Imagem ruim de atletas brasileiros preocupa torcedores no exterior


Paulistano que mora em Israel acompanha os jogos transmitidos pela TV com amigos, mas é questionado sobre notícias de Daniel Alves e outros

Por Eugenio Goussinsky

Da janela de seu apartamento, em Haifa, Israel, o brasileiro Luis Schwarcz, de 55 anos, vê o estádio Sammy Ofer, que recebe os jogos do Maccabi Haifa, atual campeão israelense, e do Hapoel Haifa. Misturada a alguns prédios baixos nas encostas do Monte Carmel, a vista para o mar completa a paisagem mediterrânea.

É comum ele trocar, em sua mente, a imagem daquele estádio pela da Neo Química Arena ou até do velho Pacaembu, palco de glórias de seu Corinthians. Então, basta se voltar para a sala para saciar um pouco da saudade. Na tela da TV, a transmissão dos jogos do futebol brasileiro já é uma realidade no país.

O treinador Cuca e os atletas Robinho e Daniel Alves.  Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians, Tony Gentile/Reuters e Gustau Nacarin/Reuters
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“Sempre que tem jogo, principalmente nos fins de semana, é reunião entre amigos na certa. Aqui em casa cada um torce para um time. Minha mulher e minha filha são palmeirenses, meu filho é santista. Tenho muitos amigos flamenguistas. Fazemos churrascos com frequência e é como se estivéssemos mesmo no Brasil.”

Formado, entre outras coisas em Engenharia Civil, ele já morou em vários países, como Venezuela e Costa Rica. Desde que se mudou para Israel, em 2019, na chamada Aliá, imigração de algum membro da comunidade judaica para Israel, Schwarcz, encontrou no futebol uma maneira de se sentir próximo, ou dentro, do Brasil.

“O futebol nos une e ao mesmo tempo nos transporta para o Brasil. Acompanho inúmeros jogos durante a semana, inclusive os da Europa. Quando nos reunimos, é algo intenso, com brincadeiras, como se estivéssemos no Brasil. E quando alguém vê seu time perder, sai chateado mesmo”, conta.

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Da mesma maneira se sentem sua mulher, Crala, psicóloga, a filha Marina, de 23 anos, e o filho David, de 19, que quase se tornou jogador do Barcelona e, depois de atuar em clubes de Israel, não seguiu nada na profissão. Hoje, serve o exército israelense. “O futebol também nos ajuda a nos mantermos unidos longe do Brasil.”

Com a família, Schwarcz acompanha cada jogo como se estivesse no apartamento de sua infância, em São Paulo, onde nasceu. E, por meio das transmissões, traz não só o Corinthians, mas todo o futebol brasileiro para dentro de sua casa, a milhares de quilômetros de distância. Mas ele admite sentir falta do clima em torno do futebol brasileiro, dos botecos e das resenhas.

Schwarcz afirma que, neste momento, a maioria das pessoas que assistem aos jogos do Brasileirão ainda é composta por brasileiros, apesar de toda a paixão dos israelenses pelo futebol pentacampeão mundial. O período de baixa, as polêmicas e o crescimento do futebol europeu fizeram o futebol brasileiro cair em uma espécie de esquecimento.

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MÁ FAMA

Quando Schwarcz fala de futebol com israelenses, percebe uma forte mudança na imagem do jogador brasileiro. A fama de País do Futebol já não abre mais tantas portas. “Infelizmente, hoje os comentários, quando ocorrem, são negativos. Antes, falavam sobre Ronaldo, Ronaldinho, Romário. Agora, veem muito mais o lado baladeiro, polêmico, irresponsável de alguns que fazem a carreira na Europa. Nesta semana mesmo, fui ao banco abrir uma conta e o gerente, quando soube que eu era brasileiro, perguntou sobre a situação do Daniel Alves (preso sob acusação de estupro), que repercutiu de forma bastante negativa aqui.”

A tendência, segundo ele, é que quando as transmissões do futebol brasileiro alcançarem também o público israelense, ainda muito voltado às competições europeias, deverá haver uma mudança nessa imagem e a reconquista do público internacional.

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“É bom que a população do exterior conheça a história toda, a origem dos jogadores, acompanhe com mais profundidade para compreender mais a luta deles. O futebol assim ganha visibilidade e cria vínculos. É importante que eles saibam que nossos artistas da bola não surgem com um passe de mágica, que também ralam no Brasil. Não é só polêmica, o talento ainda existe. Isso ajudará a recuperar a imagem do futebol brasileiro fora do País”, diz.

