Jogadores de PSG e Istanbul deixam o campo após denúncia de ato racista da arbitragem; jogo é adiado


Atletas decidem abandonar o jogo da Liga dos Campeões em sinal de protesto após acusação de um jogador de que Pierre Webó, membro da comissão técnica do time turco, havia sido alvo de ofensa do quarto árbitro

Por Redação
Atualização:

Os jogadores de Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir, da Turquia, deixaram o campo nesta terça-feira ainda no primeiro tempo da partida como forma de represália após denúncia de um ato racista durante jogo da Liga dos Campeões. Os dois times se revoltaram depois de um membro da arbitragem se dirigir a um representante da equipe turca de maneira preconceituosa. Os 22 jogadores decidiram, em conjunto, deixar o palco de jogo em um fato sem precedentes na história do esporte. Após quase duas horas do incidente,  a Uefa definiu que a partida será retomada nesta quarta, às 14h55. Também foi anunciada a troca de toda a equipe de arbitragem. Segunda comunicado da entidade, a decisão pela continuidade dos minutos restantes do duelo foi tomada a partir de conversas com ambas as equipes com base em "situações excepcionais". O pontapé inicial nesta quarta-feira será dado com o relógio marcando 13 minutos, momento em que o confronto foi paralisado. O PSG já se garantiu nas oitavas de final depois da vitória do RB Leipizig sobre o Manchester United por 3 a 2.

Jogadores decidem deixar o campo após ato racista em jogo da Liga dos Campeões Foto: Franck Fife/AFP

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, ofendeu o camaronês Pierre Webó, que é ex-atacante e atua como assistente técnico da equipe turca. Revoltado com o episódio, Webó reclamou do tratamento e foi expulso. Prontamente, os jogadores do Istanbul Basaksehir se mobilizaram contra a postura de Coltescu e tiveram a companhia dos atletas do PSG, liderados por Neymar. Quem comandou o movimento em campo foi o atacante senegalês Demba Ba, do Istanbul, que acabou expulso também.

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O protesto teve a participação de jogadores reservas e de membros das comissões técnicas das duas equipes. A partida estava empatada por 0 a 0 antes da ofensa proferida pela arbitragem contra o camaronês. Entre os participantes do jogo, estavam o zagueiro Marquinhos e o atacante Neymar pelo PSG. Ambos da seleção brasileira. Na equipe turca, o lateral-direito Rafael também estava em campo.

 

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Um lance envolvendo Rafael foi o início da discussão. O brasileiro levou cartão amarelo por uma falta. Na sequência, integrantes da comissão técnica do Istanbul Basaksehir foram questionar a marcação da jogada. Durante o bate-boca, Webó e o técnico turco Okan Buruk levaram cartão amarelo e alegaram que houve por parte do quarto árbitro ofensa racista. 

Em áudio enviado à equipe do Esporte Interativo, Rafael detalhou o episódio. "O quarto árbitro chegou para um cara que trabalha no clube, um assistente nosso (Webó), porque o cara estava gritando muito. O cara estava lá em cima (nas cadeiras), nem no banco estava", explicou. "O cara estava gritando e ele (quarto árbitro) chegou a falou: 'Negro, sai daí. Você vai embora'. Ele não faz parte nem do banco. Eu nem escutei. O treinador escutou. Só vi que ele (quarto árbitro) ficou branco, porque todo mundo começou a ir para cima. Com certeza ele falou. E aí gente saiu de campo. Dois ou três jogadores não queriam sair", acrescentou.

 

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Segundo imagens do canal Esporte Interativo, em um dos momentos da discussão entre os jogadores, Neymar e o francês Kylian Mbappé disseram ao árbitro que não continuariam a partida caso o quarto árbitro continuasse em sua função no campo. Os jogadores do Paris queriam que ele fosse excluído da partida, o que não aconteceu.

 

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Durante os mais de seis minutos de jogo paralisado, os atletas se reuniram para debater o incidente e decidiram deixar o campo de jogo, numa atitude sem precendentes na Liga dos Campeões. O diretor esportivo do PSG, o brasileiro Leonardo, chegou a descer ao gramado para conversar com os seus jogadores. Pelas redes sociais, os dois clubes manifestaram apoio à decisão coletiva dos elencos de deixar o campo em sinal de repúdio ao ato do quarto árbitro. A Uefa remarcou o jogo para esta quarta-feira e se manifestou contrária a qualquer discriminação.

