Gabriela Anelli cuidava de crianças autistas para ver o Palmeiras: ‘Vou continuar o legado’, diz pai


Torcedora morta após ser atingida por estilhaço de garrafa fazia rifa e trabalhava em uma escola para juntar dinheiro e viajar em caravanas para assistir ao time fora de São Paulo

Por Ricardo Magatti
Atualização:

O Palmeiras estava presente na vida de Gabriela Anelli Marchiano, a torcedora morta vítima de estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque, desde que ela nasceu até o fim de sua vida, interrompida brutalmente aos 23 anos. Quando criança, ela entrou mais de uma vez no antigo Palestra Itália acompanhada do hoje aposentado Marcos, ex-goleiro ídolo da torcida.

“Sempre gostou de estádio. Entrava com o (ex-goleiro) Marcos nos jogos. É uma paixão que vem desde a bisavó dela. É uma coisa muito gostosa”, contou a mãe, Dilcilene Prado Anelli, durante o velório da filha, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Familiares de Gabriela Anelli se emocionam durante o enterro de jovem torcedora do Palmeiras.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
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Além disso, era comum Gabriela fazer rifas para juntar dinheiro para ir, junto de outros torcedores, em caravanas assistir aos jogos do Palmeiras fora de São Paulo. O sonho dela, diz o pai, era conhecer os Estados Unidos. “Tinha o sonho de morar na praia também”, disse ele.

“O Palmeiras era a vida dela. A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, ela gostava do Palmeiras. Era apaixonada demais”, reforçou o pai, Ettore Marchiano Anelli. “Vou continuar a fazer o que fazia com a Gabriela. Quando eu pisar lá no estádio, em cada canto, vou lembrar dela. A gente chegava juntos, ia embora juntos. Vou continuar o que ela queria, o legado dela.”

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Gabriela era natural de São Paulo e morava no Campo Limpo, bairro da zona sul da capital paulista. Ela havia voltado há pouco tempo de um período de um ano e meio em Curitiba, onde não se adaptou. Seu plano era cursar faculdade de Tecnologia da Informação. Enquanto não ingressava na universidade, participava de projetos sociais e trabalhava em uma escola para juntar dinheiro para ver o Palmeiras.

“Ela trabalhou por um período na ala de uma escola com crianças especiais. Ela amava projetos sociais”, afirmou o avô paterno, Luiz Henrique Nery. “Ela cuidava de crianças autistas e com síndrome de Down”, acrescentou o avô. O dinheiro que ela ganhava usava para pagar um plano de sócia-torcedora do Palmeiras.

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“Ela sempre fez parte de ações sociais. Tanto que o papel dela na Mancha era participar de todos os projetos sociais que haviam. Dia das Crianças, Páscoa, arrecadar cobertores no inverno”, detalhou a mãe, Dilcilene Prado Anelli.

Segundo o tio, Bruno Tadeu Anelli, Gabriela era “uma menina cheia de sonhos”. “Sempre fazia as rifas para viajar com as caravanas, queria tirar a carteira de motorista. Gostava de estudar, tinha muitos desejos, queria viajar pro exterior”, descreveu ele, segundo o qual a menina era chamada de “Bebê” pelo comportamento dócil que tinha com a família.

Pais de Gabriela Anelli se abraçam durante enterro da filha em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
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Os pais contaram que a filha era portadora de uma doença pulmonar autoimune. “Não vou ver o sorriso dela aqui de novo. Mas ela está comigo, na minha mente, nas fotos, nos vídeos, na minha lembrança”, disse a mãe.

Gabriela fazia parte da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada ligada ao Palmeiras, e namorava com um integrante da Porks, uma uniformizada menor do mesmo time. Também chegou a integrar a escola de samba da Mancha para participar do desfile no carnaval paulistano. Pai, mãe e outros familiares da palmeirense usaram trajes da torcida durante o velório e enterro e defenderam as organizadas.

“A torcida organizada não é de atacar. Tanto que quem matou minha filha não foi um torcedor de organizada. Não vou culpar o Flamengo porque não foi uma organizada. Foi um ser que não tenho ódio porque a própria mãe dessa pessoa deve estar sofrendo”, comentou Dilcilene.

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Torcedores do Palmeiras marcaram presença no enterro em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Integrantes de organizadas amigos de Gabriela a homenagearam com rojões, sinalizadores e cantoria durante o cortejo. O caixão foi envolto em uma bandeira da TUP, tirada minutos antes de ele ser posto na vala. Eles cantaram músicas alusivas ao Palmeiras e gritaram o nome da jovem palmeirense, enterrada sob aplausos e o hino do clube, cantado em uníssono a pedido da família.

