Marcelo voltou ao Flu por ‘dívida’ eterna: ‘Nem quatro Libertadores pagariam o que fizeram por mim’


Cria de Xerém, lateral é jogador mais conhecido pelo Manchester City, que tentou sua contratação em 2016 após pedido de Guardiola; time brasileiro inicia nesta segunda-feira sua participação no Mundial

Por Marcio Dolzan
Atualização:

Quando 35 mil torcedores ocupam as arquibancadas do Maracanã, o que se imagina é que dali a alguns minutos o principal estádio brasileiro sediará alguma partida importante ou o show de um artista renomado. Em 10 de março deste ano, contudo, aquela multidão tomou metade do estádio para ver a “simples” apresentação de um jogador: Marcelo. Lateral revelado pelo Fluminense e que se tornou um dos melhores do mundo ao longo de 15 anos de carreira no Real Madrid, ele voltou ao País como grande contratação da equipe. Desde então, ajudou a ganhar um título estadual, uma Libertadores e, a partir desta segunda, tentará levar o tricolor carioca à conquista do Mundial. A semifinal será contra o Al Ahly, do Egito, que eliminou o Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Marcelo é o jogador mais conhecido do Fluminense pelo favorito Manchester City. Ele e o treinador Pep Guardiola nunca se enfrentaram na Espanha. Quando o lateral chegou em 2007 ao Real Madrid, Pep encerrava sua carreira dentro de campo. Mas em 2016, prestes a assumir o City e já um dos mais badalados técnicos do mundo, Guardiola pediu a contratação de Marcelo juntos ao clube madrilenho na condição, como divulgou a imprensa espanhola na época, de o melhor lateral do planeta. Felizmente para o Fluminense, não deu certo.

O longo período na Europa e a titularidade na seleção brasileira em duas Copas do Mundo (2014 e 2018) deram a Marcelo um status bem acima da média para o padrão do futebol jogado no Brasil. Em seu retorno, no entanto, houve quem duvidasse de quanto ele ainda poderia entregar ao Fluminense. Problemas musculares no início do ano deram armas aos mais céticos. Um golaço na goleada por 4 a 1 na final do Campeonato Carioca e a importância dele na campanha da Libertadores, porém, encerraram qualquer discussão.

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Marcelo com o tão desejado troféu de campeão da Libertadores Foto: Pablo Porciuncula / AFP

Marcelo não é mais uma primazia na marcação - e, quando cansa no segundo tempo, chega até mesmo a mostrar certa displicência nesse quesito. Só que sua visão de jogo e batida diferenciada na bola fazem dele figura importantíssima para o ataque do faceiro time de Fernando Diniz. Ele deu sorte também de ter no comando do time que o revelou um treinador que pensa diferente, sem os padrões do futebol tradicional. Há jogos em que Marcelo anda no gramado, e nem sempre pela esquerda.

A condição de ídolo que ele já carregava foi renovada ao longo desta sua primeira temporada no Fluminense após a Europa, principalmente depois do título da Libertadores no Maracanã. A conquista inédita aumentou sua galeria de troféus, que inclui cinco taças da Champions League. Ainda assim, Marcelo diz que ter ajudado o Flu na conquista da América não paga a “dívida” que ele diz ter com o clube que o formou. Foi a primeira Libertadores do Flu.

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“Nem três ou quatro Libertadores vão pagar o que o clube fez por mim. Na época em que eu não tinha nada, o Fluminense me deu tudo. Igual meu avô fez por mim, sem saber o que vai acontecer e sem querer nada em troca”, afirmou o lateral em entrevista ao podcast Papo de Guerreiro. “Ganhar uma Libertadores com o Fluminense não paga o que vivi lá atrás, quando tinha 15 anos. É uma dívida meio que eterna, e eu gosto disso. É gratidão.”

Volta às origens inclui clube, local de moradia e escola onde estudou

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Quando decidiu voltar ao Rio no começo deste ano, Marcelo quis o pacote completo. Não bastava apenas jogar no Fluminense, era preciso voltar, de fato, para suas raízes, suas origens. Em vez dos condomínios da zona oeste e das praias da Barra da Tijuca, local preferido dos boleiros que atuam em times da cidade, Marcelo optou pela zona sul. A área é igualmente nobre e possui as praias mais famosas da cidade, como Copacabana, Ipanema e Leblon, mas o jogador não mora na região mais badalada do Rio. O local escolhido foi o bairro do Catete, que nem tem praia, diga-se.

