Messi perde pênalti, mas Argentina supera Polônia, foge da França e ambas avançam ao mata-mata


Com o resultado, argentinos assumem a liderança do Grupo C com 6 pontos e enfrentam a Austrália nas oitavas de final da Copa do Mundo

Por Fábio Hecico
Atualização:

O drama argentino chegou ao fim. Depois de estrear com derrota na Copa do Mundo do Catar, passar duas rodadas sob pressão, fazendo contas, e ainda ver Lionel Messi perder um pênalti nesta quarta-feira quando o placar estava 0 a 0, a seleção sul-americana confirmou o favoritismo no Grupo C com grande apresentação e vitória sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha. O triunfo serviu para garantir a primeira colocação e fugir de um confronto com a França já nas oitavas de final. A rival será a Austrália, sábado, às 16 horas. Apesar do revés, os poloneses também avançaram, no saldo de gols, graças a gol da Arábia Saudita nos acréscimos, diante do México, e vão desafiar a seleção de Mbappé, atual campeã, ao meio-dia de domingo.

Em sua última Copa do Mundo - aos 35 anos já anunciou que não disputa nova edição -, Messi corria o risco de se despedir precocemente e como grande vilão, quando, já na reta final do primeiro tempo, cobrou pênalti para bela defesa de Szczesny. Caso não viesse a vitória argentina, a seleção terminaria atrás da Polônia e corria risco de ser ultrapassada por árabes ou mexicanos.

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Tudo mudou quando finalmente passou pelo paredão Szczesny, com toque de primeira de Mc Callister. Álvarez definiu a festa argentina. Os poloneses não conseguiram comemorar bola na rede de Lewandowski, que ficou ameaçado de também se despedir da Copa, e de seus ídolos. Mas a tristeza virou festa com gol de Al-Dawsari no estádio de Lusail.

Argentinos comemoram gol sobre sobre a Polônia no Estádio 974. Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP
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Necessitando de uma vitória a todo custo para não depender da igualdade no outro duelo da chave, e também para fugir da França nas oitavas, os argentinos mais uma vez não escondiam a tensão no caminho até o gramado do 974. Puxados pelo ídolo Messi, queriam brindar a maioria da torcida no estádio com a classificação. A emoção na hora do hino e os aplausos serviam do combustível extra contra um rival bastante confiante.

Ainda no túnel, os poloneses mostravam muita confiança, com o famoso “vamos lá” e jogadores se cumprimentando. Depois de dois jogos sem sofrer gols, a esperança era em repetir o paredão defensivo. De preferência sem tanto sofrimento quando no jogo diante da Arábia Saudita, na qual o goleiro Szczesny foi o destaque, defendendo até pênalti.

Para não sofrer contra o grandalhão e goleador Lewandowski, Scaloni optou pela volta de Romero na defesa. O defensor, mais alto que Lisandro Martínez, tinha recomendação de não deixar o camisa 9 polonês livre. Até combate no meio deu nos primeiros minutos.

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O desenho do jogo nos primeiros minutos mostrava que Lewandowski brigaria contra toda a defesa argentina de um lado, enquanto Messi e companhia teriam uma parece branca e vermelha pela frente. Como era esperava, a ordem era dar a bola nos pés de Messi para contar com sua genialidade e poder de fazer algo diferente. Em 10 minutos, o camisa 10 deu trabalho duas vezes.

No primeiro lance que aumentou o som no estádio, Messi limpou para a direita e bateu fraco. No segundo, partiu para o lado contrário e chutou com mais força, parando em grande defesa de Szczesny. Além de buscar finalizações, o astro ainda aparecia muito distribuindo as jogadas, com rápidos passes e grandes lançamentos.

A Polônia descumpria as palavras de Czeslaw Michniewicz de que “não podia só se defender contra a Argentina”, ao pouco ou quase nunca passar do meio. ‘Desafiando’ os sul-americanos, com 10 atletas na defesa, não incomodava na frente e levava sustos em demasia. Di María quase surpreendeu ao cobrar escanteio direto. O goleiro salvou.

