Jogo do Irã na Copa do Mundo é novamente palco de protestos contra governo do país


Vitória sobre o País de Gales é marcada por manifestações nas arquibancadas em oposição ao regime aiatolá; torcedora é abordada por guardas e censurada por seguranças

Por Fernando Valeika de Barros, especial para o Estadão
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A Al-RAYYAN (CATAR) - A vitória heroica do Irã sobre o País de Gales, nesta sexta-feira, pelo Grupo B da Copa do Mundo, foi marcada por novos protestos nas arquibancadas do Estádio Ahmed bin Ali contra o governo iraniano. Diferentemente da estreia, quando os jogadores iranianos ficaram silêncio durante a execução o hino nacional contra a Inglaterra, a cena não se repetiu.

Novamente não faltaram camisetas, faixas e gritos por “Azadi” (”Liberdade”, em persa). Porém, desta vez as manifestações foram reprimidas por outros torcedores apoiadores do regime dos aiatolás. Uma torcedora que foi ao estádio acompanhada das filhas conta que foi abordada por guardas pedindo para elas não se manifestarem.

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Torcedora com uma camisa com os dizeres "Mulheres, Vida e Liberdade" em protesto contra o governo do Irã.  Foto: FADEL SENNA / AFP

“Pediram para que eu e minhas filhas tirassem nossas camisetas com as palavras ‘Mulher, Vida, Liberdade’, mas eu não vou fazer isso em respeito às vítimas da repressão”, diz um torcedora, , que prefere não se identificar. “Nossas vaias e protestos não são antipatrióticos, como tentam sugerir os apoiadores do governo iraniano. Quem dividiu o Irã foi a Teocracia, e ela precisa chegar ao fim.”

A mulher conta ainda que por morar na Europa, não se intimidou com apoiadores do governo iraniano registrando, acintosamente imagens dos manifestantes com seus celulares. Mesmo assim, não quis revelar seu nome.

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Fotógrafos que estavam no Estádio também flagraram o momento que uma dois torcedores foram abordados. Eles exibiam uma bandeira com a frase “woman life freedom” (”liberdade para a vida da mulher”, em tradução livre), além de uma camisa com o nome de Mahsa Amini, iraniana morta após ser presa pelo regime.

Guardas abordaram torcedores após protestos contra o governo do Irã.  Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP

Vários homens se uniram à causa, mas também preferiram manter o anonimato ao comentar o assunto. “Não é possível que mulheres sejam mortas por não quererem usar um véu”, disse. “Adoro futebol, mas a Copa do Mundo serve para que o mundo entenda o que está acontecendo no Irã.”

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Jogador que atua no futebol iraniano é preso por ‘insultar a reputação da seleção’

As autoridades iranianas prenderam o jogador de futebol Voria Ghafouri, nesta quinta-feira, acusado de “insultar a reputação da seleção nacional” e fazer “propaganda contra a República Islâmica”. Ghafouri foi detido após um treino do Fooolad, do Cuzistão (uma província do Irã). O jogador de 35 anos, de origem curda, publicou uma foto no Instagram usando uma roupa tradicional curda.

Analistas dizem que a prisão pode ser um recado do regime teocrático iraniano para a seleção do país não protestar como no primeiro jogo, quando os jogadores não cantaram o hino.

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Protestos no Irã

Os protestos conclamando amplas mudanças sociais e políticas começaram em setembro e ocasionaram repressão brutal das forças de segurança iranianas, que prenderam mais de 14 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas. Pelo menos 326 pessoas foram mortas, de acordo com a ONG Iran Human Rights, com base na Noruega.

As manifestações no Irã começaram após a morte de Mahsa Amini, conhecida por seu nome curdo, Jina, sob custódia da polícia da moralidade, e têm sido lideradas principalmente por mulheres.

ENVIADO ESPECIAL A Al-RAYYAN (CATAR) - A vitória heroica do Irã sobre o País de Gales, nesta sexta-feira, pelo Grupo B da Copa do Mundo, foi marcada por novos protestos nas arquibancadas do Estádio Ahmed bin Ali contra o governo iraniano. Diferentemente da estreia, quando os jogadores iranianos ficaram silêncio durante a execução o hino nacional contra a Inglaterra, a cena não se repetiu.

Novamente não faltaram camisetas, faixas e gritos por “Azadi” (”Liberdade”, em persa). Porém, desta vez as manifestações foram reprimidas por outros torcedores apoiadores do regime dos aiatolás. Uma torcedora que foi ao estádio acompanhada das filhas conta que foi abordada por guardas pedindo para elas não se manifestarem.

