Lloris pode se tornar o primeiro capitão a erguer a taça da Copa duas vezes seguidas; relembre


Goleiro da França acumula marcas pela seleção francesa ao longo dos anos; gesto entrou para história com Bellini, zagueiro do Brasil na conquista de 1958

Por Murillo César Alves
Atualização:

A final da Copa do Mundo entre Argentina e França pode trazer marcas importantes para as duas seleções. Enquanto Messi busca igualar a história de Maradona, conquistando seu primeiro título de Mundial pela seleção, Hugo Lloris, goleiro e capitão francês, pode se tornar o primeiro jogador na história a erguer a taça mais cobiçada do futebol pela segunda vez.

Ao longo dos 92 anos de história, nenhum jogador conseguiu erguer a taça duas vezes, ainda mais de forma consecutiva. Campeão com a seleção francesa em 2018, Lloris tem a possibilidade de alcançar essa marca, caso ele continue com a boa fase nesta Copa. Nos cinco jogos que disputou em 2022, sofreu quatro gols e fez 10 defesas, sendo três destas consideras difíceis.

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O gesto de erguer a taça da Copa do Mundo ficou eternizado por Bellini, capitão da seleção brasileira em 1958. Antes disso, a cerimônia era mais simples, com os capitães recebendo a taça diretamente das mãos de Jules Rimet, ex-presidente da Fifa e que deu nome ao antigo troféu, ou do chefe de Estado de cada país-sede.

Lloris pode ser o primeiro capitão a ser campeão e erguer a taça da Copa do Mundo em duas edições.  Foto: Tolga Bozoglu/EFE

“Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo, da Suécia”, contou Bellini, em entrevista. “Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos, começaram a gritar: ‘Bellini, levanta a taça, levanta Bellini!’, já que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui.” Desde então, todos os capitães erguem a taça após a conquista da Copa do Mundo.

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Nas 21 edições disputadas até o Catar, apenas duas seleções conseguiram ser campeãs duas vezes seguidas. A Itália, em 1934 e 1938, e o Brasil, em 1958 e 1962. Em ambos os casos, as equipes tiveram capitães diferentes em cada uma das conquistas. Gianpiero Combi e Giuseppe Meazza, respectivamente pelos italianos, enquanto Bellini e Mauro ergueram a taça nas duas primeiras conquistas brasileiras.

A França pode repetir os feitos de Itália e Brasil no último século. Em 2018, Lloris já havia alcançado outra marca importante em sua carreira: se tornou o quarto goleiro a erguer a taça da Copa do Mundo, após vitória sobre a Croácia por 4 a 2. Gianpiero Combi e Dino Zoff, capitães italianos em 1934 e 1982, e Iker Casillas, com a Espanha em 2010, foram os jogadores a realizarem o feito antes de Lloris.

Casillas foi o primeiro goleiro, desde 1982, a erguer o troféu da Copa do Mundo Foto: Michael Kooren/Reuters
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Neste século, à exceção sendo 2002 com o Brasil, apenas seleções europeias conquistaram a Copa do Mundo. Itália, Espanha, Alemanha e França, em 2006, 2010, 2014 e 2018, respectivamente. O possível tricampeonato da França também pode superar outra marca: desde 1938 uma nação europeia não conquista o Mundial duas vezes consecutivas. A França, liderada por Lloris, é a primeira equipe, desde o Brasil em 1994, 1998 e 2002, a chegar à final da Copa do Mundo de maneira consecutiva.

Marcas de Lloris pela seleção francesa

Aos 35 anos, Lloris disputa no Catar sua quarta Copa do Mundo - possivelmente sua última - pela seleção francesa. Campeão em 2018, ele tem 19 jogos na competição e igualou Neuer como o goleiro com mais partidas em Mundiais. Com a final contra a Argentina ainda a disputar, Lloris deve chegar a 20 jogos e se isolar na liderança da estatística.

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Na seleção francesa, o goleiro do Tottenham tem 144 jogos ao todo. Já havia ultrapassado, na partida das quartas de final contra a Inglaterra, a marca do zagueiro e campeão mundial Lilian Thuram, que teve 142 partidas pela França, para se tornar o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção.

