Léo Batista ganha série aos 91 anos e não pensa em parar: ‘Enquanto permitirem, vou seguindo’


Primeiro episódio da produção documental mostra depoimentos de nomes como Galvão Bueno e Cid Moreira, visita ao Jornal Nacional e idolatria do jornalista por Chitãozinho e Chororó

Por Bruno Accorsi
Atualização:

Durante a quarentena forçada pela pandemia de covid-19, o apresentador e ícone do jornalismo esportivo Léo Batista foi encontrado no supermercado. Idoso e, portanto, mais vulnerável à contaminação, ouviu perguntarem o que estava fazendo ali. “Vim fazer compras para minhas filhas, porque elas são do grupo de risco”, respondeu, brincando. O ocorrido é contado na série documental A Voz Marcante, cujo primeiro episódio vai ao ar nesta quarta-feira no SporTV, e expõe o lado inquieto do jornalista de 91 anos.

Parar de trabalhar e ficar mais tempo em casa não são alternativas consideradas por Seu Léo, como é chamado pelos amigos e colegas de trabalho. “Eu acho que se ele sair do ar ele morre”, diz Alex Escobar em depoimento no documentário, dirigido pela jornalista Kizzy Magalhães. O nonagenário ainda comanda um quadro dentro do Globo Esporte e vai duas vezes por semana à sede da TV Globo.

“Eu vou fazer 92 anos agora em julho, sendo 76 deles dedicados ao jornalismo e continuo gostando muito do que faço. Sigo trabalhando porque a TV permite que eu continue ativo no esporte. Enquanto eles permitirem e eu tiver essa vitalidade, vou seguindo. Quero continuar fazendo isso. Não sei quanto tempo Deus ainda vai me dar de vida, mas eu estou muito bem de saúde e quero continuar fazendo o que me dá prazer”, diz Seu Léo ao Estadão.

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História de Léo Batista é contada em novo documentário da SporTV. Foto: Divulgação/Globo

A série começa contando a trajetória do homem que viria a se tornar um dos principais nomes do jornalismo da Globo. Do início como locutor do serviço de alto-falante de uma praça em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, passando pela “era de ouro” do rádio, ao risco de se aventurar na televisão, na época em que o meio de comunicação havia acabado de surgir e ainda era um caminho incerto e questionado.

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Ganham destaque, no primeiro episódio, os grandes fatos que foram noticiados pela “voz marcante”. Ainda na Rádio Globo, comandando o Globo no Ar, foi o primeiro a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas. Já na televisão, participou de outras coberturas marcantes, especialmente no esporte. Trabalhou em 13 Copas do Mundo e 13 Jogos Olímpicos. Foi ele quem em entrou no plantão sobre a morte de Ayrton Senna, em contato com o repórter Roberto Cabrini, que estava na Itália. Em determinado momento da série, o diretor Boni diz que Léo, além de competente, é “pé quente” por ter sido a voz e o rosto de momentos históricos.

“Na verdade eu tive foi sorte de estar na hora certa e no lugar certo em todos esses momentos”, concorda Léo Batista. “Não sei se a palavra correta é emocionado, mas com certeza tem um misto de emoção com orgulho de ter feito parte disso tudo. Esse orgulho, na verdade, é por poder estar inserido na história, por ter sido a voz de fatos importantes e que marcaram a vida de muita gente. Agora, ao mesmo tempo, também noticiei alguns fatos tristes, como as mortes do Getúlio Vargas, do Ayrton Senna e da Princesa Diana, por exemplo.”

Também é destacado o pioneirismo do jornalista, que apresentou as primeiras edições do Jornal Hoje, em 1971, do Esporte Espetacular, em 1973, e do Globo Esporte, em 1978. Quando o Fantástico começou, em 1973, era ele quem apresentava as notícias esportivas. Trabalhou, ainda, no Jornal Nacional, como âncora em algumas oportunidades, a primeira delas substituindo Cid Moreira, e no bloco esportivo entre 1980 e 1990.

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Ídolo de todos nós, diz Galvão Bueno

A série mostra, inclusive, uma visita de Seu Léo aos bastidores do principal telejornal da Globo, com direito a encontro com Willian Bonner e Renata Vasconcellos. São mostradas imagens do veterano passeando pela empresa e sua relação com os colegas de trabalho de todas as posições. Ao encontrar Galvão Bueno, Léo Batista ouve o narrador dizer: “Você é um ídolo de todos nós”.