Da janela de seu apartamento, em Haifa, Israel, o brasileiro Luis Schwarcz, de 55 anos, vê o estádio Sammy Ofer, que recebe os jogos do Maccabi Haifa, atual campeão israelense, e do Hapoel Haifa. Misturada a alguns prédios baixos nas encostas do Monte Carmel, a vista para o mar completa a paisagem mediterrânea.

É comum ele trocar, em sua mente, a imagem daquele estádio pela da Neo Química Arena ou até do velho Pacaembu, palco de glórias de seu Corinthians. Então, basta se voltar para a sala para saciar um pouco da saudade. Na tela da TV, a transmissão dos jogos do futebol brasileiro já é uma realidade no país.

O treinador Cuca e os atletas Robinho e Daniel Alves.  Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians, Tony Gentile/Reuters e Gustau Nacarin/Reuters

“Sempre que tem jogo, principalmente nos fins de semana, é reunião entre amigos na certa. Aqui em casa cada um torce para um time. Minha mulher e minha filha são palmeirenses, meu filho é santista. Tenho muitos amigos flamenguistas. Fazemos churrascos com frequência e é como se estivéssemos mesmo no Brasil.”

Formado, entre outras coisas em Engenharia Civil, ele já morou em vários países, como Venezuela e Costa Rica. Desde que se mudou para Israel, em 2019, na chamada Aliá, imigração de algum membro da comunidade judaica para Israel, Schwarcz, encontrou no futebol uma maneira de se sentir próximo, ou dentro, do Brasil.

“O futebol nos une e ao mesmo tempo nos transporta para o Brasil. Acompanho inúmeros jogos durante a semana, inclusive os da Europa. Quando nos reunimos, é algo intenso, com brincadeiras, como se estivéssemos no Brasil. E quando alguém vê seu time perder, sai chateado mesmo”, conta.

Da mesma maneira se sentem sua mulher, Crala, psicóloga, a filha Marina, de 23 anos, e o filho David, de 19, que quase se tornou jogador do Barcelona e, depois de atuar em clubes de Israel, não seguiu nada na profissão. Hoje, serve o exército israelense. “O futebol também nos ajuda a nos mantermos unidos longe do Brasil.”

Com a família, Schwarcz acompanha cada jogo como se estivesse no apartamento de sua infância, em São Paulo, onde nasceu. E, por meio das transmissões, traz não só o Corinthians, mas todo o futebol brasileiro para dentro de sua casa, a milhares de quilômetros de distância. Mas ele admite sentir falta do clima em torno do futebol brasileiro, dos botecos e das resenhas.

Schwarcz afirma que, neste momento, a maioria das pessoas que assistem aos jogos do Brasileirão ainda é composta por brasileiros, apesar de toda a paixão dos israelenses pelo futebol pentacampeão mundial. O período de baixa, as polêmicas e o crescimento do futebol europeu fizeram o futebol brasileiro cair em uma espécie de esquecimento.

MÁ FAMA

Quando Schwarcz fala de futebol com israelenses, percebe uma forte mudança na imagem do jogador brasileiro. A fama de País do Futebol já não abre mais tantas portas. “Infelizmente, hoje os comentários, quando ocorrem, são negativos. Antes, falavam sobre Ronaldo, Ronaldinho, Romário. Agora, veem muito mais o lado baladeiro, polêmico, irresponsável de alguns que fazem a carreira na Europa. Nesta semana mesmo, fui ao banco abrir uma conta e o gerente, quando soube que eu era brasileiro, perguntou sobre a situação do Daniel Alves (preso sob acusação de estupro), que repercutiu de forma bastante negativa aqui.”

A tendência, segundo ele, é que quando as transmissões do futebol brasileiro alcançarem também o público israelense, ainda muito voltado às competições europeias, deverá haver uma mudança nessa imagem e a reconquista do público internacional.

“É bom que a população do exterior conheça a história toda, a origem dos jogadores, acompanhe com mais profundidade para compreender mais a luta deles. O futebol assim ganha visibilidade e cria vínculos. É importante que eles saibam que nossos artistas da bola não surgem com um passe de mágica, que também ralam no Brasil. Não é só polêmica, o talento ainda existe. Isso ajudará a recuperar a imagem do futebol brasileiro fora do País”, diz.