Partida entre Marrocos e França foi a primeira em que Lloris não foi vazado nesta Copa. Foto: Martin Meissner/AP

No Catar, a vitória de 2 a 0 sobre Marrocos foi apenas a primeira na competição em que Lloris não foi vazado. Mesmo assim, dos quatro gols que sofreu, dois foram de pênalti, contra Polônia. ‘Quando você olha para todos as partidas, você vê a mesma coisa. As equipes estão prontas para pressionar. Ao chegar nesta fase da competição, você tem que se aproximar da perfeição para não colocar a equipe em dificuldades’, afirmou.

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Antes do confronto com a Inglaterra, o goleiro foi considerado o ponto fraco da equipe francesa, segundo a imprensa britânica. “Não tenho nada a dizer em entrevista coletiva”, respondeu. “Não tenho mensagem para a mídia, vou falar no campo. Não precisamos de motivação extra vinda de fora. Eles têm sua opinião e eu respeito isso.”

Confira todos os capitães campeões mundiais ao longo dos anos

No Uruguai, em 1930, Nasazzi foi o primeiro capitão campeão Mundial. O famoso gesto de erguer o troféu ainda não havia sido popularizado, mas o zagueiro, à época com 29 anos, recebeu a taça das mãos de Jules Rimet, então presidente da Fifa.

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Lloris, que pode realizar o feito inédito caso a França vença a Argentina no domingo, partida que acontece no Estádio Lusail, em Doha, será o segundo capitão mais velho a ser campeão. Apenas Dino Zoff em 1982, com 40 anos, foi campeão tinha uma idade mais avançada do que o goleiro francês

Todas as seleções campeãs mundiais desde 1930

1 | 19

Uruguai 1930

2 | 19

Uruguai 1950

3 | 19

Alemanha 1954

4 | 19

Brasil 1958

5 | 19

Brasil 1962

6 | 19

Inglaterra 1966

7 | 19

Brasil 1970

8 | 19

Alemanha 1974

9 | 19

Argentina 1978

10 | 19

Itália 1982

11 | 19

Argentina 1986

12 | 19

Alemanha 1990

13 | 19

Brasil 1994

14 | 19

França 1998

15 | 19

Brasil 2002

16 | 19

Itália 2006

17 | 19

Espanha 2010

18 | 19

Alemanha 2014

19 | 19

França 2018

  • 1930 - José Nasazzi (zagueiro) - Uruguai
  • 1934 - Gianpiero Combi (goleiro) - Itália
  • 1938 - Giuseppe Meazza (meio-campo) - Itália
  • 1950 - Obdullio Varela (zagueiro) - Uruguai
  • 1954 - Fritz Walter (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1958 - Bellini (zagueiro) - Brasil
  • 1962 - Mauro (zagueiro) - Brasil
  • 1966 - Bob Moore (zagueiro) - Inglaterra
  • 1970 - Carlos Alberto Torres (lateral) - Brasil
  • 1974 - Franz Beckenbauer (zagueiro) - Alemanha Ocidental
  • 1978 - Daniel Passarella (zagueiro) - Argentina
  • 1982 - Dino Zoff (goleiro) - Itália
  • 1986 - Maradona (meio-campo) - Argentina
  • 1990 - Lothar Matthäus (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1994 - Dunga (volante) - Brasil
  • 1998 - Didier Deschamps (meio-campo) - França
  • 2002 - Cafu (lateral) - Brasil
  • 2006 - Fabio Cannavaro (zagueiro) - Itália
  • 2010 - Iker Casillas (goleiro) - Espanha
  • 2014 - Philipp Lahm (lateral) - Alemanha
  • 2018 - Hugo Lloris (goleiro) - França

A final da Copa do Mundo entre Argentina e França pode trazer marcas importantes para as duas seleções. Enquanto Messi busca igualar a história de Maradona, conquistando seu primeiro título de Mundial pela seleção, Hugo Lloris, goleiro e capitão francês, pode se tornar o primeiro jogador na história a erguer a taça mais cobiçada do futebol pela segunda vez.

Ao longo dos 92 anos de história, nenhum jogador conseguiu erguer a taça duas vezes, ainda mais de forma consecutiva. Campeão com a seleção francesa em 2018, Lloris tem a possibilidade de alcançar essa marca, caso ele continue com a boa fase nesta Copa. Nos cinco jogos que disputou em 2022, sofreu quatro gols e fez 10 defesas, sendo três destas consideras difíceis.

