornalista natural de Santa Maria (RS), bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Repórter de Esportes do Estadão. Antes, fez parte do 32º Curso Estado de Jornalismo.

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