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A polêmica do jogo veio aos 35 minutos. Após salvar a Polônia mais uma vez, espalmando chute cara a cara de Julián Álvarez, Szczesny foi atabalhoado para tentar salvar o cruzamento e bateu a mão no rosto de Messi. Scaloni e seus auxiliares reclamaram muito na beira do campo, os jogadores pressionaram e após consulta ao monitor do VAR, sem muita convicção, Danny Makkelie anotou o pênalti. Repetindo o jogo passado, o goleiro voou e defendeu de maneira espetacular, com a mão direita, a batida forte de Messi. Pela segunda Copa seguida o astro argentino falha em uma penalidade. Na estreia na Rússia em 2018, no 1 a 1 com a Islândia, ele também parou no goleiro, mas com batida no outro canto. Na época, consagrou Halldorson.

A falha de Messi não era ainda mais sentida pelo fato de Arábia Saudita e México estarem no 0 a 0 no outro jogo da chave. Com os placares iguais, a Argentina estava evitando o vexame, mas avançando somente em segundo.

Mesma com a igualdade que deixava sua seleção na liderança da chave, Michniewicz voltou com duas substituições dando mostras que o sufoco levado o incomodava. Reforçou do meio para frente para tirar Lewandowski do isolamento e nem bem viu suas alterações darem certo e a Polônia acabou levando o gol. Mc Callister fez justiça ao placar após escorar de primeira o cruzamento de Molina.

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Finalmente aliviada na Copa do Catar, a Argentina seguiu massacrando e ampliou com Julián Álvarez, mandando no ângulo. Mesmo atrás do placar, os poloneses ainda se agarravam aos critérios de desempate e seguiam sem atacar. Com 2 a 0 nos dois jogos - o México superava a Arábia Saudita - a vaga vinha nos cartões amarelos. Mas o risco era grande.

O gol não veio na frente, mas a bola cortada por Glik em cima da linha já nos acréscimos, após cavadinha de Tagliafico, foi como se os poloneses tivessem ido às redes. Após não levar mais gols, bastou torcer para o México não anotar outro contra a Arábia Saudita. Seriam três minutos de drama, mas quem fez foram os árabes garantindo, enfim, também um sorriso polonês e festa dupla no 974.

FICHA TÉCNICA

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POLÔNIA 0 X 2 ARGENTINA

POLÔNIA - Szczesny; Bereszynski (Jedrzejczyk), Glik, Kiwior e Cash; Krychowiak (Piatek), Bielik (Szymanski), Zielinski e Frankowski (Kaminski); Swiderski (Skoras) e Lewandowski. Técnico: Czeslaw Michniewicz.

ARGENTINA - Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Fernández(Pezzella), Mac Callister (Almada) e De Paul; Julián Álvarez (Lautaro Martínez), Di María (Paredes) e Messi. Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Mc Callister, a um, e Julián Álvarez, aos 22 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Danny Makkelie (Holanda).

CARTÕES AMARELOS - Acuña (Argentina) e Krychowiak (Polônia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 44.089 presentes.

LOCAL - Estádio 974, em Doha.

O drama argentino chegou ao fim. Depois de estrear com derrota na Copa do Mundo do Catar, passar duas rodadas sob pressão, fazendo contas, e ainda ver Lionel Messi perder um pênalti nesta quarta-feira quando o placar estava 0 a 0, a seleção sul-americana confirmou o favoritismo no Grupo C com grande apresentação e vitória sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha. O triunfo serviu para garantir a primeira colocação e fugir de um confronto com a França já nas oitavas de final. A rival será a Austrália, sábado, às 16 horas. Apesar do revés, os poloneses também avançaram, no saldo de gols, graças a gol da Arábia Saudita nos acréscimos, diante do México, e vão desafiar a seleção de Mbappé, atual campeã, ao meio-dia de domingo.