Da janela de seu apartamento, em Haifa, Israel, o brasileiro Luis Schwarcz, de 55 anos, vê o estádio Sammy Ofer, que recebe os jogos do Maccabi Haifa, atual campeão israelense, e do Hapoel Haifa. Misturada a alguns prédios baixos nas encostas do Monte Carmel, a vista para o mar completa a paisagem mediterrânea.

É comum ele trocar, em sua mente, a imagem daquele estádio pela da Neo Química Arena ou até do velho Pacaembu, palco de glórias de seu Corinthians. Então, basta se voltar para a sala para saciar um pouco da saudade. Na tela da TV, a transmissão dos jogos do futebol brasileiro já é uma realidade no país.

O treinador Cuca e os atletas Robinho e Daniel Alves.  Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians, Tony Gentile/Reuters e Gustau Nacarin/Reuters

“Sempre que tem jogo, principalmente nos fins de semana, é reunião entre amigos na certa. Aqui em casa cada um torce para um time. Minha mulher e minha filha são palmeirenses, meu filho é santista. Tenho muitos amigos flamenguistas. Fazemos churrascos com frequência e é como se estivéssemos mesmo no Brasil.”

Formado, entre outras coisas em Engenharia Civil, ele já morou em vários países, como Venezuela e Costa Rica. Desde que se mudou para Israel, em 2019, na chamada Aliá, imigração de algum membro da comunidade judaica para Israel, Schwarcz, encontrou no futebol uma maneira de se sentir próximo, ou dentro, do Brasil.

“O futebol nos une e ao mesmo tempo nos transporta para o Brasil. Acompanho inúmeros jogos durante a semana, inclusive os da Europa. Quando nos reunimos, é algo intenso, com brincadeiras, como se estivéssemos no Brasil. E quando alguém vê seu time perder, sai chateado mesmo”, conta.

Da mesma maneira se sentem sua mulher, Crala, psicóloga, a filha Marina, de 23 anos, e o filho David, de 19, que quase se tornou jogador do Barcelona e, depois de atuar em clubes de Israel, não seguiu nada na profissão. Hoje, serve o exército israelense. “O futebol também nos ajuda a nos mantermos unidos longe do Brasil.”

Com a família, Schwarcz acompanha cada jogo como se estivesse no apartamento de sua infância, em São Paulo, onde nasceu. E, por meio das transmissões, traz não só o Corinthians, mas todo o futebol brasileiro para dentro de sua casa, a milhares de quilômetros de distância. Mas ele admite sentir falta do clima em torno do futebol brasileiro, dos botecos e das resenhas.

Schwarcz afirma que, neste momento, a maioria das pessoas que assistem aos jogos do Brasileirão ainda é composta por brasileiros, apesar de toda a paixão dos israelenses pelo futebol pentacampeão mundial. O período de baixa, as polêmicas e o crescimento do futebol europeu fizeram o futebol brasileiro cair em uma espécie de esquecimento.

MÁ FAMA

Quando Schwarcz fala de futebol com israelenses, percebe uma forte mudança na imagem do jogador brasileiro. A fama de País do Futebol já não abre mais tantas portas. “Infelizmente, hoje os comentários, quando ocorrem, são negativos. Antes, falavam sobre Ronaldo, Ronaldinho, Romário. Agora, veem muito mais o lado baladeiro, polêmico, irresponsável de alguns que fazem a carreira na Europa. Nesta semana mesmo, fui ao banco abrir uma conta e o gerente, quando soube que eu era brasileiro, perguntou sobre a situação do Daniel Alves (preso sob acusação de estupro), que repercutiu de forma bastante negativa aqui.”

A tendência, segundo ele, é que quando as transmissões do futebol brasileiro alcançarem também o público israelense, ainda muito voltado às competições europeias, deverá haver uma mudança nessa imagem e a reconquista do público internacional.

“É bom que a população do exterior conheça a história toda, a origem dos jogadores, acompanhe com mais profundidade para compreender mais a luta deles. O futebol assim ganha visibilidade e cria vínculos. É importante que eles saibam que nossos artistas da bola não surgem com um passe de mágica, que também ralam no Brasil. Não é só polêmica, o talento ainda existe. Isso ajudará a recuperar a imagem do futebol brasileiro fora do País”, diz.