O tio, Bruno, encerrou o enterro pedindo paz e empatia às pessoas. Seu desejo, e o da família, é de que os torcedores não se vingue do responsável pela morte de Gabriela.

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O Palmeiras estava presente na vida de Gabriela Anelli Marchiano, a torcedora morta vítima de estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque, desde que ela nasceu até o fim de sua vida, interrompida brutalmente aos 23 anos. Quando criança, ela entrou mais de uma vez no antigo Palestra Itália acompanhada do hoje aposentado Marcos, ex-goleiro ídolo da torcida.

“Sempre gostou de estádio. Entrava com o (ex-goleiro) Marcos nos jogos. É uma paixão que vem desde a bisavó dela. É uma coisa muito gostosa”, contou a mãe, Dilcilene Prado Anelli, durante o velório da filha, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Familiares de Gabriela Anelli se emocionam durante o enterro de jovem torcedora do Palmeiras.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Além disso, era comum Gabriela fazer rifas para juntar dinheiro para ir, junto de outros torcedores, em caravanas assistir aos jogos do Palmeiras fora de São Paulo. O sonho dela, diz o pai, era conhecer os Estados Unidos. “Tinha o sonho de morar na praia também”, disse ele.

“O Palmeiras era a vida dela. A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, ela gostava do Palmeiras. Era apaixonada demais”, reforçou o pai, Ettore Marchiano Anelli. “Vou continuar a fazer o que fazia com a Gabriela. Quando eu pisar lá no estádio, em cada canto, vou lembrar dela. A gente chegava juntos, ia embora juntos. Vou continuar o que ela queria, o legado dela.”

Gabriela era natural de São Paulo e morava no Campo Limpo, bairro da zona sul da capital paulista. Ela havia voltado há pouco tempo de um período de um ano e meio em Curitiba, onde não se adaptou. Seu plano era cursar faculdade de Tecnologia da Informação. Enquanto não ingressava na universidade, participava de projetos sociais e trabalhava em uma escola para juntar dinheiro para ver o Palmeiras.

“Ela trabalhou por um período na ala de uma escola com crianças especiais. Ela amava projetos sociais”, afirmou o avô paterno, Luiz Henrique Nery. “Ela cuidava de crianças autistas e com síndrome de Down”, acrescentou o avô. O dinheiro que ela ganhava usava para pagar um plano de sócia-torcedora do Palmeiras.

“Ela sempre fez parte de ações sociais. Tanto que o papel dela na Mancha era participar de todos os projetos sociais que haviam. Dia das Crianças, Páscoa, arrecadar cobertores no inverno”, detalhou a mãe, Dilcilene Prado Anelli.

Segundo o tio, Bruno Tadeu Anelli, Gabriela era “uma menina cheia de sonhos”. “Sempre fazia as rifas para viajar com as caravanas, queria tirar a carteira de motorista. Gostava de estudar, tinha muitos desejos, queria viajar pro exterior”, descreveu ele, segundo o qual a menina era chamada de “Bebê” pelo comportamento dócil que tinha com a família.

Pais de Gabriela Anelli se abraçam durante enterro da filha em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Os pais contaram que a filha era portadora de uma doença pulmonar autoimune. “Não vou ver o sorriso dela aqui de novo. Mas ela está comigo, na minha mente, nas fotos, nos vídeos, na minha lembrança”, disse a mãe.

Gabriela fazia parte da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada ligada ao Palmeiras, e namorava com um integrante da Porks, uma uniformizada menor do mesmo time. Também chegou a integrar a escola de samba da Mancha para participar do desfile no carnaval paulistano. Pai, mãe e outros familiares da palmeirense usaram trajes da torcida durante o velório e enterro e defenderam as organizadas.

“A torcida organizada não é de atacar. Tanto que quem matou minha filha não foi um torcedor de organizada. Não vou culpar o Flamengo porque não foi uma organizada. Foi um ser que não tenho ódio porque a própria mãe dessa pessoa deve estar sofrendo”, comentou Dilcilene.

Torcedores do Palmeiras marcaram presença no enterro em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Integrantes de organizadas amigos de Gabriela a homenagearam com rojões, sinalizadores e cantoria durante o cortejo. O caixão foi envolto em uma bandeira da TUP, tirada minutos antes de ele ser posto na vala. Eles cantaram músicas alusivas ao Palmeiras e gritaram o nome da jovem palmeirense, enterrada sob aplausos e o hino do clube, cantado em uníssono a pedido da família.

