Leila Pereira confirmou que Crefisa e FAM deixarão de patrocinar o Palmeiras a partir de 2025. A parceria será encerrada em dezembro, depois de uma década. Ela já havia sinalizado que acha saudável buscar novos parceiros para o clube e adiantou, em entrevista ao Estadão, que as suas empresas não estamparão mais suas marcas em nenhum espaço da camisa alviverde.
“Não ficam. Tudo na vida tem um ciclo. Você começa um ciclo e termina. O ciclo da Crefisa e da FAM está chegando ao fim e espero que seja muito vitorioso, como foi no começo”, disse ela, assegurando que suas empresas não estarão nas costas, peito, mangas, ou qualquer propriedade da camisa do Palmeiras.
Como mostrou o Estadão, o Palmeiras tem em mãos uma proposta da Sportingbet para que o site de apostas seja o novo novo patrocinador máster do time masculino. A casa de aposta britânica e o departamento de marketing do clube conversam há meses. Não há acordo, mas a proposta da empresa é a que mais agradou a diretoria palmeirense e a empresa é a favorita na concorrência aberta pelo patrocínio master.
Certo é que o próximo patrocinador do Palmeiras não terá um contrato de exclusividade, como é o atual. O plano da diretoria é fechar acordo na casa dos R$ 150 milhões anuais em patrocínios em todas propriedades da camisa, com a possibilidade de alcançar R$ 170 milhões em caso de cumprimento de metas. “Vamos negociar toda a camisa, o patrocínio máster e todas as propriedades”, enfatizou a presidente.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras
Favorita a ser reeleita para o cargo mais importante do clube por mais três anos, Leila não é simpática à ideia de ter uma casa de aposta nacional como principal patrocinador do Palmeiras, mas aprova uma bet estrangeira com solidez e longa atuação no mercado. Entende ser o caso da Sportingbet, que não patrocina clubes atualmente, mas é patrocinadora oficial da Conmebol e exibe sua marca na Libertadores, Sul-Americana e Recopa, além de investir na transmissões do futebol na Globo.
Por enquanto, todos os contatos de bets brasileiras não avançaram. Betnacional, Pixbet e Esportes da Sorte manifestaram interesse em patrocinar o time, mas não chegaram nem perto de evoluir nas conversas. A Betnacional chegou a apresentar proposta de R$ 100 milhões anuais, porém, ficou sem resposta do departamento de marketing do clube.
Com a Crefisa e a FAM, o Palmeiras chegou a ter o maior patrocínio do País, mas os valores ficaram defasados e os rivais passaram a ter camisas mais valiosas, sobretudo depois que as casas de apostas, chamadas de bets, passaram a dominar o mercado. O atual acordo rende R$ 81 milhões fixos por temporada ao Palmeiras - com a possibilidade de alcançar R$ 120 milhões em caso de metas atingidas por títulos conquistados.
As empresas de Leila pagam esse valor desde 2019. Em 2021, o então presidente Maurício Galiotte renovou o acordo por mais e decidiu manter as cifras, sem colocar uma cláusula de reajuste e correção dos valores, o que gerou críticas dos torcedores pelo entendimento de que o patrocínio está defasado, apontando que os rivais têm conseguido acordos mais lucrativos.
Desde quando afirmou que abriria concorrência, Leila tem defendido suas empresas e dito que não vai entrar “nessa pilha” em relação a quantias maiores que patrocinadores pagam aos adversários do Palmeiras. Segundo ela, as negociações são feitas para afastar possíveis “aventureiros”, isto é, empresas não idôneas.