“Eu tento ser uma pessoa normal, e quando saio da minha área, não estou sendo eu. Quando vim para o Brasil, eu disse ‘cara, eu tenho apartamento no Rio de Janeiro, é onde eu nasci, onde fui criado, é onde jogo bola com meu filho no Aterro (do Flamengo), onde vou passear com meu cachorro’. Se eu for pra Barra, não é a mesma coisa”, afirmou.

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No início do mês, ele foi junto com a mulher e um dos filhos à escola Municipal Presidente Arthur da Costa e Silva, em Botafogo, para receber uma homenagem. Marcelo estudou na instituição por três anos e, agora, dá nome à quadra poliesportiva recém-inaugurada. “Estamos muito felizes. Receber uma homenagem dessas no colégio onde fui criado, onde estudei a infância, com meu filho e minha mulher vendo tudo isso, não tem preço. Cada dia que passa é um desafio, uma alegria, e a gente encara a vida com essa alegria”, declarou na ocasião.

O retorno às raízes, claro, também tem a ver com a perspectiva do fim da carreira como jogador. Aos 35 anos, o lateral chegou naquela fase em que tudo pode acontecer - alguns atletas se aposentam antes disso, enquanto outros levam a carreira por mais alguns anos. No Fluminense, Marcelo tem contrato até o fim de 2024, com possibilidade de renovação por mais um ano. Sobre o futuro, o lateral procura não olhar muito adiante. “Estou pensando no momento em focar no Mundial”, resume.

Nesta segunda-feira, ele será o jogador a ser observado pelos rivais. Se o Flu passar, a chance de rever amigos da Europa e o treinador Pep Guardiola são gigantescas. É tudo o que Marcelo deseja. Daí para frente, ele prefere esperar para ver.

Quando 35 mil torcedores ocupam as arquibancadas do Maracanã, o que se imagina é que dali a alguns minutos o principal estádio brasileiro sediará alguma partida importante ou o show de um artista renomado. Em 10 de março deste ano, contudo, aquela multidão tomou metade do estádio para ver a “simples” apresentação de um jogador: Marcelo. Lateral revelado pelo Fluminense e que se tornou um dos melhores do mundo ao longo de 15 anos de carreira no Real Madrid, ele voltou ao País como grande contratação da equipe. Desde então, ajudou a ganhar um título estadual, uma Libertadores e, a partir desta segunda, tentará levar o tricolor carioca à conquista do Mundial. A semifinal será contra o Al Ahly, do Egito, que eliminou o Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Marcelo é o jogador mais conhecido do Fluminense pelo favorito Manchester City. Ele e o treinador Pep Guardiola nunca se enfrentaram na Espanha. Quando o lateral chegou em 2007 ao Real Madrid, Pep encerrava sua carreira dentro de campo. Mas em 2016, prestes a assumir o City e já um dos mais badalados técnicos do mundo, Guardiola pediu a contratação de Marcelo juntos ao clube madrilenho na condição, como divulgou a imprensa espanhola na época, de o melhor lateral do planeta. Felizmente para o Fluminense, não deu certo.

O longo período na Europa e a titularidade na seleção brasileira em duas Copas do Mundo (2014 e 2018) deram a Marcelo um status bem acima da média para o padrão do futebol jogado no Brasil. Em seu retorno, no entanto, houve quem duvidasse de quanto ele ainda poderia entregar ao Fluminense. Problemas musculares no início do ano deram armas aos mais céticos. Um golaço na goleada por 4 a 1 na final do Campeonato Carioca e a importância dele na campanha da Libertadores, porém, encerraram qualquer discussão.

Marcelo com o tão desejado troféu de campeão da Libertadores Foto: Pablo Porciuncula / AFP

Marcelo não é mais uma primazia na marcação - e, quando cansa no segundo tempo, chega até mesmo a mostrar certa displicência nesse quesito. Só que sua visão de jogo e batida diferenciada na bola fazem dele figura importantíssima para o ataque do faceiro time de Fernando Diniz. Ele deu sorte também de ter no comando do time que o revelou um treinador que pensa diferente, sem os padrões do futebol tradicional. Há jogos em que Marcelo anda no gramado, e nem sempre pela esquerda.