O tio, Bruno, encerrou o enterro pedindo paz e empatia às pessoas. Seu desejo, e o da família, é de que os torcedores não se vingue do responsável pela morte de Gabriela.

O Palmeiras estava presente na vida de Gabriela Anelli Marchiano, a torcedora morta vítima de estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque, desde que ela nasceu até o fim de sua vida, interrompida brutalmente aos 23 anos. Quando criança, ela entrou mais de uma vez no antigo Palestra Itália acompanhada do hoje aposentado Marcos, ex-goleiro ídolo da torcida.

“Sempre gostou de estádio. Entrava com o (ex-goleiro) Marcos nos jogos. É uma paixão que vem desde a bisavó dela. É uma coisa muito gostosa”, contou a mãe, Dilcilene Prado Anelli, durante o velório da filha, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Familiares de Gabriela Anelli se emocionam durante o enterro de jovem torcedora do Palmeiras.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Além disso, era comum Gabriela fazer rifas para juntar dinheiro para ir, junto de outros torcedores, em caravanas assistir aos jogos do Palmeiras fora de São Paulo. O sonho dela, diz o pai, era conhecer os Estados Unidos. “Tinha o sonho de morar na praia também”, disse ele.

“O Palmeiras era a vida dela. A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, ela gostava do Palmeiras. Era apaixonada demais”, reforçou o pai, Ettore Marchiano Anelli. “Vou continuar a fazer o que fazia com a Gabriela. Quando eu pisar lá no estádio, em cada canto, vou lembrar dela. A gente chegava juntos, ia embora juntos. Vou continuar o que ela queria, o legado dela.”

Gabriela era natural de São Paulo e morava no Campo Limpo, bairro da zona sul da capital paulista. Ela havia voltado há pouco tempo de um período de um ano e meio em Curitiba, onde não se adaptou. Seu plano era cursar faculdade de Tecnologia da Informação. Enquanto não ingressava na universidade, participava de projetos sociais e trabalhava em uma escola para juntar dinheiro para ver o Palmeiras.

“Ela trabalhou por um período na ala de uma escola com crianças especiais. Ela amava projetos sociais”, afirmou o avô paterno, Luiz Henrique Nery. “Ela cuidava de crianças autistas e com síndrome de Down”, acrescentou o avô. O dinheiro que ela ganhava usava para pagar um plano de sócia-torcedora do Palmeiras.

“Ela sempre fez parte de ações sociais. Tanto que o papel dela na Mancha era participar de todos os projetos sociais que haviam. Dia das Crianças, Páscoa, arrecadar cobertores no inverno”, detalhou a mãe, Dilcilene Prado Anelli.

Segundo o tio, Bruno Tadeu Anelli, Gabriela era “uma menina cheia de sonhos”. “Sempre fazia as rifas para viajar com as caravanas, queria tirar a carteira de motorista. Gostava de estudar, tinha muitos desejos, queria viajar pro exterior”, descreveu ele, segundo o qual a menina era chamada de “Bebê” pelo comportamento dócil que tinha com a família.

Pais de Gabriela Anelli se abraçam durante enterro da filha em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Os pais contaram que a filha era portadora de uma doença pulmonar autoimune. “Não vou ver o sorriso dela aqui de novo. Mas ela está comigo, na minha mente, nas fotos, nos vídeos, na minha lembrança”, disse a mãe.

Gabriela fazia parte da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada ligada ao Palmeiras, e namorava com um integrante da Porks, uma uniformizada menor do mesmo time. Também chegou a integrar a escola de samba da Mancha para participar do desfile no carnaval paulistano. Pai, mãe e outros familiares da palmeirense usaram trajes da torcida durante o velório e enterro e defenderam as organizadas.

“A torcida organizada não é de atacar. Tanto que quem matou minha filha não foi um torcedor de organizada. Não vou culpar o Flamengo porque não foi uma organizada. Foi um ser que não tenho ódio porque a própria mãe dessa pessoa deve estar sofrendo”, comentou Dilcilene.

Torcedores do Palmeiras marcaram presença no enterro em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Integrantes de organizadas amigos de Gabriela a homenagearam com rojões, sinalizadores e cantoria durante o cortejo. O caixão foi envolto em uma bandeira da TUP, tirada minutos antes de ele ser posto na vala. Eles cantaram músicas alusivas ao Palmeiras e gritaram o nome da jovem palmeirense, enterrada sob aplausos e o hino do clube, cantado em uníssono a pedido da família.

O tio, Bruno, encerrou o enterro pedindo paz e empatia às pessoas. Seu desejo, e o da família, é de que os torcedores não se vingue do responsável pela morte de Gabriela.