O gesto de erguer a taça da Copa do Mundo ficou eternizado por Bellini, capitão da seleção brasileira em 1958. Antes disso, a cerimônia era mais simples, com os capitães recebendo a taça diretamente das mãos de Jules Rimet, ex-presidente da Fifa e que deu nome ao antigo troféu, ou do chefe de Estado de cada país-sede.

Lloris pode ser o primeiro capitão a ser campeão e erguer a taça da Copa do Mundo em duas edições.  Foto: Tolga Bozoglu/EFE

“Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo, da Suécia”, contou Bellini, em entrevista. “Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos, começaram a gritar: ‘Bellini, levanta a taça, levanta Bellini!’, já que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui.” Desde então, todos os capitães erguem a taça após a conquista da Copa do Mundo.

Nas 21 edições disputadas até o Catar, apenas duas seleções conseguiram ser campeãs duas vezes seguidas. A Itália, em 1934 e 1938, e o Brasil, em 1958 e 1962. Em ambos os casos, as equipes tiveram capitães diferentes em cada uma das conquistas. Gianpiero Combi e Giuseppe Meazza, respectivamente pelos italianos, enquanto Bellini e Mauro ergueram a taça nas duas primeiras conquistas brasileiras.

A França pode repetir os feitos de Itália e Brasil no último século. Em 2018, Lloris já havia alcançado outra marca importante em sua carreira: se tornou o quarto goleiro a erguer a taça da Copa do Mundo, após vitória sobre a Croácia por 4 a 2. Gianpiero Combi e Dino Zoff, capitães italianos em 1934 e 1982, e Iker Casillas, com a Espanha em 2010, foram os jogadores a realizarem o feito antes de Lloris.

Casillas foi o primeiro goleiro, desde 1982, a erguer o troféu da Copa do Mundo Foto: Michael Kooren/Reuters

Neste século, à exceção sendo 2002 com o Brasil, apenas seleções europeias conquistaram a Copa do Mundo. Itália, Espanha, Alemanha e França, em 2006, 2010, 2014 e 2018, respectivamente. O possível tricampeonato da França também pode superar outra marca: desde 1938 uma nação europeia não conquista o Mundial duas vezes consecutivas. A França, liderada por Lloris, é a primeira equipe, desde o Brasil em 1994, 1998 e 2002, a chegar à final da Copa do Mundo de maneira consecutiva.

Marcas de Lloris pela seleção francesa

Aos 35 anos, Lloris disputa no Catar sua quarta Copa do Mundo - possivelmente sua última - pela seleção francesa. Campeão em 2018, ele tem 19 jogos na competição e igualou Neuer como o goleiro com mais partidas em Mundiais. Com a final contra a Argentina ainda a disputar, Lloris deve chegar a 20 jogos e se isolar na liderança da estatística.

Na seleção francesa, o goleiro do Tottenham tem 144 jogos ao todo. Já havia ultrapassado, na partida das quartas de final contra a Inglaterra, a marca do zagueiro e campeão mundial Lilian Thuram, que teve 142 partidas pela França, para se tornar o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção.

Partida entre Marrocos e França foi a primeira em que Lloris não foi vazado nesta Copa. Foto: Martin Meissner/AP

No Catar, a vitória de 2 a 0 sobre Marrocos foi apenas a primeira na competição em que Lloris não foi vazado. Mesmo assim, dos quatro gols que sofreu, dois foram de pênalti, contra Polônia. ‘Quando você olha para todos as partidas, você vê a mesma coisa. As equipes estão prontas para pressionar. Ao chegar nesta fase da competição, você tem que se aproximar da perfeição para não colocar a equipe em dificuldades’, afirmou.

Antes do confronto com a Inglaterra, o goleiro foi considerado o ponto fraco da equipe francesa, segundo a imprensa britânica. “Não tenho nada a dizer em entrevista coletiva”, respondeu. “Não tenho mensagem para a mídia, vou falar no campo. Não precisamos de motivação extra vinda de fora. Eles têm sua opinião e eu respeito isso.”

Confira todos os capitães campeões mundiais ao longo dos anos

No Uruguai, em 1930, Nasazzi foi o primeiro capitão campeão Mundial. O famoso gesto de erguer o troféu ainda não havia sido popularizado, mas o zagueiro, à época com 29 anos, recebeu a taça das mãos de Jules Rimet, então presidente da Fifa.

