Goleiro brilha, Argentina bate Holanda nos pênaltis e pega Croácia na semifinal da Copa


Equipe comandada pelo técnico Lionel Scaloni enfrenta os croatas na próxima terça-feira em partida que vale vaga para a decisão do Mundial

Por Felipe Rosa Mendes
Atualização:

Em jogo com clima de Copa Libertadores, a Argentina contou com o brilho do goleiro Emiliano Martínez para vencer a Holanda nos pênaltis, por 4 a 3, e avançar à semifinal da Copa do Mundo. A seleção sul-americana abriu 2 a 0 no tempo normal, mas cedeu o empate no último minuto, placar que foi mantido na prorrogação. Nas penalidades, Martínez assumiu a figura de herói argentino, ofuscando parcialmente Lionel Messi, que também se destacou em campo.

Curiosamente, os argentinos voltaram a vencer a Holanda nos pênaltis, como aconteceu na semifinal da Copa de 2014, disputada no Brasil. Na ocasião, o triunfo teve placar quase igual: 4 a 2. Na disputa por uma vaga na grande final, o adversário será a Croácia, algoz do Brasil também nesta sexta-feira.

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A partida desta sexta, precedida de provocações e polêmicas, contou com forte presença da torcida argentina nas arquibancadas do Lusail Stadium, o maior desta Copa, com quase 90 mil presentes. Em campo, argentinos e holandeses protagonizaram desentendimentos e até trocas de empurrões, num duelo equilibrado até o apito final. O confronto, dos mais violentos deste Mundial, contou com o maior número de cartões no Catar: 17 amarelos.

Massi comemora após marcar, de pênalti, o segundo gol da Argentina, o seu quarto no Mundial. Foto: ALBERTO PIZZOLI / AFP

Como aconteceu em sua partida das oitavas de final, a Argentina abriu boa vantagem, com 2 a 0 no placar. Mas cedeu um gol à Holanda, que pressionou e alcançou o empate no minuto final, tornando a partida uma das mais emocionantes desta Copa. Sem gols na prorrogação, o confronto foi decidido nos pênaltis. E aí Emiliano Martínez brilhou, com duas defesas.

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Em sua melhor Copa da carreira, Messi voltou a fazer história, com um novo recorde. Ele deve se tornar o jogador com o maior número de partidas em Copas do Mundo, com 26, superando o alemão Lothar Matthäus, com 25. Ao entrar em campo nesta sexta, o argentino chegou aos 24. Porém, o recorde deve ser inevitável porque a Argentina jogará mais duas vezes no Catar, na semifinal e numa eventual final ou disputa de terceiro lugar.

Com a bola rolando, o camisa 10 também brilhou. Marcou seu quarto gol no Catar, entrando na briga pela artilharia - Mbappé tem cinco. E igualou Gabriel Batistuta como maior goleador da Argentina em Mundiais, com dez gols. Além disso, deu assistência para o primeiro gol da partida desta sexta.

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Wout Weghorst, da Holanda, foi um dos destaques da partida com dois gols no tempo normal.  Foto: Rodrigo Jiménez / EFE

Com mudança no esquema tático, a Argentina entrou em campo com três zagueiros. Lisandro Martínez compôs a defesa com Romero e Otamendi. Papu Gómez foi sacado da equipe e o ataque teve Messi e Julián Álvarez. A Holanda, por sua vez, evitou novidades, repetindo a equipe que fez sua melhor apresentação na Copa, contra os Estados Unidos.

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O aguardado duelo foi morno, mas de bom nível técnico, nos primeiros 25 minutos. As investidas no ataque eram tímidas e as jogadas mais trabalhadas paravam na boa marcação das duas seleções. Por isso, a aposta das equipes recaía em finalizações de longe, com Messi, de um lado, e Bergwijn, do outro.

O que desequilibrou o duelo truncado na etapa inicial foi Messi. Sem precisar de muitas oportunidades para brilhar, o argentino foi o artífice do gol marcado aos 34 minutos. Com facilidade, carregou a marcação na intermediária e acertou lindo e preciso passe nos pés de Molina, que bateu da entrada da área e abriu o placar.

