Messi supera gols de Maradona em Copas, Argentina bate Austrália e enfrenta Holanda nas quartas


Em seu milésimo jogo, astro ajuda argentina a se classificar; goleiro Martínez também brilha no fim e impede reação australiana em Al-Rayyan

Por Fábio Hecico
Atualização:

Com final tenso e Messi fazendo história, a Argentina está nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar e terá a Holanda pela frente na sexta-feira. Neste sábado, em dia de marcas importantes, o astro da seleção comemorou o 1000º jogo da carreira superando o número de gols de Maradona pela competição (9 a 8) ao abrir caminho no triunfo sobre a Austrália, por 2 a 1, no Ahmed Bin Ali Stadium, em Al Rayyan.

Em uma partida que começou bastante complicada, o gol de Messi aos 35 minutos foi o passo decisivo para a seleção espantar qualquer possibilidade de nova zebra após estrear no Catar sofrendo virada diante da Arábia Saudita, por 2 a 1. Mesmo sem brilho, os hermanos foram melhores na partida e souberam se comportar nos minutos finais quando a Austrália diminuiu e tentou buscar o empate para levar o jogo à prorrogação, tentando uma pressão.

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Em um dia com enorme show da torcida argentina, que cantou o tempo todo, o camisa 10 retribuiu o apoio com gol para desafogar a seleção e ainda ousou algumas arrancadas na fase final arte com gritos de “olé.” Com nove gols, Messi agora está a um de igualar Batistuta. A festa, porém, ficou ameaçada quando os rivais descontaram em chute que desviou no zagueiro e enganou o goleiro.

Messi e Julian Alvarez fizeram os gols argentinos no jogo das oitavas de final.  Foto: Abedin Taherkenareh/ EFE

Sete vezes eleito o melhor do mundo, Messi entrou em campo para seu milésimo jogo da carreira como principal nome da Argentina e buscando outras marcas expressivas na vitoriosa carreira: com oito gols em Copas, tentava superar Maradona e Stábile e encostar nos 10 de Batistuta, o recordista.

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Antes mesmo de a bola rolar no Ahmad Bin Ali Stadium, Messi já saiu ganhando, ao levar a melhor no sorteio de bola e do campo. Optou por atacar ao lado que mais contava com argentinos no segundo tempo, abrindo mão da saída de bola nos primeiros 45 minutos.

Nem bem o embate começou e a Argentina já estava reclamando. Papu Gómez, escolhido para a vaga de Di María, que ficou no banco por causa de problemas físicos, tentou cruzar e carimbou o braço aberto de Duke. Pediu pênalti, mas o lance foi fora da área e o VAR acabou impossibilitado de entrar em ação.

Messi tinha mais uma vez a companhia de Julian Álvarez na frente. O jovem do Manchester City ganhou a vaga do experiente Lautaro Martínez para dar mais velocidade contra uma rival declaradamente disposta a se defender e tentar “achar” um contragolpe.

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Na primeira vez que pegou na bola, Messi já foi derrubado com falta. Os australianos sabiam que não podiam dar espaços para a estrela se quisessem sonhar com as quartas de final. Além de uma seleção bastante superior pela frente, ainda enfrentam uma enorme, ensurdecedora e incessante cantoria dos torcedores sul-americanos que dominaram as arquibancadas.

Mesmo com todo o ambiente favorável, contudo, a Argentina não conseguia dar sustos à bem postada Austrália, que aos poucos começou a se arriscar na frente, investindo no jogo aéreo, também sem precisão.

O jogo era bem chato até o gênio argentino aparecer. Agarrado fora do campo, Messi se irritou com o defensor. A resposta? Cobrou a falta que após o corte voltou a seus pés. Ele rolou para o meio e correu para a área para receber livre. Em tapa característico de primeira - enfim o jogo teve uma finalização - a bola acabou no canto esquerdo de Mat Ryan aos 35 minutos.

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Messi superou o ídolo Maradona e chegou a impressionantes 94 gols com a seleção. Vibrou muito, fez o sinal da cruz, ergueu as mãos aos céus e foi saudado por todos os companheiros. Foi o 788° gol na carreira.

