Som de garrafa batendo em portão ajudou a identificar suspeito de matar Gabriela Anelli, diz Polícia


Jonathan Messias é investigado pelo envolvimento na morte da torcedora palmeirense: ele foi preso no Rio na manhã desta terça-feira; ‘Estadão’ faz uma reconstituição da tragédia

Por Rodrigo Sampaio
Atualização:

O som da garrafa que atingiu Gabriela Anelli resvalando no tapume de metal que separava a torcida do Flamengo nos arredores do Allianz Parque ajudou a identificar Jonathan Messias Santos da Silva, preso temporariamente por suspeita de envolvimento na morte da torcedora. Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ele é o homem de barba que aparece em um dos vídeos da investigação atirando objeto contra torcedores do Palmeiras em uma briga nos arredores do Allianz Parque naquele sábado.

A reconstituição virtual do crime, realizada por meio de softwares com scanners 3D e drones, possibilitou aos investigadores isolar o som e a imagem do momento exato em que o suspeito atira a garrafa e que Gabriela, de 23 anos, é atingida. O sistema de reconhecimento facial do Allianz também ajudou a confirmar a identidade de Jonathan Messias. Ele chegou a trocar de camisa na confusão, vestindo uma do Flamengo, para entrar no estádio.

“Foram várias imagens verificadas através de um software específico. Temos a imagem dele pegando a garrafa no chão. Ele levanta a garrafa e joga. Uma outra garrafa atirada por torcedor do Palmeiras, por exemplo, acontece depois de Gabriela ser ferida”, informa a delegada Ivalda Caleixo, que conduz as investigações do caso.

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“Pegamos o maior número de imagens e fizemos a sincronização delas com a sincronização dos sons. Assim, identificamos quando o suspeito chega, quando ele atira a garrafa e quando ele entra no estádio. Com base nisso, conseguimos excluir todas as outras possibilidades”, afirmou o delegado Antonio Carlos Desgualdo.

Segundo o DHPP, Jonathan Messias está sendo investigado por homicídio doloso, por dolo eventual. Ele foi preso na manhã desta terça-feira na casa onde mora, no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio. A prisão foi formalizada na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na capital carioca, e ele chega ainda nesta terça em São Paulo, onde vai prestar depoimento. Somente após ser ouvido, a Polícia Civil poderá pedir a prisão preventiva do suspeito.

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Jonathan Messias tem 33 anos, trabalha como professor no Rio, tem um filho e não tem antecedentes criminais. Ele costuma viajar para assistir aos jogos do Flamengo e faz parte de uma torcida organizada menor do clube carioca, não especificada pelos investigadores na entrevista. O celular do suspeito, que não apresentou resistência no momento da prisão, também foi apreendido.

Flamenguista preso

O flamenguista Leonardo Felipe Xavier Santiago, ex-integrante de uma organizada ligada ao clube, a Fla Manguaça, chegou a ser detido em flagrante no dia do crime, mas foi solto na última quarta-feira por fragilidade de provas, como apontaram o Ministério Público de São Paulo e a juíza Marcela Raia de Sant’Anna.

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A magistrada que determinou a soltura de Santiago afirmou, em sua decisão, que o delegado que vinha investigando o caso, Cesar Saad, “se mostrou açodado e despreparado para conduzir as apurações”. Segundo a DHPP, não há imagens de Leonardo Felipe atirando uma garrafa. Ele alega ter jogado apenas cubos de gelo em direção aos palmeirenses.

Saad declarou reiteradas vezes que Santiago tinha confessado, em conversa informal com os policiais, ter atirado a garrafa que feriu e matou Gabriela. No entanto, no interrogatório na delegacia, ele deu outra versão. Disse que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo e que, como revide, resolveu lançar pedras de gelo, “mas essas eram muito pequenas e não atingiram sequer a barreira” de metal que separava torcedores locais e visitantes.

A morte de Gabriela

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Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu no dia 10 de julho, dois dias depois de ser ferida durante uma briga entre torcedores do lado de fora do Allianz Parque, no sábado, na partida do Palmeiras com o Flamengo. Ela foi atingida por uma garrafada no pescoço e levada em estado grave para a Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

Gabriela Anelli foi homenageada pelo Palmeiras antes de partida contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades dos portões C e D do Allianz Parque, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção. Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida, que terminou empatada por 1 a 1, precisou ser paralisada por duas vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

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O corpo de Gabriela foi enterrado no dia 11 de julho, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Torcedores da Mancha Alvi Verde e de outras organizadas homenagearam Gabriela com bandeirões, fogos e cantorias. A pedido da família, o hino do Palmeiras foi cantado em uníssono antes de a palmeirense ser enterrada.