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Depois de duas horas de paralisação, o clube turco se posicionou nas redes sociais. "No jogo contra o Paris Saint-Germain, os nossos jogadores decidiram não entrar em campo devido ao racismo do quarto árbitro Sebastian Coltescu contra nosso assistente técnico Pierre Webo. Apresentamos ao público as informações. #NãoaoRacismo", escreveu o Istanbul.

Os jogadores de Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir, da Turquia, deixaram o campo nesta terça-feira ainda no primeiro tempo da partida como forma de represália após denúncia de um ato racista durante jogo da Liga dos Campeões. Os dois times se revoltaram depois de um membro da arbitragem se dirigir a um representante da equipe turca de maneira preconceituosa. Os 22 jogadores decidiram, em conjunto, deixar o palco de jogo em um fato sem precedentes na história do esporte. Após quase duas horas do incidente,  a Uefa definiu que a partida será retomada nesta quarta, às 14h55. Também foi anunciada a troca de toda a equipe de arbitragem. Segunda comunicado da entidade, a decisão pela continuidade dos minutos restantes do duelo foi tomada a partir de conversas com ambas as equipes com base em "situações excepcionais". O pontapé inicial nesta quarta-feira será dado com o relógio marcando 13 minutos, momento em que o confronto foi paralisado. O PSG já se garantiu nas oitavas de final depois da vitória do RB Leipizig sobre o Manchester United por 3 a 2.

Jogadores decidem deixar o campo após ato racista em jogo da Liga dos Campeões Foto: Franck Fife/AFP

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, ofendeu o camaronês Pierre Webó, que é ex-atacante e atua como assistente técnico da equipe turca. Revoltado com o episódio, Webó reclamou do tratamento e foi expulso. Prontamente, os jogadores do Istanbul Basaksehir se mobilizaram contra a postura de Coltescu e tiveram a companhia dos atletas do PSG, liderados por Neymar. Quem comandou o movimento em campo foi o atacante senegalês Demba Ba, do Istanbul, que acabou expulso também.

O protesto teve a participação de jogadores reservas e de membros das comissões técnicas das duas equipes. A partida estava empatada por 0 a 0 antes da ofensa proferida pela arbitragem contra o camaronês. Entre os participantes do jogo, estavam o zagueiro Marquinhos e o atacante Neymar pelo PSG. Ambos da seleção brasileira. Na equipe turca, o lateral-direito Rafael também estava em campo.

 

Um lance envolvendo Rafael foi o início da discussão. O brasileiro levou cartão amarelo por uma falta. Na sequência, integrantes da comissão técnica do Istanbul Basaksehir foram questionar a marcação da jogada. Durante o bate-boca, Webó e o técnico turco Okan Buruk levaram cartão amarelo e alegaram que houve por parte do quarto árbitro ofensa racista. 

Em áudio enviado à equipe do Esporte Interativo, Rafael detalhou o episódio. "O quarto árbitro chegou para um cara que trabalha no clube, um assistente nosso (Webó), porque o cara estava gritando muito. O cara estava lá em cima (nas cadeiras), nem no banco estava", explicou. "O cara estava gritando e ele (quarto árbitro) chegou a falou: 'Negro, sai daí. Você vai embora'. Ele não faz parte nem do banco. Eu nem escutei. O treinador escutou. Só vi que ele (quarto árbitro) ficou branco, porque todo mundo começou a ir para cima. Com certeza ele falou. E aí gente saiu de campo. Dois ou três jogadores não queriam sair", acrescentou.

 

Segundo imagens do canal Esporte Interativo, em um dos momentos da discussão entre os jogadores, Neymar e o francês Kylian Mbappé disseram ao árbitro que não continuariam a partida caso o quarto árbitro continuasse em sua função no campo. Os jogadores do Paris queriam que ele fosse excluído da partida, o que não aconteceu.

 

Durante os mais de seis minutos de jogo paralisado, os atletas se reuniram para debater o incidente e decidiram deixar o campo de jogo, numa atitude sem precendentes na Liga dos Campeões. O diretor esportivo do PSG, o brasileiro Leonardo, chegou a descer ao gramado para conversar com os seus jogadores. Pelas redes sociais, os dois clubes manifestaram apoio à decisão coletiva dos elencos de deixar o campo em sinal de repúdio ao ato do quarto árbitro. A Uefa remarcou o jogo para esta quarta-feira e se manifestou contrária a qualquer discriminação.