Lloris, que pode realizar o feito inédito caso a França vença a Argentina no domingo, partida que acontece no Estádio Lusail, em Doha, será o segundo capitão mais velho a ser campeão. Apenas Dino Zoff em 1982, com 40 anos, foi campeão tinha uma idade mais avançada do que o goleiro francês

Todas as seleções campeãs mundiais desde 1930

1 | 19

Uruguai 1930

2 | 19

Uruguai 1950

3 | 19

Alemanha 1954

4 | 19

Brasil 1958

5 | 19

Brasil 1962

6 | 19

Inglaterra 1966

7 | 19

Brasil 1970

8 | 19

Alemanha 1974

9 | 19

Argentina 1978

10 | 19

Itália 1982

11 | 19

Argentina 1986

12 | 19

Alemanha 1990

13 | 19

Brasil 1994

14 | 19

França 1998

15 | 19

Brasil 2002

16 | 19

Itália 2006

17 | 19

Espanha 2010

18 | 19

Alemanha 2014

19 | 19

França 2018

  • 1930 - José Nasazzi (zagueiro) - Uruguai
  • 1934 - Gianpiero Combi (goleiro) - Itália
  • 1938 - Giuseppe Meazza (meio-campo) - Itália
  • 1950 - Obdullio Varela (zagueiro) - Uruguai
  • 1954 - Fritz Walter (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1958 - Bellini (zagueiro) - Brasil
  • 1962 - Mauro (zagueiro) - Brasil
  • 1966 - Bob Moore (zagueiro) - Inglaterra
  • 1970 - Carlos Alberto Torres (lateral) - Brasil
  • 1974 - Franz Beckenbauer (zagueiro) - Alemanha Ocidental
  • 1978 - Daniel Passarella (zagueiro) - Argentina
  • 1982 - Dino Zoff (goleiro) - Itália
  • 1986 - Maradona (meio-campo) - Argentina
  • 1990 - Lothar Matthäus (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1994 - Dunga (volante) - Brasil
  • 1998 - Didier Deschamps (meio-campo) - França
  • 2002 - Cafu (lateral) - Brasil
  • 2006 - Fabio Cannavaro (zagueiro) - Itália
  • 2010 - Iker Casillas (goleiro) - Espanha
  • 2014 - Philipp Lahm (lateral) - Alemanha
  • 2018 - Hugo Lloris (goleiro) - França

A final da Copa do Mundo entre Argentina e França pode trazer marcas importantes para as duas seleções. Enquanto Messi busca igualar a história de Maradona, conquistando seu primeiro título de Mundial pela seleção, Hugo Lloris, goleiro e capitão francês, pode se tornar o primeiro jogador na história a erguer a taça mais cobiçada do futebol pela segunda vez.

Ao longo dos 92 anos de história, nenhum jogador conseguiu erguer a taça duas vezes, ainda mais de forma consecutiva. Campeão com a seleção francesa em 2018, Lloris tem a possibilidade de alcançar essa marca, caso ele continue com a boa fase nesta Copa. Nos cinco jogos que disputou em 2022, sofreu quatro gols e fez 10 defesas, sendo três destas consideras difíceis.

O gesto de erguer a taça da Copa do Mundo ficou eternizado por Bellini, capitão da seleção brasileira em 1958. Antes disso, a cerimônia era mais simples, com os capitães recebendo a taça diretamente das mãos de Jules Rimet, ex-presidente da Fifa e que deu nome ao antigo troféu, ou do chefe de Estado de cada país-sede.

Lloris pode ser o primeiro capitão a ser campeão e erguer a taça da Copa do Mundo em duas edições.  Foto: Tolga Bozoglu/EFE

“Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo, da Suécia”, contou Bellini, em entrevista. “Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos, começaram a gritar: ‘Bellini, levanta a taça, levanta Bellini!’, já que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui.” Desde então, todos os capitães erguem a taça após a conquista da Copa do Mundo.

Nas 21 edições disputadas até o Catar, apenas duas seleções conseguiram ser campeãs duas vezes seguidas. A Itália, em 1934 e 1938, e o Brasil, em 1958 e 1962. Em ambos os casos, as equipes tiveram capitães diferentes em cada uma das conquistas. Gianpiero Combi e Giuseppe Meazza, respectivamente pelos italianos, enquanto Bellini e Mauro ergueram a taça nas duas primeiras conquistas brasileiras.

