Imprensa do Irã culpa manifestações no país pela goleada sofrida para Inglaterra


Para jornais iranianos, seleção entrou em campo sob pressão e desorientada por conta dos protestos no país

Por Wilson Baldini Jr
Atualização:

A mídia iraniana afirmou que a seleção nacional entrou para enfrentar a Inglaterra sob pressão e desorientada por causa das manifestações ocorridas no país devido à morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, enquanto estava sob custódia policial. Ela foi presa pela Patrulha de Orientação, uma polícia da moralidade, por não usar um hijabe (lenço na cabeça) corretamente.

A imprensa do Irã tentou culpar goleada de 6 a 2 sofrida diante dos ingleses na estreia do Mundial do Catar pela agitação que dominou a República Islâmica desde a morte de Amini. Jornais iranianos voltou-se para a tática familiar de acusar inimigos estrangeiros, incluindo os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e Israel, de incitarem protestos para deixar a equipe fora de jogo.

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The front page of the hard-line Iranian newspaper, Vatan-e Emrooz, bottom, with a headline reading in Farsi: "Wounded, but hopeful," shows Iranian soccer player Mehdi Taremi during the match on Monday with England in the World Cup in Qatar which Iran lost 6-2, in downtown Tehran, Iran, Tuesday, Nov. 22, 2022. Iran is playing at the World Cup as it is being rocked by monthslong protests following the Sept. 16 death of a 22-year-old woman who had been earlier arrested by the country's morality police. (AP Photo/Vahid Salemi) Foto: AP / AP

“Irã - 2; Inglaterra, Israel, Arábia Saudita e traidores - 6″, disse a manchete no diário Kayhan. O jornal, cujo editor-chefe é nomeado pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que a derrota do Irã ocorreu depois de “semanas de guerra psicológica injusta e sem precedentes contra a equipe”.

Torcedores do Irã nas arquibancadas durante o jogo na segunda-feira entoaram o nome de Amini, seguraram cartazes e usaram camisetas com slogans de protesto e vaias durante o hino nacional. Muitos fãs pareciam em conflito sobre a possibilidade de apoiar sua seleção nacional contra o pano de fundo da violenta repressão das forças de segurança às manifestações.

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Pelo menos 419 pessoas foram mortas desde o início dos protestos há pouco mais de dois meses, de acordo com o vigilantes Ativistas dos Direitos Humanos no Irã. Durante o jogo, Forças de Segurança Iranianas dispararam tiros contra manifestantes em uma cidade curda no oeste do país.

Vatanemrooz, outro diário linha-dura, relatou que os manifestantes no Irã comemoraram a derrota humilhante de seu país nas ruas, “explodindo em aplausos em cafés quando a Inglaterra marcou gols e buzinando com alegria depois do jogo”.

Imagens do centro de Teerã se espalharam online mostrando motociclistas buzinando e cantando “Seis!” em referência aos seis gols marcados pela Inglaterra gols contra o Irã. Autoridades fecharam um café no nordeste da cidade de Mashhad por anunciar que estava torcendo pela Inglaterra. “Nenhum dos jogadores estava pronto em espírito”, escreveu o diário Shargh.

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Com a goleada para a Inglaterra, o Irã está em último lugar no Grupo B, enquanto os ingleses somam três pontos. Os iranianos voltam a campo na sexta-feira para enfrentar País de Gales e fecham a participação na primeira fase terça-feira que vem frente aos Estados Unidos.

A mídia iraniana afirmou que a seleção nacional entrou para enfrentar a Inglaterra sob pressão e desorientada por causa das manifestações ocorridas no país devido à morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, enquanto estava sob custódia policial. Ela foi presa pela Patrulha de Orientação, uma polícia da moralidade, por não usar um hijabe (lenço na cabeça) corretamente.

A imprensa do Irã tentou culpar goleada de 6 a 2 sofrida diante dos ingleses na estreia do Mundial do Catar pela agitação que dominou a República Islâmica desde a morte de Amini. Jornais iranianos voltou-se para a tática familiar de acusar inimigos estrangeiros, incluindo os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e Israel, de incitarem protestos para deixar a equipe fora de jogo.

The front page of the hard-line Iranian newspaper, Vatan-e Emrooz, bottom, with a headline reading in Farsi: "Wounded, but hopeful," shows Iranian soccer player Mehdi Taremi during the match on Monday with England in the World Cup in Qatar which Iran lost 6-2, in downtown Tehran, Iran, Tuesday, Nov. 22, 2022. Iran is playing at the World Cup as it is being rocked by monthslong protests following the Sept. 16 death of a 22-year-old woman who had been earlier arrested by the country's morality police. (AP Photo/Vahid Salemi) Foto: AP / AP

“Irã - 2; Inglaterra, Israel, Arábia Saudita e traidores - 6″, disse a manchete no diário Kayhan. O jornal, cujo editor-chefe é nomeado pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que a derrota do Irã ocorreu depois de “semanas de guerra psicológica injusta e sem precedentes contra a equipe”.