Depois de duas horas de paralisação, o clube turco se posicionou nas redes sociais. "No jogo contra o Paris Saint-Germain, os nossos jogadores decidiram não entrar em campo devido ao racismo do quarto árbitro Sebastian Coltescu contra nosso assistente técnico Pierre Webo. Apresentamos ao público as informações. #NãoaoRacismo", escreveu o Istanbul.

Os jogadores de Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir, da Turquia, deixaram o campo nesta terça-feira ainda no primeiro tempo da partida como forma de represália após denúncia de um ato racista durante jogo da Liga dos Campeões. Os dois times se revoltaram depois de um membro da arbitragem se dirigir a um representante da equipe turca de maneira preconceituosa. Os 22 jogadores decidiram, em conjunto, deixar o palco de jogo em um fato sem precedentes na história do esporte. Após quase duas horas do incidente,  a Uefa definiu que a partida será retomada nesta quarta, às 14h55. Também foi anunciada a troca de toda a equipe de arbitragem. Segunda comunicado da entidade, a decisão pela continuidade dos minutos restantes do duelo foi tomada a partir de conversas com ambas as equipes com base em "situações excepcionais". O pontapé inicial nesta quarta-feira será dado com o relógio marcando 13 minutos, momento em que o confronto foi paralisado. O PSG já se garantiu nas oitavas de final depois da vitória do RB Leipizig sobre o Manchester United por 3 a 2.

Jogadores decidem deixar o campo após ato racista em jogo da Liga dos Campeões Foto: Franck Fife/AFP

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, ofendeu o camaronês Pierre Webó, que é ex-atacante e atua como assistente técnico da equipe turca. Revoltado com o episódio, Webó reclamou do tratamento e foi expulso. Prontamente, os jogadores do Istanbul Basaksehir se mobilizaram contra a postura de Coltescu e tiveram a companhia dos atletas do PSG, liderados por Neymar. Quem comandou o movimento em campo foi o atacante senegalês Demba Ba, do Istanbul, que acabou expulso também.

O protesto teve a participação de jogadores reservas e de membros das comissões técnicas das duas equipes. A partida estava empatada por 0 a 0 antes da ofensa proferida pela arbitragem contra o camaronês. Entre os participantes do jogo, estavam o zagueiro Marquinhos e o atacante Neymar pelo PSG. Ambos da seleção brasileira. Na equipe turca, o lateral-direito Rafael também estava em campo.

 

Um lance envolvendo Rafael foi o início da discussão. O brasileiro levou cartão amarelo por uma falta. Na sequência, integrantes da comissão técnica do Istanbul Basaksehir foram questionar a marcação da jogada. Durante o bate-boca, Webó e o técnico turco Okan Buruk levaram cartão amarelo e alegaram que houve por parte do quarto árbitro ofensa racista. 

Em áudio enviado à equipe do Esporte Interativo, Rafael detalhou o episódio. "O quarto árbitro chegou para um cara que trabalha no clube, um assistente nosso (Webó), porque o cara estava gritando muito. O cara estava lá em cima (nas cadeiras), nem no banco estava", explicou. "O cara estava gritando e ele (quarto árbitro) chegou a falou: 'Negro, sai daí. Você vai embora'. Ele não faz parte nem do banco. Eu nem escutei. O treinador escutou. Só vi que ele (quarto árbitro) ficou branco, porque todo mundo começou a ir para cima. Com certeza ele falou. E aí gente saiu de campo. Dois ou três jogadores não queriam sair", acrescentou.

 

Segundo imagens do canal Esporte Interativo, em um dos momentos da discussão entre os jogadores, Neymar e o francês Kylian Mbappé disseram ao árbitro que não continuariam a partida caso o quarto árbitro continuasse em sua função no campo. Os jogadores do Paris queriam que ele fosse excluído da partida, o que não aconteceu.

 

Durante os mais de seis minutos de jogo paralisado, os atletas se reuniram para debater o incidente e decidiram deixar o campo de jogo, numa atitude sem precendentes na Liga dos Campeões. O diretor esportivo do PSG, o brasileiro Leonardo, chegou a descer ao gramado para conversar com os seus jogadores. Pelas redes sociais, os dois clubes manifestaram apoio à decisão coletiva dos elencos de deixar o campo em sinal de repúdio ao ato do quarto árbitro. A Uefa remarcou o jogo para esta quarta-feira e se manifestou contrária a qualquer discriminação.

Depois de duas horas de paralisação, o clube turco se posicionou nas redes sociais. "No jogo contra o Paris Saint-Germain, os nossos jogadores decidiram não entrar em campo devido ao racismo do quarto árbitro Sebastian Coltescu contra nosso assistente técnico Pierre Webo. Apresentamos ao público as informações. #NãoaoRacismo", escreveu o Istanbul.