O som da garrafa que atingiu Gabriela Anelli resvalando no tapume de metal que separava a torcida do Flamengo nos arredores do Allianz Parque ajudou a identificar Jonathan Messias Santos da Silva, preso temporariamente por suspeita de envolvimento na morte da torcedora. Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ele é o homem de barba que aparece em um dos vídeos da investigação atirando objeto contra torcedores do Palmeiras em uma briga nos arredores do Allianz Parque naquele sábado.

A reconstituição virtual do crime, realizada por meio de softwares com scanners 3D e drones, possibilitou aos investigadores isolar o som e a imagem do momento exato em que o suspeito atira a garrafa e que Gabriela, de 23 anos, é atingida. O sistema de reconhecimento facial do Allianz também ajudou a confirmar a identidade de Jonathan Messias. Ele chegou a trocar de camisa na confusão, vestindo uma do Flamengo, para entrar no estádio.

“Foram várias imagens verificadas através de um software específico. Temos a imagem dele pegando a garrafa no chão. Ele levanta a garrafa e joga. Uma outra garrafa atirada por torcedor do Palmeiras, por exemplo, acontece depois de Gabriela ser ferida”, informa a delegada Ivalda Caleixo, que conduz as investigações do caso.

“Pegamos o maior número de imagens e fizemos a sincronização delas com a sincronização dos sons. Assim, identificamos quando o suspeito chega, quando ele atira a garrafa e quando ele entra no estádio. Com base nisso, conseguimos excluir todas as outras possibilidades”, afirmou o delegado Antonio Carlos Desgualdo.

Segundo o DHPP, Jonathan Messias está sendo investigado por homicídio doloso, por dolo eventual. Ele foi preso na manhã desta terça-feira na casa onde mora, no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio. A prisão foi formalizada na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na capital carioca, e ele chega ainda nesta terça em São Paulo, onde vai prestar depoimento. Somente após ser ouvido, a Polícia Civil poderá pedir a prisão preventiva do suspeito.

Jonathan Messias tem 33 anos, trabalha como professor no Rio, tem um filho e não tem antecedentes criminais. Ele costuma viajar para assistir aos jogos do Flamengo e faz parte de uma torcida organizada menor do clube carioca, não especificada pelos investigadores na entrevista. O celular do suspeito, que não apresentou resistência no momento da prisão, também foi apreendido.

Flamenguista preso

O flamenguista Leonardo Felipe Xavier Santiago, ex-integrante de uma organizada ligada ao clube, a Fla Manguaça, chegou a ser detido em flagrante no dia do crime, mas foi solto na última quarta-feira por fragilidade de provas, como apontaram o Ministério Público de São Paulo e a juíza Marcela Raia de Sant’Anna.

A magistrada que determinou a soltura de Santiago afirmou, em sua decisão, que o delegado que vinha investigando o caso, Cesar Saad, “se mostrou açodado e despreparado para conduzir as apurações”. Segundo a DHPP, não há imagens de Leonardo Felipe atirando uma garrafa. Ele alega ter jogado apenas cubos de gelo em direção aos palmeirenses.

Saad declarou reiteradas vezes que Santiago tinha confessado, em conversa informal com os policiais, ter atirado a garrafa que feriu e matou Gabriela. No entanto, no interrogatório na delegacia, ele deu outra versão. Disse que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo e que, como revide, resolveu lançar pedras de gelo, “mas essas eram muito pequenas e não atingiram sequer a barreira” de metal que separava torcedores locais e visitantes.

A morte de Gabriela

Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu no dia 10 de julho, dois dias depois de ser ferida durante uma briga entre torcedores do lado de fora do Allianz Parque, no sábado, na partida do Palmeiras com o Flamengo. Ela foi atingida por uma garrafada no pescoço e levada em estado grave para a Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

Gabriela Anelli foi homenageada pelo Palmeiras antes de partida contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades dos portões C e D do Allianz Parque, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção. Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida, que terminou empatada por 1 a 1, precisou ser paralisada por duas vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

O corpo de Gabriela foi enterrado no dia 11 de julho, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Torcedores da Mancha Alvi Verde e de outras organizadas homenagearam Gabriela com bandeirões, fogos e cantorias. A pedido da família, o hino do Palmeiras foi cantado em uníssono antes de a palmeirense ser enterrada.