Para o segundo tempo, o técnico Louis Van Gaal mudou o ataque e colocou Berghuis no lugar de Bergwijn. Mas não era o suficiente para furar a linha de cinco jogadores na última linha argentina. Gakpo e Depay eram praticamente engolidos pela defesa sul-americana. Dumfries fazia atuação apagada porque precisava ajudar na recomposição.

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Emiliano Martinez defende pênalti contra a Holanda e sai de campo como um dos heróis da classificação argentina (Photo by FRANCK FIFE / AFP) Foto: FRANCK FIFE / AFP

Pouco efetivo no ataque, o time holandês sofria com as investidas de Messi na defesa. Aos 17, o craque mandou cobrança de falta rente ao travessão, dando novo susto na torcida europeia. Dez minutos depois, Dumfries fez falta boba em Acuña dentro da área. O árbitro confirmou o pênalti e Messi bateu com tranquilidade e categoria: 2 a 0. Foi seu 10º gol em Copas, igualando Batistuta na artilharia argentina em Mundiais.

O segundo gol argentino fez a Holanda partir em desespero para o ataque. O duelo se tornou franco entre o setor ofensivo holandês e a defesa sul-americana. De bola parada, a equipe europeia descontou e esquentou a partida de vez. Após levantamento na área, Weghorst acertou bela cabeçada e balançou as redes, aos 37. Na sequência, Berghuis quase empatou.

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O confronto se tornou tenso, com faltas mais duras e desentendimentos coletivos, principalmente após falta dura de Paredes em Aké, quase na frente do banco holandês. O argentino acertou forte chute em direção aos reservas rivais, após derrubar o zagueiro. E o clima piorou, com troca de empurrões, xingamentos e dedos em riste.

Não que faltasse emoção no jogo, mas as confusões em série fizeram a arbitragem dar 12 minutos de acréscimo. E a Holanda soube aproveitar o tempo extra para buscar um incrível empate aos 55, numa improvável cobrança de falta. Na última chance da partida, Berghuis inovou ao bater rasteiro no pé de Weghorst, que girou rapidamente sobre a marcação, quase na marca do pênalti, e mandou para as redes.

O gol silenciou o Lusail, deixou argentinos incrédulos na arquibancada e forçou a prorrogação. No tempo extra, os dois times acusaram o cansaço na primeira etapa. Mas voltaram a buscar o ataque na segunda metade, deixando o confronto aberto. A Argentina levou mais perigo, incluindo uma bola na trave nos instantes finais.

Nas penalidades, o goleiro argentino defendeu as duas primeiras cobranças holandesas, de Van Dijk e Berghuis. Koopmeiners, Weghorst e Luuk De Jong converteram. Pelo lado argentino, Messi, Paredes, Montiel e Lautaro Martínez mandaram para as redes, enquanto Enzo Fernandez finalizou para fora.

Argentinos celebram a classificação para a semifinal junto da torcida no Estádio Lusail. Foto: MANAN VATSYAYANA / AFP

FICHA TÉCNICA:

HOLANDA 2 (3) X (4) 2 ARGENTINA

HOLANDA - Noppert; Timber, Van Dijk e Aké; Dumfries, De Roon (Koopmeiners), Frenkie De Jong, Blind (Luuk De Jong); Bergwijn (Berghuis), Gakpo (Lang) e Depay (Weghorst). Técnico: Louis Van Gaal.

ARGENTINA - Emiliano Martínez; Lisandro Martínez (Di María), Romero (Pezzella), Otamendi; De Paul (Paredes), Marcos Acuña (Tagliafico), Mac Allister, Enzo Fernandez, Nahuel Molina (Montiel); Lionel Messi e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Molina, aos 34 minutos do primeiro tempo. Messi (pênalti), aos 28, e Weghorst, aos 37 e aos 55 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Walter Samuel (auxiliar técnico), Timber, Acuña, Romero, Weghorst (no banco), Depay, Lisandro Martínez, Berghuis, Paredes, Messi, Otamendi, Scaloni (técnico), Bergwijn, Montiel, Pezzella, Dumfries, Lang.