Torcedores do Irã nas arquibancadas durante o jogo na segunda-feira entoaram o nome de Amini, seguraram cartazes e usaram camisetas com slogans de protesto e vaias durante o hino nacional. Muitos fãs pareciam em conflito sobre a possibilidade de apoiar sua seleção nacional contra o pano de fundo da violenta repressão das forças de segurança às manifestações.

Pelo menos 419 pessoas foram mortas desde o início dos protestos há pouco mais de dois meses, de acordo com o vigilantes Ativistas dos Direitos Humanos no Irã. Durante o jogo, Forças de Segurança Iranianas dispararam tiros contra manifestantes em uma cidade curda no oeste do país.

Vatanemrooz, outro diário linha-dura, relatou que os manifestantes no Irã comemoraram a derrota humilhante de seu país nas ruas, “explodindo em aplausos em cafés quando a Inglaterra marcou gols e buzinando com alegria depois do jogo”.

Imagens do centro de Teerã se espalharam online mostrando motociclistas buzinando e cantando “Seis!” em referência aos seis gols marcados pela Inglaterra gols contra o Irã. Autoridades fecharam um café no nordeste da cidade de Mashhad por anunciar que estava torcendo pela Inglaterra. “Nenhum dos jogadores estava pronto em espírito”, escreveu o diário Shargh.

Com a goleada para a Inglaterra, o Irã está em último lugar no Grupo B, enquanto os ingleses somam três pontos. Os iranianos voltam a campo na sexta-feira para enfrentar País de Gales e fecham a participação na primeira fase terça-feira que vem frente aos Estados Unidos.

A mídia iraniana afirmou que a seleção nacional entrou para enfrentar a Inglaterra sob pressão e desorientada por causa das manifestações ocorridas no país devido à morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, enquanto estava sob custódia policial. Ela foi presa pela Patrulha de Orientação, uma polícia da moralidade, por não usar um hijabe (lenço na cabeça) corretamente.

A imprensa do Irã tentou culpar goleada de 6 a 2 sofrida diante dos ingleses na estreia do Mundial do Catar pela agitação que dominou a República Islâmica desde a morte de Amini. Jornais iranianos voltou-se para a tática familiar de acusar inimigos estrangeiros, incluindo os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e Israel, de incitarem protestos para deixar a equipe fora de jogo.

The front page of the hard-line Iranian newspaper, Vatan-e Emrooz, bottom, with a headline reading in Farsi: "Wounded, but hopeful," shows Iranian soccer player Mehdi Taremi during the match on Monday with England in the World Cup in Qatar which Iran lost 6-2, in downtown Tehran, Iran, Tuesday, Nov. 22, 2022. Iran is playing at the World Cup as it is being rocked by monthslong protests following the Sept. 16 death of a 22-year-old woman who had been earlier arrested by the country's morality police. (AP Photo/Vahid Salemi) Foto: AP / AP

“Irã - 2; Inglaterra, Israel, Arábia Saudita e traidores - 6″, disse a manchete no diário Kayhan. O jornal, cujo editor-chefe é nomeado pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que a derrota do Irã ocorreu depois de “semanas de guerra psicológica injusta e sem precedentes contra a equipe”.

Torcedores do Irã nas arquibancadas durante o jogo na segunda-feira entoaram o nome de Amini, seguraram cartazes e usaram camisetas com slogans de protesto e vaias durante o hino nacional. Muitos fãs pareciam em conflito sobre a possibilidade de apoiar sua seleção nacional contra o pano de fundo da violenta repressão das forças de segurança às manifestações.

Pelo menos 419 pessoas foram mortas desde o início dos protestos há pouco mais de dois meses, de acordo com o vigilantes Ativistas dos Direitos Humanos no Irã. Durante o jogo, Forças de Segurança Iranianas dispararam tiros contra manifestantes em uma cidade curda no oeste do país.

Vatanemrooz, outro diário linha-dura, relatou que os manifestantes no Irã comemoraram a derrota humilhante de seu país nas ruas, “explodindo em aplausos em cafés quando a Inglaterra marcou gols e buzinando com alegria depois do jogo”.

Imagens do centro de Teerã se espalharam online mostrando motociclistas buzinando e cantando “Seis!” em referência aos seis gols marcados pela Inglaterra gols contra o Irã. Autoridades fecharam um café no nordeste da cidade de Mashhad por anunciar que estava torcendo pela Inglaterra. “Nenhum dos jogadores estava pronto em espírito”, escreveu o diário Shargh.

Com a goleada para a Inglaterra, o Irã está em último lugar no Grupo B, enquanto os ingleses somam três pontos. Os iranianos voltam a campo na sexta-feira para enfrentar País de Gales e fecham a participação na primeira fase terça-feira que vem frente aos Estados Unidos.

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