A condição de ídolo que ele já carregava foi renovada ao longo desta sua primeira temporada no Fluminense após a Europa, principalmente depois do título da Libertadores no Maracanã. A conquista inédita aumentou sua galeria de troféus, que inclui cinco taças da Champions League. Ainda assim, Marcelo diz que ter ajudado o Flu na conquista da América não paga a “dívida” que ele diz ter com o clube que o formou. Foi a primeira Libertadores do Flu.

“Nem três ou quatro Libertadores vão pagar o que o clube fez por mim. Na época em que eu não tinha nada, o Fluminense me deu tudo. Igual meu avô fez por mim, sem saber o que vai acontecer e sem querer nada em troca”, afirmou o lateral em entrevista ao podcast Papo de Guerreiro. “Ganhar uma Libertadores com o Fluminense não paga o que vivi lá atrás, quando tinha 15 anos. É uma dívida meio que eterna, e eu gosto disso. É gratidão.”

Volta às origens inclui clube, local de moradia e escola onde estudou

Quando decidiu voltar ao Rio no começo deste ano, Marcelo quis o pacote completo. Não bastava apenas jogar no Fluminense, era preciso voltar, de fato, para suas raízes, suas origens. Em vez dos condomínios da zona oeste e das praias da Barra da Tijuca, local preferido dos boleiros que atuam em times da cidade, Marcelo optou pela zona sul. A área é igualmente nobre e possui as praias mais famosas da cidade, como Copacabana, Ipanema e Leblon, mas o jogador não mora na região mais badalada do Rio. O local escolhido foi o bairro do Catete, que nem tem praia, diga-se.

“Eu tento ser uma pessoa normal, e quando saio da minha área, não estou sendo eu. Quando vim para o Brasil, eu disse ‘cara, eu tenho apartamento no Rio de Janeiro, é onde eu nasci, onde fui criado, é onde jogo bola com meu filho no Aterro (do Flamengo), onde vou passear com meu cachorro’. Se eu for pra Barra, não é a mesma coisa”, afirmou.

No início do mês, ele foi junto com a mulher e um dos filhos à escola Municipal Presidente Arthur da Costa e Silva, em Botafogo, para receber uma homenagem. Marcelo estudou na instituição por três anos e, agora, dá nome à quadra poliesportiva recém-inaugurada. “Estamos muito felizes. Receber uma homenagem dessas no colégio onde fui criado, onde estudei a infância, com meu filho e minha mulher vendo tudo isso, não tem preço. Cada dia que passa é um desafio, uma alegria, e a gente encara a vida com essa alegria”, declarou na ocasião.

O retorno às raízes, claro, também tem a ver com a perspectiva do fim da carreira como jogador. Aos 35 anos, o lateral chegou naquela fase em que tudo pode acontecer - alguns atletas se aposentam antes disso, enquanto outros levam a carreira por mais alguns anos. No Fluminense, Marcelo tem contrato até o fim de 2024, com possibilidade de renovação por mais um ano. Sobre o futuro, o lateral procura não olhar muito adiante. “Estou pensando no momento em focar no Mundial”, resume.

Nesta segunda-feira, ele será o jogador a ser observado pelos rivais. Se o Flu passar, a chance de rever amigos da Europa e o treinador Pep Guardiola são gigantescas. É tudo o que Marcelo deseja. Daí para frente, ele prefere esperar para ver.