Em um primeiro tempo extremamente difícil para a Argentina, a genialidade de Messi acabou fazendo a diferença. Sua seleção foi para o vestiário sem ver a Austrália finalizar e com o camisa 10 de punho cerrado agradecendo o apoio dos torcedores que pintaram as arquibancadas de azul e branco.

Mesmo encontrando dificuldades para furar o bloqueio australiano, a Argentina iniciou o segundo tempo investindo na mesma tática da etapa inicial. Sofria para criar e Messi tentou em chute de longe, sem pontaria.

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Eis que uma lambança da defesa australiana acabou custando caro. Recuo para o goleiro, que tenta driblar De Paul e acaba perdendo a bola para Julián Álvarez ampliar. A torcida, crente que tudo estava decidido, até “olé” gritava, sobretudo com as arrancadas de Messi.

Mas o terceiro gol não saiu e em raro ataque, os australianos “voltaram” para o jogo. Goodwin bateu forte, a bola desviou em Enzo Fernández e a bola acabou dentro do gol. A Austrália diminuiu o placar e resgatou o sonho do empate. Belich fez boa jogada individual e assustou, assim como Rowles, batendo pelo alto.

Messi tentou aliviar a pressão ao servir Lautaro Martínez. Cara a cara, o atacante mandou pelo alto. Repetiu a dose e o ex-titular novamente desperdiçou. Mas prendendo a bola na frente, com um bombardeio contra Ryan, a Argentina freou a reação da Austrália e comemorou a merecida vaga após defesa final de Martínez.

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FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 2 x 1 AUSTRÁLIA

ARGENTINA - Martinez; Molina (Palácios), Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Enzo Fernández, De Paul e Mac Allister (Montiel); Papu Gómez, Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

AUSTRÁLIA - Mat Ryan; Degenek (Karacic), Souttar, Rowles e Behich; Irvine, Mooy, Baccus (Hrustic) e McGree (Goodwin); Leckie (Kuol) e Duke (MacLaren). Técnico: Graham Arnold.

GOLS - Messi, aos 35 minutos do primeiro tempo; Julián Álvarez, aos 12, e Fernández (contra), aos 32 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Irvine e Degenek (Austrália).

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (Polônia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 45.032 presentes.

LOCAL - Ahmed Bin Ali Stadium, em Al Rayyan.

Com final tenso e Messi fazendo história, a Argentina está nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar e terá a Holanda pela frente na sexta-feira. Neste sábado, em dia de marcas importantes, o astro da seleção comemorou o 1000º jogo da carreira superando o número de gols de Maradona pela competição (9 a 8) ao abrir caminho no triunfo sobre a Austrália, por 2 a 1, no Ahmed Bin Ali Stadium, em Al Rayyan.

Em uma partida que começou bastante complicada, o gol de Messi aos 35 minutos foi o passo decisivo para a seleção espantar qualquer possibilidade de nova zebra após estrear no Catar sofrendo virada diante da Arábia Saudita, por 2 a 1. Mesmo sem brilho, os hermanos foram melhores na partida e souberam se comportar nos minutos finais quando a Austrália diminuiu e tentou buscar o empate para levar o jogo à prorrogação, tentando uma pressão.

Em um dia com enorme show da torcida argentina, que cantou o tempo todo, o camisa 10 retribuiu o apoio com gol para desafogar a seleção e ainda ousou algumas arrancadas na fase final arte com gritos de “olé.” Com nove gols, Messi agora está a um de igualar Batistuta. A festa, porém, ficou ameaçada quando os rivais descontaram em chute que desviou no zagueiro e enganou o goleiro.

Messi e Julian Alvarez fizeram os gols argentinos no jogo das oitavas de final.  Foto: Abedin Taherkenareh/ EFE

Sete vezes eleito o melhor do mundo, Messi entrou em campo para seu milésimo jogo da carreira como principal nome da Argentina e buscando outras marcas expressivas na vitoriosa carreira: com oito gols em Copas, tentava superar Maradona e Stábile e encostar nos 10 de Batistuta, o recordista.

