‘Hoje me sinto catariano, árabe, africano, gay, deficiente e trabalhador imigrante’, diz Infantino


Presidente da Fifa rebate críticas pela escolha do Catar como sede da Copa; país é criticado pelo cerceamento dos direitos de mulheres e da população LGBT+

Por Fernando Valeika de Barros, Especial para o Estadão
Atualização:

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, decidiu partir para o ataque, em sua última coletiva de imprensa antes da Copa do Mundo. O dirigente defendeu a escolha do Catar para sediar a torneio e rebateu as críticas que o país árabe vem sofrendo nos últimos dias. A nação do Oriente Médio é frequentemente criticada pelo cerceamento de direitos das mulheres e da população LGBT+, além de ser alvo de denúncias pela condição precária de trabalhadores imigrantes nas obras do Mundial.

“Hoje me sinto catariano, hoje me sinto árabe, hoje me sinto africano, hoje me sinto gay, hoje me sinto deficiente, hoje me sinto um trabalhador imigrante”, disse o ítalo-suíço no início de seu discurso pré-coletiva de abertura da Copa, em Doha. Ele afirmou que o país vem recebendo “lições de moral” injustamente, usando como exemplo a própria infância.

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“Isso me lembra minha história pessoal porque sou filho de trabalhadores imigrantes. Eu sei o que significa ser discriminado, ser perseguido como estrangeiro. Quando criança, fui discriminado (na Suíça) porque era ruivo, tinha sardas, eu era italiano, falava mal alemão”, continuou. “O que está acontecendo agora é profundamente injusto”.

Gianni Infantino durante discurso na coletiva de imprensa da Copa do Catar.  Foto: MOAHAMED MESSARA/EFE

No longo monólogo de abertura, Infantino citou até mesmo o passado colonizador do continente europeu para defender o Catar das críticas. “As críticas à Copa do Mundo são hipócritas. Pelo que nós, europeus, fizemos nos últimos 3 mil anos, deveríamos nos desculpar pelos próximos 3.000 antes de dar lições de moral aos outros. Essas lições de moral são simplesmente hipocrisia.”

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A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes. O governo rejeita a informação de que milhares de pessoas morreram em acidentes em canteiros de obras, ou tiveram condições de proteção insuficientes nos últimos meses.

Infantino defendeu que a Fifa tem sido um dos poucos atores a se preocupar com as condições de trabalho. Quando cheguei em Doha, vim para ver os alojamentos dos trabalhadores e disse que as condições não eram boas e deveriam mudar, e assim como a Suíça mudou em relação aos trabalhadores, o Catar também melhorou.” Segundo ele, enquanto a Europa fecha as suas fronteiras aos imigrantes, houve oportunidade de trabalho para refugiados no Catar — e com remuneração 10 vezes maior do que em países como Nepal, Índia ou Paquistão, de onde veio o maior contingente de trabalhadores.

“Entre as grandes empresas que faturam bilhões no Catar, quantas se preocupam com o destino dos trabalhadores imigrantes? Nenhuma, porque uma mudança na lei significa menos renda. Fizemos isso”, disse ele. “Por que ninguém está reconhecendo esse progresso?”

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O presidente da Fifa mencionou que já um esquema legal de compensação no Catar. “Todos os trabalhadores aqui são legais e existe um plano de compensação e um fundo de compensação”, disse. “Desde 2018, o fundo pagou mais de 350 milhões de dólares aos trabalhadores. Ou seja, mesmo se nada mudar, nos próximos quatro anos, outros 350 milhões serão pagos aos trabalhadores”.

O presidente da Fifa também fez questão de garantir que as autoridades do Catar deram a garantia de que “todos serão bem-vindos” durante o torneio, se referindo aos torcedores LGBT+. A homossexualidade é proibida por lei no Catar. “Se alguém disser o contrário, não é a opinião do país e não é a opinião da Fifa”, afirmou.

Polêmica da cerveja

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Gianni Infantino comentou ainda sobre a polêmica proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo do Catar. O mandatário da entidade máxima do futebol minimizou o caso, afirmando que os torcedores podem “sobreviver” sem consumir cerveja durante os jogos.

“Pessoalmente, acho que você pode sobreviver sem beber cerveja por três horas, o que já está acontecendo na França, Espanha e Escócia”, disse Infantino a cerca de 400 jornalistas que acompanhavam a coletiva. “Tentamos até o fim para ver se era possível a venda de cerveja, mas uma coisa é planejar e outra coisa é executar. Os outros Mundiais aconteceram em países com área muito maior do que o território do Catar”.