A França pode repetir os feitos de Itália e Brasil no último século. Em 2018, Lloris já havia alcançado outra marca importante em sua carreira: se tornou o quarto goleiro a erguer a taça da Copa do Mundo, após vitória sobre a Croácia por 4 a 2. Gianpiero Combi e Dino Zoff, capitães italianos em 1934 e 1982, e Iker Casillas, com a Espanha em 2010, foram os jogadores a realizarem o feito antes de Lloris.

Casillas foi o primeiro goleiro, desde 1982, a erguer o troféu da Copa do Mundo Foto: Michael Kooren/Reuters

Neste século, à exceção sendo 2002 com o Brasil, apenas seleções europeias conquistaram a Copa do Mundo. Itália, Espanha, Alemanha e França, em 2006, 2010, 2014 e 2018, respectivamente. O possível tricampeonato da França também pode superar outra marca: desde 1938 uma nação europeia não conquista o Mundial duas vezes consecutivas. A França, liderada por Lloris, é a primeira equipe, desde o Brasil em 1994, 1998 e 2002, a chegar à final da Copa do Mundo de maneira consecutiva.

Marcas de Lloris pela seleção francesa

Aos 35 anos, Lloris disputa no Catar sua quarta Copa do Mundo - possivelmente sua última - pela seleção francesa. Campeão em 2018, ele tem 19 jogos na competição e igualou Neuer como o goleiro com mais partidas em Mundiais. Com a final contra a Argentina ainda a disputar, Lloris deve chegar a 20 jogos e se isolar na liderança da estatística.

Na seleção francesa, o goleiro do Tottenham tem 144 jogos ao todo. Já havia ultrapassado, na partida das quartas de final contra a Inglaterra, a marca do zagueiro e campeão mundial Lilian Thuram, que teve 142 partidas pela França, para se tornar o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção.

Partida entre Marrocos e França foi a primeira em que Lloris não foi vazado nesta Copa. Foto: Martin Meissner/AP

No Catar, a vitória de 2 a 0 sobre Marrocos foi apenas a primeira na competição em que Lloris não foi vazado. Mesmo assim, dos quatro gols que sofreu, dois foram de pênalti, contra Polônia. ‘Quando você olha para todos as partidas, você vê a mesma coisa. As equipes estão prontas para pressionar. Ao chegar nesta fase da competição, você tem que se aproximar da perfeição para não colocar a equipe em dificuldades’, afirmou.

Antes do confronto com a Inglaterra, o goleiro foi considerado o ponto fraco da equipe francesa, segundo a imprensa britânica. “Não tenho nada a dizer em entrevista coletiva”, respondeu. “Não tenho mensagem para a mídia, vou falar no campo. Não precisamos de motivação extra vinda de fora. Eles têm sua opinião e eu respeito isso.”

Confira todos os capitães campeões mundiais ao longo dos anos

No Uruguai, em 1930, Nasazzi foi o primeiro capitão campeão Mundial. O famoso gesto de erguer o troféu ainda não havia sido popularizado, mas o zagueiro, à época com 29 anos, recebeu a taça das mãos de Jules Rimet, então presidente da Fifa.

Lloris, que pode realizar o feito inédito caso a França vença a Argentina no domingo, partida que acontece no Estádio Lusail, em Doha, será o segundo capitão mais velho a ser campeão. Apenas Dino Zoff em 1982, com 40 anos, foi campeão tinha uma idade mais avançada do que o goleiro francês

