Impeachment, Carlos Miguel e finanças: as falas polêmicas de Augusto Melo na coletiva do Corinthians


Presidente do clube paulista fala por mais de uma hora e meia e não poupa palavras

Por Daniel Vila Nova
Atualização:

A coletiva de imprensa de Augusto Melo, presidente do Corinthians, sobre a atual situação do clube foi tensa e recheada de respostas polêmicas e falas ríspidas do cartola. Na manhã desta segunda-feira, dia 10 de junho, no CT Joaquim Grava, em São Paulo, Melo falou sobre a saída tumultuada da Vai de Bet, ex-patrocinadora master da equipe, sobre a situação do goleiro Carlos Miguel, sobre as finanças do clube e até mesmo sobre um possível processo de Impeachment contra sua figura.

Ao todo, o presidente falou por mais de uma hora e meia e não poupou palavras. O Estadão separou as respostas mais polêmicas de Augusto Melo. Confira:

Augusto Melo, presidente do Corinthians, em entrevista coletiva nesta segunda-feira. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
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O fim da parceria com a Vai de Bet e os ‘traidores’

Ao ser questionado sobre o fim do maior patrocínio da história do futebol brasileiro, Melo se esquivou de qualquer culpa e afirmou que “traidores” eram responsáveis pelo fim do vínculo com o patrocinador máster do clube. “Foram as pessoas que não aceitam que perderam a eleição. Será que são corintianos de verdade? Será que querem o bem do Corinthians? Infelizmente, as pessoas não querem me ver no Corinthians. Estão tentando nos sufocar politicamente para termos esses problemas financeiros porque estamos resgatando o clube”, afirmou.

Ao ser questionado sobre quem seriam esses traidores, o presidente desconversou e disse que “no final do inquérito vocês vão saber quem são os traidores”. A Vai de Bet finalizou o contrato na sexta-feira de forma abrupta e unilateral após uma série de suspeitas de corrupção no repasse de parte do valor acordado. A suspeita de uma “laranja” na intermediação do acordo virou alvo de investigação por parte do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC).

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Os rumores de Impeachment

A crise política das últimas semanas parece ventilar a possibilidade de Impeachment contra a figura de Augusto Melo. Ciente dos rumores, o atual presidente não mediu palavras na hora de negar qualquer chance de ter seu mandato finalizado mais cedo.

“Não vou largar o cargo. Eles vão ter que nos engolir. O Corinthians vai ser tocado de verdade a partir de agora, sem política”, disse Melo, que chegou à sala de imprensa acompanhado por toda a sua diretoria e parte dos conselheiros. “Impeachment não existe. Não existe motivo para isso. Não penso nisso. Ninguém vai dar golpe aqui. Fui eleito pelo voto popular dos sócios. Terminamos uma dinastia de 16 anos que ninguém aguentava mais”, ele afirmou, se referindo ao grupo político de Andrés Sanchez, que foi derrotado na última eleição.

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A possível saída de Carlos Miguel

Ao ser perguntando sobre a possível transferência do goleiro Carlos Miguel, que recebeu propostas de dois clubes ingleses — West Ham e Nottingham Forest — para se transferir ao futebol europeu, Augusto Melo foi sarcástico. “Carlos Miguel já saiu? Não estou sabendo”, disse.

A possível transferência pegou torcedores de surpresa, visto que após a despedida de Cássio, acreditava-se que a permanência de Carlos Miguel estivesse certa. O presidente reforçou que o jogador continua a treinar no Corinthians e tem contrato vigente. “Não tive nenhuma proposta até agora. Não chegou nada para mim. Não pagaram multa e o menino está aí feliz, trabalhando”, complementou.

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Logo em seguida, no entanto, o presidente revelou que é desejo do arqueiro de 25 anos atuar na Europa e classificou o clube alvinegro como “a maior vitrine do mundo”. “Carlos Miguel falou que, se chegar uma proposta, ele diz que é um sonho jogar na Europa. O Corinthians é a maior vitrine do mundo. Quem joga aqui, joga em qualquer clube do mundo”, declarou Melo.