Torcedora com uma camisa com os dizeres "Mulheres, Vida e Liberdade" em protesto contra o governo do Irã.  Foto: FADEL SENNA / AFP

“Pediram para que eu e minhas filhas tirassem nossas camisetas com as palavras ‘Mulher, Vida, Liberdade’, mas eu não vou fazer isso em respeito às vítimas da repressão”, diz um torcedora, , que prefere não se identificar. “Nossas vaias e protestos não são antipatrióticos, como tentam sugerir os apoiadores do governo iraniano. Quem dividiu o Irã foi a Teocracia, e ela precisa chegar ao fim.”

A mulher conta ainda que por morar na Europa, não se intimidou com apoiadores do governo iraniano registrando, acintosamente imagens dos manifestantes com seus celulares. Mesmo assim, não quis revelar seu nome.

Fotógrafos que estavam no Estádio também flagraram o momento que uma dois torcedores foram abordados. Eles exibiam uma bandeira com a frase “woman life freedom” (”liberdade para a vida da mulher”, em tradução livre), além de uma camisa com o nome de Mahsa Amini, iraniana morta após ser presa pelo regime.

Guardas abordaram torcedores após protestos contra o governo do Irã.  Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP

Vários homens se uniram à causa, mas também preferiram manter o anonimato ao comentar o assunto. “Não é possível que mulheres sejam mortas por não quererem usar um véu”, disse. “Adoro futebol, mas a Copa do Mundo serve para que o mundo entenda o que está acontecendo no Irã.”

Jogador que atua no futebol iraniano é preso por ‘insultar a reputação da seleção’

As autoridades iranianas prenderam o jogador de futebol Voria Ghafouri, nesta quinta-feira, acusado de “insultar a reputação da seleção nacional” e fazer “propaganda contra a República Islâmica”. Ghafouri foi detido após um treino do Fooolad, do Cuzistão (uma província do Irã). O jogador de 35 anos, de origem curda, publicou uma foto no Instagram usando uma roupa tradicional curda.

Analistas dizem que a prisão pode ser um recado do regime teocrático iraniano para a seleção do país não protestar como no primeiro jogo, quando os jogadores não cantaram o hino.

Protestos no Irã

Os protestos conclamando amplas mudanças sociais e políticas começaram em setembro e ocasionaram repressão brutal das forças de segurança iranianas, que prenderam mais de 14 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas. Pelo menos 326 pessoas foram mortas, de acordo com a ONG Iran Human Rights, com base na Noruega.

As manifestações no Irã começaram após a morte de Mahsa Amini, conhecida por seu nome curdo, Jina, sob custódia da polícia da moralidade, e têm sido lideradas principalmente por mulheres.

ENVIADO ESPECIAL A Al-RAYYAN (CATAR) - A vitória heroica do Irã sobre o País de Gales, nesta sexta-feira, pelo Grupo B da Copa do Mundo, foi marcada por novos protestos nas arquibancadas do Estádio Ahmed bin Ali contra o governo iraniano. Diferentemente da estreia, quando os jogadores iranianos ficaram silêncio durante a execução o hino nacional contra a Inglaterra, a cena não se repetiu.

Novamente não faltaram camisetas, faixas e gritos por “Azadi” (”Liberdade”, em persa). Porém, desta vez as manifestações foram reprimidas por outros torcedores apoiadores do regime dos aiatolás. Uma torcedora que foi ao estádio acompanhada das filhas conta que foi abordada por guardas pedindo para elas não se manifestarem.

Torcedora com uma camisa com os dizeres "Mulheres, Vida e Liberdade" em protesto contra o governo do Irã.  Foto: FADEL SENNA / AFP

“Pediram para que eu e minhas filhas tirassem nossas camisetas com as palavras ‘Mulher, Vida, Liberdade’, mas eu não vou fazer isso em respeito às vítimas da repressão”, diz um torcedora, , que prefere não se identificar. “Nossas vaias e protestos não são antipatrióticos, como tentam sugerir os apoiadores do governo iraniano. Quem dividiu o Irã foi a Teocracia, e ela precisa chegar ao fim.”

A mulher conta ainda que por morar na Europa, não se intimidou com apoiadores do governo iraniano registrando, acintosamente imagens dos manifestantes com seus celulares. Mesmo assim, não quis revelar seu nome.