Antes mesmo de a bola rolar no Ahmad Bin Ali Stadium, Messi já saiu ganhando, ao levar a melhor no sorteio de bola e do campo. Optou por atacar ao lado que mais contava com argentinos no segundo tempo, abrindo mão da saída de bola nos primeiros 45 minutos.

Nem bem o embate começou e a Argentina já estava reclamando. Papu Gómez, escolhido para a vaga de Di María, que ficou no banco por causa de problemas físicos, tentou cruzar e carimbou o braço aberto de Duke. Pediu pênalti, mas o lance foi fora da área e o VAR acabou impossibilitado de entrar em ação.

Messi tinha mais uma vez a companhia de Julian Álvarez na frente. O jovem do Manchester City ganhou a vaga do experiente Lautaro Martínez para dar mais velocidade contra uma rival declaradamente disposta a se defender e tentar “achar” um contragolpe.

Na primeira vez que pegou na bola, Messi já foi derrubado com falta. Os australianos sabiam que não podiam dar espaços para a estrela se quisessem sonhar com as quartas de final. Além de uma seleção bastante superior pela frente, ainda enfrentam uma enorme, ensurdecedora e incessante cantoria dos torcedores sul-americanos que dominaram as arquibancadas.

Mesmo com todo o ambiente favorável, contudo, a Argentina não conseguia dar sustos à bem postada Austrália, que aos poucos começou a se arriscar na frente, investindo no jogo aéreo, também sem precisão.

O jogo era bem chato até o gênio argentino aparecer. Agarrado fora do campo, Messi se irritou com o defensor. A resposta? Cobrou a falta que após o corte voltou a seus pés. Ele rolou para o meio e correu para a área para receber livre. Em tapa característico de primeira - enfim o jogo teve uma finalização - a bola acabou no canto esquerdo de Mat Ryan aos 35 minutos.

Messi superou o ídolo Maradona e chegou a impressionantes 94 gols com a seleção. Vibrou muito, fez o sinal da cruz, ergueu as mãos aos céus e foi saudado por todos os companheiros. Foi o 788° gol na carreira.

Em um primeiro tempo extremamente difícil para a Argentina, a genialidade de Messi acabou fazendo a diferença. Sua seleção foi para o vestiário sem ver a Austrália finalizar e com o camisa 10 de punho cerrado agradecendo o apoio dos torcedores que pintaram as arquibancadas de azul e branco.

Mesmo encontrando dificuldades para furar o bloqueio australiano, a Argentina iniciou o segundo tempo investindo na mesma tática da etapa inicial. Sofria para criar e Messi tentou em chute de longe, sem pontaria.

Eis que uma lambança da defesa australiana acabou custando caro. Recuo para o goleiro, que tenta driblar De Paul e acaba perdendo a bola para Julián Álvarez ampliar. A torcida, crente que tudo estava decidido, até “olé” gritava, sobretudo com as arrancadas de Messi.

Mas o terceiro gol não saiu e em raro ataque, os australianos “voltaram” para o jogo. Goodwin bateu forte, a bola desviou em Enzo Fernández e a bola acabou dentro do gol. A Austrália diminuiu o placar e resgatou o sonho do empate. Belich fez boa jogada individual e assustou, assim como Rowles, batendo pelo alto.

Messi tentou aliviar a pressão ao servir Lautaro Martínez. Cara a cara, o atacante mandou pelo alto. Repetiu a dose e o ex-titular novamente desperdiçou. Mas prendendo a bola na frente, com um bombardeio contra Ryan, a Argentina freou a reação da Austrália e comemorou a merecida vaga após defesa final de Martínez.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 2 x 1 AUSTRÁLIA

ARGENTINA - Martinez; Molina (Palácios), Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Enzo Fernández, De Paul e Mac Allister (Montiel); Papu Gómez, Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

AUSTRÁLIA - Mat Ryan; Degenek (Karacic), Souttar, Rowles e Behich; Irvine, Mooy, Baccus (Hrustic) e McGree (Goodwin); Leckie (Kuol) e Duke (MacLaren). Técnico: Graham Arnold.

