Impedimento semiautomático: entenda como funciona tecnologia usada pela arbitragem na Copa do Catar


Ferramenta visa diminuir o tempo de checagem do VAR nos jogos do Mundial de 2022 e prega “erro zero” nesse tipo de lance, com chip na bola e muito mais câmeras no estádio

Por Rodrigo Sampaio
Atualização:

A Copa do Mundo do Catar trouxe mais uma novidade tecnológica para auxiliar a arbitragem. Trata-se do impedimento semiautomático, ferramenta que visa diminuir o tempo de checagem do árbitro assistente de vídeo (VAR, sigla em inglês) em possíveis gols irregulares e dar mais agilidade às partidas, aumentando o tempo de bola rolando. Também prega o “erro zero” para esse tipo de jogada. A Fifa anunciou o uso do recurso para o Mundial em agosto após uma série de debates internos e também com a International Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol. Mecanismo foi utilizado para anular gol do Irã contra o País de Gales nesta sexta-feira, em duelo do Grupo A.

Segundo a Fifa, o tempo médio para a checagem de impedimento pelo VAR dura, em média, 1m10s. A expectativa é de que o tempo de análise para lances difíceis na Copa seja entre 20 e 25 segundos. A tecnologia foi utilizada de maneira crucial na partida entre Argentina x Arábia Saudita. Os argentinos tiveram três gols anulados. No segundo deles, Lautaro Martínez saiu na cara do goleiro e marcou de cavadinha. O lance foi checado em menos de um minuto, com a transmissão mostrando que o atacante estava adiantado com um dos ombros na frente do rival.

continua após a publicidade

Para a marcação do impedimento, não são considerados as mãos e braços de todos os jogadores, incluindo os goleiros. Para fins de determinação do traçado da linha de impedimento no VAR, a parte superior do braço deve estar alinhada com a parte inferior da axila. Como o ombro não faz parte do braço no entendimento da arbitragem, é levado em consideração no julgamento de impedimento, bem como é possível marcar um gol com a região.

Lautaro Martinez teve um gol na anulado com ajuda do impedimento semiautomático Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP

Como funciona o impedimento semiautomático?

continua após a publicidade

Os estádios do Mundial do Catar são equipados com 12 câmeras superiores para rastrear a bola e a posição exata dos jogadores, com capacidade de diferenciar 29 pontos específicos do corpo de cada atleta, 50 vezes por segundo. A bola, por sua vez, possui um sensor de medição inercial instalado em seu centro para determinar o momento exato em que o autor do passe fez o contato com ela, gerando o ponto de partida para iniciar toda a checagem.

O sensor envia os dados da bola para a sala de operações de vídeo 500 vezes por segundo, permitindo uma detecção muito precisa do ponto do chute, o marco zero. Uma vez percebida a irregularidade, baseada na posição do jogador que recebeu a bola e o instante do passe, os dados são processados por uma inteligência artificial que enviará um alerta à sala da equipe de arbitragem de vídeo.

Os árbitros, então, checam a posição e a linha de impedimento, ambas geradas automaticamente, substituindo o atual traçamento manual de linhas, como ocorre no Brasil, por exemplo, antes de comunicar a decisão ao árbitro de campo. Depois, uma animação 3D será gerada com base nesses dados e exibida nos telões dos estádios e nas transmissões televisivas, no intuito de deixar o processo mais transparente ao torcedor. É tecnologia pura. Essa imagem 3D é novidade também, de modo a deixar o torcedor informado por todos os ângulos. Contudo, as imagens só devem aparecer ao público na paralisação seguinte ao impedimento.

continua após a publicidade

Se os árbitros da partida de vídeo não concordarem com o ponto de chute e/ou linha de impedimento proposto pelo sistema, eles podem selecionar manualmente o ponto de chute e usar as ferramentas existentes para traçar a linha de impedimento, voltando ao processo manual. Como tudo isso está sendo ‘testado’, pode haver falhas. Ao que se sabe, ainda não aconteceu.

Seu navegador não suporta esse video.