“Sempre levo comigo o pensamento de que se eu puder ajudar, eu ajudo e se não puder, eu prefiro não atrapalhar”, afirma Léo ao Estadão, sobre o respeito que tem entre os profissionais da comunicação. “Me orgulha demais saber que pude contribuir e de alguma maneira ajudar muita gente ao longo destes anos de carreira. Consegui transmitir um pouco do que sei para alguns profissionais que se tornaram grandes amigos. Não posso ignorar, diante de tantas manifestações de carinho, atenção, elogios, e homenagens, como essa série, que representei alguma coisa para bastante gente que está ou que já passou pelo jornalismo”.

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Léo Batista em recriação da apresentação do placar com a participação da Zebrinha Foto: Divulgação/TV Globo

Ídolo de muitos, o nonagenário é mostrado na condição de fã durante o documentário, quando tem a oportunidade de se encontrar com a dupla Chitãozinho e Chororó durante um evento da Globo e até arrisca uma palinha. Momentos de emoção também integram o primeiro capítulo. Leo aparece chorando quando diz que não quer falar sobre a morte da mulher, Leyla Chavantes Belinaso, que faleceu aos 84 anos em 29 de janeiro de 2022. As lágrimas voltam, dessa vez com alegria, na parte da série em que Leo relembra ter sido mestre de cerimônia ao lado da cantora Maysa, um dos principais nomes da música brasileira na época.

A série é dividida em quatro episódios e estreia nesta quarta-feira, dia 5, às 21 horas, no canal principal do SporTV, com a exibição dos dois primeiros episódios. Os outros dois serão exibidos no dia seguinte. Além da trajetória como jornalista, a produção vai mostrar um lado menos conhecido de Leo Batista, que também é cantor, artista plástico, comediante e escritor. Outros grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Cid Moreira, Pedro Bial, Tadeu Schmidt, Leilane Neubarth e Luis Roberto – responsável pelo apelido carinhoso de “a voz marcante da tv brasileira”, - também participam com depoimentos.

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“Foi um privilégio contar a história de Léo Batista e fazer esta homenagem a ele. Muito além da voz, a trajetória dele é marcante. E a gente quis mostrar como ele se reinventou ao longo de tantas décadas e se mantem relevante até os dias de hoje. A série é um passeio pelos seus 76 anos de carreira, cheia de histórias surpreendentes e relatos emocionantes, especialmente dos colegas de profissão que falam dele com muito carinho e respeito. “Seu Léo” nos brinda com uma memória prodigiosa e nos conduz a uma verdadeira viagem no tempo”, diz a diretora Kizzy Magalhães.

O segundo capítulo trata da sua trajetória na TV Globo e como sua voz ilustrou alguns dos grandes momentos do esporte brasileiro. O penúltimo episódio relembra momentos que mudaram a história do Brasil e do mundo, e que foram noticiados por ele, como a morte do presidente Getúlio Vargas e os acidentes fatais de Ayrton Senna e da Princesa Diana. No último episódio, a série traz revelações surpreendentes e mostra ass outras facetas de Leo Batista. Familiares relembram passagens importantes da vida do jovem Léo em Cordeirópolis, momentos da infância e o recente episódio do falecimento de Dona Leila, sua companheira de toda a vida.

Durante a quarentena forçada pela pandemia de covid-19, o apresentador e ícone do jornalismo esportivo Léo Batista foi encontrado no supermercado. Idoso e, portanto, mais vulnerável à contaminação, ouviu perguntarem o que estava fazendo ali. “Vim fazer compras para minhas filhas, porque elas são do grupo de risco”, respondeu, brincando. O ocorrido é contado na série documental A Voz Marcante, cujo primeiro episódio vai ao ar nesta quarta-feira no SporTV, e expõe o lado inquieto do jornalista de 91 anos.

Parar de trabalhar e ficar mais tempo em casa não são alternativas consideradas por Seu Léo, como é chamado pelos amigos e colegas de trabalho. “Eu acho que se ele sair do ar ele morre”, diz Alex Escobar em depoimento no documentário, dirigido pela jornalista Kizzy Magalhães. O nonagenário ainda comanda um quadro dentro do Globo Esporte e vai duas vezes por semana à sede da TV Globo.