Em sua última Copa do Mundo - aos 35 anos já anunciou que não disputa nova edição -, Messi corria o risco de se despedir precocemente e como grande vilão, quando, já na reta final do primeiro tempo, cobrou pênalti para bela defesa de Szczesny. Caso não viesse a vitória argentina, a seleção terminaria atrás da Polônia e corria risco de ser ultrapassada por árabes ou mexicanos.

Tudo mudou quando finalmente passou pelo paredão Szczesny, com toque de primeira de Mc Callister. Álvarez definiu a festa argentina. Os poloneses não conseguiram comemorar bola na rede de Lewandowski, que ficou ameaçado de também se despedir da Copa, e de seus ídolos. Mas a tristeza virou festa com gol de Al-Dawsari no estádio de Lusail.

Argentinos comemoram gol sobre sobre a Polônia no Estádio 974. Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP

Necessitando de uma vitória a todo custo para não depender da igualdade no outro duelo da chave, e também para fugir da França nas oitavas, os argentinos mais uma vez não escondiam a tensão no caminho até o gramado do 974. Puxados pelo ídolo Messi, queriam brindar a maioria da torcida no estádio com a classificação. A emoção na hora do hino e os aplausos serviam do combustível extra contra um rival bastante confiante.

Ainda no túnel, os poloneses mostravam muita confiança, com o famoso “vamos lá” e jogadores se cumprimentando. Depois de dois jogos sem sofrer gols, a esperança era em repetir o paredão defensivo. De preferência sem tanto sofrimento quando no jogo diante da Arábia Saudita, na qual o goleiro Szczesny foi o destaque, defendendo até pênalti.

Para não sofrer contra o grandalhão e goleador Lewandowski, Scaloni optou pela volta de Romero na defesa. O defensor, mais alto que Lisandro Martínez, tinha recomendação de não deixar o camisa 9 polonês livre. Até combate no meio deu nos primeiros minutos.

O desenho do jogo nos primeiros minutos mostrava que Lewandowski brigaria contra toda a defesa argentina de um lado, enquanto Messi e companhia teriam uma parece branca e vermelha pela frente. Como era esperava, a ordem era dar a bola nos pés de Messi para contar com sua genialidade e poder de fazer algo diferente. Em 10 minutos, o camisa 10 deu trabalho duas vezes.

No primeiro lance que aumentou o som no estádio, Messi limpou para a direita e bateu fraco. No segundo, partiu para o lado contrário e chutou com mais força, parando em grande defesa de Szczesny. Além de buscar finalizações, o astro ainda aparecia muito distribuindo as jogadas, com rápidos passes e grandes lançamentos.

A Polônia descumpria as palavras de Czeslaw Michniewicz de que “não podia só se defender contra a Argentina”, ao pouco ou quase nunca passar do meio. ‘Desafiando’ os sul-americanos, com 10 atletas na defesa, não incomodava na frente e levava sustos em demasia. Di María quase surpreendeu ao cobrar escanteio direto. O goleiro salvou.

A polêmica do jogo veio aos 35 minutos. Após salvar a Polônia mais uma vez, espalmando chute cara a cara de Julián Álvarez, Szczesny foi atabalhoado para tentar salvar o cruzamento e bateu a mão no rosto de Messi. Scaloni e seus auxiliares reclamaram muito na beira do campo, os jogadores pressionaram e após consulta ao monitor do VAR, sem muita convicção, Danny Makkelie anotou o pênalti. Repetindo o jogo passado, o goleiro voou e defendeu de maneira espetacular, com a mão direita, a batida forte de Messi. Pela segunda Copa seguida o astro argentino falha em uma penalidade. Na estreia na Rússia em 2018, no 1 a 1 com a Islândia, ele também parou no goleiro, mas com batida no outro canto. Na época, consagrou Halldorson.

A falha de Messi não era ainda mais sentida pelo fato de Arábia Saudita e México estarem no 0 a 0 no outro jogo da chave. Com os placares iguais, a Argentina estava evitando o vexame, mas avançando somente em segundo.

