A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 28 milhões (R$ 27.996.734,53) das contas do Corinthians por conta de uma dívida com a RC Consultoria e Assessoria Esportiva Ltda, empresa de Carlos Leite, responsável por representar o goleiro Cássio, atualmente no Cruzeiro, e o lateral-direito Fagner. A cobrança é referente aos processos de renovação dos atletas com o clube. A decisão foi proferida nesta quarta-feira, 8, pelo juiz de direito Fábio Rogério Bojo Pellegrino, da 1ª Vara Cível (Tatuapé-SP). A reportagem procurou o Corinthians e irá atualizar a publicação em caso de manifestação.
A ação teve início em janeiro deste ano. A empresa cobrou R$ 10,3 milhões de uma parcela que deveria ter sido paga em dezembro do ano passado por meio de uma execução de título extrajudicial. A Justiça mandou executar o bloqueio por meio da “teimosinha”, ferramenta do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud) que busca valores em contas em débito no período de 30 dias dias.
Ainda de acordo com os autos do processo, a Caixa Econômica Federal solicitou à Justiça a liberação de R$ 8.984.680,41 de uma das contas do clube. A empresa alega que a mesma foi cedida fiducariamente ao banco, ou seja, como forma de garantia ao pagamento da dívida pela construção da Arena em Itaquera.
Em acordo assinado em 6 de dezembro de 2023, o Corinthians, ainda sob gestão de Duílio Monteiro Alves, firmou um acordo com a RC Consultoria e Assessoria Esportiva Ltda para pagar a dívida por meio da cessão de créditos com a Brax Produções e Publicidade LTDA, detentora dos diretos das placas de publicidades em em jogos do clube, entre 2025 e 2029 no Brasileirão. O não pagamento no prazo estipulado acabou efetivando a penhora dos valores.
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O Corinthians atravessa grave crise financeira, com uma dívida de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. Neste ano, o primeiro sob a batuta do presidente Augusto Melo, o clube conviveu com trocas na diretoria e divergências com grupos de oposição nos bastidores, que acusam a atual gestão de aumentar os gastos para abrir caminho para um recuperação judicial e, posteriormente, a venda do futebol alvinegro por meio de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
O clube nega a possibilidade e estuda meios de aliviar a dívida. Entre os projetos debatidos internamente está a possibilidade da criação de um fundo imobiliário para os torcedores ajudarem no pagamento da Neo Química Arena, cujo débito com a Caixa representa R$ 1,5 bi do total.