O som da garrafa que atingiu Gabriela Anelli resvalando no tapume de metal que separava a torcida do Flamengo nos arredores do Allianz Parque ajudou a identificar Jonathan Messias Santos da Silva, preso temporariamente por suspeita de envolvimento na morte da torcedora. Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ele é o homem de barba que aparece em um dos vídeos da investigação atirando objeto contra torcedores do Palmeiras em uma briga nos arredores do Allianz Parque naquele sábado.

A reconstituição virtual do crime, realizada por meio de softwares com scanners 3D e drones, possibilitou aos investigadores isolar o som e a imagem do momento exato em que o suspeito atira a garrafa e que Gabriela, de 23 anos, é atingida. O sistema de reconhecimento facial do Allianz também ajudou a confirmar a identidade de Jonathan Messias. Ele chegou a trocar de camisa na confusão, vestindo uma do Flamengo, para entrar no estádio.

“Foram várias imagens verificadas através de um software específico. Temos a imagem dele pegando a garrafa no chão. Ele levanta a garrafa e joga. Uma outra garrafa atirada por torcedor do Palmeiras, por exemplo, acontece depois de Gabriela ser ferida”, informa a delegada Ivalda Caleixo, que conduz as investigações do caso.

“Pegamos o maior número de imagens e fizemos a sincronização delas com a sincronização dos sons. Assim, identificamos quando o suspeito chega, quando ele atira a garrafa e quando ele entra no estádio. Com base nisso, conseguimos excluir todas as outras possibilidades”, afirmou o delegado Antonio Carlos Desgualdo.

Segundo o DHPP, Jonathan Messias está sendo investigado por homicídio doloso, por dolo eventual. Ele foi preso na manhã desta terça-feira na casa onde mora, no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio. A prisão foi formalizada na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na capital carioca, e ele chega ainda nesta terça em São Paulo, onde vai prestar depoimento. Somente após ser ouvido, a Polícia Civil poderá pedir a prisão preventiva do suspeito.

Jonathan Messias tem 33 anos, trabalha como professor no Rio, tem um filho e não tem antecedentes criminais. Ele costuma viajar para assistir aos jogos do Flamengo e faz parte de uma torcida organizada menor do clube carioca, não especificada pelos investigadores na entrevista. O celular do suspeito, que não apresentou resistência no momento da prisão, também foi apreendido.

Flamenguista preso

O flamenguista Leonardo Felipe Xavier Santiago, ex-integrante de uma organizada ligada ao clube, a Fla Manguaça, chegou a ser detido em flagrante no dia do crime, mas foi solto na última quarta-feira por fragilidade de provas, como apontaram o Ministério Público de São Paulo e a juíza Marcela Raia de Sant’Anna.

A magistrada que determinou a soltura de Santiago afirmou, em sua decisão, que o delegado que vinha investigando o caso, Cesar Saad, “se mostrou açodado e despreparado para conduzir as apurações”. Segundo a DHPP, não há imagens de Leonardo Felipe atirando uma garrafa. Ele alega ter jogado apenas cubos de gelo em direção aos palmeirenses.

Saad declarou reiteradas vezes que Santiago tinha confessado, em conversa informal com os policiais, ter atirado a garrafa que feriu e matou Gabriela. No entanto, no interrogatório na delegacia, ele deu outra versão. Disse que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo e que, como revide, resolveu lançar pedras de gelo, “mas essas eram muito pequenas e não atingiram sequer a barreira” de metal que separava torcedores locais e visitantes.

A morte de Gabriela

Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu no dia 10 de julho, dois dias depois de ser ferida durante uma briga entre torcedores do lado de fora do Allianz Parque, no sábado, na partida do Palmeiras com o Flamengo. Ela foi atingida por uma garrafada no pescoço e levada em estado grave para a Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

Gabriela Anelli foi homenageada pelo Palmeiras antes de partida contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades dos portões C e D do Allianz Parque, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção. Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida, que terminou empatada por 1 a 1, precisou ser paralisada por duas vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

O corpo de Gabriela foi enterrado no dia 11 de julho, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Torcedores da Mancha Alvi Verde e de outras organizadas homenagearam Gabriela com bandeirões, fogos e cantorias. A pedido da família, o hino do Palmeiras foi cantado em uníssono antes de a palmeirense ser enterrada.