O atraso dos salários

Conforme noticiado pelo Estadão na última sexta-feira, o Corinthians atrasou o pagamento do mês de maio aos seus funcionários e atletas. O pagamento dos vencimentos deveria ter sido feito na última quinta-feira, 6, mas não foi. O Estadão apurou que, internamente, havia há três meses a tensão e o temor de que os salários iriam atrasar.

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O presidente do Corinthians revelou que chegou a convocar os atletas do clube para uma conversa e “se arrepiou” com a reação dos jogadores. “Eles disseram que estavam fechados comigo”, celebrou Melo. “Meu perfil é olhar na cara, comigo não tem mentira. Isso aqui é minha vida depois da minha família. Vamos tirar o clube dessa”, disse. “Estamos sangrando, mas honrando compromissos.”

O caso Félix Torres e as contas a pagar

Outro grande problema enfrentado pela diretoria corintiana é a situação financeira do clube e as dívidas relativas ao pagamento das parcelas de compras de jogadores. Dentre elas, a do jogador Félix Torres é a que mais preocupa. O clube tem até o dia 20 deste mês para quitar a segunda parcela da compra do zagueiro, R$ 5,8 milhões. Antigo contratante do atleta, a equipe mexicana Santos Laguna já ameaçou ir à Fifa caso o pagamento não seja realizado.

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“Questão de dias ou horas para resolver”, afirmou Melo sobre Torres. “Chegam 10 contas por dia e escolhemos uma ou duas para pagar. Conversamos, pagamos no próximo mês. É difícil… Ao invés de ajudarem, prejudicam nosso fluxo.”

As suspeitas sobre a Ezze

Em um dos momentos mais tensos da coletiva, Melo bateu boca com um jornalista da TV Gazeta. O repórter Tiago Salazar havia questionado o presidente sobre alguns contratos de patrocínio firmados pelo Corinthians, o que desagradou o cartola. Irritado, Melo questionou o profissional. “Quero fazer uma pergunta para ele também. Ultimamente ele vem só investigando, se tornou um jornalista investigativo. Coisa que ele não fez na gestão passada”, afirmou.

“Na gestão passada você investigou também? Então procure saber se a empresa que trouxe nossa patrocinadora de costas tem o CNAE”, disse Melo se referindo a Ezze Seguros, empresa que patrocina o Corinthians desde o começo do ano. O CNAE, ou Classificação Nacional das Atividades Econômicas, é um certificado emitido pelo governo que identifica quais atividades econômicas são exercidas por uma empresa.

Salazar ainda respondeu o questionamento de Melo e disse que já havia checado e que estava tudo certo com o patrocínio que havia sido acordado na gestão de Duílio Monteiro Alves, antecessor de Melo e rival político do atual presidente.

A coletiva de imprensa de Augusto Melo, presidente do Corinthians, sobre a atual situação do clube foi tensa e recheada de respostas polêmicas e falas ríspidas do cartola. Na manhã desta segunda-feira, dia 10 de junho, no CT Joaquim Grava, em São Paulo, Melo falou sobre a saída tumultuada da Vai de Bet, ex-patrocinadora master da equipe, sobre a situação do goleiro Carlos Miguel, sobre as finanças do clube e até mesmo sobre um possível processo de Impeachment contra sua figura.

Ao todo, o presidente falou por mais de uma hora e meia e não poupou palavras. O Estadão separou as respostas mais polêmicas de Augusto Melo. Confira:

Augusto Melo, presidente do Corinthians, em entrevista coletiva nesta segunda-feira. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

O fim da parceria com a Vai de Bet e os ‘traidores’

Ao ser questionado sobre o fim do maior patrocínio da história do futebol brasileiro, Melo se esquivou de qualquer culpa e afirmou que “traidores” eram responsáveis pelo fim do vínculo com o patrocinador máster do clube. “Foram as pessoas que não aceitam que perderam a eleição. Será que são corintianos de verdade? Será que querem o bem do Corinthians? Infelizmente, as pessoas não querem me ver no Corinthians. Estão tentando nos sufocar politicamente para termos esses problemas financeiros porque estamos resgatando o clube”, afirmou.