ÁRBITRO - Antonio Mateu (Espanha).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 88.966 pagantes.

LOCAL - Lusail Stadium, em Al Daayen, no Catar.

Em jogo com clima de Copa Libertadores, a Argentina contou com o brilho do goleiro Emiliano Martínez para vencer a Holanda nos pênaltis, por 4 a 3, e avançar à semifinal da Copa do Mundo. A seleção sul-americana abriu 2 a 0 no tempo normal, mas cedeu o empate no último minuto, placar que foi mantido na prorrogação. Nas penalidades, Martínez assumiu a figura de herói argentino, ofuscando parcialmente Lionel Messi, que também se destacou em campo.

Curiosamente, os argentinos voltaram a vencer a Holanda nos pênaltis, como aconteceu na semifinal da Copa de 2014, disputada no Brasil. Na ocasião, o triunfo teve placar quase igual: 4 a 2. Na disputa por uma vaga na grande final, o adversário será a Croácia, algoz do Brasil também nesta sexta-feira.

A partida desta sexta, precedida de provocações e polêmicas, contou com forte presença da torcida argentina nas arquibancadas do Lusail Stadium, o maior desta Copa, com quase 90 mil presentes. Em campo, argentinos e holandeses protagonizaram desentendimentos e até trocas de empurrões, num duelo equilibrado até o apito final. O confronto, dos mais violentos deste Mundial, contou com o maior número de cartões no Catar: 17 amarelos.

Massi comemora após marcar, de pênalti, o segundo gol da Argentina, o seu quarto no Mundial. Foto: ALBERTO PIZZOLI / AFP

Como aconteceu em sua partida das oitavas de final, a Argentina abriu boa vantagem, com 2 a 0 no placar. Mas cedeu um gol à Holanda, que pressionou e alcançou o empate no minuto final, tornando a partida uma das mais emocionantes desta Copa. Sem gols na prorrogação, o confronto foi decidido nos pênaltis. E aí Emiliano Martínez brilhou, com duas defesas.

Em sua melhor Copa da carreira, Messi voltou a fazer história, com um novo recorde. Ele deve se tornar o jogador com o maior número de partidas em Copas do Mundo, com 26, superando o alemão Lothar Matthäus, com 25. Ao entrar em campo nesta sexta, o argentino chegou aos 24. Porém, o recorde deve ser inevitável porque a Argentina jogará mais duas vezes no Catar, na semifinal e numa eventual final ou disputa de terceiro lugar.

Com a bola rolando, o camisa 10 também brilhou. Marcou seu quarto gol no Catar, entrando na briga pela artilharia - Mbappé tem cinco. E igualou Gabriel Batistuta como maior goleador da Argentina em Mundiais, com dez gols. Além disso, deu assistência para o primeiro gol da partida desta sexta.

Wout Weghorst, da Holanda, foi um dos destaques da partida com dois gols no tempo normal.  Foto: Rodrigo Jiménez / EFE

Com mudança no esquema tático, a Argentina entrou em campo com três zagueiros. Lisandro Martínez compôs a defesa com Romero e Otamendi. Papu Gómez foi sacado da equipe e o ataque teve Messi e Julián Álvarez. A Holanda, por sua vez, evitou novidades, repetindo a equipe que fez sua melhor apresentação na Copa, contra os Estados Unidos.

O aguardado duelo foi morno, mas de bom nível técnico, nos primeiros 25 minutos. As investidas no ataque eram tímidas e as jogadas mais trabalhadas paravam na boa marcação das duas seleções. Por isso, a aposta das equipes recaía em finalizações de longe, com Messi, de um lado, e Bergwijn, do outro.

O que desequilibrou o duelo truncado na etapa inicial foi Messi. Sem precisar de muitas oportunidades para brilhar, o argentino foi o artífice do gol marcado aos 34 minutos. Com facilidade, carregou a marcação na intermediária e acertou lindo e preciso passe nos pés de Molina, que bateu da entrada da área e abriu o placar.