“Eu vou fazer 92 anos agora em julho, sendo 76 deles dedicados ao jornalismo e continuo gostando muito do que faço. Sigo trabalhando porque a TV permite que eu continue ativo no esporte. Enquanto eles permitirem e eu tiver essa vitalidade, vou seguindo. Quero continuar fazendo isso. Não sei quanto tempo Deus ainda vai me dar de vida, mas eu estou muito bem de saúde e quero continuar fazendo o que me dá prazer”, diz Seu Léo ao Estadão.

História de Léo Batista é contada em novo documentário da SporTV. Foto: Divulgação/Globo

A série começa contando a trajetória do homem que viria a se tornar um dos principais nomes do jornalismo da Globo. Do início como locutor do serviço de alto-falante de uma praça em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, passando pela “era de ouro” do rádio, ao risco de se aventurar na televisão, na época em que o meio de comunicação havia acabado de surgir e ainda era um caminho incerto e questionado.

Ganham destaque, no primeiro episódio, os grandes fatos que foram noticiados pela “voz marcante”. Ainda na Rádio Globo, comandando o Globo no Ar, foi o primeiro a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas. Já na televisão, participou de outras coberturas marcantes, especialmente no esporte. Trabalhou em 13 Copas do Mundo e 13 Jogos Olímpicos. Foi ele quem em entrou no plantão sobre a morte de Ayrton Senna, em contato com o repórter Roberto Cabrini, que estava na Itália. Em determinado momento da série, o diretor Boni diz que Léo, além de competente, é “pé quente” por ter sido a voz e o rosto de momentos históricos.

“Na verdade eu tive foi sorte de estar na hora certa e no lugar certo em todos esses momentos”, concorda Léo Batista. “Não sei se a palavra correta é emocionado, mas com certeza tem um misto de emoção com orgulho de ter feito parte disso tudo. Esse orgulho, na verdade, é por poder estar inserido na história, por ter sido a voz de fatos importantes e que marcaram a vida de muita gente. Agora, ao mesmo tempo, também noticiei alguns fatos tristes, como as mortes do Getúlio Vargas, do Ayrton Senna e da Princesa Diana, por exemplo.”

Também é destacado o pioneirismo do jornalista, que apresentou as primeiras edições do Jornal Hoje, em 1971, do Esporte Espetacular, em 1973, e do Globo Esporte, em 1978. Quando o Fantástico começou, em 1973, era ele quem apresentava as notícias esportivas. Trabalhou, ainda, no Jornal Nacional, como âncora em algumas oportunidades, a primeira delas substituindo Cid Moreira, e no bloco esportivo entre 1980 e 1990.

Ídolo de todos nós, diz Galvão Bueno

A série mostra, inclusive, uma visita de Seu Léo aos bastidores do principal telejornal da Globo, com direito a encontro com Willian Bonner e Renata Vasconcellos. São mostradas imagens do veterano passeando pela empresa e sua relação com os colegas de trabalho de todas as posições. Ao encontrar Galvão Bueno, Léo Batista ouve o narrador dizer: “Você é um ídolo de todos nós”.

“Sempre levo comigo o pensamento de que se eu puder ajudar, eu ajudo e se não puder, eu prefiro não atrapalhar”, afirma Léo ao Estadão, sobre o respeito que tem entre os profissionais da comunicação. “Me orgulha demais saber que pude contribuir e de alguma maneira ajudar muita gente ao longo destes anos de carreira. Consegui transmitir um pouco do que sei para alguns profissionais que se tornaram grandes amigos. Não posso ignorar, diante de tantas manifestações de carinho, atenção, elogios, e homenagens, como essa série, que representei alguma coisa para bastante gente que está ou que já passou pelo jornalismo”.

