As danças executadas por jogadores brasileiros em celebrações de gol já foram motivo de reclamações de ex-jogadores, como do irlandês Roy Keane e outros profissionais da imprensa europeia, mas não incomodam o zagueiro croata Lovren, que pode presenciar as tradicionais comemorações de perto nesta semana. Ele estará em campo no duelo entre Croácia e Brasil, no Education City, pelas quartas de final da Copa do Mundo, e garante que não se importará se os adversários dançarem.
“Eles podem fazer o que quiserem, não vejo nenhuma falta de respeito. Eles nascem e vivem da música. Eu sei como eles são e não vejo nada de errado nisso, embora tudo tenha seus limites”, disse o defensor de 33 anos, quando questionado sobre o assunto em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Os jogadores do Brasil comemoram dançando os gols da goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, nas oitavas de final, e a atitude foi criticada por Roy Keane, ex-volante do Manchester United. Segundo ele, a forma de festejar é desrespeitosa.
Antes da Copa, o atacante Vinícius Júnior já havia sido criticado por dançar em campo, mas, nesse caso, a crítica teve conotação racista. “Tem de deixar de fazer macaquices”, disse o empresário de jogadores Pedro Bravo, em participação no programa espanhol El Chiringuito, enquanto os integrantes criticavam a postura do brasileiro.
Brasil favorito
Bem resolvido com sua opinião sobre as comemorações brasileiras, Lovren está preocupado mesmo é com a qualidade da seleção comandada por Tite. Assim como o treinador Zlatko Dalic, o zagueiro coloca o Brasil como favorito para vencer o jogo, marcado para as 12 horas de sexta-feira, mas acredita que os croatas podem surpreender.
“O Brasil é o favorito. Tem duas equipes fortes, de qualidade individual, que podem mudar o ritmo do jogo. Não temos problema deles serem os favoritos. Respeitamos a todos e sempre foi assim”, comentou. “Os 11 jogadores que jogam têm de estar concentrados. É um adversário muito perigoso, fantástico individualmente, mas também temos as nossas opções e estamos prontos para a luta”, concluiu.