Mesma com a igualdade que deixava sua seleção na liderança da chave, Michniewicz voltou com duas substituições dando mostras que o sufoco levado o incomodava. Reforçou do meio para frente para tirar Lewandowski do isolamento e nem bem viu suas alterações darem certo e a Polônia acabou levando o gol. Mc Callister fez justiça ao placar após escorar de primeira o cruzamento de Molina.

Finalmente aliviada na Copa do Catar, a Argentina seguiu massacrando e ampliou com Julián Álvarez, mandando no ângulo. Mesmo atrás do placar, os poloneses ainda se agarravam aos critérios de desempate e seguiam sem atacar. Com 2 a 0 nos dois jogos - o México superava a Arábia Saudita - a vaga vinha nos cartões amarelos. Mas o risco era grande.

O gol não veio na frente, mas a bola cortada por Glik em cima da linha já nos acréscimos, após cavadinha de Tagliafico, foi como se os poloneses tivessem ido às redes. Após não levar mais gols, bastou torcer para o México não anotar outro contra a Arábia Saudita. Seriam três minutos de drama, mas quem fez foram os árabes garantindo, enfim, também um sorriso polonês e festa dupla no 974.

FICHA TÉCNICA

POLÔNIA 0 X 2 ARGENTINA

POLÔNIA - Szczesny; Bereszynski (Jedrzejczyk), Glik, Kiwior e Cash; Krychowiak (Piatek), Bielik (Szymanski), Zielinski e Frankowski (Kaminski); Swiderski (Skoras) e Lewandowski. Técnico: Czeslaw Michniewicz.

ARGENTINA - Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Fernández(Pezzella), Mac Callister (Almada) e De Paul; Julián Álvarez (Lautaro Martínez), Di María (Paredes) e Messi. Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Mc Callister, a um, e Julián Álvarez, aos 22 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Danny Makkelie (Holanda).

CARTÕES AMARELOS - Acuña (Argentina) e Krychowiak (Polônia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 44.089 presentes.

LOCAL - Estádio 974, em Doha.

O drama argentino chegou ao fim. Depois de estrear com derrota na Copa do Mundo do Catar, passar duas rodadas sob pressão, fazendo contas, e ainda ver Lionel Messi perder um pênalti nesta quarta-feira quando o placar estava 0 a 0, a seleção sul-americana confirmou o favoritismo no Grupo C com grande apresentação e vitória sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha. O triunfo serviu para garantir a primeira colocação e fugir de um confronto com a França já nas oitavas de final. A rival será a Austrália, sábado, às 16 horas. Apesar do revés, os poloneses também avançaram, no saldo de gols, graças a gol da Arábia Saudita nos acréscimos, diante do México, e vão desafiar a seleção de Mbappé, atual campeã, ao meio-dia de domingo.

Em sua última Copa do Mundo - aos 35 anos já anunciou que não disputa nova edição -, Messi corria o risco de se despedir precocemente e como grande vilão, quando, já na reta final do primeiro tempo, cobrou pênalti para bela defesa de Szczesny. Caso não viesse a vitória argentina, a seleção terminaria atrás da Polônia e corria risco de ser ultrapassada por árabes ou mexicanos.

Tudo mudou quando finalmente passou pelo paredão Szczesny, com toque de primeira de Mc Callister. Álvarez definiu a festa argentina. Os poloneses não conseguiram comemorar bola na rede de Lewandowski, que ficou ameaçado de também se despedir da Copa, e de seus ídolos. Mas a tristeza virou festa com gol de Al-Dawsari no estádio de Lusail.

Argentinos comemoram gol sobre sobre a Polônia no Estádio 974. Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP

Necessitando de uma vitória a todo custo para não depender da igualdade no outro duelo da chave, e também para fugir da França nas oitavas, os argentinos mais uma vez não escondiam a tensão no caminho até o gramado do 974. Puxados pelo ídolo Messi, queriam brindar a maioria da torcida no estádio com a classificação. A emoção na hora do hino e os aplausos serviam do combustível extra contra um rival bastante confiante.