Léo Batista em recriação da apresentação do placar com a participação da Zebrinha Foto: Divulgação/TV Globo

Ídolo de muitos, o nonagenário é mostrado na condição de fã durante o documentário, quando tem a oportunidade de se encontrar com a dupla Chitãozinho e Chororó durante um evento da Globo e até arrisca uma palinha. Momentos de emoção também integram o primeiro capítulo. Leo aparece chorando quando diz que não quer falar sobre a morte da mulher, Leyla Chavantes Belinaso, que faleceu aos 84 anos em 29 de janeiro de 2022. As lágrimas voltam, dessa vez com alegria, na parte da série em que Leo relembra ter sido mestre de cerimônia ao lado da cantora Maysa, um dos principais nomes da música brasileira na época.

A série é dividida em quatro episódios e estreia nesta quarta-feira, dia 5, às 21 horas, no canal principal do SporTV, com a exibição dos dois primeiros episódios. Os outros dois serão exibidos no dia seguinte. Além da trajetória como jornalista, a produção vai mostrar um lado menos conhecido de Leo Batista, que também é cantor, artista plástico, comediante e escritor. Outros grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Cid Moreira, Pedro Bial, Tadeu Schmidt, Leilane Neubarth e Luis Roberto – responsável pelo apelido carinhoso de “a voz marcante da tv brasileira”, - também participam com depoimentos.

“Foi um privilégio contar a história de Léo Batista e fazer esta homenagem a ele. Muito além da voz, a trajetória dele é marcante. E a gente quis mostrar como ele se reinventou ao longo de tantas décadas e se mantem relevante até os dias de hoje. A série é um passeio pelos seus 76 anos de carreira, cheia de histórias surpreendentes e relatos emocionantes, especialmente dos colegas de profissão que falam dele com muito carinho e respeito. “Seu Léo” nos brinda com uma memória prodigiosa e nos conduz a uma verdadeira viagem no tempo”, diz a diretora Kizzy Magalhães.

O segundo capítulo trata da sua trajetória na TV Globo e como sua voz ilustrou alguns dos grandes momentos do esporte brasileiro. O penúltimo episódio relembra momentos que mudaram a história do Brasil e do mundo, e que foram noticiados por ele, como a morte do presidente Getúlio Vargas e os acidentes fatais de Ayrton Senna e da Princesa Diana. No último episódio, a série traz revelações surpreendentes e mostra ass outras facetas de Leo Batista. Familiares relembram passagens importantes da vida do jovem Léo em Cordeirópolis, momentos da infância e o recente episódio do falecimento de Dona Leila, sua companheira de toda a vida.

Durante a quarentena forçada pela pandemia de covid-19, o apresentador e ícone do jornalismo esportivo Léo Batista foi encontrado no supermercado. Idoso e, portanto, mais vulnerável à contaminação, ouviu perguntarem o que estava fazendo ali. “Vim fazer compras para minhas filhas, porque elas são do grupo de risco”, respondeu, brincando. O ocorrido é contado na série documental A Voz Marcante, cujo primeiro episódio vai ao ar nesta quarta-feira no SporTV, e expõe o lado inquieto do jornalista de 91 anos.

Parar de trabalhar e ficar mais tempo em casa não são alternativas consideradas por Seu Léo, como é chamado pelos amigos e colegas de trabalho. “Eu acho que se ele sair do ar ele morre”, diz Alex Escobar em depoimento no documentário, dirigido pela jornalista Kizzy Magalhães. O nonagenário ainda comanda um quadro dentro do Globo Esporte e vai duas vezes por semana à sede da TV Globo.

“Eu vou fazer 92 anos agora em julho, sendo 76 deles dedicados ao jornalismo e continuo gostando muito do que faço. Sigo trabalhando porque a TV permite que eu continue ativo no esporte. Enquanto eles permitirem e eu tiver essa vitalidade, vou seguindo. Quero continuar fazendo isso. Não sei quanto tempo Deus ainda vai me dar de vida, mas eu estou muito bem de saúde e quero continuar fazendo o que me dá prazer”, diz Seu Léo ao Estadão.

História de Léo Batista é contada em novo documentário da SporTV. Foto: Divulgação/Globo

A série começa contando a trajetória do homem que viria a se tornar um dos principais nomes do jornalismo da Globo. Do início como locutor do serviço de alto-falante de uma praça em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, passando pela “era de ouro” do rádio, ao risco de se aventurar na televisão, na época em que o meio de comunicação havia acabado de surgir e ainda era um caminho incerto e questionado.