Os jogadores de Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir, da Turquia, deixaram o campo nesta terça-feira ainda no primeiro tempo da partida como forma de represália após denúncia de um ato racista durante jogo da Liga dos Campeões. Os dois times se revoltaram depois de um membro da arbitragem se dirigir a um representante da equipe turca de maneira preconceituosa. Os 22 jogadores decidiram, em conjunto, deixar o palco de jogo em um fato sem precedentes na história do esporte. Após quase duas horas do incidente,  a Uefa definiu que a partida será retomada nesta quarta, às 14h55. Também foi anunciada a troca de toda a equipe de arbitragem. Segunda comunicado da entidade, a decisão pela continuidade dos minutos restantes do duelo foi tomada a partir de conversas com ambas as equipes com base em "situações excepcionais". O pontapé inicial nesta quarta-feira será dado com o relógio marcando 13 minutos, momento em que o confronto foi paralisado. O PSG já se garantiu nas oitavas de final depois da vitória do RB Leipizig sobre o Manchester United por 3 a 2.

Jogadores decidem deixar o campo após ato racista em jogo da Liga dos Campeões Foto: Franck Fife/AFP

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, ofendeu o camaronês Pierre Webó, que é ex-atacante e atua como assistente técnico da equipe turca. Revoltado com o episódio, Webó reclamou do tratamento e foi expulso. Prontamente, os jogadores do Istanbul Basaksehir se mobilizaram contra a postura de Coltescu e tiveram a companhia dos atletas do PSG, liderados por Neymar. Quem comandou o movimento em campo foi o atacante senegalês Demba Ba, do Istanbul, que acabou expulso também.

O protesto teve a participação de jogadores reservas e de membros das comissões técnicas das duas equipes. A partida estava empatada por 0 a 0 antes da ofensa proferida pela arbitragem contra o camaronês. Entre os participantes do jogo, estavam o zagueiro Marquinhos e o atacante Neymar pelo PSG. Ambos da seleção brasileira. Na equipe turca, o lateral-direito Rafael também estava em campo.

 

Um lance envolvendo Rafael foi o início da discussão. O brasileiro levou cartão amarelo por uma falta. Na sequência, integrantes da comissão técnica do Istanbul Basaksehir foram questionar a marcação da jogada. Durante o bate-boca, Webó e o técnico turco Okan Buruk levaram cartão amarelo e alegaram que houve por parte do quarto árbitro ofensa racista. 

Em áudio enviado à equipe do Esporte Interativo, Rafael detalhou o episódio. "O quarto árbitro chegou para um cara que trabalha no clube, um assistente nosso (Webó), porque o cara estava gritando muito. O cara estava lá em cima (nas cadeiras), nem no banco estava", explicou. "O cara estava gritando e ele (quarto árbitro) chegou a falou: 'Negro, sai daí. Você vai embora'. Ele não faz parte nem do banco. Eu nem escutei. O treinador escutou. Só vi que ele (quarto árbitro) ficou branco, porque todo mundo começou a ir para cima. Com certeza ele falou. E aí gente saiu de campo. Dois ou três jogadores não queriam sair", acrescentou.

 

Segundo imagens do canal Esporte Interativo, em um dos momentos da discussão entre os jogadores, Neymar e o francês Kylian Mbappé disseram ao árbitro que não continuariam a partida caso o quarto árbitro continuasse em sua função no campo. Os jogadores do Paris queriam que ele fosse excluído da partida, o que não aconteceu.

 

Durante os mais de seis minutos de jogo paralisado, os atletas se reuniram para debater o incidente e decidiram deixar o campo de jogo, numa atitude sem precendentes na Liga dos Campeões. O diretor esportivo do PSG, o brasileiro Leonardo, chegou a descer ao gramado para conversar com os seus jogadores. Pelas redes sociais, os dois clubes manifestaram apoio à decisão coletiva dos elencos de deixar o campo em sinal de repúdio ao ato do quarto árbitro. A Uefa remarcou o jogo para esta quarta-feira e se manifestou contrária a qualquer discriminação.

Depois de duas horas de paralisação, o clube turco se posicionou nas redes sociais. "No jogo contra o Paris Saint-Germain, os nossos jogadores decidiram não entrar em campo devido ao racismo do quarto árbitro Sebastian Coltescu contra nosso assistente técnico Pierre Webo. Apresentamos ao público as informações. #NãoaoRacismo", escreveu o Istanbul.