Todas as seleções campeãs mundiais desde 1930

1 | 19

Uruguai 1930

2 | 19

Uruguai 1950

3 | 19

Alemanha 1954

4 | 19

Brasil 1958

5 | 19

Brasil 1962

6 | 19

Inglaterra 1966

7 | 19

Brasil 1970

8 | 19

Alemanha 1974

9 | 19

Argentina 1978

10 | 19

Itália 1982

11 | 19

Argentina 1986

12 | 19

Alemanha 1990

13 | 19

Brasil 1994

14 | 19

França 1998

15 | 19

Brasil 2002

16 | 19

Itália 2006

17 | 19

Espanha 2010

18 | 19

Alemanha 2014

19 | 19

França 2018

  • 1930 - José Nasazzi (zagueiro) - Uruguai
  • 1934 - Gianpiero Combi (goleiro) - Itália
  • 1938 - Giuseppe Meazza (meio-campo) - Itália
  • 1950 - Obdullio Varela (zagueiro) - Uruguai
  • 1954 - Fritz Walter (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1958 - Bellini (zagueiro) - Brasil
  • 1962 - Mauro (zagueiro) - Brasil
  • 1966 - Bob Moore (zagueiro) - Inglaterra
  • 1970 - Carlos Alberto Torres (lateral) - Brasil
  • 1974 - Franz Beckenbauer (zagueiro) - Alemanha Ocidental
  • 1978 - Daniel Passarella (zagueiro) - Argentina
  • 1982 - Dino Zoff (goleiro) - Itália
  • 1986 - Maradona (meio-campo) - Argentina
  • 1990 - Lothar Matthäus (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1994 - Dunga (volante) - Brasil
  • 1998 - Didier Deschamps (meio-campo) - França
  • 2002 - Cafu (lateral) - Brasil
  • 2006 - Fabio Cannavaro (zagueiro) - Itália
  • 2010 - Iker Casillas (goleiro) - Espanha
  • 2014 - Philipp Lahm (lateral) - Alemanha
  • 2018 - Hugo Lloris (goleiro) - França

A final da Copa do Mundo entre Argentina e França pode trazer marcas importantes para as duas seleções. Enquanto Messi busca igualar a história de Maradona, conquistando seu primeiro título de Mundial pela seleção, Hugo Lloris, goleiro e capitão francês, pode se tornar o primeiro jogador na história a erguer a taça mais cobiçada do futebol pela segunda vez.

Ao longo dos 92 anos de história, nenhum jogador conseguiu erguer a taça duas vezes, ainda mais de forma consecutiva. Campeão com a seleção francesa em 2018, Lloris tem a possibilidade de alcançar essa marca, caso ele continue com a boa fase nesta Copa. Nos cinco jogos que disputou em 2022, sofreu quatro gols e fez 10 defesas, sendo três destas consideras difíceis.

O gesto de erguer a taça da Copa do Mundo ficou eternizado por Bellini, capitão da seleção brasileira em 1958. Antes disso, a cerimônia era mais simples, com os capitães recebendo a taça diretamente das mãos de Jules Rimet, ex-presidente da Fifa e que deu nome ao antigo troféu, ou do chefe de Estado de cada país-sede.

Lloris pode ser o primeiro capitão a ser campeão e erguer a taça da Copa do Mundo em duas edições.  Foto: Tolga Bozoglu/EFE

“Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo, da Suécia”, contou Bellini, em entrevista. “Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos, começaram a gritar: ‘Bellini, levanta a taça, levanta Bellini!’, já que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui.” Desde então, todos os capitães erguem a taça após a conquista da Copa do Mundo.

Nas 21 edições disputadas até o Catar, apenas duas seleções conseguiram ser campeãs duas vezes seguidas. A Itália, em 1934 e 1938, e o Brasil, em 1958 e 1962. Em ambos os casos, as equipes tiveram capitães diferentes em cada uma das conquistas. Gianpiero Combi e Giuseppe Meazza, respectivamente pelos italianos, enquanto Bellini e Mauro ergueram a taça nas duas primeiras conquistas brasileiras.

A França pode repetir os feitos de Itália e Brasil no último século. Em 2018, Lloris já havia alcançado outra marca importante em sua carreira: se tornou o quarto goleiro a erguer a taça da Copa do Mundo, após vitória sobre a Croácia por 4 a 2. Gianpiero Combi e Dino Zoff, capitães italianos em 1934 e 1982, e Iker Casillas, com a Espanha em 2010, foram os jogadores a realizarem o feito antes de Lloris.

Casillas foi o primeiro goleiro, desde 1982, a erguer o troféu da Copa do Mundo Foto: Michael Kooren/Reuters

Neste século, à exceção sendo 2002 com o Brasil, apenas seleções europeias conquistaram a Copa do Mundo. Itália, Espanha, Alemanha e França, em 2006, 2010, 2014 e 2018, respectivamente. O possível tricampeonato da França também pode superar outra marca: desde 1938 uma nação europeia não conquista o Mundial duas vezes consecutivas. A França, liderada por Lloris, é a primeira equipe, desde o Brasil em 1994, 1998 e 2002, a chegar à final da Copa do Mundo de maneira consecutiva.