Ganham destaque, no primeiro episódio, os grandes fatos que foram noticiados pela “voz marcante”. Ainda na Rádio Globo, comandando o Globo no Ar, foi o primeiro a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas. Já na televisão, participou de outras coberturas marcantes, especialmente no esporte. Trabalhou em 13 Copas do Mundo e 13 Jogos Olímpicos. Foi ele quem em entrou no plantão sobre a morte de Ayrton Senna, em contato com o repórter Roberto Cabrini, que estava na Itália. Em determinado momento da série, o diretor Boni diz que Léo, além de competente, é “pé quente” por ter sido a voz e o rosto de momentos históricos.

“Na verdade eu tive foi sorte de estar na hora certa e no lugar certo em todos esses momentos”, concorda Léo Batista. “Não sei se a palavra correta é emocionado, mas com certeza tem um misto de emoção com orgulho de ter feito parte disso tudo. Esse orgulho, na verdade, é por poder estar inserido na história, por ter sido a voz de fatos importantes e que marcaram a vida de muita gente. Agora, ao mesmo tempo, também noticiei alguns fatos tristes, como as mortes do Getúlio Vargas, do Ayrton Senna e da Princesa Diana, por exemplo.”

Também é destacado o pioneirismo do jornalista, que apresentou as primeiras edições do Jornal Hoje, em 1971, do Esporte Espetacular, em 1973, e do Globo Esporte, em 1978. Quando o Fantástico começou, em 1973, era ele quem apresentava as notícias esportivas. Trabalhou, ainda, no Jornal Nacional, como âncora em algumas oportunidades, a primeira delas substituindo Cid Moreira, e no bloco esportivo entre 1980 e 1990.

Ídolo de todos nós, diz Galvão Bueno

A série mostra, inclusive, uma visita de Seu Léo aos bastidores do principal telejornal da Globo, com direito a encontro com Willian Bonner e Renata Vasconcellos. São mostradas imagens do veterano passeando pela empresa e sua relação com os colegas de trabalho de todas as posições. Ao encontrar Galvão Bueno, Léo Batista ouve o narrador dizer: “Você é um ídolo de todos nós”.

“Sempre levo comigo o pensamento de que se eu puder ajudar, eu ajudo e se não puder, eu prefiro não atrapalhar”, afirma Léo ao Estadão, sobre o respeito que tem entre os profissionais da comunicação. “Me orgulha demais saber que pude contribuir e de alguma maneira ajudar muita gente ao longo destes anos de carreira. Consegui transmitir um pouco do que sei para alguns profissionais que se tornaram grandes amigos. Não posso ignorar, diante de tantas manifestações de carinho, atenção, elogios, e homenagens, como essa série, que representei alguma coisa para bastante gente que está ou que já passou pelo jornalismo”.

Léo Batista em recriação da apresentação do placar com a participação da Zebrinha Foto: Divulgação/TV Globo

Ídolo de muitos, o nonagenário é mostrado na condição de fã durante o documentário, quando tem a oportunidade de se encontrar com a dupla Chitãozinho e Chororó durante um evento da Globo e até arrisca uma palinha. Momentos de emoção também integram o primeiro capítulo. Leo aparece chorando quando diz que não quer falar sobre a morte da mulher, Leyla Chavantes Belinaso, que faleceu aos 84 anos em 29 de janeiro de 2022. As lágrimas voltam, dessa vez com alegria, na parte da série em que Leo relembra ter sido mestre de cerimônia ao lado da cantora Maysa, um dos principais nomes da música brasileira na época.

A série é dividida em quatro episódios e estreia nesta quarta-feira, dia 5, às 21 horas, no canal principal do SporTV, com a exibição dos dois primeiros episódios. Os outros dois serão exibidos no dia seguinte. Além da trajetória como jornalista, a produção vai mostrar um lado menos conhecido de Leo Batista, que também é cantor, artista plástico, comediante e escritor. Outros grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Cid Moreira, Pedro Bial, Tadeu Schmidt, Leilane Neubarth e Luis Roberto – responsável pelo apelido carinhoso de “a voz marcante da tv brasileira”, - também participam com depoimentos.

