A queda do México ainda na fase de grupos da Copa do Mundo do Catar rendeu à seleção uma recepção nada amistosa neste domingo. O técnico Gerardo Martino e parte do elenco foram vaiados por um pequeno grupo de torcedores no aeroporto da capital mexicana.
Principal alvo do protesto, o treinador foi criticado pela má campanha que determinou a volta antecipada e também questionado pela ausência de Javier “Chicharito” Hernández no Mundial do Catar.
Em meio a um ambiente tenso, o comandante preferiu não responder às provocações dos torcedores e precisou deixar o saguão de desembarque escoltado pelos seguranças do aeroporto.
Com quatro pontos, os mexicanos terminaram a fase de grupos com a mesma pontuação dos poloneses mas foram desclassificados por ter pior saldo de gols. Em três jogos, o México empatou com a Polônia, perdeu para os argentinos e só venceu a Arábia Saudita na última rodada.
Essa foi a pior campanha do país da América do Norte desde a Copa de 1978, realizada na Argentina. Naquela edição do Mundial, os mexicanos também acabaram eliminados na primeira fase do torneio.
Martino não continuará à frente da seleção. O seu contrato já expirou e os dirigentes que comandam o futebol do país já sinalizaram uma renovação. Campeão pelo Pachuca, o uruguaio Guillermo Almada é o mais cotado para assumir a função. A Federação Mexicana, no entanto, aguarda ainda um relatório para avaliar o que foi feito na gestão atual. A definição sobre um novo treinador deve sair somente no início de 2023.
Na despedida de Doha, o elenco se dividiu no momento do embarque. Jogadores que disputam campeonatos fora do país retornaram para a Europa. Outros atletas como o goleiro o Ochoa, o meia Héctor Herrera e o atacante Funes Mori ficaram alguns dias de férias no Catar.