Ainda no túnel, os poloneses mostravam muita confiança, com o famoso “vamos lá” e jogadores se cumprimentando. Depois de dois jogos sem sofrer gols, a esperança era em repetir o paredão defensivo. De preferência sem tanto sofrimento quando no jogo diante da Arábia Saudita, na qual o goleiro Szczesny foi o destaque, defendendo até pênalti.

Para não sofrer contra o grandalhão e goleador Lewandowski, Scaloni optou pela volta de Romero na defesa. O defensor, mais alto que Lisandro Martínez, tinha recomendação de não deixar o camisa 9 polonês livre. Até combate no meio deu nos primeiros minutos.

O desenho do jogo nos primeiros minutos mostrava que Lewandowski brigaria contra toda a defesa argentina de um lado, enquanto Messi e companhia teriam uma parece branca e vermelha pela frente. Como era esperava, a ordem era dar a bola nos pés de Messi para contar com sua genialidade e poder de fazer algo diferente. Em 10 minutos, o camisa 10 deu trabalho duas vezes.

No primeiro lance que aumentou o som no estádio, Messi limpou para a direita e bateu fraco. No segundo, partiu para o lado contrário e chutou com mais força, parando em grande defesa de Szczesny. Além de buscar finalizações, o astro ainda aparecia muito distribuindo as jogadas, com rápidos passes e grandes lançamentos.

A Polônia descumpria as palavras de Czeslaw Michniewicz de que “não podia só se defender contra a Argentina”, ao pouco ou quase nunca passar do meio. ‘Desafiando’ os sul-americanos, com 10 atletas na defesa, não incomodava na frente e levava sustos em demasia. Di María quase surpreendeu ao cobrar escanteio direto. O goleiro salvou.

A polêmica do jogo veio aos 35 minutos. Após salvar a Polônia mais uma vez, espalmando chute cara a cara de Julián Álvarez, Szczesny foi atabalhoado para tentar salvar o cruzamento e bateu a mão no rosto de Messi. Scaloni e seus auxiliares reclamaram muito na beira do campo, os jogadores pressionaram e após consulta ao monitor do VAR, sem muita convicção, Danny Makkelie anotou o pênalti. Repetindo o jogo passado, o goleiro voou e defendeu de maneira espetacular, com a mão direita, a batida forte de Messi. Pela segunda Copa seguida o astro argentino falha em uma penalidade. Na estreia na Rússia em 2018, no 1 a 1 com a Islândia, ele também parou no goleiro, mas com batida no outro canto. Na época, consagrou Halldorson.

A falha de Messi não era ainda mais sentida pelo fato de Arábia Saudita e México estarem no 0 a 0 no outro jogo da chave. Com os placares iguais, a Argentina estava evitando o vexame, mas avançando somente em segundo.

Mesma com a igualdade que deixava sua seleção na liderança da chave, Michniewicz voltou com duas substituições dando mostras que o sufoco levado o incomodava. Reforçou do meio para frente para tirar Lewandowski do isolamento e nem bem viu suas alterações darem certo e a Polônia acabou levando o gol. Mc Callister fez justiça ao placar após escorar de primeira o cruzamento de Molina.

Finalmente aliviada na Copa do Catar, a Argentina seguiu massacrando e ampliou com Julián Álvarez, mandando no ângulo. Mesmo atrás do placar, os poloneses ainda se agarravam aos critérios de desempate e seguiam sem atacar. Com 2 a 0 nos dois jogos - o México superava a Arábia Saudita - a vaga vinha nos cartões amarelos. Mas o risco era grande.

O gol não veio na frente, mas a bola cortada por Glik em cima da linha já nos acréscimos, após cavadinha de Tagliafico, foi como se os poloneses tivessem ido às redes. Após não levar mais gols, bastou torcer para o México não anotar outro contra a Arábia Saudita. Seriam três minutos de drama, mas quem fez foram os árabes garantindo, enfim, também um sorriso polonês e festa dupla no 974.

