Inteligência artificial invade o futebol e põe jovens em Corinthians e Flamengo


Startups brasileiras usam tecnologia em aplicativos para identificar novos talentos, mas sem dispensar olhar humano

Por Ricardo Magatti
Atualização:

A inteligência artificial está na rotina de muitos e também chegou ao futebol, sobretudo às categorias inferiores. A ideia da maioria das empresas que trabalham com a tecnologia em suas plataformas é descobrir novos talentos a partir de “peneiras digitais”, nas quais a tarefa dos olheiros é facilitada com a ajuda da IA.

Uma das plataformas é a “Footbao”, que usa uma ferramenta que permite a jovens jogadores enviarem vídeos com suas habilidades, possibilitando a análise técnica e a identificação de novos talentos. São quase dez meses de operação no Brasil e mais de mil talentos identificados.

Segundo a startup, que é brasileira e tem investimento europeu, dois jogadores assinaram contratos com grandes clubes: Samuel, de 12 anos, de Goiás, integra as categorias de base do Flamengo, enquanto Gloria, de 16 anos, de São Paulo, tem contrato com o Corinthians.

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A inteligência artificial pode processar grandes volumes de dados sobre desempenho de atletas, como velocidade, resistência, habilidade técnica e tomada de decisão, que são difíceis de captar manualmente. Por meio da análise de vídeos de jogos, estatísticas e até dados fisiológicos, conseguimos identificar padrões que indicam potencial de desenvolvimento, mesmo em atletas que não estão nos holofotes

Mariana Sensini, diretora geral da Footbao no Brasil

Futebol de base mudou com a chegada da inteligência artificial na detecção de talentos Foto: Priscilla Souza/Estadão

Como funciona?

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  • Jovem jogador faz um cadastro na plataforma e inclui seus dados
  • Ele registra um vídeo fazendo alguns dos fundamentos do futebol, como cabeceio, drible, chute e controle de bola
  • Envia, então, seu cadastro com o vídeo para no aplicativo
  • Ferramenta de inteligência artificial cruza as informações e oferece o jovem atleta a clubes que usam a plataforma

O pensamento é que a tecnologia pode evitar “injustiças” ao ajudar a descobrir talentos que, às vezes, passam despercebidos pelo olho humano.

“A tecnologia amplia o alcance e elimina vieses, analisando os dados de forma imparcial. Assim, jogadores que talvez não estivessem em centros esportivos consolidados ou em grandes clubes podem ser notados com base em suas métricas de desempenho, garantindo que o talento fale mais alto do que as condições ou a visibilidade inicial, afirma Mariana.

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O olho humano, porém, continua sendo fundamental na tarefa de descobrir e lapidar jovens atletas, aliando-se às plataformas. “A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas o olhar humano traz a sensibilidade necessária para entender contextos, atitudes, personalidade e outros fatores que não aparecem em dados puros. Por isso, acreditamos que a combinação entre a análise tecnológica e a avaliação humana é o modelo ideal”.

A startup brasileira também está na Argentina, fez recentemente uma parceria com o Goiás e neste ano lançou um concurso dos quais os vencedores, entre 1700 inscritos, terão uma a experiência de passar uma semana de treinamentos no Lecce, da Itália.

Jogador do São Paulo investe em IA

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O experiente volante Luiz Gustavo, do São Paulo, é embaixador do CUJU, programa que usa a inteligência artificial para classificar atletas que buscam construir uma carreira profissional. Luiz Gustavo foi um dos criadores do aplicativo, que também conta com a participação da ROGON, empresa de tecnologia.

Em resumo, os usuários cadastrados na plataforma mostram suas habilidades, em fundamentos como passes, controle de bola, finalização e impulso físico, por meio de oito exercícios. A performance é avaliada pela inteligência artificial, que, segundo a empresa, consegue captar precisamente cada movimento do jogador.