Fotógrafos que estavam no Estádio também flagraram o momento que uma dois torcedores foram abordados. Eles exibiam uma bandeira com a frase “woman life freedom” (”liberdade para a vida da mulher”, em tradução livre), além de uma camisa com o nome de Mahsa Amini, iraniana morta após ser presa pelo regime.

Guardas abordaram torcedores após protestos contra o governo do Irã.  Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP

Vários homens se uniram à causa, mas também preferiram manter o anonimato ao comentar o assunto. “Não é possível que mulheres sejam mortas por não quererem usar um véu”, disse. “Adoro futebol, mas a Copa do Mundo serve para que o mundo entenda o que está acontecendo no Irã.”

Jogador que atua no futebol iraniano é preso por ‘insultar a reputação da seleção’

As autoridades iranianas prenderam o jogador de futebol Voria Ghafouri, nesta quinta-feira, acusado de “insultar a reputação da seleção nacional” e fazer “propaganda contra a República Islâmica”. Ghafouri foi detido após um treino do Fooolad, do Cuzistão (uma província do Irã). O jogador de 35 anos, de origem curda, publicou uma foto no Instagram usando uma roupa tradicional curda.

Analistas dizem que a prisão pode ser um recado do regime teocrático iraniano para a seleção do país não protestar como no primeiro jogo, quando os jogadores não cantaram o hino.

Protestos no Irã

Os protestos conclamando amplas mudanças sociais e políticas começaram em setembro e ocasionaram repressão brutal das forças de segurança iranianas, que prenderam mais de 14 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas. Pelo menos 326 pessoas foram mortas, de acordo com a ONG Iran Human Rights, com base na Noruega.

As manifestações no Irã começaram após a morte de Mahsa Amini, conhecida por seu nome curdo, Jina, sob custódia da polícia da moralidade, e têm sido lideradas principalmente por mulheres.

ENVIADO ESPECIAL A Al-RAYYAN (CATAR) - A vitória heroica do Irã sobre o País de Gales, nesta sexta-feira, pelo Grupo B da Copa do Mundo, foi marcada por novos protestos nas arquibancadas do Estádio Ahmed bin Ali contra o governo iraniano. Diferentemente da estreia, quando os jogadores iranianos ficaram silêncio durante a execução o hino nacional contra a Inglaterra, a cena não se repetiu.

Novamente não faltaram camisetas, faixas e gritos por “Azadi” (”Liberdade”, em persa). Porém, desta vez as manifestações foram reprimidas por outros torcedores apoiadores do regime dos aiatolás. Uma torcedora que foi ao estádio acompanhada das filhas conta que foi abordada por guardas pedindo para elas não se manifestarem.

Torcedora com uma camisa com os dizeres "Mulheres, Vida e Liberdade" em protesto contra o governo do Irã.  Foto: FADEL SENNA / AFP

“Pediram para que eu e minhas filhas tirassem nossas camisetas com as palavras ‘Mulher, Vida, Liberdade’, mas eu não vou fazer isso em respeito às vítimas da repressão”, diz um torcedora, , que prefere não se identificar. “Nossas vaias e protestos não são antipatrióticos, como tentam sugerir os apoiadores do governo iraniano. Quem dividiu o Irã foi a Teocracia, e ela precisa chegar ao fim.”

A mulher conta ainda que por morar na Europa, não se intimidou com apoiadores do governo iraniano registrando, acintosamente imagens dos manifestantes com seus celulares. Mesmo assim, não quis revelar seu nome.

Fotógrafos que estavam no Estádio também flagraram o momento que uma dois torcedores foram abordados. Eles exibiam uma bandeira com a frase “woman life freedom” (”liberdade para a vida da mulher”, em tradução livre), além de uma camisa com o nome de Mahsa Amini, iraniana morta após ser presa pelo regime.

Guardas abordaram torcedores após protestos contra o governo do Irã.  Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP

Vários homens se uniram à causa, mas também preferiram manter o anonimato ao comentar o assunto. “Não é possível que mulheres sejam mortas por não quererem usar um véu”, disse. “Adoro futebol, mas a Copa do Mundo serve para que o mundo entenda o que está acontecendo no Irã.”

