Em meio às investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO) na segunda fase da Operação Penalidade Máxima, sobre esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol envolvendo apostas esportivas no Brasil, Moraes Jr., então lateral do Juventude e atualmente no Atlético-GO, deixa de ser investigado no processo e passa a ser testemunha. Nesta terça-feira, a defesa do atleta, inicialmente investigado em jogo do Juventude, informou a atualização na Justiça por meio de nota.
Dos jogos que são alvo de investigação do MP, Moraes Jr. foi aliciado pelo grupo de apostadores em três deles, todos no Brasileirão do último ano, em passagem pelo Juventude: contra Palmeiras, Fortaleza e Goiás. As promessas de pagamento, para que o lateral fosse advertido com cartão amarelo pela arbitragem, foram R$ 25 mil, sendo que R$ 20 mil foram devolvidos.
“O atleta foi ouvido pelo promotor de Justiça no dia 28 de abril de 2023, data em que foi assinado o Acordo de Não Persecução Penal, esse instrumento jurídico pode ser definido como uma espécie de colaboração jurídica entre o atleta e o Ministério Público”, informou a defesa do jogadora.
Com isso, ele promete ajudar na investigação do MP-GO e contar tudo o que sabe do esquema fraudulento de resultados e ações dentro de campo para beneficiar apostadores em sites dessa natureza. Nesta terça, o Santos afastou o zagueiro Bauermann porque ele foi pego em escutas telefônicas sendo cobrado por criminosos das apostas para provocar amarelo em jogo do time da Vila contra o Avaí, e depois diante do Botafogo. Ele teria recebido R$ 50 mil.
Além dele, outros dois jogadores, que eram do Juventude no último ano e participaram do esquema de apostas fraudulentas, são investigados. São eles: Paulo Miranda e Gabriel Tota. Em nota, o Juventude reafirmou seu “compromisso ético” e sua disposição em ajudar a Justiça.
CONFIRA A NOTA DA DEFESA DE MORAES NA ÍNTEGRA
A defesa do atleta Onitlasi Júnior de Moraes Rodrigues, Moraes Jr., vem a público esclarecer os fatos envolvendo o jogador acerca da Operação Penalidade Máxima II.
O atleta foi ouvido pelo promotor de Justiça no dia 28 de abril de 2023, data em que foi assinado o Acordo de Não Persecução Penal, esse instrumento jurídico pode ser definido como uma espécie de colaboração jurídica entre o atleta e o Ministério Público.
A defesa do atleta reforça também que Moraes a todo tempo disse a verdade e colaborou para a instrução do processo da melhor maneira, por isso passou a ser testemunha no processo, não figura mais como investigado/réu e sim, após a homologação do acordo de Não Persecução Penal, colaborador/testemunha.
A defesa reforça o compromisso de Moraes com a verdade, haja visto que o mesmo segue colaborando com as investigações, ficando à disposição do Ministério Público e da justiça para todo e qualquer momento ser ouvido.
Com relação ao valor da multa não cabe a defesa e nem mesmo ao atleta entrar em detalhes, uma vez que isso corre dentro da justiça, cabendo apenas aos envolvidos do processo.
CONFIRA A NOTA DO JUVENTUDE NA ÍNTEGRA
O Esporte Clube Juventude, em respeito à sua história, aos seus associados, atletas, funcionários e milhares de torcedores, vem a público reiterar o seu compromisso ético e a sua absoluta intransigência em relação a qualquer comportamento que fira a lisura e a transparência que devem nortear a prática e as competições esportivas em todos os níveis. Em quaisquer circunstâncias, repudiamos veementemente qualquer tentativa ou atos que visem manipular resultados no esporte.
É inadmissível, e por todas as formas condenável, condutas ilícitas, antiéticas, imorais e antidesportivas, inaceitáveis em qualquer nível.
Com essa convicção, O Esporte Clube Juventude, em face das recentes publicações divulgadas na imprensa relacionadas à “Operação Penalidade Máxima”, citando nominalmente três atletas que atuaram pelo Clube em 2022, e que atualmente estão vinculados a outras agremiações, como investigados na referida operação, reitera o seu firme posicionamento de colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, para que os fatos sejam regularmente apurados e os responsáveis identificados e responsabilizados na forma e no rigor da lei.