Ao ser questionado sobre quem seriam esses traidores, o presidente desconversou e disse que “no final do inquérito vocês vão saber quem são os traidores”. A Vai de Bet finalizou o contrato na sexta-feira de forma abrupta e unilateral após uma série de suspeitas de corrupção no repasse de parte do valor acordado. A suspeita de uma “laranja” na intermediação do acordo virou alvo de investigação por parte do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC).

Os rumores de Impeachment

A crise política das últimas semanas parece ventilar a possibilidade de Impeachment contra a figura de Augusto Melo. Ciente dos rumores, o atual presidente não mediu palavras na hora de negar qualquer chance de ter seu mandato finalizado mais cedo.

“Não vou largar o cargo. Eles vão ter que nos engolir. O Corinthians vai ser tocado de verdade a partir de agora, sem política”, disse Melo, que chegou à sala de imprensa acompanhado por toda a sua diretoria e parte dos conselheiros. “Impeachment não existe. Não existe motivo para isso. Não penso nisso. Ninguém vai dar golpe aqui. Fui eleito pelo voto popular dos sócios. Terminamos uma dinastia de 16 anos que ninguém aguentava mais”, ele afirmou, se referindo ao grupo político de Andrés Sanchez, que foi derrotado na última eleição.

A possível saída de Carlos Miguel

Ao ser perguntando sobre a possível transferência do goleiro Carlos Miguel, que recebeu propostas de dois clubes ingleses — West Ham e Nottingham Forest — para se transferir ao futebol europeu, Augusto Melo foi sarcástico. “Carlos Miguel já saiu? Não estou sabendo”, disse.

A possível transferência pegou torcedores de surpresa, visto que após a despedida de Cássio, acreditava-se que a permanência de Carlos Miguel estivesse certa. O presidente reforçou que o jogador continua a treinar no Corinthians e tem contrato vigente. “Não tive nenhuma proposta até agora. Não chegou nada para mim. Não pagaram multa e o menino está aí feliz, trabalhando”, complementou.

Logo em seguida, no entanto, o presidente revelou que é desejo do arqueiro de 25 anos atuar na Europa e classificou o clube alvinegro como “a maior vitrine do mundo”. “Carlos Miguel falou que, se chegar uma proposta, ele diz que é um sonho jogar na Europa. O Corinthians é a maior vitrine do mundo. Quem joga aqui, joga em qualquer clube do mundo”, declarou Melo.

O atraso dos salários

Conforme noticiado pelo Estadão na última sexta-feira, o Corinthians atrasou o pagamento do mês de maio aos seus funcionários e atletas. O pagamento dos vencimentos deveria ter sido feito na última quinta-feira, 6, mas não foi. O Estadão apurou que, internamente, havia há três meses a tensão e o temor de que os salários iriam atrasar.

O presidente do Corinthians revelou que chegou a convocar os atletas do clube para uma conversa e “se arrepiou” com a reação dos jogadores. “Eles disseram que estavam fechados comigo”, celebrou Melo. “Meu perfil é olhar na cara, comigo não tem mentira. Isso aqui é minha vida depois da minha família. Vamos tirar o clube dessa”, disse. “Estamos sangrando, mas honrando compromissos.”

O caso Félix Torres e as contas a pagar

Outro grande problema enfrentado pela diretoria corintiana é a situação financeira do clube e as dívidas relativas ao pagamento das parcelas de compras de jogadores. Dentre elas, a do jogador Félix Torres é a que mais preocupa. O clube tem até o dia 20 deste mês para quitar a segunda parcela da compra do zagueiro, R$ 5,8 milhões. Antigo contratante do atleta, a equipe mexicana Santos Laguna já ameaçou ir à Fifa caso o pagamento não seja realizado.