O grupo multinacional AB InBev, responsável pela comercialização da Budweiser, cerveja oficial da Copa, tomou conhecimento da restrição somente nesta quinta-feira. Por meio de um porta-voz, a empresa disse que “algumas das operações planejadas do estádio não podem prosseguir devido a circunstâncias além do nosso controle”. Segundo o jornal The Times, o veto teria sido um pedido expresso da família real do Catar.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, decidiu partir para o ataque, em sua última coletiva de imprensa antes da Copa do Mundo. O dirigente defendeu a escolha do Catar para sediar a torneio e rebateu as críticas que o país árabe vem sofrendo nos últimos dias. A nação do Oriente Médio é frequentemente criticada pelo cerceamento de direitos das mulheres e da população LGBT+, além de ser alvo de denúncias pela condição precária de trabalhadores imigrantes nas obras do Mundial.

“Hoje me sinto catariano, hoje me sinto árabe, hoje me sinto africano, hoje me sinto gay, hoje me sinto deficiente, hoje me sinto um trabalhador imigrante”, disse o ítalo-suíço no início de seu discurso pré-coletiva de abertura da Copa, em Doha. Ele afirmou que o país vem recebendo “lições de moral” injustamente, usando como exemplo a própria infância.

“Isso me lembra minha história pessoal porque sou filho de trabalhadores imigrantes. Eu sei o que significa ser discriminado, ser perseguido como estrangeiro. Quando criança, fui discriminado (na Suíça) porque era ruivo, tinha sardas, eu era italiano, falava mal alemão”, continuou. “O que está acontecendo agora é profundamente injusto”.

Gianni Infantino durante discurso na coletiva de imprensa da Copa do Catar.  Foto: MOAHAMED MESSARA/EFE

No longo monólogo de abertura, Infantino citou até mesmo o passado colonizador do continente europeu para defender o Catar das críticas. “As críticas à Copa do Mundo são hipócritas. Pelo que nós, europeus, fizemos nos últimos 3 mil anos, deveríamos nos desculpar pelos próximos 3.000 antes de dar lições de moral aos outros. Essas lições de moral são simplesmente hipocrisia.”

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes. O governo rejeita a informação de que milhares de pessoas morreram em acidentes em canteiros de obras, ou tiveram condições de proteção insuficientes nos últimos meses.

Infantino defendeu que a Fifa tem sido um dos poucos atores a se preocupar com as condições de trabalho. Quando cheguei em Doha, vim para ver os alojamentos dos trabalhadores e disse que as condições não eram boas e deveriam mudar, e assim como a Suíça mudou em relação aos trabalhadores, o Catar também melhorou.” Segundo ele, enquanto a Europa fecha as suas fronteiras aos imigrantes, houve oportunidade de trabalho para refugiados no Catar — e com remuneração 10 vezes maior do que em países como Nepal, Índia ou Paquistão, de onde veio o maior contingente de trabalhadores.

“Entre as grandes empresas que faturam bilhões no Catar, quantas se preocupam com o destino dos trabalhadores imigrantes? Nenhuma, porque uma mudança na lei significa menos renda. Fizemos isso”, disse ele. “Por que ninguém está reconhecendo esse progresso?”

O presidente da Fifa mencionou que já um esquema legal de compensação no Catar. “Todos os trabalhadores aqui são legais e existe um plano de compensação e um fundo de compensação”, disse. “Desde 2018, o fundo pagou mais de 350 milhões de dólares aos trabalhadores. Ou seja, mesmo se nada mudar, nos próximos quatro anos, outros 350 milhões serão pagos aos trabalhadores”.

O presidente da Fifa também fez questão de garantir que as autoridades do Catar deram a garantia de que “todos serão bem-vindos” durante o torneio, se referindo aos torcedores LGBT+. A homossexualidade é proibida por lei no Catar. “Se alguém disser o contrário, não é a opinião do país e não é a opinião da Fifa”, afirmou.

Polêmica da cerveja

Gianni Infantino comentou ainda sobre a polêmica proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo do Catar. O mandatário da entidade máxima do futebol minimizou o caso, afirmando que os torcedores podem “sobreviver” sem consumir cerveja durante os jogos.

“Pessoalmente, acho que você pode sobreviver sem beber cerveja por três horas, o que já está acontecendo na França, Espanha e Escócia”, disse Infantino a cerca de 400 jornalistas que acompanhavam a coletiva. “Tentamos até o fim para ver se era possível a venda de cerveja, mas uma coisa é planejar e outra coisa é executar. Os outros Mundiais aconteceram em países com área muito maior do que o território do Catar”.