FICHA TÉCNICA

POLÔNIA 0 X 2 ARGENTINA

POLÔNIA - Szczesny; Bereszynski (Jedrzejczyk), Glik, Kiwior e Cash; Krychowiak (Piatek), Bielik (Szymanski), Zielinski e Frankowski (Kaminski); Swiderski (Skoras) e Lewandowski. Técnico: Czeslaw Michniewicz.

ARGENTINA - Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Fernández(Pezzella), Mac Callister (Almada) e De Paul; Julián Álvarez (Lautaro Martínez), Di María (Paredes) e Messi. Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Mc Callister, a um, e Julián Álvarez, aos 22 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Danny Makkelie (Holanda).

CARTÕES AMARELOS - Acuña (Argentina) e Krychowiak (Polônia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 44.089 presentes.

LOCAL - Estádio 974, em Doha.

O drama argentino chegou ao fim. Depois de estrear com derrota na Copa do Mundo do Catar, passar duas rodadas sob pressão, fazendo contas, e ainda ver Lionel Messi perder um pênalti nesta quarta-feira quando o placar estava 0 a 0, a seleção sul-americana confirmou o favoritismo no Grupo C com grande apresentação e vitória sobre a Polônia, por 2 a 0, no Estádio 974, em Doha. O triunfo serviu para garantir a primeira colocação e fugir de um confronto com a França já nas oitavas de final. A rival será a Austrália, sábado, às 16 horas. Apesar do revés, os poloneses também avançaram, no saldo de gols, graças a gol da Arábia Saudita nos acréscimos, diante do México, e vão desafiar a seleção de Mbappé, atual campeã, ao meio-dia de domingo.

Em sua última Copa do Mundo - aos 35 anos já anunciou que não disputa nova edição -, Messi corria o risco de se despedir precocemente e como grande vilão, quando, já na reta final do primeiro tempo, cobrou pênalti para bela defesa de Szczesny. Caso não viesse a vitória argentina, a seleção terminaria atrás da Polônia e corria risco de ser ultrapassada por árabes ou mexicanos.

Tudo mudou quando finalmente passou pelo paredão Szczesny, com toque de primeira de Mc Callister. Álvarez definiu a festa argentina. Os poloneses não conseguiram comemorar bola na rede de Lewandowski, que ficou ameaçado de também se despedir da Copa, e de seus ídolos. Mas a tristeza virou festa com gol de Al-Dawsari no estádio de Lusail.

Argentinos comemoram gol sobre sobre a Polônia no Estádio 974. Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP

Necessitando de uma vitória a todo custo para não depender da igualdade no outro duelo da chave, e também para fugir da França nas oitavas, os argentinos mais uma vez não escondiam a tensão no caminho até o gramado do 974. Puxados pelo ídolo Messi, queriam brindar a maioria da torcida no estádio com a classificação. A emoção na hora do hino e os aplausos serviam do combustível extra contra um rival bastante confiante.

Ainda no túnel, os poloneses mostravam muita confiança, com o famoso “vamos lá” e jogadores se cumprimentando. Depois de dois jogos sem sofrer gols, a esperança era em repetir o paredão defensivo. De preferência sem tanto sofrimento quando no jogo diante da Arábia Saudita, na qual o goleiro Szczesny foi o destaque, defendendo até pênalti.

Para não sofrer contra o grandalhão e goleador Lewandowski, Scaloni optou pela volta de Romero na defesa. O defensor, mais alto que Lisandro Martínez, tinha recomendação de não deixar o camisa 9 polonês livre. Até combate no meio deu nos primeiros minutos.

