Hernanes garante que não tem pressa para jogar no exterior


Volante afirma que brasileiros enfrentam dificuldades na Europa e diz que pretende estar maduro para ir embora

Por Giuliander Carpes

Hernanes passou quase 40 dias com a seleção olímpica, convivendo com jogadores consagrados, ricos e que são estrelas em seus clubes na Europa - como Ronaldinho Gaúcho, no Milan, e Diego, no Werder Bremen, entre outros. Como o mais cobiçado atleta do elenco do São Paulo, poderia se pensar que o volante voltou de Pequim ainda mais motivado a jogar logo no exterior. Mas é um equívoco. Ele está até desestimulado a ir agora para fora do País. Veja também:  Duelo de técnicos é atrativo no clássico São Paulo e Santos  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão "Os jogadores que estão lá enfrentam muitas dificuldades", disse Hernanes, mostrando maturidade. "Não é fácil, não é a maravilha que todos vivem falando. Lá é frio, tem que ficar longe da família, a língua é diferente. Sem contar que você pode não se acertar com o treinador e ter problemas de adaptação." O volante tem certa razão quando lembra do grande número de jogadores brasileiros que retornam da Europa antes de se firmarem em seus clubes. No próprio São Paulo jogam alguns deles - basta pensar em Rodrigo (ex-Dinamo de Kiev), Anderson (ex-Lyon) e André Lima (ex-Hertha Berlin). "A hora que eu der esse passo, espero estar maduro o suficiente", explicou Hernanes "Quando for para o exterior, quero me firmar. Pretendo não voltar mais." O jogador negou que o fim das negociações com clubes europeus - o Barcelona chegou a oferecer 15 milhões de euros (R$ 36 milhões), enquanto o Atlético de Madrid e o CSKA Moscou também tinham interesse, mas o São Paulo só aceita vender seus direitos federativos por 25 milhões de euros (R$ 60 milhões) - possa atrapalhar sua concentração nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. "É muita ilusão que se cria", contou Hernanes. "Tudo isso pode tirar o foco. Mas, agora, quem foi pra lá foi e quem ficou tem que estar preparado porque o bicho vai pegar no campeonato daqui para a frente." TRAUMA O que também pode prejudicar Hernanes é a derrota para a Argentina na semifinal da Olimpíada de Pequim, que fez o sonho da medalha de ouro ser adiado para a seleção brasileira e praticamente ficar esquecida para o jogador - a Fifa libera apenas três atletas com mais de 23 anos nas equipes olímpicas e, em Londres/2012, o volante terá 27. "Provavelmente, foi minha última chance", lamentou o são-paulino. "Esta é uma tristeza muito maior do que a derrota para o Fluminense na Libertadores deste ano, por exemplo, competição em que posso ter outras oportunidades pela frente. Mas tenho que superar." Mas Hernanes tenta se concentrar no São Paulo, que luta para chegar entre os primeiros colocados do Brasileirão. "Quero ajudar o time a ter uma seqüência de vitórias. É isso que está faltando para embalarmos", destacou o volante. "E quando chegarmos à zona de classificação para a Libertadores, aí sim, vamos voltar a pensar em título. Enquanto houver esperança, vamos lutar por isso." REFORÇO O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já declarou que não fará contratações até o final do Brasileirão. Ou seja, o meia de ligação sonhado pelo técnico Muricy Ramalho não deve vir mais. Com a notícia, o treinador trata de valorizar o que tem e comemora a volta de Hernanes. "Ele é um jogador muito diferenciado, talvez o único que desarma e sai para o jogo com essa qualidade no Brasil", elogiou Muricy. Hernanes, então, pode acabar sendo deslocado para a posição de armação já no clássico de domingo, contra o Santos, pois o meia Hugo está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. "Vou atuar onde o treinador pedir para eu jogar", assegurou Hernanes, descartando uma mudança permanente. "Mas me adaptar a essa nova função poderia demorar algum tempo. Em um jogo ou outro, a gente até pode fazer." MISTÉRIO O treinamento do São Paulo nesta quinta estava marcado para começar às 15h30, mas Muricy Ramalho permitiu o acesso da imprensa apenas às 16h22. O treinador tentou fazer mistério, mas só esqueceu de treinar em um campo fora do alcance dos jornalistas: do estacionamento do CT são-paulino foi possível acompanhar, sem grandes problemas, o treino coletivo que ele comandou. Na primeira parte do trabalho, Muricy escalou o time com três zagueiros. As novidades foram as entradas do zagueiro Miranda no lugar do zagueiro Anderson e do volante Hernanes na vaga do meia Hugo. Na outra parte do treino, o zagueiro Rodrigo foi substituído pelo lateral-direito Jancarlos, deixando a equipe com duas linhas de quatro jogadores. Durante o treino, o atacante Dagoberto também foi testado no lugar de André Lima, ao lado de Borges na frente. Mas Muricy não quis confirmar nenhuma dessas mudanças no time do São Paulo que enfrenta o Santos no clássico de domingo, no Morumbi.  