Da janela de seu apartamento, em Haifa, Israel, o brasileiro Luis Schwarcz, de 55 anos, vê o estádio Sammy Ofer, que recebe os jogos do Maccabi Haifa, atual campeão israelense, e do Hapoel Haifa. Misturada a alguns prédios baixos nas encostas do Monte Carmel, a vista para o mar completa a paisagem mediterrânea.

É comum ele trocar, em sua mente, a imagem daquele estádio pela da Neo Química Arena ou até do velho Pacaembu, palco de glórias de seu Corinthians. Então, basta se voltar para a sala para saciar um pouco da saudade. Na tela da TV, a transmissão dos jogos do futebol brasileiro já é uma realidade no país.

O treinador Cuca e os atletas Robinho e Daniel Alves.  Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians, Tony Gentile/Reuters e Gustau Nacarin/Reuters

“Sempre que tem jogo, principalmente nos fins de semana, é reunião entre amigos na certa. Aqui em casa cada um torce para um time. Minha mulher e minha filha são palmeirenses, meu filho é santista. Tenho muitos amigos flamenguistas. Fazemos churrascos com frequência e é como se estivéssemos mesmo no Brasil.”

Formado, entre outras coisas em Engenharia Civil, ele já morou em vários países, como Venezuela e Costa Rica. Desde que se mudou para Israel, em 2019, na chamada Aliá, imigração de algum membro da comunidade judaica para Israel, Schwarcz, encontrou no futebol uma maneira de se sentir próximo, ou dentro, do Brasil.

“O futebol nos une e ao mesmo tempo nos transporta para o Brasil. Acompanho inúmeros jogos durante a semana, inclusive os da Europa. Quando nos reunimos, é algo intenso, com brincadeiras, como se estivéssemos no Brasil. E quando alguém vê seu time perder, sai chateado mesmo”, conta.

Da mesma maneira se sentem sua mulher, Crala, psicóloga, a filha Marina, de 23 anos, e o filho David, de 19, que quase se tornou jogador do Barcelona e, depois de atuar em clubes de Israel, não seguiu nada na profissão. Hoje, serve o exército israelense. “O futebol também nos ajuda a nos mantermos unidos longe do Brasil.”

Com a família, Schwarcz acompanha cada jogo como se estivesse no apartamento de sua infância, em São Paulo, onde nasceu. E, por meio das transmissões, traz não só o Corinthians, mas todo o futebol brasileiro para dentro de sua casa, a milhares de quilômetros de distância. Mas ele admite sentir falta do clima em torno do futebol brasileiro, dos botecos e das resenhas.

Schwarcz afirma que, neste momento, a maioria das pessoas que assistem aos jogos do Brasileirão ainda é composta por brasileiros, apesar de toda a paixão dos israelenses pelo futebol pentacampeão mundial. O período de baixa, as polêmicas e o crescimento do futebol europeu fizeram o futebol brasileiro cair em uma espécie de esquecimento.

MÁ FAMA

Quando Schwarcz fala de futebol com israelenses, percebe uma forte mudança na imagem do jogador brasileiro. A fama de País do Futebol já não abre mais tantas portas. “Infelizmente, hoje os comentários, quando ocorrem, são negativos. Antes, falavam sobre Ronaldo, Ronaldinho, Romário. Agora, veem muito mais o lado baladeiro, polêmico, irresponsável de alguns que fazem a carreira na Europa. Nesta semana mesmo, fui ao banco abrir uma conta e o gerente, quando soube que eu era brasileiro, perguntou sobre a situação do Daniel Alves (preso sob acusação de estupro), que repercutiu de forma bastante negativa aqui.”

A tendência, segundo ele, é que quando as transmissões do futebol brasileiro alcançarem também o público israelense, ainda muito voltado às competições europeias, deverá haver uma mudança nessa imagem e a reconquista do público internacional.

“É bom que a população do exterior conheça a história toda, a origem dos jogadores, acompanhe com mais profundidade para compreender mais a luta deles. O futebol assim ganha visibilidade e cria vínculos. É importante que eles saibam que nossos artistas da bola não surgem com um passe de mágica, que também ralam no Brasil. Não é só polêmica, o talento ainda existe. Isso ajudará a recuperar a imagem do futebol brasileiro fora do País”, diz.