O desenho do jogo nos primeiros minutos mostrava que Lewandowski brigaria contra toda a defesa argentina de um lado, enquanto Messi e companhia teriam uma parece branca e vermelha pela frente. Como era esperava, a ordem era dar a bola nos pés de Messi para contar com sua genialidade e poder de fazer algo diferente. Em 10 minutos, o camisa 10 deu trabalho duas vezes.

No primeiro lance que aumentou o som no estádio, Messi limpou para a direita e bateu fraco. No segundo, partiu para o lado contrário e chutou com mais força, parando em grande defesa de Szczesny. Além de buscar finalizações, o astro ainda aparecia muito distribuindo as jogadas, com rápidos passes e grandes lançamentos.

A Polônia descumpria as palavras de Czeslaw Michniewicz de que “não podia só se defender contra a Argentina”, ao pouco ou quase nunca passar do meio. ‘Desafiando’ os sul-americanos, com 10 atletas na defesa, não incomodava na frente e levava sustos em demasia. Di María quase surpreendeu ao cobrar escanteio direto. O goleiro salvou.

A polêmica do jogo veio aos 35 minutos. Após salvar a Polônia mais uma vez, espalmando chute cara a cara de Julián Álvarez, Szczesny foi atabalhoado para tentar salvar o cruzamento e bateu a mão no rosto de Messi. Scaloni e seus auxiliares reclamaram muito na beira do campo, os jogadores pressionaram e após consulta ao monitor do VAR, sem muita convicção, Danny Makkelie anotou o pênalti. Repetindo o jogo passado, o goleiro voou e defendeu de maneira espetacular, com a mão direita, a batida forte de Messi. Pela segunda Copa seguida o astro argentino falha em uma penalidade. Na estreia na Rússia em 2018, no 1 a 1 com a Islândia, ele também parou no goleiro, mas com batida no outro canto. Na época, consagrou Halldorson.

A falha de Messi não era ainda mais sentida pelo fato de Arábia Saudita e México estarem no 0 a 0 no outro jogo da chave. Com os placares iguais, a Argentina estava evitando o vexame, mas avançando somente em segundo.

Mesma com a igualdade que deixava sua seleção na liderança da chave, Michniewicz voltou com duas substituições dando mostras que o sufoco levado o incomodava. Reforçou do meio para frente para tirar Lewandowski do isolamento e nem bem viu suas alterações darem certo e a Polônia acabou levando o gol. Mc Callister fez justiça ao placar após escorar de primeira o cruzamento de Molina.

Finalmente aliviada na Copa do Catar, a Argentina seguiu massacrando e ampliou com Julián Álvarez, mandando no ângulo. Mesmo atrás do placar, os poloneses ainda se agarravam aos critérios de desempate e seguiam sem atacar. Com 2 a 0 nos dois jogos - o México superava a Arábia Saudita - a vaga vinha nos cartões amarelos. Mas o risco era grande.

O gol não veio na frente, mas a bola cortada por Glik em cima da linha já nos acréscimos, após cavadinha de Tagliafico, foi como se os poloneses tivessem ido às redes. Após não levar mais gols, bastou torcer para o México não anotar outro contra a Arábia Saudita. Seriam três minutos de drama, mas quem fez foram os árabes garantindo, enfim, também um sorriso polonês e festa dupla no 974.

FICHA TÉCNICA

POLÔNIA 0 X 2 ARGENTINA

POLÔNIA - Szczesny; Bereszynski (Jedrzejczyk), Glik, Kiwior e Cash; Krychowiak (Piatek), Bielik (Szymanski), Zielinski e Frankowski (Kaminski); Swiderski (Skoras) e Lewandowski. Técnico: Czeslaw Michniewicz.

ARGENTINA - Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Fernández(Pezzella), Mac Callister (Almada) e De Paul; Julián Álvarez (Lautaro Martínez), Di María (Paredes) e Messi. Técnico: Lionel Scaloni.

GOLS - Mc Callister, a um, e Julián Álvarez, aos 22 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Danny Makkelie (Holanda).

CARTÕES AMARELOS - Acuña (Argentina) e Krychowiak (Polônia).

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