“Questão de dias ou horas para resolver”, afirmou Melo sobre Torres. “Chegam 10 contas por dia e escolhemos uma ou duas para pagar. Conversamos, pagamos no próximo mês. É difícil… Ao invés de ajudarem, prejudicam nosso fluxo.”

As suspeitas sobre a Ezze

Em um dos momentos mais tensos da coletiva, Melo bateu boca com um jornalista da TV Gazeta. O repórter Tiago Salazar havia questionado o presidente sobre alguns contratos de patrocínio firmados pelo Corinthians, o que desagradou o cartola. Irritado, Melo questionou o profissional. “Quero fazer uma pergunta para ele também. Ultimamente ele vem só investigando, se tornou um jornalista investigativo. Coisa que ele não fez na gestão passada”, afirmou.

“Na gestão passada você investigou também? Então procure saber se a empresa que trouxe nossa patrocinadora de costas tem o CNAE”, disse Melo se referindo a Ezze Seguros, empresa que patrocina o Corinthians desde o começo do ano. O CNAE, ou Classificação Nacional das Atividades Econômicas, é um certificado emitido pelo governo que identifica quais atividades econômicas são exercidas por uma empresa.

Salazar ainda respondeu o questionamento de Melo e disse que já havia checado e que estava tudo certo com o patrocínio que havia sido acordado na gestão de Duílio Monteiro Alves, antecessor de Melo e rival político do atual presidente.

A coletiva de imprensa de Augusto Melo, presidente do Corinthians, sobre a atual situação do clube foi tensa e recheada de respostas polêmicas e falas ríspidas do cartola. Na manhã desta segunda-feira, dia 10 de junho, no CT Joaquim Grava, em São Paulo, Melo falou sobre a saída tumultuada da Vai de Bet, ex-patrocinadora master da equipe, sobre a situação do goleiro Carlos Miguel, sobre as finanças do clube e até mesmo sobre um possível processo de Impeachment contra sua figura.

Ao todo, o presidente falou por mais de uma hora e meia e não poupou palavras. O Estadão separou as respostas mais polêmicas de Augusto Melo. Confira:

Augusto Melo, presidente do Corinthians, em entrevista coletiva nesta segunda-feira. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

O fim da parceria com a Vai de Bet e os ‘traidores’

Ao ser questionado sobre o fim do maior patrocínio da história do futebol brasileiro, Melo se esquivou de qualquer culpa e afirmou que “traidores” eram responsáveis pelo fim do vínculo com o patrocinador máster do clube. “Foram as pessoas que não aceitam que perderam a eleição. Será que são corintianos de verdade? Será que querem o bem do Corinthians? Infelizmente, as pessoas não querem me ver no Corinthians. Estão tentando nos sufocar politicamente para termos esses problemas financeiros porque estamos resgatando o clube”, afirmou.

Ao ser questionado sobre quem seriam esses traidores, o presidente desconversou e disse que “no final do inquérito vocês vão saber quem são os traidores”. A Vai de Bet finalizou o contrato na sexta-feira de forma abrupta e unilateral após uma série de suspeitas de corrupção no repasse de parte do valor acordado. A suspeita de uma “laranja” na intermediação do acordo virou alvo de investigação por parte do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC).

Os rumores de Impeachment

A crise política das últimas semanas parece ventilar a possibilidade de Impeachment contra a figura de Augusto Melo. Ciente dos rumores, o atual presidente não mediu palavras na hora de negar qualquer chance de ter seu mandato finalizado mais cedo.

“Não vou largar o cargo. Eles vão ter que nos engolir. O Corinthians vai ser tocado de verdade a partir de agora, sem política”, disse Melo, que chegou à sala de imprensa acompanhado por toda a sua diretoria e parte dos conselheiros. “Impeachment não existe. Não existe motivo para isso. Não penso nisso. Ninguém vai dar golpe aqui. Fui eleito pelo voto popular dos sócios. Terminamos uma dinastia de 16 anos que ninguém aguentava mais”, ele afirmou, se referindo ao grupo político de Andrés Sanchez, que foi derrotado na última eleição.