Tecnologia do impedimento semiautomático será usada na Copa do Catar

Como o impedimento é marcado atualmente em outras competições?

continua após a publicidade

Atualmente, os impedimentos são analisados da seguinte forma: a empresa responsável pela geração das imagens utilizadas na transmissão recupera o lance em questão e forma as linhas que vão ser traçadas pelo árbitro de vídeo no “retrato” da jogada. O responsável pela cabine do VAR então indica os pontos de referência que serão usados para o traçado, como por exemplo o pé direito de um defensor e o tronco do autor do gol.

A tecnologia indica a irregularidade por meio do conceito da paralaxe, que é a aparente mudança de localização de um objeto conforme é observado por quem está posicionado em locais diferentes. Isso explica porque nem sempre o ângulo da câmera apresentado na TV para os telespectadores é o ideal para se chegar a uma conclusão.

Quando a tecnologia será implementada em outras competições?

continua após a publicidade

Para Leonardo Gaciba, ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, o futebol brasileiro ainda não tem a estrutura necessária para colocar em prática a novidade . “Até 8 câmeras são utilizadas para checar impedimento. No Brasil, na Série A, temos diversos jogos com 7 para a transmissão. Não vejo viabilidade neste momento”. Vale lembrar que a implementação do VAR na Série B ocorreu apenas na temporada deste ano.

A Uefa implementou o uso da tecnologia pela primeira vez em agosto deste ano, na final da Supercopa entre Real Madrid x Eintracht Frankfurt, vencido pelos madrilenhos por 2 a 0. Desde então, a tecnologia vem sendo utilizada nas Liga dos Campeões, Liga Europa e Campeonato Inglês.

A Copa do Mundo do Catar trouxe mais uma novidade tecnológica para auxiliar a arbitragem. Trata-se do impedimento semiautomático, ferramenta que visa diminuir o tempo de checagem do árbitro assistente de vídeo (VAR, sigla em inglês) em possíveis gols irregulares e dar mais agilidade às partidas, aumentando o tempo de bola rolando. Também prega o “erro zero” para esse tipo de jogada. A Fifa anunciou o uso do recurso para o Mundial em agosto após uma série de debates internos e também com a International Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol. Mecanismo foi utilizado para anular gol do Irã contra o País de Gales nesta sexta-feira, em duelo do Grupo A.

Segundo a Fifa, o tempo médio para a checagem de impedimento pelo VAR dura, em média, 1m10s. A expectativa é de que o tempo de análise para lances difíceis na Copa seja entre 20 e 25 segundos. A tecnologia foi utilizada de maneira crucial na partida entre Argentina x Arábia Saudita. Os argentinos tiveram três gols anulados. No segundo deles, Lautaro Martínez saiu na cara do goleiro e marcou de cavadinha. O lance foi checado em menos de um minuto, com a transmissão mostrando que o atacante estava adiantado com um dos ombros na frente do rival.

Para a marcação do impedimento, não são considerados as mãos e braços de todos os jogadores, incluindo os goleiros. Para fins de determinação do traçado da linha de impedimento no VAR, a parte superior do braço deve estar alinhada com a parte inferior da axila. Como o ombro não faz parte do braço no entendimento da arbitragem, é levado em consideração no julgamento de impedimento, bem como é possível marcar um gol com a região.

Lautaro Martinez teve um gol na anulado com ajuda do impedimento semiautomático Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP

Como funciona o impedimento semiautomático?

Os estádios do Mundial do Catar são equipados com 12 câmeras superiores para rastrear a bola e a posição exata dos jogadores, com capacidade de diferenciar 29 pontos específicos do corpo de cada atleta, 50 vezes por segundo. A bola, por sua vez, possui um sensor de medição inercial instalado em seu centro para determinar o momento exato em que o autor do passe fez o contato com ela, gerando o ponto de partida para iniciar toda a checagem.

O sensor envia os dados da bola para a sala de operações de vídeo 500 vezes por segundo, permitindo uma detecção muito precisa do ponto do chute, o marco zero. Uma vez percebida a irregularidade, baseada na posição do jogador que recebeu a bola e o instante do passe, os dados são processados por uma inteligência artificial que enviará um alerta à sala da equipe de arbitragem de vídeo.