O som da garrafa que atingiu Gabriela Anelli resvalando no tapume de metal que separava a torcida do Flamengo nos arredores do Allianz Parque ajudou a identificar Jonathan Messias Santos da Silva, preso temporariamente por suspeita de envolvimento na morte da torcedora. Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ele é o homem de barba que aparece em um dos vídeos da investigação atirando objeto contra torcedores do Palmeiras em uma briga nos arredores do Allianz Parque naquele sábado.

A reconstituição virtual do crime, realizada por meio de softwares com scanners 3D e drones, possibilitou aos investigadores isolar o som e a imagem do momento exato em que o suspeito atira a garrafa e que Gabriela, de 23 anos, é atingida. O sistema de reconhecimento facial do Allianz também ajudou a confirmar a identidade de Jonathan Messias. Ele chegou a trocar de camisa na confusão, vestindo uma do Flamengo, para entrar no estádio.

“Foram várias imagens verificadas através de um software específico. Temos a imagem dele pegando a garrafa no chão. Ele levanta a garrafa e joga. Uma outra garrafa atirada por torcedor do Palmeiras, por exemplo, acontece depois de Gabriela ser ferida”, informa a delegada Ivalda Caleixo, que conduz as investigações do caso.

“Pegamos o maior número de imagens e fizemos a sincronização delas com a sincronização dos sons. Assim, identificamos quando o suspeito chega, quando ele atira a garrafa e quando ele entra no estádio. Com base nisso, conseguimos excluir todas as outras possibilidades”, afirmou o delegado Antonio Carlos Desgualdo.

Segundo o DHPP, Jonathan Messias está sendo investigado por homicídio doloso, por dolo eventual. Ele foi preso na manhã desta terça-feira na casa onde mora, no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio. A prisão foi formalizada na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na capital carioca, e ele chega ainda nesta terça em São Paulo, onde vai prestar depoimento. Somente após ser ouvido, a Polícia Civil poderá pedir a prisão preventiva do suspeito.

Jonathan Messias tem 33 anos, trabalha como professor no Rio, tem um filho e não tem antecedentes criminais. Ele costuma viajar para assistir aos jogos do Flamengo e faz parte de uma torcida organizada menor do clube carioca, não especificada pelos investigadores na entrevista. O celular do suspeito, que não apresentou resistência no momento da prisão, também foi apreendido.

Flamenguista preso

O flamenguista Leonardo Felipe Xavier Santiago, ex-integrante de uma organizada ligada ao clube, a Fla Manguaça, chegou a ser detido em flagrante no dia do crime, mas foi solto na última quarta-feira por fragilidade de provas, como apontaram o Ministério Público de São Paulo e a juíza Marcela Raia de Sant’Anna.

A magistrada que determinou a soltura de Santiago afirmou, em sua decisão, que o delegado que vinha investigando o caso, Cesar Saad, “se mostrou açodado e despreparado para conduzir as apurações”. Segundo a DHPP, não há imagens de Leonardo Felipe atirando uma garrafa. Ele alega ter jogado apenas cubos de gelo em direção aos palmeirenses.

Saad declarou reiteradas vezes que Santiago tinha confessado, em conversa informal com os policiais, ter atirado a garrafa que feriu e matou Gabriela. No entanto, no interrogatório na delegacia, ele deu outra versão. Disse que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo e que, como revide, resolveu lançar pedras de gelo, “mas essas eram muito pequenas e não atingiram sequer a barreira” de metal que separava torcedores locais e visitantes.

A morte de Gabriela

Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu no dia 10 de julho, dois dias depois de ser ferida durante uma briga entre torcedores do lado de fora do Allianz Parque, no sábado, na partida do Palmeiras com o Flamengo. Ela foi atingida por uma garrafada no pescoço e levada em estado grave para a Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

Gabriela Anelli foi homenageada pelo Palmeiras antes de partida contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades dos portões C e D do Allianz Parque, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção. Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida, que terminou empatada por 1 a 1, precisou ser paralisada por duas vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

O corpo de Gabriela foi enterrado no dia 11 de julho, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Torcedores da Mancha Alvi Verde e de outras organizadas homenagearam Gabriela com bandeirões, fogos e cantorias. A pedido da família, o hino do Palmeiras foi cantado em uníssono antes de a palmeirense ser enterrada.

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