O técnico Gareth Southgate confirmou nesta terça-feira sua saída da seleção inglesa. Dois dias após obter mais um vice-campeonato europeu à frente da equipe, o treinador encerrou sua trajetória de oito anos no comando do time: “É momento para mudança e para um novo capítulo”.
“Como um orgulhoso inglês, foi a honra da minha vida jogar pela seleção e ser o seu treinador. Significa tudo para mim. E eu dei tudo por isso”, disse o treinador de 53 anos. “A final de domingo foi minha última partida como técnico da Inglaterra. Tive o privilégio de liderar um grande grupo de jogadores por 102 partidas.”
Southgate havia sido contratado em 2016 e tinha vínculo somente até o fim do ano. Mas já avisara, antes do início da Eurocopa, que sua permanência na equipe dependeria do título, que não veio. Em sua segunda final consecutiva na Eurocopa, a Inglaterra foi superada pela Espanha por 2 a 1, no domingo, em Berlim. Em 2021, os ingleses haviam sido batidos pela Itália.
Outro ponto alto na trajetória de Southgate foi levar a equipe à semifinal da Copa do Mundo de 2018. Foi a melhor campanha inglesa num Mundial desde 1990, quando também terminou em quarto lugar. A missão de Southgate, contudo, era mais ambiciosa. Dirigentes e torcedores queriam o fim do jejum de títulos, que começou após a conquista da Copa do Mundo de 1966, em casa.
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Apesar da frustração, Mark Bullingham, CEO da Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), exaltou os feitos de Southgate à frente da seleção. “Nos 25 torneios que disputamos após 1966, ganhamos apenas sete confrontos de mata-mata. Nos quatro torneios com Gareth, vencemos nove. Então, em oito anos, ele venceu mais partidas que importam do que nos últimos 50 anos”, afirmou o dirigente.