GOLS - Messi, aos 35 minutos do primeiro tempo; Julián Álvarez, aos 12, e Fernández (contra), aos 32 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Irvine e Degenek (Austrália).

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (Polônia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 45.032 presentes.

LOCAL - Ahmed Bin Ali Stadium, em Al Rayyan.

Com final tenso e Messi fazendo história, a Argentina está nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar e terá a Holanda pela frente na sexta-feira. Neste sábado, em dia de marcas importantes, o astro da seleção comemorou o 1000º jogo da carreira superando o número de gols de Maradona pela competição (9 a 8) ao abrir caminho no triunfo sobre a Austrália, por 2 a 1, no Ahmed Bin Ali Stadium, em Al Rayyan.

Em uma partida que começou bastante complicada, o gol de Messi aos 35 minutos foi o passo decisivo para a seleção espantar qualquer possibilidade de nova zebra após estrear no Catar sofrendo virada diante da Arábia Saudita, por 2 a 1. Mesmo sem brilho, os hermanos foram melhores na partida e souberam se comportar nos minutos finais quando a Austrália diminuiu e tentou buscar o empate para levar o jogo à prorrogação, tentando uma pressão.

Em um dia com enorme show da torcida argentina, que cantou o tempo todo, o camisa 10 retribuiu o apoio com gol para desafogar a seleção e ainda ousou algumas arrancadas na fase final arte com gritos de “olé.” Com nove gols, Messi agora está a um de igualar Batistuta. A festa, porém, ficou ameaçada quando os rivais descontaram em chute que desviou no zagueiro e enganou o goleiro.

Messi e Julian Alvarez fizeram os gols argentinos no jogo das oitavas de final.  Foto: Abedin Taherkenareh/ EFE

Sete vezes eleito o melhor do mundo, Messi entrou em campo para seu milésimo jogo da carreira como principal nome da Argentina e buscando outras marcas expressivas na vitoriosa carreira: com oito gols em Copas, tentava superar Maradona e Stábile e encostar nos 10 de Batistuta, o recordista.

Antes mesmo de a bola rolar no Ahmad Bin Ali Stadium, Messi já saiu ganhando, ao levar a melhor no sorteio de bola e do campo. Optou por atacar ao lado que mais contava com argentinos no segundo tempo, abrindo mão da saída de bola nos primeiros 45 minutos.

Nem bem o embate começou e a Argentina já estava reclamando. Papu Gómez, escolhido para a vaga de Di María, que ficou no banco por causa de problemas físicos, tentou cruzar e carimbou o braço aberto de Duke. Pediu pênalti, mas o lance foi fora da área e o VAR acabou impossibilitado de entrar em ação.

Messi tinha mais uma vez a companhia de Julian Álvarez na frente. O jovem do Manchester City ganhou a vaga do experiente Lautaro Martínez para dar mais velocidade contra uma rival declaradamente disposta a se defender e tentar “achar” um contragolpe.

Na primeira vez que pegou na bola, Messi já foi derrubado com falta. Os australianos sabiam que não podiam dar espaços para a estrela se quisessem sonhar com as quartas de final. Além de uma seleção bastante superior pela frente, ainda enfrentam uma enorme, ensurdecedora e incessante cantoria dos torcedores sul-americanos que dominaram as arquibancadas.

Mesmo com todo o ambiente favorável, contudo, a Argentina não conseguia dar sustos à bem postada Austrália, que aos poucos começou a se arriscar na frente, investindo no jogo aéreo, também sem precisão.

O jogo era bem chato até o gênio argentino aparecer. Agarrado fora do campo, Messi se irritou com o defensor. A resposta? Cobrou a falta que após o corte voltou a seus pés. Ele rolou para o meio e correu para a área para receber livre. Em tapa característico de primeira - enfim o jogo teve uma finalização - a bola acabou no canto esquerdo de Mat Ryan aos 35 minutos.

Messi superou o ídolo Maradona e chegou a impressionantes 94 gols com a seleção. Vibrou muito, fez o sinal da cruz, ergueu as mãos aos céus e foi saudado por todos os companheiros. Foi o 788° gol na carreira.