A possível saída de Carlos Miguel

Ao ser perguntando sobre a possível transferência do goleiro Carlos Miguel, que recebeu propostas de dois clubes ingleses — West Ham e Nottingham Forest — para se transferir ao futebol europeu, Augusto Melo foi sarcástico. “Carlos Miguel já saiu? Não estou sabendo”, disse.

A possível transferência pegou torcedores de surpresa, visto que após a despedida de Cássio, acreditava-se que a permanência de Carlos Miguel estivesse certa. O presidente reforçou que o jogador continua a treinar no Corinthians e tem contrato vigente. “Não tive nenhuma proposta até agora. Não chegou nada para mim. Não pagaram multa e o menino está aí feliz, trabalhando”, complementou.

Logo em seguida, no entanto, o presidente revelou que é desejo do arqueiro de 25 anos atuar na Europa e classificou o clube alvinegro como “a maior vitrine do mundo”. “Carlos Miguel falou que, se chegar uma proposta, ele diz que é um sonho jogar na Europa. O Corinthians é a maior vitrine do mundo. Quem joga aqui, joga em qualquer clube do mundo”, declarou Melo.

O atraso dos salários

Conforme noticiado pelo Estadão na última sexta-feira, o Corinthians atrasou o pagamento do mês de maio aos seus funcionários e atletas. O pagamento dos vencimentos deveria ter sido feito na última quinta-feira, 6, mas não foi. O Estadão apurou que, internamente, havia há três meses a tensão e o temor de que os salários iriam atrasar.

O presidente do Corinthians revelou que chegou a convocar os atletas do clube para uma conversa e “se arrepiou” com a reação dos jogadores. “Eles disseram que estavam fechados comigo”, celebrou Melo. “Meu perfil é olhar na cara, comigo não tem mentira. Isso aqui é minha vida depois da minha família. Vamos tirar o clube dessa”, disse. “Estamos sangrando, mas honrando compromissos.”

O caso Félix Torres e as contas a pagar

Outro grande problema enfrentado pela diretoria corintiana é a situação financeira do clube e as dívidas relativas ao pagamento das parcelas de compras de jogadores. Dentre elas, a do jogador Félix Torres é a que mais preocupa. O clube tem até o dia 20 deste mês para quitar a segunda parcela da compra do zagueiro, R$ 5,8 milhões. Antigo contratante do atleta, a equipe mexicana Santos Laguna já ameaçou ir à Fifa caso o pagamento não seja realizado.

“Questão de dias ou horas para resolver”, afirmou Melo sobre Torres. “Chegam 10 contas por dia e escolhemos uma ou duas para pagar. Conversamos, pagamos no próximo mês. É difícil… Ao invés de ajudarem, prejudicam nosso fluxo.”

As suspeitas sobre a Ezze

Em um dos momentos mais tensos da coletiva, Melo bateu boca com um jornalista da TV Gazeta. O repórter Tiago Salazar havia questionado o presidente sobre alguns contratos de patrocínio firmados pelo Corinthians, o que desagradou o cartola. Irritado, Melo questionou o profissional. “Quero fazer uma pergunta para ele também. Ultimamente ele vem só investigando, se tornou um jornalista investigativo. Coisa que ele não fez na gestão passada”, afirmou.

“Na gestão passada você investigou também? Então procure saber se a empresa que trouxe nossa patrocinadora de costas tem o CNAE”, disse Melo se referindo a Ezze Seguros, empresa que patrocina o Corinthians desde o começo do ano. O CNAE, ou Classificação Nacional das Atividades Econômicas, é um certificado emitido pelo governo que identifica quais atividades econômicas são exercidas por uma empresa.

Salazar ainda respondeu o questionamento de Melo e disse que já havia checado e que estava tudo certo com o patrocínio que havia sido acordado na gestão de Duílio Monteiro Alves, antecessor de Melo e rival político do atual presidente.

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