O julgamento de Lionel Messi, sobre a acusação de fraude fiscal na Espanha, começou nesta terça-feira, em Barcelona. O camisa 10 do clube catalão e da seleção argentina responde pelo não pagamento correto de 4,1 milhões de euros (R$ 16,46 milhões) em impostos sobre seus ganhos com direitos de imagem entre 2007 e 2009.
Messi não compareceu à corte neste primeiro dia, porém ele foi intimado a depor na quinta-feira. A sentença deve ser anunciada apenas na próxima semana. Com o depoimento, Messi perderá parte da preparação da seleção argentina para a Copa América Centenário, disputada nos Estados Unidos. A Argentina estreará no dia 6 de junho, contra o Chile.
"A intenção do sr. Lionel Messi era comparecer ao plenário, mas ele sofreu uma lesão (nas costas)", afirmou Javier Sanchez-Vera, um dos advogados do argentino, que chegou a apresentar um laudo médico na corte.
O principal acusado no caso é seu pai, Jorge Horacio Messi, mas o jogador também foi acionado. A Justiça espanhola até admite que o atleta não conhecesse por completo a dedução de tributos, no entanto acredita ser impossível que ele não tenha ciência do esquema armado com empresas fantasma no Uruguai, Belize, Suíça e Reino Unido para evitar o fisco.
Caso sejam sentenciados, Lionel e Jorge Messi podem pegar 22 meses e 15 dias de prisão. Além disso, correm o risco de serem obrigados a ressarcir os cofres espanhóis com a quantia fraudada.
Antes de Messi, Javier Mascherano, também do Barcelona, foi julgado por fraude fiscal na Espanha. O zagueiro argentino foi sentenciado a um ano de prisão, que não precisará cumprir, e ao pagamento de uma multa de 800 mil euros (R$ 3,211 milhões) pelo não pagamento de 1,5 milhão de euros (R$ 6,02 milhões) em impostos.
Os brasileiros Neymar e Adriano, companheiros de Messi no Barcelona, e Xabi Alonso, atualmente no Bayern de Munique, mas que foi acionado pelo período em que jogava pelo Real Madrid, são outros atletas processados pelo não pagamento de tributos.