O grupo multinacional AB InBev, responsável pela comercialização da Budweiser, cerveja oficial da Copa, tomou conhecimento da restrição somente nesta quinta-feira. Por meio de um porta-voz, a empresa disse que “algumas das operações planejadas do estádio não podem prosseguir devido a circunstâncias além do nosso controle”. Segundo o jornal The Times, o veto teria sido um pedido expresso da família real do Catar.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, decidiu partir para o ataque, em sua última coletiva de imprensa antes da Copa do Mundo. O dirigente defendeu a escolha do Catar para sediar a torneio e rebateu as críticas que o país árabe vem sofrendo nos últimos dias. A nação do Oriente Médio é frequentemente criticada pelo cerceamento de direitos das mulheres e da população LGBT+, além de ser alvo de denúncias pela condição precária de trabalhadores imigrantes nas obras do Mundial.

“Hoje me sinto catariano, hoje me sinto árabe, hoje me sinto africano, hoje me sinto gay, hoje me sinto deficiente, hoje me sinto um trabalhador imigrante”, disse o ítalo-suíço no início de seu discurso pré-coletiva de abertura da Copa, em Doha. Ele afirmou que o país vem recebendo “lições de moral” injustamente, usando como exemplo a própria infância.

“Isso me lembra minha história pessoal porque sou filho de trabalhadores imigrantes. Eu sei o que significa ser discriminado, ser perseguido como estrangeiro. Quando criança, fui discriminado (na Suíça) porque era ruivo, tinha sardas, eu era italiano, falava mal alemão”, continuou. “O que está acontecendo agora é profundamente injusto”.

Gianni Infantino durante discurso na coletiva de imprensa da Copa do Catar.  Foto: MOAHAMED MESSARA/EFE

No longo monólogo de abertura, Infantino citou até mesmo o passado colonizador do continente europeu para defender o Catar das críticas. “As críticas à Copa do Mundo são hipócritas. Pelo que nós, europeus, fizemos nos últimos 3 mil anos, deveríamos nos desculpar pelos próximos 3.000 antes de dar lições de moral aos outros. Essas lições de moral são simplesmente hipocrisia.”

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes. O governo rejeita a informação de que milhares de pessoas morreram em acidentes em canteiros de obras, ou tiveram condições de proteção insuficientes nos últimos meses.

Infantino defendeu que a Fifa tem sido um dos poucos atores a se preocupar com as condições de trabalho. Quando cheguei em Doha, vim para ver os alojamentos dos trabalhadores e disse que as condições não eram boas e deveriam mudar, e assim como a Suíça mudou em relação aos trabalhadores, o Catar também melhorou.” Segundo ele, enquanto a Europa fecha as suas fronteiras aos imigrantes, houve oportunidade de trabalho para refugiados no Catar — e com remuneração 10 vezes maior do que em países como Nepal, Índia ou Paquistão, de onde veio o maior contingente de trabalhadores.

“Entre as grandes empresas que faturam bilhões no Catar, quantas se preocupam com o destino dos trabalhadores imigrantes? Nenhuma, porque uma mudança na lei significa menos renda. Fizemos isso”, disse ele. “Por que ninguém está reconhecendo esse progresso?”

O presidente da Fifa mencionou que já um esquema legal de compensação no Catar. “Todos os trabalhadores aqui são legais e existe um plano de compensação e um fundo de compensação”, disse. “Desde 2018, o fundo pagou mais de 350 milhões de dólares aos trabalhadores. Ou seja, mesmo se nada mudar, nos próximos quatro anos, outros 350 milhões serão pagos aos trabalhadores”.

O presidente da Fifa também fez questão de garantir que as autoridades do Catar deram a garantia de que “todos serão bem-vindos” durante o torneio, se referindo aos torcedores LGBT+. A homossexualidade é proibida por lei no Catar. “Se alguém disser o contrário, não é a opinião do país e não é a opinião da Fifa”, afirmou.

Polêmica da cerveja

Gianni Infantino comentou ainda sobre a polêmica proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo do Catar. O mandatário da entidade máxima do futebol minimizou o caso, afirmando que os torcedores podem “sobreviver” sem consumir cerveja durante os jogos.

“Pessoalmente, acho que você pode sobreviver sem beber cerveja por três horas, o que já está acontecendo na França, Espanha e Escócia”, disse Infantino a cerca de 400 jornalistas que acompanhavam a coletiva. “Tentamos até o fim para ver se era possível a venda de cerveja, mas uma coisa é planejar e outra coisa é executar. Os outros Mundiais aconteceram em países com área muito maior do que o território do Catar”.

O grupo multinacional AB InBev, responsável pela comercialização da Budweiser, cerveja oficial da Copa, tomou conhecimento da restrição somente nesta quinta-feira. Por meio de um porta-voz, a empresa disse que “algumas das operações planejadas do estádio não podem prosseguir devido a circunstâncias além do nosso controle”. Segundo o jornal The Times, o veto teria sido um pedido expresso da família real do Catar.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, decidiu partir para o ataque, em sua última coletiva de imprensa antes da Copa do Mundo. O dirigente defendeu a escolha do Catar para sediar a torneio e rebateu as críticas que o país árabe vem sofrendo nos últimos dias. A nação do Oriente Médio é frequentemente criticada pelo cerceamento de direitos das mulheres e da população LGBT+, além de ser alvo de denúncias pela condição precária de trabalhadores imigrantes nas obras do Mundial.