Para o segundo tempo, o técnico Louis Van Gaal mudou o ataque e colocou Berghuis no lugar de Bergwijn. Mas não era o suficiente para furar a linha de cinco jogadores na última linha argentina. Gakpo e Depay eram praticamente engolidos pela defesa sul-americana. Dumfries fazia atuação apagada porque precisava ajudar na recomposição.

Emiliano Martinez defende pênalti contra a Holanda e sai de campo como um dos heróis da classificação argentina (Photo by FRANCK FIFE / AFP) Foto: FRANCK FIFE / AFP

Pouco efetivo no ataque, o time holandês sofria com as investidas de Messi na defesa. Aos 17, o craque mandou cobrança de falta rente ao travessão, dando novo susto na torcida europeia. Dez minutos depois, Dumfries fez falta boba em Acuña dentro da área. O árbitro confirmou o pênalti e Messi bateu com tranquilidade e categoria: 2 a 0. Foi seu 10º gol em Copas, igualando Batistuta na artilharia argentina em Mundiais.

O segundo gol argentino fez a Holanda partir em desespero para o ataque. O duelo se tornou franco entre o setor ofensivo holandês e a defesa sul-americana. De bola parada, a equipe europeia descontou e esquentou a partida de vez. Após levantamento na área, Weghorst acertou bela cabeçada e balançou as redes, aos 37. Na sequência, Berghuis quase empatou.

O confronto se tornou tenso, com faltas mais duras e desentendimentos coletivos, principalmente após falta dura de Paredes em Aké, quase na frente do banco holandês. O argentino acertou forte chute em direção aos reservas rivais, após derrubar o zagueiro. E o clima piorou, com troca de empurrões, xingamentos e dedos em riste.

Não que faltasse emoção no jogo, mas as confusões em série fizeram a arbitragem dar 12 minutos de acréscimo. E a Holanda soube aproveitar o tempo extra para buscar um incrível empate aos 55, numa improvável cobrança de falta. Na última chance da partida, Berghuis inovou ao bater rasteiro no pé de Weghorst, que girou rapidamente sobre a marcação, quase na marca do pênalti, e mandou para as redes.

O gol silenciou o Lusail, deixou argentinos incrédulos na arquibancada e forçou a prorrogação. No tempo extra, os dois times acusaram o cansaço na primeira etapa. Mas voltaram a buscar o ataque na segunda metade, deixando o confronto aberto. A Argentina levou mais perigo, incluindo uma bola na trave nos instantes finais.

Nas penalidades, o goleiro argentino defendeu as duas primeiras cobranças holandesas, de Van Dijk e Berghuis. Koopmeiners, Weghorst e Luuk De Jong converteram. Pelo lado argentino, Messi, Paredes, Montiel e Lautaro Martínez mandaram para as redes, enquanto Enzo Fernandez finalizou para fora.

Argentinos celebram a classificação para a semifinal junto da torcida no Estádio Lusail. Foto: MANAN VATSYAYANA / AFP

FICHA TÉCNICA:

HOLANDA 2 (3) X (4) 2 ARGENTINA

HOLANDA - Noppert; Timber, Van Dijk e Aké; Dumfries, De Roon (Koopmeiners), Frenkie De Jong, Blind (Luuk De Jong); Bergwijn (Berghuis), Gakpo (Lang) e Depay (Weghorst). Técnico: Louis Van Gaal.

ARGENTINA - Emiliano Martínez; Lisandro Martínez (Di María), Romero (Pezzella), Otamendi; De Paul (Paredes), Marcos Acuña (Tagliafico), Mac Allister, Enzo Fernandez, Nahuel Molina (Montiel); Lionel Messi e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Molina, aos 34 minutos do primeiro tempo. Messi (pênalti), aos 28, e Weghorst, aos 37 e aos 55 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Walter Samuel (auxiliar técnico), Timber, Acuña, Romero, Weghorst (no banco), Depay, Lisandro Martínez, Berghuis, Paredes, Messi, Otamendi, Scaloni (técnico), Bergwijn, Montiel, Pezzella, Dumfries, Lang.