Luiz Gustavo, do São Paulo, é um dos criadores de uma startup que usa inteligência artificial  Foto: Werther Santana/Estadão
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A IA definitivamente coloca você em uma posição para tirar vantagem na tomada de decisões. Existem milhares de informações e a quantidade crescente de oportunidades é impressionante. A IA ajuda a formar dados inteligentes de acordo com as necessidades táticas, comerciais ou de olheiros individuais e pode dar suporte à previsibilidade dos caminhos do primeiro time dos jogadores

Sven Muller, diretor de marketing do CUJU

Conforme Muller, a plataforma é capaz de rastrear, medir e classificar talentos até mesmo em lugares remotos e, portanto, superar as barreiras tradicionais de olheiros. “É uma plataforma que contribui para a democratização das categorias de base, permitindo que os jogadores comecem a dar os primeiros passos em casa, apenas com a ajuda do celular”, diz ele.

Desde o segundo semestre do ano passado, o aplicativo percorre Santa Catarina com seletivas para descobrir talentosos garotos. A iniciativa, tratada como uma espécie de reality show, chama-se “A Jornada” e vai distribuir mais de R$1 milhão em prêmios para os melhores colocados no Estado.

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É feito um ranking na plataforma e, então, os jovens podem se cadastrar para as peneiras, nas quais são avaliados por uma comissão técnica para seguir às próximas etapas. Milhares de atletas masculinos e femininos são rastreados e avaliados a partir de uma tabela de classificação “justa e objetiva”, diz a empresa, por faixa etária.

“A principal missão da plataforma é estabelecer a comparabilidade de milhões de registros de dados por meio da padronização. Com esse conceito, o desempenho puro conta e encontramos talentos que, em muitos casos, não têm acesso a triagens presenciais”, acredita o executivo alemão.

Sua avaliação é de que a tecnologia democratiza esse processo, embora não substitua o olhar humano, mas contribua para “decisões mais assertivas”. “Usamos a tecnologia para ultrapassar as barreiras existentes de olheiros e disponibilizar dados globais de talentos como nunca antes”.

IA para atender ao torcedor

A Somos Young, empresa especializada em relacionamento digital com o cliente, implementou a inteligência artificial no trabalho que faz com os times de futebol. O primeiro clube a contar com a ferramenta desenvolvida pela empresa e que auxilia no atendimento a sócios e torcedores em geral, foi o Cruzeiro.

A empresa atendeu as SAFs de Vasco e Bahia e hoje trabalha também com Vitória e Coritiba. No time paranaense, a Somos Young implementou uma ferramenta de inteligência artificial que fica à disposição para resolver as demandas da torcida 24 horas por dia. O trabalho é fazer a etapa inicial do atendimento aos torcedores, fornecendo informações sobre jogos, ingressos, programa de sócio e outros assuntos relacionados ao clube.

A tecnologia, diz a empresa, reconhece áudios em diferentes dialetos e se adapta conforme é alimentada, oferecendo opções diferentes de resposta, incluindo consultas dinâmicas em sites.

“Conseguimos que 85% dos chamados sejam resolvidos sem a participação de um humano. Em uma pesquisa com usuários da nossa tecnologia, detectamos que mais de 91% das pessoas não percebem que estão sendo atendidas pela IA, por conta da forma dinâmica que ela apresenta”, conta explica Henrique Borges, fundador e vice-presidente das áreas de comercial e marketing da Somos Young.

A inteligência artificial está na rotina de muitos e também chegou ao futebol, sobretudo às categorias inferiores. A ideia da maioria das empresas que trabalham com a tecnologia em suas plataformas é descobrir novos talentos a partir de “peneiras digitais”, nas quais a tarefa dos olheiros é facilitada com a ajuda da IA.

Uma das plataformas é a “Footbao”, que usa uma ferramenta que permite a jovens jogadores enviarem vídeos com suas habilidades, possibilitando a análise técnica e a identificação de novos talentos. São quase dez meses de operação no Brasil e mais de mil talentos identificados.

Segundo a startup, que é brasileira e tem investimento europeu, dois jogadores assinaram contratos com grandes clubes: Samuel, de 12 anos, de Goiás, integra as categorias de base do Flamengo, enquanto Gloria, de 16 anos, de São Paulo, tem contrato com o Corinthians.

A inteligência artificial pode processar grandes volumes de dados sobre desempenho de atletas, como velocidade, resistência, habilidade técnica e tomada de decisão, que são difíceis de captar manualmente. Por meio da análise de vídeos de jogos, estatísticas e até dados fisiológicos, conseguimos identificar padrões que indicam potencial de desenvolvimento, mesmo em atletas que não estão nos holofotes

Mariana Sensini, diretora geral da Footbao no Brasil

Futebol de base mudou com a chegada da inteligência artificial na detecção de talentos Foto: Priscilla Souza/Estadão

Como funciona?