Os árbitros, então, checam a posição e a linha de impedimento, ambas geradas automaticamente, substituindo o atual traçamento manual de linhas, como ocorre no Brasil, por exemplo, antes de comunicar a decisão ao árbitro de campo. Depois, uma animação 3D será gerada com base nesses dados e exibida nos telões dos estádios e nas transmissões televisivas, no intuito de deixar o processo mais transparente ao torcedor. É tecnologia pura. Essa imagem 3D é novidade também, de modo a deixar o torcedor informado por todos os ângulos. Contudo, as imagens só devem aparecer ao público na paralisação seguinte ao impedimento.

Se os árbitros da partida de vídeo não concordarem com o ponto de chute e/ou linha de impedimento proposto pelo sistema, eles podem selecionar manualmente o ponto de chute e usar as ferramentas existentes para traçar a linha de impedimento, voltando ao processo manual. Como tudo isso está sendo ‘testado’, pode haver falhas. Ao que se sabe, ainda não aconteceu.

Seu navegador não suporta esse video.

Tecnologia do impedimento semiautomático será usada na Copa do Catar

Como o impedimento é marcado atualmente em outras competições?

Atualmente, os impedimentos são analisados da seguinte forma: a empresa responsável pela geração das imagens utilizadas na transmissão recupera o lance em questão e forma as linhas que vão ser traçadas pelo árbitro de vídeo no “retrato” da jogada. O responsável pela cabine do VAR então indica os pontos de referência que serão usados para o traçado, como por exemplo o pé direito de um defensor e o tronco do autor do gol.

A tecnologia indica a irregularidade por meio do conceito da paralaxe, que é a aparente mudança de localização de um objeto conforme é observado por quem está posicionado em locais diferentes. Isso explica porque nem sempre o ângulo da câmera apresentado na TV para os telespectadores é o ideal para se chegar a uma conclusão.

Quando a tecnologia será implementada em outras competições?

Para Leonardo Gaciba, ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, o futebol brasileiro ainda não tem a estrutura necessária para colocar em prática a novidade . “Até 8 câmeras são utilizadas para checar impedimento. No Brasil, na Série A, temos diversos jogos com 7 para a transmissão. Não vejo viabilidade neste momento”. Vale lembrar que a implementação do VAR na Série B ocorreu apenas na temporada deste ano.

A Uefa implementou o uso da tecnologia pela primeira vez em agosto deste ano, na final da Supercopa entre Real Madrid x Eintracht Frankfurt, vencido pelos madrilenhos por 2 a 0. Desde então, a tecnologia vem sendo utilizada nas Liga dos Campeões, Liga Europa e Campeonato Inglês.

A Copa do Mundo do Catar trouxe mais uma novidade tecnológica para auxiliar a arbitragem. Trata-se do impedimento semiautomático, ferramenta que visa diminuir o tempo de checagem do árbitro assistente de vídeo (VAR, sigla em inglês) em possíveis gols irregulares e dar mais agilidade às partidas, aumentando o tempo de bola rolando. Também prega o “erro zero” para esse tipo de jogada. A Fifa anunciou o uso do recurso para o Mundial em agosto após uma série de debates internos e também com a International Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol. Mecanismo foi utilizado para anular gol do Irã contra o País de Gales nesta sexta-feira, em duelo do Grupo A.

Segundo a Fifa, o tempo médio para a checagem de impedimento pelo VAR dura, em média, 1m10s. A expectativa é de que o tempo de análise para lances difíceis na Copa seja entre 20 e 25 segundos. A tecnologia foi utilizada de maneira crucial na partida entre Argentina x Arábia Saudita. Os argentinos tiveram três gols anulados. No segundo deles, Lautaro Martínez saiu na cara do goleiro e marcou de cavadinha. O lance foi checado em menos de um minuto, com a transmissão mostrando que o atacante estava adiantado com um dos ombros na frente do rival.

Para a marcação do impedimento, não são considerados as mãos e braços de todos os jogadores, incluindo os goleiros. Para fins de determinação do traçado da linha de impedimento no VAR, a parte superior do braço deve estar alinhada com a parte inferior da axila. Como o ombro não faz parte do braço no entendimento da arbitragem, é levado em consideração no julgamento de impedimento, bem como é possível marcar um gol com a região.

Lautaro Martinez teve um gol na anulado com ajuda do impedimento semiautomático Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP

Como funciona o impedimento semiautomático?