O Palmeiras estava presente na vida de Gabriela Anelli Marchiano, a torcedora morta vítima de estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque, desde que ela nasceu até o fim de sua vida, interrompida brutalmente aos 23 anos. Quando criança, ela entrou mais de uma vez no antigo Palestra Itália acompanhada do hoje aposentado Marcos, ex-goleiro ídolo da torcida.

“Sempre gostou de estádio. Entrava com o (ex-goleiro) Marcos nos jogos. É uma paixão que vem desde a bisavó dela. É uma coisa muito gostosa”, contou a mãe, Dilcilene Prado Anelli, durante o velório da filha, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Familiares de Gabriela Anelli se emocionam durante o enterro de jovem torcedora do Palmeiras.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Além disso, era comum Gabriela fazer rifas para juntar dinheiro para ir, junto de outros torcedores, em caravanas assistir aos jogos do Palmeiras fora de São Paulo. O sonho dela, diz o pai, era conhecer os Estados Unidos. “Tinha o sonho de morar na praia também”, disse ele.

“O Palmeiras era a vida dela. A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, ela gostava do Palmeiras. Era apaixonada demais”, reforçou o pai, Ettore Marchiano Anelli. “Vou continuar a fazer o que fazia com a Gabriela. Quando eu pisar lá no estádio, em cada canto, vou lembrar dela. A gente chegava juntos, ia embora juntos. Vou continuar o que ela queria, o legado dela.”

Gabriela era natural de São Paulo e morava no Campo Limpo, bairro da zona sul da capital paulista. Ela havia voltado há pouco tempo de um período de um ano e meio em Curitiba, onde não se adaptou. Seu plano era cursar faculdade de Tecnologia da Informação. Enquanto não ingressava na universidade, participava de projetos sociais e trabalhava em uma escola para juntar dinheiro para ver o Palmeiras.

“Ela trabalhou por um período na ala de uma escola com crianças especiais. Ela amava projetos sociais”, afirmou o avô paterno, Luiz Henrique Nery. “Ela cuidava de crianças autistas e com síndrome de Down”, acrescentou o avô. O dinheiro que ela ganhava usava para pagar um plano de sócia-torcedora do Palmeiras.

“Ela sempre fez parte de ações sociais. Tanto que o papel dela na Mancha era participar de todos os projetos sociais que haviam. Dia das Crianças, Páscoa, arrecadar cobertores no inverno”, detalhou a mãe, Dilcilene Prado Anelli.

Segundo o tio, Bruno Tadeu Anelli, Gabriela era “uma menina cheia de sonhos”. “Sempre fazia as rifas para viajar com as caravanas, queria tirar a carteira de motorista. Gostava de estudar, tinha muitos desejos, queria viajar pro exterior”, descreveu ele, segundo o qual a menina era chamada de “Bebê” pelo comportamento dócil que tinha com a família.

Pais de Gabriela Anelli se abraçam durante enterro da filha em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Os pais contaram que a filha era portadora de uma doença pulmonar autoimune. “Não vou ver o sorriso dela aqui de novo. Mas ela está comigo, na minha mente, nas fotos, nos vídeos, na minha lembrança”, disse a mãe.

Gabriela fazia parte da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada ligada ao Palmeiras, e namorava com um integrante da Porks, uma uniformizada menor do mesmo time. Também chegou a integrar a escola de samba da Mancha para participar do desfile no carnaval paulistano. Pai, mãe e outros familiares da palmeirense usaram trajes da torcida durante o velório e enterro e defenderam as organizadas.

“A torcida organizada não é de atacar. Tanto que quem matou minha filha não foi um torcedor de organizada. Não vou culpar o Flamengo porque não foi uma organizada. Foi um ser que não tenho ódio porque a própria mãe dessa pessoa deve estar sofrendo”, comentou Dilcilene.

Torcedores do Palmeiras marcaram presença no enterro em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Integrantes de organizadas amigos de Gabriela a homenagearam com rojões, sinalizadores e cantoria durante o cortejo. O caixão foi envolto em uma bandeira da TUP, tirada minutos antes de ele ser posto na vala. Eles cantaram músicas alusivas ao Palmeiras e gritaram o nome da jovem palmeirense, enterrada sob aplausos e o hino do clube, cantado em uníssono a pedido da família.

O tio, Bruno, encerrou o enterro pedindo paz e empatia às pessoas. Seu desejo, e o da família, é de que os torcedores não se vingue do responsável pela morte de Gabriela.