  • Jovem jogador faz um cadastro na plataforma e inclui seus dados
  • Ele registra um vídeo fazendo alguns dos fundamentos do futebol, como cabeceio, drible, chute e controle de bola
  • Envia, então, seu cadastro com o vídeo para no aplicativo
  • Ferramenta de inteligência artificial cruza as informações e oferece o jovem atleta a clubes que usam a plataforma

O pensamento é que a tecnologia pode evitar “injustiças” ao ajudar a descobrir talentos que, às vezes, passam despercebidos pelo olho humano.

“A tecnologia amplia o alcance e elimina vieses, analisando os dados de forma imparcial. Assim, jogadores que talvez não estivessem em centros esportivos consolidados ou em grandes clubes podem ser notados com base em suas métricas de desempenho, garantindo que o talento fale mais alto do que as condições ou a visibilidade inicial, afirma Mariana.

O olho humano, porém, continua sendo fundamental na tarefa de descobrir e lapidar jovens atletas, aliando-se às plataformas. “A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas o olhar humano traz a sensibilidade necessária para entender contextos, atitudes, personalidade e outros fatores que não aparecem em dados puros. Por isso, acreditamos que a combinação entre a análise tecnológica e a avaliação humana é o modelo ideal”.

A startup brasileira também está na Argentina, fez recentemente uma parceria com o Goiás e neste ano lançou um concurso dos quais os vencedores, entre 1700 inscritos, terão uma a experiência de passar uma semana de treinamentos no Lecce, da Itália.

Jogador do São Paulo investe em IA

O experiente volante Luiz Gustavo, do São Paulo, é embaixador do CUJU, programa que usa a inteligência artificial para classificar atletas que buscam construir uma carreira profissional. Luiz Gustavo foi um dos criadores do aplicativo, que também conta com a participação da ROGON, empresa de tecnologia.

Em resumo, os usuários cadastrados na plataforma mostram suas habilidades, em fundamentos como passes, controle de bola, finalização e impulso físico, por meio de oito exercícios. A performance é avaliada pela inteligência artificial, que, segundo a empresa, consegue captar precisamente cada movimento do jogador.

Luiz Gustavo, do São Paulo, é um dos criadores de uma startup que usa inteligência artificial  Foto: Werther Santana/Estadão
A IA definitivamente coloca você em uma posição para tirar vantagem na tomada de decisões. Existem milhares de informações e a quantidade crescente de oportunidades é impressionante. A IA ajuda a formar dados inteligentes de acordo com as necessidades táticas, comerciais ou de olheiros individuais e pode dar suporte à previsibilidade dos caminhos do primeiro time dos jogadores

Sven Muller, diretor de marketing do CUJU

Conforme Muller, a plataforma é capaz de rastrear, medir e classificar talentos até mesmo em lugares remotos e, portanto, superar as barreiras tradicionais de olheiros. “É uma plataforma que contribui para a democratização das categorias de base, permitindo que os jogadores comecem a dar os primeiros passos em casa, apenas com a ajuda do celular”, diz ele.

Desde o segundo semestre do ano passado, o aplicativo percorre Santa Catarina com seletivas para descobrir talentosos garotos. A iniciativa, tratada como uma espécie de reality show, chama-se “A Jornada” e vai distribuir mais de R$1 milhão em prêmios para os melhores colocados no Estado.

É feito um ranking na plataforma e, então, os jovens podem se cadastrar para as peneiras, nas quais são avaliados por uma comissão técnica para seguir às próximas etapas. Milhares de atletas masculinos e femininos são rastreados e avaliados a partir de uma tabela de classificação “justa e objetiva”, diz a empresa, por faixa etária.

“A principal missão da plataforma é estabelecer a comparabilidade de milhões de registros de dados por meio da padronização. Com esse conceito, o desempenho puro conta e encontramos talentos que, em muitos casos, não têm acesso a triagens presenciais”, acredita o executivo alemão.