Da janela de seu apartamento, em Haifa, Israel, o brasileiro Luis Schwarcz, de 55 anos, vê o estádio Sammy Ofer, que recebe os jogos do Maccabi Haifa, atual campeão israelense, e do Hapoel Haifa. Misturada a alguns prédios baixos nas encostas do Monte Carmel, a vista para o mar completa a paisagem mediterrânea.

É comum ele trocar, em sua mente, a imagem daquele estádio pela da Neo Química Arena ou até do velho Pacaembu, palco de glórias de seu Corinthians. Então, basta se voltar para a sala para saciar um pouco da saudade. Na tela da TV, a transmissão dos jogos do futebol brasileiro já é uma realidade no país.

O treinador Cuca e os atletas Robinho e Daniel Alves.  Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians, Tony Gentile/Reuters e Gustau Nacarin/Reuters

“Sempre que tem jogo, principalmente nos fins de semana, é reunião entre amigos na certa. Aqui em casa cada um torce para um time. Minha mulher e minha filha são palmeirenses, meu filho é santista. Tenho muitos amigos flamenguistas. Fazemos churrascos com frequência e é como se estivéssemos mesmo no Brasil.”

Formado, entre outras coisas em Engenharia Civil, ele já morou em vários países, como Venezuela e Costa Rica. Desde que se mudou para Israel, em 2019, na chamada Aliá, imigração de algum membro da comunidade judaica para Israel, Schwarcz, encontrou no futebol uma maneira de se sentir próximo, ou dentro, do Brasil.

“O futebol nos une e ao mesmo tempo nos transporta para o Brasil. Acompanho inúmeros jogos durante a semana, inclusive os da Europa. Quando nos reunimos, é algo intenso, com brincadeiras, como se estivéssemos no Brasil. E quando alguém vê seu time perder, sai chateado mesmo”, conta.

Da mesma maneira se sentem sua mulher, Crala, psicóloga, a filha Marina, de 23 anos, e o filho David, de 19, que quase se tornou jogador do Barcelona e, depois de atuar em clubes de Israel, não seguiu nada na profissão. Hoje, serve o exército israelense. “O futebol também nos ajuda a nos mantermos unidos longe do Brasil.”

Com a família, Schwarcz acompanha cada jogo como se estivesse no apartamento de sua infância, em São Paulo, onde nasceu. E, por meio das transmissões, traz não só o Corinthians, mas todo o futebol brasileiro para dentro de sua casa, a milhares de quilômetros de distância. Mas ele admite sentir falta do clima em torno do futebol brasileiro, dos botecos e das resenhas.

Schwarcz afirma que, neste momento, a maioria das pessoas que assistem aos jogos do Brasileirão ainda é composta por brasileiros, apesar de toda a paixão dos israelenses pelo futebol pentacampeão mundial. O período de baixa, as polêmicas e o crescimento do futebol europeu fizeram o futebol brasileiro cair em uma espécie de esquecimento.

MÁ FAMA

Quando Schwarcz fala de futebol com israelenses, percebe uma forte mudança na imagem do jogador brasileiro. A fama de País do Futebol já não abre mais tantas portas. “Infelizmente, hoje os comentários, quando ocorrem, são negativos. Antes, falavam sobre Ronaldo, Ronaldinho, Romário. Agora, veem muito mais o lado baladeiro, polêmico, irresponsável de alguns que fazem a carreira na Europa. Nesta semana mesmo, fui ao banco abrir uma conta e o gerente, quando soube que eu era brasileiro, perguntou sobre a situação do Daniel Alves (preso sob acusação de estupro), que repercutiu de forma bastante negativa aqui.”

A tendência, segundo ele, é que quando as transmissões do futebol brasileiro alcançarem também o público israelense, ainda muito voltado às competições europeias, deverá haver uma mudança nessa imagem e a reconquista do público internacional.

“É bom que a população do exterior conheça a história toda, a origem dos jogadores, acompanhe com mais profundidade para compreender mais a luta deles. O futebol assim ganha visibilidade e cria vínculos. É importante que eles saibam que nossos artistas da bola não surgem com um passe de mágica, que também ralam no Brasil. Não é só polêmica, o talento ainda existe. Isso ajudará a recuperar a imagem do futebol brasileiro fora do País”, diz.

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