Em um primeiro tempo extremamente difícil para a Argentina, a genialidade de Messi acabou fazendo a diferença. Sua seleção foi para o vestiário sem ver a Austrália finalizar e com o camisa 10 de punho cerrado agradecendo o apoio dos torcedores que pintaram as arquibancadas de azul e branco.

Mesmo encontrando dificuldades para furar o bloqueio australiano, a Argentina iniciou o segundo tempo investindo na mesma tática da etapa inicial. Sofria para criar e Messi tentou em chute de longe, sem pontaria.

Eis que uma lambança da defesa australiana acabou custando caro. Recuo para o goleiro, que tenta driblar De Paul e acaba perdendo a bola para Julián Álvarez ampliar. A torcida, crente que tudo estava decidido, até “olé” gritava, sobretudo com as arrancadas de Messi.

Mas o terceiro gol não saiu e em raro ataque, os australianos “voltaram” para o jogo. Goodwin bateu forte, a bola desviou em Enzo Fernández e a bola acabou dentro do gol. A Austrália diminuiu o placar e resgatou o sonho do empate. Belich fez boa jogada individual e assustou, assim como Rowles, batendo pelo alto.

Messi tentou aliviar a pressão ao servir Lautaro Martínez. Cara a cara, o atacante mandou pelo alto. Repetiu a dose e o ex-titular novamente desperdiçou. Mas prendendo a bola na frente, com um bombardeio contra Ryan, a Argentina freou a reação da Austrália e comemorou a merecida vaga após defesa final de Martínez.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 2 x 1 AUSTRÁLIA

ARGENTINA - Martinez; Molina (Palácios), Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Enzo Fernández, De Paul e Mac Allister (Montiel); Papu Gómez, Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

AUSTRÁLIA - Mat Ryan; Degenek (Karacic), Souttar, Rowles e Behich; Irvine, Mooy, Baccus (Hrustic) e McGree (Goodwin); Leckie (Kuol) e Duke (MacLaren). Técnico: Graham Arnold.

GOLS - Messi, aos 35 minutos do primeiro tempo; Julián Álvarez, aos 12, e Fernández (contra), aos 32 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Irvine e Degenek (Austrália).

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (Polônia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 45.032 presentes.

LOCAL - Ahmed Bin Ali Stadium, em Al Rayyan.

Com final tenso e Messi fazendo história, a Argentina está nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar e terá a Holanda pela frente na sexta-feira. Neste sábado, em dia de marcas importantes, o astro da seleção comemorou o 1000º jogo da carreira superando o número de gols de Maradona pela competição (9 a 8) ao abrir caminho no triunfo sobre a Austrália, por 2 a 1, no Ahmed Bin Ali Stadium, em Al Rayyan.

Em uma partida que começou bastante complicada, o gol de Messi aos 35 minutos foi o passo decisivo para a seleção espantar qualquer possibilidade de nova zebra após estrear no Catar sofrendo virada diante da Arábia Saudita, por 2 a 1. Mesmo sem brilho, os hermanos foram melhores na partida e souberam se comportar nos minutos finais quando a Austrália diminuiu e tentou buscar o empate para levar o jogo à prorrogação, tentando uma pressão.

Em um dia com enorme show da torcida argentina, que cantou o tempo todo, o camisa 10 retribuiu o apoio com gol para desafogar a seleção e ainda ousou algumas arrancadas na fase final arte com gritos de “olé.” Com nove gols, Messi agora está a um de igualar Batistuta. A festa, porém, ficou ameaçada quando os rivais descontaram em chute que desviou no zagueiro e enganou o goleiro.

Messi e Julian Alvarez fizeram os gols argentinos no jogo das oitavas de final.  Foto: Abedin Taherkenareh/ EFE

Sete vezes eleito o melhor do mundo, Messi entrou em campo para seu milésimo jogo da carreira como principal nome da Argentina e buscando outras marcas expressivas na vitoriosa carreira: com oito gols em Copas, tentava superar Maradona e Stábile e encostar nos 10 de Batistuta, o recordista.

Antes mesmo de a bola rolar no Ahmad Bin Ali Stadium, Messi já saiu ganhando, ao levar a melhor no sorteio de bola e do campo. Optou por atacar ao lado que mais contava com argentinos no segundo tempo, abrindo mão da saída de bola nos primeiros 45 minutos.