Os estádios do Mundial do Catar são equipados com 12 câmeras superiores para rastrear a bola e a posição exata dos jogadores, com capacidade de diferenciar 29 pontos específicos do corpo de cada atleta, 50 vezes por segundo. A bola, por sua vez, possui um sensor de medição inercial instalado em seu centro para determinar o momento exato em que o autor do passe fez o contato com ela, gerando o ponto de partida para iniciar toda a checagem.

O sensor envia os dados da bola para a sala de operações de vídeo 500 vezes por segundo, permitindo uma detecção muito precisa do ponto do chute, o marco zero. Uma vez percebida a irregularidade, baseada na posição do jogador que recebeu a bola e o instante do passe, os dados são processados por uma inteligência artificial que enviará um alerta à sala da equipe de arbitragem de vídeo.

Os árbitros, então, checam a posição e a linha de impedimento, ambas geradas automaticamente, substituindo o atual traçamento manual de linhas, como ocorre no Brasil, por exemplo, antes de comunicar a decisão ao árbitro de campo. Depois, uma animação 3D será gerada com base nesses dados e exibida nos telões dos estádios e nas transmissões televisivas, no intuito de deixar o processo mais transparente ao torcedor. É tecnologia pura. Essa imagem 3D é novidade também, de modo a deixar o torcedor informado por todos os ângulos. Contudo, as imagens só devem aparecer ao público na paralisação seguinte ao impedimento.

Se os árbitros da partida de vídeo não concordarem com o ponto de chute e/ou linha de impedimento proposto pelo sistema, eles podem selecionar manualmente o ponto de chute e usar as ferramentas existentes para traçar a linha de impedimento, voltando ao processo manual. Como tudo isso está sendo ‘testado’, pode haver falhas. Ao que se sabe, ainda não aconteceu.

Seu navegador não suporta esse video.

Tecnologia do impedimento semiautomático será usada na Copa do Catar

Como o impedimento é marcado atualmente em outras competições?

Atualmente, os impedimentos são analisados da seguinte forma: a empresa responsável pela geração das imagens utilizadas na transmissão recupera o lance em questão e forma as linhas que vão ser traçadas pelo árbitro de vídeo no “retrato” da jogada. O responsável pela cabine do VAR então indica os pontos de referência que serão usados para o traçado, como por exemplo o pé direito de um defensor e o tronco do autor do gol.

A tecnologia indica a irregularidade por meio do conceito da paralaxe, que é a aparente mudança de localização de um objeto conforme é observado por quem está posicionado em locais diferentes. Isso explica porque nem sempre o ângulo da câmera apresentado na TV para os telespectadores é o ideal para se chegar a uma conclusão.

Quando a tecnologia será implementada em outras competições?

Para Leonardo Gaciba, ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, o futebol brasileiro ainda não tem a estrutura necessária para colocar em prática a novidade . “Até 8 câmeras são utilizadas para checar impedimento. No Brasil, na Série A, temos diversos jogos com 7 para a transmissão. Não vejo viabilidade neste momento”. Vale lembrar que a implementação do VAR na Série B ocorreu apenas na temporada deste ano.

A Uefa implementou o uso da tecnologia pela primeira vez em agosto deste ano, na final da Supercopa entre Real Madrid x Eintracht Frankfurt, vencido pelos madrilenhos por 2 a 0. Desde então, a tecnologia vem sendo utilizada nas Liga dos Campeões, Liga Europa e Campeonato Inglês.

A Copa do Mundo do Catar trouxe mais uma novidade tecnológica para auxiliar a arbitragem. Trata-se do impedimento semiautomático, ferramenta que visa diminuir o tempo de checagem do árbitro assistente de vídeo (VAR, sigla em inglês) em possíveis gols irregulares e dar mais agilidade às partidas, aumentando o tempo de bola rolando. Também prega o “erro zero” para esse tipo de jogada. A Fifa anunciou o uso do recurso para o Mundial em agosto após uma série de debates internos e também com a International Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol. Mecanismo foi utilizado para anular gol do Irã contra o País de Gales nesta sexta-feira, em duelo do Grupo A.

Segundo a Fifa, o tempo médio para a checagem de impedimento pelo VAR dura, em média, 1m10s. A expectativa é de que o tempo de análise para lances difíceis na Copa seja entre 20 e 25 segundos. A tecnologia foi utilizada de maneira crucial na partida entre Argentina x Arábia Saudita. Os argentinos tiveram três gols anulados. No segundo deles, Lautaro Martínez saiu na cara do goleiro e marcou de cavadinha. O lance foi checado em menos de um minuto, com a transmissão mostrando que o atacante estava adiantado com um dos ombros na frente do rival.