“Foi um privilégio contar a história de Léo Batista e fazer esta homenagem a ele. Muito além da voz, a trajetória dele é marcante. E a gente quis mostrar como ele se reinventou ao longo de tantas décadas e se mantem relevante até os dias de hoje. A série é um passeio pelos seus 76 anos de carreira, cheia de histórias surpreendentes e relatos emocionantes, especialmente dos colegas de profissão que falam dele com muito carinho e respeito. “Seu Léo” nos brinda com uma memória prodigiosa e nos conduz a uma verdadeira viagem no tempo”, diz a diretora Kizzy Magalhães.

O segundo capítulo trata da sua trajetória na TV Globo e como sua voz ilustrou alguns dos grandes momentos do esporte brasileiro. O penúltimo episódio relembra momentos que mudaram a história do Brasil e do mundo, e que foram noticiados por ele, como a morte do presidente Getúlio Vargas e os acidentes fatais de Ayrton Senna e da Princesa Diana. No último episódio, a série traz revelações surpreendentes e mostra ass outras facetas de Leo Batista. Familiares relembram passagens importantes da vida do jovem Léo em Cordeirópolis, momentos da infância e o recente episódio do falecimento de Dona Leila, sua companheira de toda a vida.

Durante a quarentena forçada pela pandemia de covid-19, o apresentador e ícone do jornalismo esportivo Léo Batista foi encontrado no supermercado. Idoso e, portanto, mais vulnerável à contaminação, ouviu perguntarem o que estava fazendo ali. “Vim fazer compras para minhas filhas, porque elas são do grupo de risco”, respondeu, brincando. O ocorrido é contado na série documental A Voz Marcante, cujo primeiro episódio vai ao ar nesta quarta-feira no SporTV, e expõe o lado inquieto do jornalista de 91 anos.

Parar de trabalhar e ficar mais tempo em casa não são alternativas consideradas por Seu Léo, como é chamado pelos amigos e colegas de trabalho. “Eu acho que se ele sair do ar ele morre”, diz Alex Escobar em depoimento no documentário, dirigido pela jornalista Kizzy Magalhães. O nonagenário ainda comanda um quadro dentro do Globo Esporte e vai duas vezes por semana à sede da TV Globo.

“Eu vou fazer 92 anos agora em julho, sendo 76 deles dedicados ao jornalismo e continuo gostando muito do que faço. Sigo trabalhando porque a TV permite que eu continue ativo no esporte. Enquanto eles permitirem e eu tiver essa vitalidade, vou seguindo. Quero continuar fazendo isso. Não sei quanto tempo Deus ainda vai me dar de vida, mas eu estou muito bem de saúde e quero continuar fazendo o que me dá prazer”, diz Seu Léo ao Estadão.

História de Léo Batista é contada em novo documentário da SporTV. Foto: Divulgação/Globo

A série começa contando a trajetória do homem que viria a se tornar um dos principais nomes do jornalismo da Globo. Do início como locutor do serviço de alto-falante de uma praça em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, passando pela “era de ouro” do rádio, ao risco de se aventurar na televisão, na época em que o meio de comunicação havia acabado de surgir e ainda era um caminho incerto e questionado.

Ganham destaque, no primeiro episódio, os grandes fatos que foram noticiados pela “voz marcante”. Ainda na Rádio Globo, comandando o Globo no Ar, foi o primeiro a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas. Já na televisão, participou de outras coberturas marcantes, especialmente no esporte. Trabalhou em 13 Copas do Mundo e 13 Jogos Olímpicos. Foi ele quem em entrou no plantão sobre a morte de Ayrton Senna, em contato com o repórter Roberto Cabrini, que estava na Itália. Em determinado momento da série, o diretor Boni diz que Léo, além de competente, é “pé quente” por ter sido a voz e o rosto de momentos históricos.

“Na verdade eu tive foi sorte de estar na hora certa e no lugar certo em todos esses momentos”, concorda Léo Batista. “Não sei se a palavra correta é emocionado, mas com certeza tem um misto de emoção com orgulho de ter feito parte disso tudo. Esse orgulho, na verdade, é por poder estar inserido na história, por ter sido a voz de fatos importantes e que marcaram a vida de muita gente. Agora, ao mesmo tempo, também noticiei alguns fatos tristes, como as mortes do Getúlio Vargas, do Ayrton Senna e da Princesa Diana, por exemplo.”