ÁRBITRO - Antonio Mateu (Espanha).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 88.966 pagantes.

LOCAL - Lusail Stadium, em Al Daayen, no Catar.

Em jogo com clima de Copa Libertadores, a Argentina contou com o brilho do goleiro Emiliano Martínez para vencer a Holanda nos pênaltis, por 4 a 3, e avançar à semifinal da Copa do Mundo. A seleção sul-americana abriu 2 a 0 no tempo normal, mas cedeu o empate no último minuto, placar que foi mantido na prorrogação. Nas penalidades, Martínez assumiu a figura de herói argentino, ofuscando parcialmente Lionel Messi, que também se destacou em campo.

Curiosamente, os argentinos voltaram a vencer a Holanda nos pênaltis, como aconteceu na semifinal da Copa de 2014, disputada no Brasil. Na ocasião, o triunfo teve placar quase igual: 4 a 2. Na disputa por uma vaga na grande final, o adversário será a Croácia, algoz do Brasil também nesta sexta-feira.

A partida desta sexta, precedida de provocações e polêmicas, contou com forte presença da torcida argentina nas arquibancadas do Lusail Stadium, o maior desta Copa, com quase 90 mil presentes. Em campo, argentinos e holandeses protagonizaram desentendimentos e até trocas de empurrões, num duelo equilibrado até o apito final. O confronto, dos mais violentos deste Mundial, contou com o maior número de cartões no Catar: 17 amarelos.

Massi comemora após marcar, de pênalti, o segundo gol da Argentina, o seu quarto no Mundial. Foto: ALBERTO PIZZOLI / AFP

Como aconteceu em sua partida das oitavas de final, a Argentina abriu boa vantagem, com 2 a 0 no placar. Mas cedeu um gol à Holanda, que pressionou e alcançou o empate no minuto final, tornando a partida uma das mais emocionantes desta Copa. Sem gols na prorrogação, o confronto foi decidido nos pênaltis. E aí Emiliano Martínez brilhou, com duas defesas.

Em sua melhor Copa da carreira, Messi voltou a fazer história, com um novo recorde. Ele deve se tornar o jogador com o maior número de partidas em Copas do Mundo, com 26, superando o alemão Lothar Matthäus, com 25. Ao entrar em campo nesta sexta, o argentino chegou aos 24. Porém, o recorde deve ser inevitável porque a Argentina jogará mais duas vezes no Catar, na semifinal e numa eventual final ou disputa de terceiro lugar.

Com a bola rolando, o camisa 10 também brilhou. Marcou seu quarto gol no Catar, entrando na briga pela artilharia - Mbappé tem cinco. E igualou Gabriel Batistuta como maior goleador da Argentina em Mundiais, com dez gols. Além disso, deu assistência para o primeiro gol da partida desta sexta.

Wout Weghorst, da Holanda, foi um dos destaques da partida com dois gols no tempo normal.  Foto: Rodrigo Jiménez / EFE

Com mudança no esquema tático, a Argentina entrou em campo com três zagueiros. Lisandro Martínez compôs a defesa com Romero e Otamendi. Papu Gómez foi sacado da equipe e o ataque teve Messi e Julián Álvarez. A Holanda, por sua vez, evitou novidades, repetindo a equipe que fez sua melhor apresentação na Copa, contra os Estados Unidos.

O aguardado duelo foi morno, mas de bom nível técnico, nos primeiros 25 minutos. As investidas no ataque eram tímidas e as jogadas mais trabalhadas paravam na boa marcação das duas seleções. Por isso, a aposta das equipes recaía em finalizações de longe, com Messi, de um lado, e Bergwijn, do outro.

O que desequilibrou o duelo truncado na etapa inicial foi Messi. Sem precisar de muitas oportunidades para brilhar, o argentino foi o artífice do gol marcado aos 34 minutos. Com facilidade, carregou a marcação na intermediária e acertou lindo e preciso passe nos pés de Molina, que bateu da entrada da área e abriu o placar.

