A partida entre Portugal e Uruguai, válida pelo grupo H da Copa do Mundo de 2022, foi interrompida após um homem invadir o campo com uma bandeira do movimento LGBT+. Seguindo o regulamento de transmissão da Fifa, as imagens da invasão de campo não foram veiculadas nas TVs ao redor do mundo.
O Mundial do Catar é marcado pelas polêmicas que envolvem direitos humanos e o governo do país-sede. Apesar do governo catari afirmar que todos são bem-vindos, relações entre pessoas do mesmo gênero é crime no país e ONGs afirmam que há casos de pessoas LGBTs sendo presas sem direito à defesa.
Além de protestos por parte de torcedores, algumas seleções planejavam se manifestar contra as posições da Fifa e do Catar. As iniciativas, no entanto, foram coibidas pela entidade máxima do futebol e sete equipes foram proibidas de utilizar a faixa de capitão “One Love”, que demonstra apoio a causa LGBT+.
Outro caso que ganhou as redes nos últimos dias foi a situação vivida pelo jornalista brasileiro Victor Pereira. O recifense, que está trabalhando na cobertura do Mundial do Catar, teve sua bandeira de Pernambuco tomada por seguranças e policias cataris. De acordo com ele, confundiram o arco-íris presente na flâmula pernambucana com o arco-íris do movimento LGBT+.
Além da bandeira do arco-íris, o rapaz, que foi detido pela segurança do Estádio Lusail, vestia uma camiseta azul com os dizeres “Salve a Ucrânia” na frente e “Respeito para Mulheres Iranianas” no verso. Ambas as frases são manifestações políticas, com a primeira se referindo a guerra entre Ucrânia e Rússia. O conflito se tornou uma preocupação global nos últimos meses.
Já a segunda fala sobre as diversas manifestações que ocorrem no Irã. No começo de setembro, a jovem Mahsa Amini foi morta após ser detida pela polícia por supostamente não usar o hijab (véu obrigatório) da maneira adequada. Desde então, protestos liderados por mulheres tomaram o país.
Nos jogos da seleção iraniana, inúmeros torcedores protestaram em prol das mulheres do Irã. No primeiro jogo da equipe, os atletas não cantaram o hino do país.