Quando 35 mil torcedores ocupam as arquibancadas do Maracanã, o que se imagina é que dali a alguns minutos o principal estádio brasileiro sediará alguma partida importante ou o show de um artista renomado. Em 10 de março deste ano, contudo, aquela multidão tomou metade do estádio para ver a “simples” apresentação de um jogador: Marcelo. Lateral revelado pelo Fluminense e que se tornou um dos melhores do mundo ao longo de 15 anos de carreira no Real Madrid, ele voltou ao País como grande contratação da equipe. Desde então, ajudou a ganhar um título estadual, uma Libertadores e, a partir desta segunda, tentará levar o tricolor carioca à conquista do Mundial. A semifinal será contra o Al Ahly, do Egito, que eliminou o Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Marcelo é o jogador mais conhecido do Fluminense pelo favorito Manchester City. Ele e o treinador Pep Guardiola nunca se enfrentaram na Espanha. Quando o lateral chegou em 2007 ao Real Madrid, Pep encerrava sua carreira dentro de campo. Mas em 2016, prestes a assumir o City e já um dos mais badalados técnicos do mundo, Guardiola pediu a contratação de Marcelo juntos ao clube madrilenho na condição, como divulgou a imprensa espanhola na época, de o melhor lateral do planeta. Felizmente para o Fluminense, não deu certo.

O longo período na Europa e a titularidade na seleção brasileira em duas Copas do Mundo (2014 e 2018) deram a Marcelo um status bem acima da média para o padrão do futebol jogado no Brasil. Em seu retorno, no entanto, houve quem duvidasse de quanto ele ainda poderia entregar ao Fluminense. Problemas musculares no início do ano deram armas aos mais céticos. Um golaço na goleada por 4 a 1 na final do Campeonato Carioca e a importância dele na campanha da Libertadores, porém, encerraram qualquer discussão.

Marcelo com o tão desejado troféu de campeão da Libertadores Foto: Pablo Porciuncula / AFP

Marcelo não é mais uma primazia na marcação - e, quando cansa no segundo tempo, chega até mesmo a mostrar certa displicência nesse quesito. Só que sua visão de jogo e batida diferenciada na bola fazem dele figura importantíssima para o ataque do faceiro time de Fernando Diniz. Ele deu sorte também de ter no comando do time que o revelou um treinador que pensa diferente, sem os padrões do futebol tradicional. Há jogos em que Marcelo anda no gramado, e nem sempre pela esquerda.

A condição de ídolo que ele já carregava foi renovada ao longo desta sua primeira temporada no Fluminense após a Europa, principalmente depois do título da Libertadores no Maracanã. A conquista inédita aumentou sua galeria de troféus, que inclui cinco taças da Champions League. Ainda assim, Marcelo diz que ter ajudado o Flu na conquista da América não paga a “dívida” que ele diz ter com o clube que o formou. Foi a primeira Libertadores do Flu.

“Nem três ou quatro Libertadores vão pagar o que o clube fez por mim. Na época em que eu não tinha nada, o Fluminense me deu tudo. Igual meu avô fez por mim, sem saber o que vai acontecer e sem querer nada em troca”, afirmou o lateral em entrevista ao podcast Papo de Guerreiro. “Ganhar uma Libertadores com o Fluminense não paga o que vivi lá atrás, quando tinha 15 anos. É uma dívida meio que eterna, e eu gosto disso. É gratidão.”

Volta às origens inclui clube, local de moradia e escola onde estudou

Quando decidiu voltar ao Rio no começo deste ano, Marcelo quis o pacote completo. Não bastava apenas jogar no Fluminense, era preciso voltar, de fato, para suas raízes, suas origens. Em vez dos condomínios da zona oeste e das praias da Barra da Tijuca, local preferido dos boleiros que atuam em times da cidade, Marcelo optou pela zona sul. A área é igualmente nobre e possui as praias mais famosas da cidade, como Copacabana, Ipanema e Leblon, mas o jogador não mora na região mais badalada do Rio. O local escolhido foi o bairro do Catete, que nem tem praia, diga-se.

“Eu tento ser uma pessoa normal, e quando saio da minha área, não estou sendo eu. Quando vim para o Brasil, eu disse ‘cara, eu tenho apartamento no Rio de Janeiro, é onde eu nasci, onde fui criado, é onde jogo bola com meu filho no Aterro (do Flamengo), onde vou passear com meu cachorro’. Se eu for pra Barra, não é a mesma coisa”, afirmou.

No início do mês, ele foi junto com a mulher e um dos filhos à escola Municipal Presidente Arthur da Costa e Silva, em Botafogo, para receber uma homenagem. Marcelo estudou na instituição por três anos e, agora, dá nome à quadra poliesportiva recém-inaugurada. “Estamos muito felizes. Receber uma homenagem dessas no colégio onde fui criado, onde estudei a infância, com meu filho e minha mulher vendo tudo isso, não tem preço. Cada dia que passa é um desafio, uma alegria, e a gente encara a vida com essa alegria”, declarou na ocasião.