Para o segundo tempo, o técnico Louis Van Gaal mudou o ataque e colocou Berghuis no lugar de Bergwijn. Mas não era o suficiente para furar a linha de cinco jogadores na última linha argentina. Gakpo e Depay eram praticamente engolidos pela defesa sul-americana. Dumfries fazia atuação apagada porque precisava ajudar na recomposição.

Emiliano Martinez defende pênalti contra a Holanda e sai de campo como um dos heróis da classificação argentina (Photo by FRANCK FIFE / AFP) Foto: FRANCK FIFE / AFP

Pouco efetivo no ataque, o time holandês sofria com as investidas de Messi na defesa. Aos 17, o craque mandou cobrança de falta rente ao travessão, dando novo susto na torcida europeia. Dez minutos depois, Dumfries fez falta boba em Acuña dentro da área. O árbitro confirmou o pênalti e Messi bateu com tranquilidade e categoria: 2 a 0. Foi seu 10º gol em Copas, igualando Batistuta na artilharia argentina em Mundiais.

O segundo gol argentino fez a Holanda partir em desespero para o ataque. O duelo se tornou franco entre o setor ofensivo holandês e a defesa sul-americana. De bola parada, a equipe europeia descontou e esquentou a partida de vez. Após levantamento na área, Weghorst acertou bela cabeçada e balançou as redes, aos 37. Na sequência, Berghuis quase empatou.

O confronto se tornou tenso, com faltas mais duras e desentendimentos coletivos, principalmente após falta dura de Paredes em Aké, quase na frente do banco holandês. O argentino acertou forte chute em direção aos reservas rivais, após derrubar o zagueiro. E o clima piorou, com troca de empurrões, xingamentos e dedos em riste.

Não que faltasse emoção no jogo, mas as confusões em série fizeram a arbitragem dar 12 minutos de acréscimo. E a Holanda soube aproveitar o tempo extra para buscar um incrível empate aos 55, numa improvável cobrança de falta. Na última chance da partida, Berghuis inovou ao bater rasteiro no pé de Weghorst, que girou rapidamente sobre a marcação, quase na marca do pênalti, e mandou para as redes.

O gol silenciou o Lusail, deixou argentinos incrédulos na arquibancada e forçou a prorrogação. No tempo extra, os dois times acusaram o cansaço na primeira etapa. Mas voltaram a buscar o ataque na segunda metade, deixando o confronto aberto. A Argentina levou mais perigo, incluindo uma bola na trave nos instantes finais.

Nas penalidades, o goleiro argentino defendeu as duas primeiras cobranças holandesas, de Van Dijk e Berghuis. Koopmeiners, Weghorst e Luuk De Jong converteram. Pelo lado argentino, Messi, Paredes, Montiel e Lautaro Martínez mandaram para as redes, enquanto Enzo Fernandez finalizou para fora.

Argentinos celebram a classificação para a semifinal junto da torcida no Estádio Lusail. Foto: MANAN VATSYAYANA / AFP

FICHA TÉCNICA:

HOLANDA 2 (3) X (4) 2 ARGENTINA

HOLANDA - Noppert; Timber, Van Dijk e Aké; Dumfries, De Roon (Koopmeiners), Frenkie De Jong, Blind (Luuk De Jong); Bergwijn (Berghuis), Gakpo (Lang) e Depay (Weghorst). Técnico: Louis Van Gaal.

ARGENTINA - Emiliano Martínez; Lisandro Martínez (Di María), Romero (Pezzella), Otamendi; De Paul (Paredes), Marcos Acuña (Tagliafico), Mac Allister, Enzo Fernandez, Nahuel Molina (Montiel); Lionel Messi e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Molina, aos 34 minutos do primeiro tempo. Messi (pênalti), aos 28, e Weghorst, aos 37 e aos 55 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Walter Samuel (auxiliar técnico), Timber, Acuña, Romero, Weghorst (no banco), Depay, Lisandro Martínez, Berghuis, Paredes, Messi, Otamendi, Scaloni (técnico), Bergwijn, Montiel, Pezzella, Dumfries, Lang.

ÁRBITRO - Antonio Mateu (Espanha).

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LOCAL - Lusail Stadium, em Al Daayen, no Catar.

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