Hernanes passou quase 40 dias com a seleção olímpica, convivendo com jogadores consagrados, ricos e que são estrelas em seus clubes na Europa - como Ronaldinho Gaúcho, no Milan, e Diego, no Werder Bremen, entre outros. Como o mais cobiçado atleta do elenco do São Paulo, poderia se pensar que o volante voltou de Pequim ainda mais motivado a jogar logo no exterior. Mas é um equívoco. Ele está até desestimulado a ir agora para fora do País. Veja também:  Duelo de técnicos é atrativo no clássico São Paulo e Santos  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão "Os jogadores que estão lá enfrentam muitas dificuldades", disse Hernanes, mostrando maturidade. "Não é fácil, não é a maravilha que todos vivem falando. Lá é frio, tem que ficar longe da família, a língua é diferente. Sem contar que você pode não se acertar com o treinador e ter problemas de adaptação." O volante tem certa razão quando lembra do grande número de jogadores brasileiros que retornam da Europa antes de se firmarem em seus clubes. No próprio São Paulo jogam alguns deles - basta pensar em Rodrigo (ex-Dinamo de Kiev), Anderson (ex-Lyon) e André Lima (ex-Hertha Berlin). "A hora que eu der esse passo, espero estar maduro o suficiente", explicou Hernanes "Quando for para o exterior, quero me firmar. Pretendo não voltar mais." O jogador negou que o fim das negociações com clubes europeus - o Barcelona chegou a oferecer 15 milhões de euros (R$ 36 milhões), enquanto o Atlético de Madrid e o CSKA Moscou também tinham interesse, mas o São Paulo só aceita vender seus direitos federativos por 25 milhões de euros (R$ 60 milhões) - possa atrapalhar sua concentração nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. "É muita ilusão que se cria", contou Hernanes. "Tudo isso pode tirar o foco. Mas, agora, quem foi pra lá foi e quem ficou tem que estar preparado porque o bicho vai pegar no campeonato daqui para a frente." TRAUMA O que também pode prejudicar Hernanes é a derrota para a Argentina na semifinal da Olimpíada de Pequim, que fez o sonho da medalha de ouro ser adiado para a seleção brasileira e praticamente ficar esquecida para o jogador - a Fifa libera apenas três atletas com mais de 23 anos nas equipes olímpicas e, em Londres/2012, o volante terá 27. "Provavelmente, foi minha última chance", lamentou o são-paulino. "Esta é uma tristeza muito maior do que a derrota para o Fluminense na Libertadores deste ano, por exemplo, competição em que posso ter outras oportunidades pela frente. Mas tenho que superar." Mas Hernanes tenta se concentrar no São Paulo, que luta para chegar entre os primeiros colocados do Brasileirão. "Quero ajudar o time a ter uma seqüência de vitórias. É isso que está faltando para embalarmos", destacou o volante. "E quando chegarmos à zona de classificação para a Libertadores, aí sim, vamos voltar a pensar em título. Enquanto houver esperança, vamos lutar por isso." REFORÇO O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já declarou que não fará contratações até o final do Brasileirão. Ou seja, o meia de ligação sonhado pelo técnico Muricy Ramalho não deve vir mais. Com a notícia, o treinador trata de valorizar o que tem e comemora a volta de Hernanes. "Ele é um jogador muito diferenciado, talvez o único que desarma e sai para o jogo com essa qualidade no Brasil", elogiou Muricy. Hernanes, então, pode acabar sendo deslocado para a posição de armação já no clássico de domingo, contra o Santos, pois o meia Hugo está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. "Vou atuar onde o treinador pedir para eu jogar", assegurou Hernanes, descartando uma mudança permanente. "Mas me adaptar a essa nova função poderia demorar algum tempo. Em um jogo ou outro, a gente até pode fazer." MISTÉRIO O treinamento do São Paulo nesta quinta estava marcado para começar às 15h30, mas Muricy Ramalho permitiu o acesso da imprensa apenas às 16h22. O treinador tentou fazer mistério, mas só esqueceu de treinar em um campo fora do alcance dos jornalistas: do estacionamento do CT são-paulino foi possível acompanhar, sem grandes problemas, o treino coletivo que ele comandou. Na primeira parte do trabalho, Muricy escalou o time com três zagueiros. As novidades foram as entradas do zagueiro Miranda no lugar do zagueiro Anderson e do volante Hernanes na vaga do meia Hugo. Na outra parte do treino, o zagueiro Rodrigo foi substituído pelo lateral-direito Jancarlos, deixando a equipe com duas linhas de quatro jogadores. Durante o treino, o atacante Dagoberto também foi testado no lugar de André Lima, ao lado de Borges na frente. Mas Muricy não quis confirmar nenhuma dessas mudanças no time do São Paulo que enfrenta o Santos no clássico de domingo, no Morumbi.  