O retorno às raízes, claro, também tem a ver com a perspectiva do fim da carreira como jogador. Aos 35 anos, o lateral chegou naquela fase em que tudo pode acontecer - alguns atletas se aposentam antes disso, enquanto outros levam a carreira por mais alguns anos. No Fluminense, Marcelo tem contrato até o fim de 2024, com possibilidade de renovação por mais um ano. Sobre o futuro, o lateral procura não olhar muito adiante. “Estou pensando no momento em focar no Mundial”, resume.

Nesta segunda-feira, ele será o jogador a ser observado pelos rivais. Se o Flu passar, a chance de rever amigos da Europa e o treinador Pep Guardiola são gigantescas. É tudo o que Marcelo deseja. Daí para frente, ele prefere esperar para ver.

Quando 35 mil torcedores ocupam as arquibancadas do Maracanã, o que se imagina é que dali a alguns minutos o principal estádio brasileiro sediará alguma partida importante ou o show de um artista renomado. Em 10 de março deste ano, contudo, aquela multidão tomou metade do estádio para ver a “simples” apresentação de um jogador: Marcelo. Lateral revelado pelo Fluminense e que se tornou um dos melhores do mundo ao longo de 15 anos de carreira no Real Madrid, ele voltou ao País como grande contratação da equipe. Desde então, ajudou a ganhar um título estadual, uma Libertadores e, a partir desta segunda, tentará levar o tricolor carioca à conquista do Mundial. A semifinal será contra o Al Ahly, do Egito, que eliminou o Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Marcelo é o jogador mais conhecido do Fluminense pelo favorito Manchester City. Ele e o treinador Pep Guardiola nunca se enfrentaram na Espanha. Quando o lateral chegou em 2007 ao Real Madrid, Pep encerrava sua carreira dentro de campo. Mas em 2016, prestes a assumir o City e já um dos mais badalados técnicos do mundo, Guardiola pediu a contratação de Marcelo juntos ao clube madrilenho na condição, como divulgou a imprensa espanhola na época, de o melhor lateral do planeta. Felizmente para o Fluminense, não deu certo.

O longo período na Europa e a titularidade na seleção brasileira em duas Copas do Mundo (2014 e 2018) deram a Marcelo um status bem acima da média para o padrão do futebol jogado no Brasil. Em seu retorno, no entanto, houve quem duvidasse de quanto ele ainda poderia entregar ao Fluminense. Problemas musculares no início do ano deram armas aos mais céticos. Um golaço na goleada por 4 a 1 na final do Campeonato Carioca e a importância dele na campanha da Libertadores, porém, encerraram qualquer discussão.

Marcelo com o tão desejado troféu de campeão da Libertadores Foto: Pablo Porciuncula / AFP

Marcelo não é mais uma primazia na marcação - e, quando cansa no segundo tempo, chega até mesmo a mostrar certa displicência nesse quesito. Só que sua visão de jogo e batida diferenciada na bola fazem dele figura importantíssima para o ataque do faceiro time de Fernando Diniz. Ele deu sorte também de ter no comando do time que o revelou um treinador que pensa diferente, sem os padrões do futebol tradicional. Há jogos em que Marcelo anda no gramado, e nem sempre pela esquerda.

A condição de ídolo que ele já carregava foi renovada ao longo desta sua primeira temporada no Fluminense após a Europa, principalmente depois do título da Libertadores no Maracanã. A conquista inédita aumentou sua galeria de troféus, que inclui cinco taças da Champions League. Ainda assim, Marcelo diz que ter ajudado o Flu na conquista da América não paga a “dívida” que ele diz ter com o clube que o formou. Foi a primeira Libertadores do Flu.

“Nem três ou quatro Libertadores vão pagar o que o clube fez por mim. Na época em que eu não tinha nada, o Fluminense me deu tudo. Igual meu avô fez por mim, sem saber o que vai acontecer e sem querer nada em troca”, afirmou o lateral em entrevista ao podcast Papo de Guerreiro. “Ganhar uma Libertadores com o Fluminense não paga o que vivi lá atrás, quando tinha 15 anos. É uma dívida meio que eterna, e eu gosto disso. É gratidão.”