Os jogadores de Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir, da Turquia, deixaram o campo nesta terça-feira ainda no primeiro tempo da partida como forma de represália após denúncia de um ato racista durante jogo da Liga dos Campeões. Os dois times se revoltaram depois de um membro da arbitragem se dirigir a um representante da equipe turca de maneira preconceituosa. Os 22 jogadores decidiram, em conjunto, deixar o palco de jogo em um fato sem precedentes na história do esporte. Após quase duas horas do incidente,  a Uefa definiu que a partida será retomada nesta quarta, às 14h55. Também foi anunciada a troca de toda a equipe de arbitragem. Segunda comunicado da entidade, a decisão pela continuidade dos minutos restantes do duelo foi tomada a partir de conversas com ambas as equipes com base em "situações excepcionais". O pontapé inicial nesta quarta-feira será dado com o relógio marcando 13 minutos, momento em que o confronto foi paralisado. O PSG já se garantiu nas oitavas de final depois da vitória do RB Leipizig sobre o Manchester United por 3 a 2.

Jogadores decidem deixar o campo após ato racista em jogo da Liga dos Campeões Foto: Franck Fife/AFP

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, ofendeu o camaronês Pierre Webó, que é ex-atacante e atua como assistente técnico da equipe turca. Revoltado com o episódio, Webó reclamou do tratamento e foi expulso. Prontamente, os jogadores do Istanbul Basaksehir se mobilizaram contra a postura de Coltescu e tiveram a companhia dos atletas do PSG, liderados por Neymar. Quem comandou o movimento em campo foi o atacante senegalês Demba Ba, do Istanbul, que acabou expulso também.

O protesto teve a participação de jogadores reservas e de membros das comissões técnicas das duas equipes. A partida estava empatada por 0 a 0 antes da ofensa proferida pela arbitragem contra o camaronês. Entre os participantes do jogo, estavam o zagueiro Marquinhos e o atacante Neymar pelo PSG. Ambos da seleção brasileira. Na equipe turca, o lateral-direito Rafael também estava em campo.

 

Um lance envolvendo Rafael foi o início da discussão. O brasileiro levou cartão amarelo por uma falta. Na sequência, integrantes da comissão técnica do Istanbul Basaksehir foram questionar a marcação da jogada. Durante o bate-boca, Webó e o técnico turco Okan Buruk levaram cartão amarelo e alegaram que houve por parte do quarto árbitro ofensa racista. 

Em áudio enviado à equipe do Esporte Interativo, Rafael detalhou o episódio. "O quarto árbitro chegou para um cara que trabalha no clube, um assistente nosso (Webó), porque o cara estava gritando muito. O cara estava lá em cima (nas cadeiras), nem no banco estava", explicou. "O cara estava gritando e ele (quarto árbitro) chegou a falou: 'Negro, sai daí. Você vai embora'. Ele não faz parte nem do banco. Eu nem escutei. O treinador escutou. Só vi que ele (quarto árbitro) ficou branco, porque todo mundo começou a ir para cima. Com certeza ele falou. E aí gente saiu de campo. Dois ou três jogadores não queriam sair", acrescentou.

 

Segundo imagens do canal Esporte Interativo, em um dos momentos da discussão entre os jogadores, Neymar e o francês Kylian Mbappé disseram ao árbitro que não continuariam a partida caso o quarto árbitro continuasse em sua função no campo. Os jogadores do Paris queriam que ele fosse excluído da partida, o que não aconteceu.

 

Durante os mais de seis minutos de jogo paralisado, os atletas se reuniram para debater o incidente e decidiram deixar o campo de jogo, numa atitude sem precendentes na Liga dos Campeões. O diretor esportivo do PSG, o brasileiro Leonardo, chegou a descer ao gramado para conversar com os seus jogadores. Pelas redes sociais, os dois clubes manifestaram apoio à decisão coletiva dos elencos de deixar o campo em sinal de repúdio ao ato do quarto árbitro. A Uefa remarcou o jogo para esta quarta-feira e se manifestou contrária a qualquer discriminação.

Depois de duas horas de paralisação, o clube turco se posicionou nas redes sociais. "No jogo contra o Paris Saint-Germain, os nossos jogadores decidiram não entrar em campo devido ao racismo do quarto árbitro Sebastian Coltescu contra nosso assistente técnico Pierre Webo. Apresentamos ao público as informações. #NãoaoRacismo", escreveu o Istanbul.

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