Também é destacado o pioneirismo do jornalista, que apresentou as primeiras edições do Jornal Hoje, em 1971, do Esporte Espetacular, em 1973, e do Globo Esporte, em 1978. Quando o Fantástico começou, em 1973, era ele quem apresentava as notícias esportivas. Trabalhou, ainda, no Jornal Nacional, como âncora em algumas oportunidades, a primeira delas substituindo Cid Moreira, e no bloco esportivo entre 1980 e 1990.

Ídolo de todos nós, diz Galvão Bueno

A série mostra, inclusive, uma visita de Seu Léo aos bastidores do principal telejornal da Globo, com direito a encontro com Willian Bonner e Renata Vasconcellos. São mostradas imagens do veterano passeando pela empresa e sua relação com os colegas de trabalho de todas as posições. Ao encontrar Galvão Bueno, Léo Batista ouve o narrador dizer: “Você é um ídolo de todos nós”.

“Sempre levo comigo o pensamento de que se eu puder ajudar, eu ajudo e se não puder, eu prefiro não atrapalhar”, afirma Léo ao Estadão, sobre o respeito que tem entre os profissionais da comunicação. “Me orgulha demais saber que pude contribuir e de alguma maneira ajudar muita gente ao longo destes anos de carreira. Consegui transmitir um pouco do que sei para alguns profissionais que se tornaram grandes amigos. Não posso ignorar, diante de tantas manifestações de carinho, atenção, elogios, e homenagens, como essa série, que representei alguma coisa para bastante gente que está ou que já passou pelo jornalismo”.

Léo Batista em recriação da apresentação do placar com a participação da Zebrinha Foto: Divulgação/TV Globo

Ídolo de muitos, o nonagenário é mostrado na condição de fã durante o documentário, quando tem a oportunidade de se encontrar com a dupla Chitãozinho e Chororó durante um evento da Globo e até arrisca uma palinha. Momentos de emoção também integram o primeiro capítulo. Leo aparece chorando quando diz que não quer falar sobre a morte da mulher, Leyla Chavantes Belinaso, que faleceu aos 84 anos em 29 de janeiro de 2022. As lágrimas voltam, dessa vez com alegria, na parte da série em que Leo relembra ter sido mestre de cerimônia ao lado da cantora Maysa, um dos principais nomes da música brasileira na época.

A série é dividida em quatro episódios e estreia nesta quarta-feira, dia 5, às 21 horas, no canal principal do SporTV, com a exibição dos dois primeiros episódios. Os outros dois serão exibidos no dia seguinte. Além da trajetória como jornalista, a produção vai mostrar um lado menos conhecido de Leo Batista, que também é cantor, artista plástico, comediante e escritor. Outros grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Cid Moreira, Pedro Bial, Tadeu Schmidt, Leilane Neubarth e Luis Roberto – responsável pelo apelido carinhoso de “a voz marcante da tv brasileira”, - também participam com depoimentos.

“Foi um privilégio contar a história de Léo Batista e fazer esta homenagem a ele. Muito além da voz, a trajetória dele é marcante. E a gente quis mostrar como ele se reinventou ao longo de tantas décadas e se mantem relevante até os dias de hoje. A série é um passeio pelos seus 76 anos de carreira, cheia de histórias surpreendentes e relatos emocionantes, especialmente dos colegas de profissão que falam dele com muito carinho e respeito. “Seu Léo” nos brinda com uma memória prodigiosa e nos conduz a uma verdadeira viagem no tempo”, diz a diretora Kizzy Magalhães.

O segundo capítulo trata da sua trajetória na TV Globo e como sua voz ilustrou alguns dos grandes momentos do esporte brasileiro. O penúltimo episódio relembra momentos que mudaram a história do Brasil e do mundo, e que foram noticiados por ele, como a morte do presidente Getúlio Vargas e os acidentes fatais de Ayrton Senna e da Princesa Diana. No último episódio, a série traz revelações surpreendentes e mostra ass outras facetas de Leo Batista. Familiares relembram passagens importantes da vida do jovem Léo em Cordeirópolis, momentos da infância e o recente episódio do falecimento de Dona Leila, sua companheira de toda a vida.

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