Volta às origens inclui clube, local de moradia e escola onde estudou

Quando decidiu voltar ao Rio no começo deste ano, Marcelo quis o pacote completo. Não bastava apenas jogar no Fluminense, era preciso voltar, de fato, para suas raízes, suas origens. Em vez dos condomínios da zona oeste e das praias da Barra da Tijuca, local preferido dos boleiros que atuam em times da cidade, Marcelo optou pela zona sul. A área é igualmente nobre e possui as praias mais famosas da cidade, como Copacabana, Ipanema e Leblon, mas o jogador não mora na região mais badalada do Rio. O local escolhido foi o bairro do Catete, que nem tem praia, diga-se.

“Eu tento ser uma pessoa normal, e quando saio da minha área, não estou sendo eu. Quando vim para o Brasil, eu disse ‘cara, eu tenho apartamento no Rio de Janeiro, é onde eu nasci, onde fui criado, é onde jogo bola com meu filho no Aterro (do Flamengo), onde vou passear com meu cachorro’. Se eu for pra Barra, não é a mesma coisa”, afirmou.

No início do mês, ele foi junto com a mulher e um dos filhos à escola Municipal Presidente Arthur da Costa e Silva, em Botafogo, para receber uma homenagem. Marcelo estudou na instituição por três anos e, agora, dá nome à quadra poliesportiva recém-inaugurada. “Estamos muito felizes. Receber uma homenagem dessas no colégio onde fui criado, onde estudei a infância, com meu filho e minha mulher vendo tudo isso, não tem preço. Cada dia que passa é um desafio, uma alegria, e a gente encara a vida com essa alegria”, declarou na ocasião.

O retorno às raízes, claro, também tem a ver com a perspectiva do fim da carreira como jogador. Aos 35 anos, o lateral chegou naquela fase em que tudo pode acontecer - alguns atletas se aposentam antes disso, enquanto outros levam a carreira por mais alguns anos. No Fluminense, Marcelo tem contrato até o fim de 2024, com possibilidade de renovação por mais um ano. Sobre o futuro, o lateral procura não olhar muito adiante. “Estou pensando no momento em focar no Mundial”, resume.

Nesta segunda-feira, ele será o jogador a ser observado pelos rivais. Se o Flu passar, a chance de rever amigos da Europa e o treinador Pep Guardiola são gigantescas. É tudo o que Marcelo deseja. Daí para frente, ele prefere esperar para ver.

Quando 35 mil torcedores ocupam as arquibancadas do Maracanã, o que se imagina é que dali a alguns minutos o principal estádio brasileiro sediará alguma partida importante ou o show de um artista renomado. Em 10 de março deste ano, contudo, aquela multidão tomou metade do estádio para ver a “simples” apresentação de um jogador: Marcelo. Lateral revelado pelo Fluminense e que se tornou um dos melhores do mundo ao longo de 15 anos de carreira no Real Madrid, ele voltou ao País como grande contratação da equipe. Desde então, ajudou a ganhar um título estadual, uma Libertadores e, a partir desta segunda, tentará levar o tricolor carioca à conquista do Mundial. A semifinal será contra o Al Ahly, do Egito, que eliminou o Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Marcelo é o jogador mais conhecido do Fluminense pelo favorito Manchester City. Ele e o treinador Pep Guardiola nunca se enfrentaram na Espanha. Quando o lateral chegou em 2007 ao Real Madrid, Pep encerrava sua carreira dentro de campo. Mas em 2016, prestes a assumir o City e já um dos mais badalados técnicos do mundo, Guardiola pediu a contratação de Marcelo juntos ao clube madrilenho na condição, como divulgou a imprensa espanhola na época, de o melhor lateral do planeta. Felizmente para o Fluminense, não deu certo.

O longo período na Europa e a titularidade na seleção brasileira em duas Copas do Mundo (2014 e 2018) deram a Marcelo um status bem acima da média para o padrão do futebol jogado no Brasil. Em seu retorno, no entanto, houve quem duvidasse de quanto ele ainda poderia entregar ao Fluminense. Problemas musculares no início do ano deram armas aos mais céticos. Um golaço na goleada por 4 a 1 na final do Campeonato Carioca e a importância dele na campanha da Libertadores, porém, encerraram qualquer discussão.