Hernanes passou quase 40 dias com a seleção olímpica, convivendo com jogadores consagrados, ricos e que são estrelas em seus clubes na Europa - como Ronaldinho Gaúcho, no Milan, e Diego, no Werder Bremen, entre outros. Como o mais cobiçado atleta do elenco do São Paulo, poderia se pensar que o volante voltou de Pequim ainda mais motivado a jogar logo no exterior. Mas é um equívoco. Ele está até desestimulado a ir agora para fora do País. Veja também:  Duelo de técnicos é atrativo no clássico São Paulo e Santos  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão "Os jogadores que estão lá enfrentam muitas dificuldades", disse Hernanes, mostrando maturidade. "Não é fácil, não é a maravilha que todos vivem falando. Lá é frio, tem que ficar longe da família, a língua é diferente. Sem contar que você pode não se acertar com o treinador e ter problemas de adaptação." O volante tem certa razão quando lembra do grande número de jogadores brasileiros que retornam da Europa antes de se firmarem em seus clubes. No próprio São Paulo jogam alguns deles - basta pensar em Rodrigo (ex-Dinamo de Kiev), Anderson (ex-Lyon) e André Lima (ex-Hertha Berlin). "A hora que eu der esse passo, espero estar maduro o suficiente", explicou Hernanes "Quando for para o exterior, quero me firmar. Pretendo não voltar mais." O jogador negou que o fim das negociações com clubes europeus - o Barcelona chegou a oferecer 15 milhões de euros (R$ 36 milhões), enquanto o Atlético de Madrid e o CSKA Moscou também tinham interesse, mas o São Paulo só aceita vender seus direitos federativos por 25 milhões de euros (R$ 60 milhões) - possa atrapalhar sua concentração nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro. "É muita ilusão que se cria", contou Hernanes. "Tudo isso pode tirar o foco. Mas, agora, quem foi pra lá foi e quem ficou tem que estar preparado porque o bicho vai pegar no campeonato daqui para a frente." TRAUMA O que também pode prejudicar Hernanes é a derrota para a Argentina na semifinal da Olimpíada de Pequim, que fez o sonho da medalha de ouro ser adiado para a seleção brasileira e praticamente ficar esquecida para o jogador - a Fifa libera apenas três atletas com mais de 23 anos nas equipes olímpicas e, em Londres/2012, o volante terá 27. "Provavelmente, foi minha última chance", lamentou o são-paulino. "Esta é uma tristeza muito maior do que a derrota para o Fluminense na Libertadores deste ano, por exemplo, competição em que posso ter outras oportunidades pela frente. Mas tenho que superar." Mas Hernanes tenta se concentrar no São Paulo, que luta para chegar entre os primeiros colocados do Brasileirão. "Quero ajudar o time a ter uma seqüência de vitórias. É isso que está faltando para embalarmos", destacou o volante. "E quando chegarmos à zona de classificação para a Libertadores, aí sim, vamos voltar a pensar em título. Enquanto houver esperança, vamos lutar por isso." REFORÇO O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já declarou que não fará contratações até o final do Brasileirão. Ou seja, o meia de ligação sonhado pelo técnico Muricy Ramalho não deve vir mais. Com a notícia, o treinador trata de valorizar o que tem e comemora a volta de Hernanes. "Ele é um jogador muito diferenciado, talvez o único que desarma e sai para o jogo com essa qualidade no Brasil", elogiou Muricy. Hernanes, então, pode acabar sendo deslocado para a posição de armação já no clássico de domingo, contra o Santos, pois o meia Hugo está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. "Vou atuar onde o treinador pedir para eu jogar", assegurou Hernanes, descartando uma mudança permanente. "Mas me adaptar a essa nova função poderia demorar algum tempo. Em um jogo ou outro, a gente até pode fazer." MISTÉRIO O treinamento do São Paulo nesta quinta estava marcado para começar às 15h30, mas Muricy Ramalho permitiu o acesso da imprensa apenas às 16h22. O treinador tentou fazer mistério, mas só esqueceu de treinar em um campo fora do alcance dos jornalistas: do estacionamento do CT são-paulino foi possível acompanhar, sem grandes problemas, o treino coletivo que ele comandou. Na primeira parte do trabalho, Muricy escalou o time com três zagueiros. As novidades foram as entradas do zagueiro Miranda no lugar do zagueiro Anderson e do volante Hernanes na vaga do meia Hugo. Na outra parte do treino, o zagueiro Rodrigo foi substituído pelo lateral-direito Jancarlos, deixando a equipe com duas linhas de quatro jogadores. Durante o treino, o atacante Dagoberto também foi testado no lugar de André Lima, ao lado de Borges na frente. Mas Muricy não quis confirmar nenhuma dessas mudanças no time do São Paulo que enfrenta o Santos no clássico de domingo, no Morumbi.  

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