O Palmeiras estava presente na vida de Gabriela Anelli Marchiano, a torcedora morta vítima de estilhaços de uma garrafa no entorno do Allianz Parque, desde que ela nasceu até o fim de sua vida, interrompida brutalmente aos 23 anos. Quando criança, ela entrou mais de uma vez no antigo Palestra Itália acompanhada do hoje aposentado Marcos, ex-goleiro ídolo da torcida.

“Sempre gostou de estádio. Entrava com o (ex-goleiro) Marcos nos jogos. É uma paixão que vem desde a bisavó dela. É uma coisa muito gostosa”, contou a mãe, Dilcilene Prado Anelli, durante o velório da filha, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Familiares de Gabriela Anelli se emocionam durante o enterro de jovem torcedora do Palmeiras.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Além disso, era comum Gabriela fazer rifas para juntar dinheiro para ir, junto de outros torcedores, em caravanas assistir aos jogos do Palmeiras fora de São Paulo. O sonho dela, diz o pai, era conhecer os Estados Unidos. “Tinha o sonho de morar na praia também”, disse ele.

“O Palmeiras era a vida dela. A balada dela era o Palmeiras. Meninas de 23 anos gostam de outras coisas, ela gostava do Palmeiras. Era apaixonada demais”, reforçou o pai, Ettore Marchiano Anelli. “Vou continuar a fazer o que fazia com a Gabriela. Quando eu pisar lá no estádio, em cada canto, vou lembrar dela. A gente chegava juntos, ia embora juntos. Vou continuar o que ela queria, o legado dela.”

Gabriela era natural de São Paulo e morava no Campo Limpo, bairro da zona sul da capital paulista. Ela havia voltado há pouco tempo de um período de um ano e meio em Curitiba, onde não se adaptou. Seu plano era cursar faculdade de Tecnologia da Informação. Enquanto não ingressava na universidade, participava de projetos sociais e trabalhava em uma escola para juntar dinheiro para ver o Palmeiras.

“Ela trabalhou por um período na ala de uma escola com crianças especiais. Ela amava projetos sociais”, afirmou o avô paterno, Luiz Henrique Nery. “Ela cuidava de crianças autistas e com síndrome de Down”, acrescentou o avô. O dinheiro que ela ganhava usava para pagar um plano de sócia-torcedora do Palmeiras.

“Ela sempre fez parte de ações sociais. Tanto que o papel dela na Mancha era participar de todos os projetos sociais que haviam. Dia das Crianças, Páscoa, arrecadar cobertores no inverno”, detalhou a mãe, Dilcilene Prado Anelli.

Segundo o tio, Bruno Tadeu Anelli, Gabriela era “uma menina cheia de sonhos”. “Sempre fazia as rifas para viajar com as caravanas, queria tirar a carteira de motorista. Gostava de estudar, tinha muitos desejos, queria viajar pro exterior”, descreveu ele, segundo o qual a menina era chamada de “Bebê” pelo comportamento dócil que tinha com a família.

Pais de Gabriela Anelli se abraçam durante enterro da filha em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Os pais contaram que a filha era portadora de uma doença pulmonar autoimune. “Não vou ver o sorriso dela aqui de novo. Mas ela está comigo, na minha mente, nas fotos, nos vídeos, na minha lembrança”, disse a mãe.

Gabriela fazia parte da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada ligada ao Palmeiras, e namorava com um integrante da Porks, uma uniformizada menor do mesmo time. Também chegou a integrar a escola de samba da Mancha para participar do desfile no carnaval paulistano. Pai, mãe e outros familiares da palmeirense usaram trajes da torcida durante o velório e enterro e defenderam as organizadas.

“A torcida organizada não é de atacar. Tanto que quem matou minha filha não foi um torcedor de organizada. Não vou culpar o Flamengo porque não foi uma organizada. Foi um ser que não tenho ódio porque a própria mãe dessa pessoa deve estar sofrendo”, comentou Dilcilene.

Torcedores do Palmeiras marcaram presença no enterro em Embu das Artes.  Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO

Integrantes de organizadas amigos de Gabriela a homenagearam com rojões, sinalizadores e cantoria durante o cortejo. O caixão foi envolto em uma bandeira da TUP, tirada minutos antes de ele ser posto na vala. Eles cantaram músicas alusivas ao Palmeiras e gritaram o nome da jovem palmeirense, enterrada sob aplausos e o hino do clube, cantado em uníssono a pedido da família.

O tio, Bruno, encerrou o enterro pedindo paz e empatia às pessoas. Seu desejo, e o da família, é de que os torcedores não se vingue do responsável pela morte de Gabriela.

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