Marcelo com o tão desejado troféu de campeão da Libertadores Foto: Pablo Porciuncula / AFP

Marcelo não é mais uma primazia na marcação - e, quando cansa no segundo tempo, chega até mesmo a mostrar certa displicência nesse quesito. Só que sua visão de jogo e batida diferenciada na bola fazem dele figura importantíssima para o ataque do faceiro time de Fernando Diniz. Ele deu sorte também de ter no comando do time que o revelou um treinador que pensa diferente, sem os padrões do futebol tradicional. Há jogos em que Marcelo anda no gramado, e nem sempre pela esquerda.

A condição de ídolo que ele já carregava foi renovada ao longo desta sua primeira temporada no Fluminense após a Europa, principalmente depois do título da Libertadores no Maracanã. A conquista inédita aumentou sua galeria de troféus, que inclui cinco taças da Champions League. Ainda assim, Marcelo diz que ter ajudado o Flu na conquista da América não paga a “dívida” que ele diz ter com o clube que o formou. Foi a primeira Libertadores do Flu.

“Nem três ou quatro Libertadores vão pagar o que o clube fez por mim. Na época em que eu não tinha nada, o Fluminense me deu tudo. Igual meu avô fez por mim, sem saber o que vai acontecer e sem querer nada em troca”, afirmou o lateral em entrevista ao podcast Papo de Guerreiro. “Ganhar uma Libertadores com o Fluminense não paga o que vivi lá atrás, quando tinha 15 anos. É uma dívida meio que eterna, e eu gosto disso. É gratidão.”

Volta às origens inclui clube, local de moradia e escola onde estudou

Quando decidiu voltar ao Rio no começo deste ano, Marcelo quis o pacote completo. Não bastava apenas jogar no Fluminense, era preciso voltar, de fato, para suas raízes, suas origens. Em vez dos condomínios da zona oeste e das praias da Barra da Tijuca, local preferido dos boleiros que atuam em times da cidade, Marcelo optou pela zona sul. A área é igualmente nobre e possui as praias mais famosas da cidade, como Copacabana, Ipanema e Leblon, mas o jogador não mora na região mais badalada do Rio. O local escolhido foi o bairro do Catete, que nem tem praia, diga-se.

“Eu tento ser uma pessoa normal, e quando saio da minha área, não estou sendo eu. Quando vim para o Brasil, eu disse ‘cara, eu tenho apartamento no Rio de Janeiro, é onde eu nasci, onde fui criado, é onde jogo bola com meu filho no Aterro (do Flamengo), onde vou passear com meu cachorro’. Se eu for pra Barra, não é a mesma coisa”, afirmou.

No início do mês, ele foi junto com a mulher e um dos filhos à escola Municipal Presidente Arthur da Costa e Silva, em Botafogo, para receber uma homenagem. Marcelo estudou na instituição por três anos e, agora, dá nome à quadra poliesportiva recém-inaugurada. “Estamos muito felizes. Receber uma homenagem dessas no colégio onde fui criado, onde estudei a infância, com meu filho e minha mulher vendo tudo isso, não tem preço. Cada dia que passa é um desafio, uma alegria, e a gente encara a vida com essa alegria”, declarou na ocasião.

O retorno às raízes, claro, também tem a ver com a perspectiva do fim da carreira como jogador. Aos 35 anos, o lateral chegou naquela fase em que tudo pode acontecer - alguns atletas se aposentam antes disso, enquanto outros levam a carreira por mais alguns anos. No Fluminense, Marcelo tem contrato até o fim de 2024, com possibilidade de renovação por mais um ano. Sobre o futuro, o lateral procura não olhar muito adiante. “Estou pensando no momento em focar no Mundial”, resume.

Nesta segunda-feira, ele será o jogador a ser observado pelos rivais. Se o Flu passar, a chance de rever amigos da Europa e o treinador Pep Guardiola são gigantescas. É tudo o que Marcelo deseja. Daí para frente, ele prefere esperar para ver.

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