Marcas de Lloris pela seleção francesa

Aos 35 anos, Lloris disputa no Catar sua quarta Copa do Mundo - possivelmente sua última - pela seleção francesa. Campeão em 2018, ele tem 19 jogos na competição e igualou Neuer como o goleiro com mais partidas em Mundiais. Com a final contra a Argentina ainda a disputar, Lloris deve chegar a 20 jogos e se isolar na liderança da estatística.

Na seleção francesa, o goleiro do Tottenham tem 144 jogos ao todo. Já havia ultrapassado, na partida das quartas de final contra a Inglaterra, a marca do zagueiro e campeão mundial Lilian Thuram, que teve 142 partidas pela França, para se tornar o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção.

Partida entre Marrocos e França foi a primeira em que Lloris não foi vazado nesta Copa. Foto: Martin Meissner/AP

No Catar, a vitória de 2 a 0 sobre Marrocos foi apenas a primeira na competição em que Lloris não foi vazado. Mesmo assim, dos quatro gols que sofreu, dois foram de pênalti, contra Polônia. ‘Quando você olha para todos as partidas, você vê a mesma coisa. As equipes estão prontas para pressionar. Ao chegar nesta fase da competição, você tem que se aproximar da perfeição para não colocar a equipe em dificuldades’, afirmou.

Antes do confronto com a Inglaterra, o goleiro foi considerado o ponto fraco da equipe francesa, segundo a imprensa britânica. “Não tenho nada a dizer em entrevista coletiva”, respondeu. “Não tenho mensagem para a mídia, vou falar no campo. Não precisamos de motivação extra vinda de fora. Eles têm sua opinião e eu respeito isso.”

Confira todos os capitães campeões mundiais ao longo dos anos

No Uruguai, em 1930, Nasazzi foi o primeiro capitão campeão Mundial. O famoso gesto de erguer o troféu ainda não havia sido popularizado, mas o zagueiro, à época com 29 anos, recebeu a taça das mãos de Jules Rimet, então presidente da Fifa.

Lloris, que pode realizar o feito inédito caso a França vença a Argentina no domingo, partida que acontece no Estádio Lusail, em Doha, será o segundo capitão mais velho a ser campeão. Apenas Dino Zoff em 1982, com 40 anos, foi campeão tinha uma idade mais avançada do que o goleiro francês

Todas as seleções campeãs mundiais desde 1930

1 | 19

Uruguai 1930

2 | 19

Uruguai 1950

3 | 19

Alemanha 1954

4 | 19

Brasil 1958

5 | 19

Brasil 1962

6 | 19

Inglaterra 1966

7 | 19

Brasil 1970

8 | 19

Alemanha 1974

9 | 19

Argentina 1978

10 | 19

Itália 1982

11 | 19

Argentina 1986

12 | 19

Alemanha 1990

13 | 19

Brasil 1994

14 | 19

França 1998

15 | 19

Brasil 2002

16 | 19

Itália 2006

17 | 19

Espanha 2010

18 | 19

Alemanha 2014

19 | 19

França 2018

  • 1930 - José Nasazzi (zagueiro) - Uruguai
  • 1934 - Gianpiero Combi (goleiro) - Itália
  • 1938 - Giuseppe Meazza (meio-campo) - Itália
  • 1950 - Obdullio Varela (zagueiro) - Uruguai
  • 1954 - Fritz Walter (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1958 - Bellini (zagueiro) - Brasil
  • 1962 - Mauro (zagueiro) - Brasil
  • 1966 - Bob Moore (zagueiro) - Inglaterra
  • 1970 - Carlos Alberto Torres (lateral) - Brasil
  • 1974 - Franz Beckenbauer (zagueiro) - Alemanha Ocidental
  • 1978 - Daniel Passarella (zagueiro) - Argentina
  • 1982 - Dino Zoff (goleiro) - Itália
  • 1986 - Maradona (meio-campo) - Argentina
  • 1990 - Lothar Matthäus (meio-campo) - Alemanha Ocidental
  • 1994 - Dunga (volante) - Brasil
  • 1998 - Didier Deschamps (meio-campo) - França
  • 2002 - Cafu (lateral) - Brasil
  • 2006 - Fabio Cannavaro (zagueiro) - Itália
  • 2010 - Iker Casillas (goleiro) - Espanha
  • 2014 - Philipp Lahm (lateral) - Alemanha
  • 2018 - Hugo Lloris (goleiro) - França

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