Nem bem o embate começou e a Argentina já estava reclamando. Papu Gómez, escolhido para a vaga de Di María, que ficou no banco por causa de problemas físicos, tentou cruzar e carimbou o braço aberto de Duke. Pediu pênalti, mas o lance foi fora da área e o VAR acabou impossibilitado de entrar em ação.

Messi tinha mais uma vez a companhia de Julian Álvarez na frente. O jovem do Manchester City ganhou a vaga do experiente Lautaro Martínez para dar mais velocidade contra uma rival declaradamente disposta a se defender e tentar “achar” um contragolpe.

Na primeira vez que pegou na bola, Messi já foi derrubado com falta. Os australianos sabiam que não podiam dar espaços para a estrela se quisessem sonhar com as quartas de final. Além de uma seleção bastante superior pela frente, ainda enfrentam uma enorme, ensurdecedora e incessante cantoria dos torcedores sul-americanos que dominaram as arquibancadas.

Mesmo com todo o ambiente favorável, contudo, a Argentina não conseguia dar sustos à bem postada Austrália, que aos poucos começou a se arriscar na frente, investindo no jogo aéreo, também sem precisão.

O jogo era bem chato até o gênio argentino aparecer. Agarrado fora do campo, Messi se irritou com o defensor. A resposta? Cobrou a falta que após o corte voltou a seus pés. Ele rolou para o meio e correu para a área para receber livre. Em tapa característico de primeira - enfim o jogo teve uma finalização - a bola acabou no canto esquerdo de Mat Ryan aos 35 minutos.

Messi superou o ídolo Maradona e chegou a impressionantes 94 gols com a seleção. Vibrou muito, fez o sinal da cruz, ergueu as mãos aos céus e foi saudado por todos os companheiros. Foi o 788° gol na carreira.

Em um primeiro tempo extremamente difícil para a Argentina, a genialidade de Messi acabou fazendo a diferença. Sua seleção foi para o vestiário sem ver a Austrália finalizar e com o camisa 10 de punho cerrado agradecendo o apoio dos torcedores que pintaram as arquibancadas de azul e branco.

Mesmo encontrando dificuldades para furar o bloqueio australiano, a Argentina iniciou o segundo tempo investindo na mesma tática da etapa inicial. Sofria para criar e Messi tentou em chute de longe, sem pontaria.

Eis que uma lambança da defesa australiana acabou custando caro. Recuo para o goleiro, que tenta driblar De Paul e acaba perdendo a bola para Julián Álvarez ampliar. A torcida, crente que tudo estava decidido, até “olé” gritava, sobretudo com as arrancadas de Messi.

Mas o terceiro gol não saiu e em raro ataque, os australianos “voltaram” para o jogo. Goodwin bateu forte, a bola desviou em Enzo Fernández e a bola acabou dentro do gol. A Austrália diminuiu o placar e resgatou o sonho do empate. Belich fez boa jogada individual e assustou, assim como Rowles, batendo pelo alto.

Messi tentou aliviar a pressão ao servir Lautaro Martínez. Cara a cara, o atacante mandou pelo alto. Repetiu a dose e o ex-titular novamente desperdiçou. Mas prendendo a bola na frente, com um bombardeio contra Ryan, a Argentina freou a reação da Austrália e comemorou a merecida vaga após defesa final de Martínez.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 2 x 1 AUSTRÁLIA

ARGENTINA - Martinez; Molina (Palácios), Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Enzo Fernández, De Paul e Mac Allister (Montiel); Papu Gómez, Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

AUSTRÁLIA - Mat Ryan; Degenek (Karacic), Souttar, Rowles e Behich; Irvine, Mooy, Baccus (Hrustic) e McGree (Goodwin); Leckie (Kuol) e Duke (MacLaren). Técnico: Graham Arnold.

GOLS - Messi, aos 35 minutos do primeiro tempo; Julián Álvarez, aos 12, e Fernández (contra), aos 32 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Irvine e Degenek (Austrália).

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (Polônia).

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