Para a marcação do impedimento, não são considerados as mãos e braços de todos os jogadores, incluindo os goleiros. Para fins de determinação do traçado da linha de impedimento no VAR, a parte superior do braço deve estar alinhada com a parte inferior da axila. Como o ombro não faz parte do braço no entendimento da arbitragem, é levado em consideração no julgamento de impedimento, bem como é possível marcar um gol com a região.

Lautaro Martinez teve um gol na anulado com ajuda do impedimento semiautomático Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP

Como funciona o impedimento semiautomático?

Os estádios do Mundial do Catar são equipados com 12 câmeras superiores para rastrear a bola e a posição exata dos jogadores, com capacidade de diferenciar 29 pontos específicos do corpo de cada atleta, 50 vezes por segundo. A bola, por sua vez, possui um sensor de medição inercial instalado em seu centro para determinar o momento exato em que o autor do passe fez o contato com ela, gerando o ponto de partida para iniciar toda a checagem.

O sensor envia os dados da bola para a sala de operações de vídeo 500 vezes por segundo, permitindo uma detecção muito precisa do ponto do chute, o marco zero. Uma vez percebida a irregularidade, baseada na posição do jogador que recebeu a bola e o instante do passe, os dados são processados por uma inteligência artificial que enviará um alerta à sala da equipe de arbitragem de vídeo.

Os árbitros, então, checam a posição e a linha de impedimento, ambas geradas automaticamente, substituindo o atual traçamento manual de linhas, como ocorre no Brasil, por exemplo, antes de comunicar a decisão ao árbitro de campo. Depois, uma animação 3D será gerada com base nesses dados e exibida nos telões dos estádios e nas transmissões televisivas, no intuito de deixar o processo mais transparente ao torcedor. É tecnologia pura. Essa imagem 3D é novidade também, de modo a deixar o torcedor informado por todos os ângulos. Contudo, as imagens só devem aparecer ao público na paralisação seguinte ao impedimento.

Se os árbitros da partida de vídeo não concordarem com o ponto de chute e/ou linha de impedimento proposto pelo sistema, eles podem selecionar manualmente o ponto de chute e usar as ferramentas existentes para traçar a linha de impedimento, voltando ao processo manual. Como tudo isso está sendo ‘testado’, pode haver falhas. Ao que se sabe, ainda não aconteceu.

Seu navegador não suporta esse video.

Tecnologia do impedimento semiautomático será usada na Copa do Catar

Como o impedimento é marcado atualmente em outras competições?

Atualmente, os impedimentos são analisados da seguinte forma: a empresa responsável pela geração das imagens utilizadas na transmissão recupera o lance em questão e forma as linhas que vão ser traçadas pelo árbitro de vídeo no “retrato” da jogada. O responsável pela cabine do VAR então indica os pontos de referência que serão usados para o traçado, como por exemplo o pé direito de um defensor e o tronco do autor do gol.

A tecnologia indica a irregularidade por meio do conceito da paralaxe, que é a aparente mudança de localização de um objeto conforme é observado por quem está posicionado em locais diferentes. Isso explica porque nem sempre o ângulo da câmera apresentado na TV para os telespectadores é o ideal para se chegar a uma conclusão.

Quando a tecnologia será implementada em outras competições?

Para Leonardo Gaciba, ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, o futebol brasileiro ainda não tem a estrutura necessária para colocar em prática a novidade . “Até 8 câmeras são utilizadas para checar impedimento. No Brasil, na Série A, temos diversos jogos com 7 para a transmissão. Não vejo viabilidade neste momento”. Vale lembrar que a implementação do VAR na Série B ocorreu apenas na temporada deste ano.

A Uefa implementou o uso da tecnologia pela primeira vez em agosto deste ano, na final da Supercopa entre Real Madrid x Eintracht Frankfurt, vencido pelos madrilenhos por 2 a 0. Desde então, a tecnologia vem sendo utilizada nas Liga dos Campeões, Liga Europa e Campeonato Inglês.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.