Sua avaliação é de que a tecnologia democratiza esse processo, embora não substitua o olhar humano, mas contribua para “decisões mais assertivas”. “Usamos a tecnologia para ultrapassar as barreiras existentes de olheiros e disponibilizar dados globais de talentos como nunca antes”.

IA para atender ao torcedor

A Somos Young, empresa especializada em relacionamento digital com o cliente, implementou a inteligência artificial no trabalho que faz com os times de futebol. O primeiro clube a contar com a ferramenta desenvolvida pela empresa e que auxilia no atendimento a sócios e torcedores em geral, foi o Cruzeiro.

A empresa atendeu as SAFs de Vasco e Bahia e hoje trabalha também com Vitória e Coritiba. No time paranaense, a Somos Young implementou uma ferramenta de inteligência artificial que fica à disposição para resolver as demandas da torcida 24 horas por dia. O trabalho é fazer a etapa inicial do atendimento aos torcedores, fornecendo informações sobre jogos, ingressos, programa de sócio e outros assuntos relacionados ao clube.

A tecnologia, diz a empresa, reconhece áudios em diferentes dialetos e se adapta conforme é alimentada, oferecendo opções diferentes de resposta, incluindo consultas dinâmicas em sites.

“Conseguimos que 85% dos chamados sejam resolvidos sem a participação de um humano. Em uma pesquisa com usuários da nossa tecnologia, detectamos que mais de 91% das pessoas não percebem que estão sendo atendidas pela IA, por conta da forma dinâmica que ela apresenta”, conta explica Henrique Borges, fundador e vice-presidente das áreas de comercial e marketing da Somos Young.

A inteligência artificial está na rotina de muitos e também chegou ao futebol, sobretudo às categorias inferiores. A ideia da maioria das empresas que trabalham com a tecnologia em suas plataformas é descobrir novos talentos a partir de “peneiras digitais”, nas quais a tarefa dos olheiros é facilitada com a ajuda da IA.

Uma das plataformas é a “Footbao”, que usa uma ferramenta que permite a jovens jogadores enviarem vídeos com suas habilidades, possibilitando a análise técnica e a identificação de novos talentos. São quase dez meses de operação no Brasil e mais de mil talentos identificados.

Segundo a startup, que é brasileira e tem investimento europeu, dois jogadores assinaram contratos com grandes clubes: Samuel, de 12 anos, de Goiás, integra as categorias de base do Flamengo, enquanto Gloria, de 16 anos, de São Paulo, tem contrato com o Corinthians.

A inteligência artificial pode processar grandes volumes de dados sobre desempenho de atletas, como velocidade, resistência, habilidade técnica e tomada de decisão, que são difíceis de captar manualmente. Por meio da análise de vídeos de jogos, estatísticas e até dados fisiológicos, conseguimos identificar padrões que indicam potencial de desenvolvimento, mesmo em atletas que não estão nos holofotes

Mariana Sensini, diretora geral da Footbao no Brasil

Futebol de base mudou com a chegada da inteligência artificial na detecção de talentos Foto: Priscilla Souza/Estadão

Como funciona?

  • Jovem jogador faz um cadastro na plataforma e inclui seus dados
  • Ele registra um vídeo fazendo alguns dos fundamentos do futebol, como cabeceio, drible, chute e controle de bola
  • Envia, então, seu cadastro com o vídeo para no aplicativo
  • Ferramenta de inteligência artificial cruza as informações e oferece o jovem atleta a clubes que usam a plataforma

O pensamento é que a tecnologia pode evitar “injustiças” ao ajudar a descobrir talentos que, às vezes, passam despercebidos pelo olho humano.

“A tecnologia amplia o alcance e elimina vieses, analisando os dados de forma imparcial. Assim, jogadores que talvez não estivessem em centros esportivos consolidados ou em grandes clubes podem ser notados com base em suas métricas de desempenho, garantindo que o talento fale mais alto do que as condições ou a visibilidade inicial, afirma Mariana.

O olho humano, porém, continua sendo fundamental na tarefa de descobrir e lapidar jovens atletas, aliando-se às plataformas. “A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas o olhar humano traz a sensibilidade necessária para entender contextos, atitudes, personalidade e outros fatores que não aparecem em dados puros. Por isso, acreditamos que a combinação entre a análise tecnológica e a avaliação humana é o modelo ideal”.