“Hoje me sinto catariano, hoje me sinto árabe, hoje me sinto africano, hoje me sinto gay, hoje me sinto deficiente, hoje me sinto um trabalhador imigrante”, disse o ítalo-suíço no início de seu discurso pré-coletiva de abertura da Copa, em Doha. Ele afirmou que o país vem recebendo “lições de moral” injustamente, usando como exemplo a própria infância.

“Isso me lembra minha história pessoal porque sou filho de trabalhadores imigrantes. Eu sei o que significa ser discriminado, ser perseguido como estrangeiro. Quando criança, fui discriminado (na Suíça) porque era ruivo, tinha sardas, eu era italiano, falava mal alemão”, continuou. “O que está acontecendo agora é profundamente injusto”.

Gianni Infantino durante discurso na coletiva de imprensa da Copa do Catar.  Foto: MOAHAMED MESSARA/EFE

No longo monólogo de abertura, Infantino citou até mesmo o passado colonizador do continente europeu para defender o Catar das críticas. “As críticas à Copa do Mundo são hipócritas. Pelo que nós, europeus, fizemos nos últimos 3 mil anos, deveríamos nos desculpar pelos próximos 3.000 antes de dar lições de moral aos outros. Essas lições de moral são simplesmente hipocrisia.”

A Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch lideraram apelos à Fifa e ao Catar para que criem um fundo de compensação de US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões) aos trabalhadores mortos, ou feridos, nos preparativos para a Copa. Eles também acusam o país árabe de não informar adequadamente o número de mortes. O governo rejeita a informação de que milhares de pessoas morreram em acidentes em canteiros de obras, ou tiveram condições de proteção insuficientes nos últimos meses.

Infantino defendeu que a Fifa tem sido um dos poucos atores a se preocupar com as condições de trabalho. Quando cheguei em Doha, vim para ver os alojamentos dos trabalhadores e disse que as condições não eram boas e deveriam mudar, e assim como a Suíça mudou em relação aos trabalhadores, o Catar também melhorou.” Segundo ele, enquanto a Europa fecha as suas fronteiras aos imigrantes, houve oportunidade de trabalho para refugiados no Catar — e com remuneração 10 vezes maior do que em países como Nepal, Índia ou Paquistão, de onde veio o maior contingente de trabalhadores.

“Entre as grandes empresas que faturam bilhões no Catar, quantas se preocupam com o destino dos trabalhadores imigrantes? Nenhuma, porque uma mudança na lei significa menos renda. Fizemos isso”, disse ele. “Por que ninguém está reconhecendo esse progresso?”

O presidente da Fifa mencionou que já um esquema legal de compensação no Catar. “Todos os trabalhadores aqui são legais e existe um plano de compensação e um fundo de compensação”, disse. “Desde 2018, o fundo pagou mais de 350 milhões de dólares aos trabalhadores. Ou seja, mesmo se nada mudar, nos próximos quatro anos, outros 350 milhões serão pagos aos trabalhadores”.

O presidente da Fifa também fez questão de garantir que as autoridades do Catar deram a garantia de que “todos serão bem-vindos” durante o torneio, se referindo aos torcedores LGBT+. A homossexualidade é proibida por lei no Catar. “Se alguém disser o contrário, não é a opinião do país e não é a opinião da Fifa”, afirmou.

Polêmica da cerveja

Gianni Infantino comentou ainda sobre a polêmica proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo do Catar. O mandatário da entidade máxima do futebol minimizou o caso, afirmando que os torcedores podem “sobreviver” sem consumir cerveja durante os jogos.

“Pessoalmente, acho que você pode sobreviver sem beber cerveja por três horas, o que já está acontecendo na França, Espanha e Escócia”, disse Infantino a cerca de 400 jornalistas que acompanhavam a coletiva. “Tentamos até o fim para ver se era possível a venda de cerveja, mas uma coisa é planejar e outra coisa é executar. Os outros Mundiais aconteceram em países com área muito maior do que o território do Catar”.

O grupo multinacional AB InBev, responsável pela comercialização da Budweiser, cerveja oficial da Copa, tomou conhecimento da restrição somente nesta quinta-feira. Por meio de um porta-voz, a empresa disse que “algumas das operações planejadas do estádio não podem prosseguir devido a circunstâncias além do nosso controle”. Segundo o jornal The Times, o veto teria sido um pedido expresso da família real do Catar.

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