Jogador que atua no futebol iraniano é preso por ‘insultar a reputação da seleção’

As autoridades iranianas prenderam o jogador de futebol Voria Ghafouri, nesta quinta-feira, acusado de “insultar a reputação da seleção nacional” e fazer “propaganda contra a República Islâmica”. Ghafouri foi detido após um treino do Fooolad, do Cuzistão (uma província do Irã). O jogador de 35 anos, de origem curda, publicou uma foto no Instagram usando uma roupa tradicional curda.

Analistas dizem que a prisão pode ser um recado do regime teocrático iraniano para a seleção do país não protestar como no primeiro jogo, quando os jogadores não cantaram o hino.

Protestos no Irã

Os protestos conclamando amplas mudanças sociais e políticas começaram em setembro e ocasionaram repressão brutal das forças de segurança iranianas, que prenderam mais de 14 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas. Pelo menos 326 pessoas foram mortas, de acordo com a ONG Iran Human Rights, com base na Noruega.

As manifestações no Irã começaram após a morte de Mahsa Amini, conhecida por seu nome curdo, Jina, sob custódia da polícia da moralidade, e têm sido lideradas principalmente por mulheres.

ENVIADO ESPECIAL A Al-RAYYAN (CATAR) - A vitória heroica do Irã sobre o País de Gales, nesta sexta-feira, pelo Grupo B da Copa do Mundo, foi marcada por novos protestos nas arquibancadas do Estádio Ahmed bin Ali contra o governo iraniano. Diferentemente da estreia, quando os jogadores iranianos ficaram silêncio durante a execução o hino nacional contra a Inglaterra, a cena não se repetiu.

Novamente não faltaram camisetas, faixas e gritos por “Azadi” (”Liberdade”, em persa). Porém, desta vez as manifestações foram reprimidas por outros torcedores apoiadores do regime dos aiatolás. Uma torcedora que foi ao estádio acompanhada das filhas conta que foi abordada por guardas pedindo para elas não se manifestarem.

Torcedora com uma camisa com os dizeres "Mulheres, Vida e Liberdade" em protesto contra o governo do Irã.  Foto: FADEL SENNA / AFP

“Pediram para que eu e minhas filhas tirassem nossas camisetas com as palavras ‘Mulher, Vida, Liberdade’, mas eu não vou fazer isso em respeito às vítimas da repressão”, diz um torcedora, , que prefere não se identificar. “Nossas vaias e protestos não são antipatrióticos, como tentam sugerir os apoiadores do governo iraniano. Quem dividiu o Irã foi a Teocracia, e ela precisa chegar ao fim.”

A mulher conta ainda que por morar na Europa, não se intimidou com apoiadores do governo iraniano registrando, acintosamente imagens dos manifestantes com seus celulares. Mesmo assim, não quis revelar seu nome.

Fotógrafos que estavam no Estádio também flagraram o momento que uma dois torcedores foram abordados. Eles exibiam uma bandeira com a frase “woman life freedom” (”liberdade para a vida da mulher”, em tradução livre), além de uma camisa com o nome de Mahsa Amini, iraniana morta após ser presa pelo regime.

Guardas abordaram torcedores após protestos contra o governo do Irã.  Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP

Vários homens se uniram à causa, mas também preferiram manter o anonimato ao comentar o assunto. “Não é possível que mulheres sejam mortas por não quererem usar um véu”, disse. “Adoro futebol, mas a Copa do Mundo serve para que o mundo entenda o que está acontecendo no Irã.”

Jogador que atua no futebol iraniano é preso por ‘insultar a reputação da seleção’

As autoridades iranianas prenderam o jogador de futebol Voria Ghafouri, nesta quinta-feira, acusado de “insultar a reputação da seleção nacional” e fazer “propaganda contra a República Islâmica”. Ghafouri foi detido após um treino do Fooolad, do Cuzistão (uma província do Irã). O jogador de 35 anos, de origem curda, publicou uma foto no Instagram usando uma roupa tradicional curda.

Analistas dizem que a prisão pode ser um recado do regime teocrático iraniano para a seleção do país não protestar como no primeiro jogo, quando os jogadores não cantaram o hino.

Protestos no Irã

Os protestos conclamando amplas mudanças sociais e políticas começaram em setembro e ocasionaram repressão brutal das forças de segurança iranianas, que prenderam mais de 14 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas. Pelo menos 326 pessoas foram mortas, de acordo com a ONG Iran Human Rights, com base na Noruega.

As manifestações no Irã começaram após a morte de Mahsa Amini, conhecida por seu nome curdo, Jina, sob custódia da polícia da moralidade, e têm sido lideradas principalmente por mulheres.

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