A startup brasileira também está na Argentina, fez recentemente uma parceria com o Goiás e neste ano lançou um concurso dos quais os vencedores, entre 1700 inscritos, terão uma a experiência de passar uma semana de treinamentos no Lecce, da Itália.

Jogador do São Paulo investe em IA

O experiente volante Luiz Gustavo, do São Paulo, é embaixador do CUJU, programa que usa a inteligência artificial para classificar atletas que buscam construir uma carreira profissional. Luiz Gustavo foi um dos criadores do aplicativo, que também conta com a participação da ROGON, empresa de tecnologia.

Em resumo, os usuários cadastrados na plataforma mostram suas habilidades, em fundamentos como passes, controle de bola, finalização e impulso físico, por meio de oito exercícios. A performance é avaliada pela inteligência artificial, que, segundo a empresa, consegue captar precisamente cada movimento do jogador.

Luiz Gustavo, do São Paulo, é um dos criadores de uma startup que usa inteligência artificial  Foto: Werther Santana/Estadão
A IA definitivamente coloca você em uma posição para tirar vantagem na tomada de decisões. Existem milhares de informações e a quantidade crescente de oportunidades é impressionante. A IA ajuda a formar dados inteligentes de acordo com as necessidades táticas, comerciais ou de olheiros individuais e pode dar suporte à previsibilidade dos caminhos do primeiro time dos jogadores

Sven Muller, diretor de marketing do CUJU

Conforme Muller, a plataforma é capaz de rastrear, medir e classificar talentos até mesmo em lugares remotos e, portanto, superar as barreiras tradicionais de olheiros. “É uma plataforma que contribui para a democratização das categorias de base, permitindo que os jogadores comecem a dar os primeiros passos em casa, apenas com a ajuda do celular”, diz ele.

Desde o segundo semestre do ano passado, o aplicativo percorre Santa Catarina com seletivas para descobrir talentosos garotos. A iniciativa, tratada como uma espécie de reality show, chama-se “A Jornada” e vai distribuir mais de R$1 milhão em prêmios para os melhores colocados no Estado.

É feito um ranking na plataforma e, então, os jovens podem se cadastrar para as peneiras, nas quais são avaliados por uma comissão técnica para seguir às próximas etapas. Milhares de atletas masculinos e femininos são rastreados e avaliados a partir de uma tabela de classificação “justa e objetiva”, diz a empresa, por faixa etária.

“A principal missão da plataforma é estabelecer a comparabilidade de milhões de registros de dados por meio da padronização. Com esse conceito, o desempenho puro conta e encontramos talentos que, em muitos casos, não têm acesso a triagens presenciais”, acredita o executivo alemão.

Sua avaliação é de que a tecnologia democratiza esse processo, embora não substitua o olhar humano, mas contribua para “decisões mais assertivas”. “Usamos a tecnologia para ultrapassar as barreiras existentes de olheiros e disponibilizar dados globais de talentos como nunca antes”.

IA para atender ao torcedor

A Somos Young, empresa especializada em relacionamento digital com o cliente, implementou a inteligência artificial no trabalho que faz com os times de futebol. O primeiro clube a contar com a ferramenta desenvolvida pela empresa e que auxilia no atendimento a sócios e torcedores em geral, foi o Cruzeiro.

A empresa atendeu as SAFs de Vasco e Bahia e hoje trabalha também com Vitória e Coritiba. No time paranaense, a Somos Young implementou uma ferramenta de inteligência artificial que fica à disposição para resolver as demandas da torcida 24 horas por dia. O trabalho é fazer a etapa inicial do atendimento aos torcedores, fornecendo informações sobre jogos, ingressos, programa de sócio e outros assuntos relacionados ao clube.

A tecnologia, diz a empresa, reconhece áudios em diferentes dialetos e se adapta conforme é alimentada, oferecendo opções diferentes de resposta, incluindo consultas dinâmicas em sites.

“Conseguimos que 85% dos chamados sejam resolvidos sem a participação de um humano. Em uma pesquisa com usuários da nossa tecnologia, detectamos que mais de 91% das pessoas não percebem que estão sendo atendidas pela IA, por conta da forma dinâmica que ela apresenta”, conta explica Henrique Borges, fundador e vice-presidente das áreas de comercial e marketing da Somos Young.

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