Celeste Arantes, mãe de Pelé, morre aos 101 anos em Santos


Mãe de Pelé, Jair e Maria Lúcia, com quem morava no litoral paulista, Celeste estava hospitalizada há uma semana e teve morte natural

Por Ricardo Magatti e Bruno Accorsi
Atualização:

Celeste Arantes do Nascimento, mãe do Rei Pelé, morreu aos 101 anos, nesta sexta-feira, 21, em Santos, no litoral paulista. Celeste estava no hospital SerPiero há uma semana e morreu de causas naturais. Um de seus netos, Edinho comunicou oficialmente a morte da avó em nome da família em suas redes sociais. “Descanse em paz, vó”, escreveu ele brevemente.

Dona Celeste será velada e enterrada no Memorial Necrópole Ecumênica, cemitério vertical onde está Pelé e seu irmão Jair, conhecido como Zoca. A filha do Rei do Futebol, Sandra Arantes do Nascimento, que morreu em 2006 vítima de um câncer, também está enterrada no local.

Além de Pelé e Zoca, Celeste era mãe de Maria Lúcia, com quem vivia e que era responsável pelos cuidados dela. Os três filhos são fruto do relacionamento com João Ramos do Nascimento, o Dondinho, com quem foi casada até 1996, ano em que ficou viúva.

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Na época da morte de Pelé, no final dezembro de 2022, foi dito que a mãe não tinha plena noção do ocorrido. O cortejo com o corpo do Rei, realizado já em janeiro de 2023, passou em frente à casa de Dona Celeste no Canal 6, mas apenas a filha Maria Lúcia apareceu ao público. Na ocasião, milhares de pessoas se aglomeraram para acompanhar o cortejo. Uma bandeira com os dizeres “Pelé Eterno” decorava uma das janelas da casa.

Mãe de Pelé, dona Celeste Arante morreu nesta sexta, aos 101 anos Foto: Mauricio de Souza/Estadão

Mineira de Três Corações, onde há onde há uma estátua que a retrata grávida de Pelé, aos 16 anos, em frente à casa onde viveu, a mãe do maior jogador de futebol de todos os tempos vivia em Santos desde 1956, quando a família se mudou a fim de acompanhar o filho em seus primeiros passos no clube do litoral paulista. Para ela, o homem que todos chamavam de Pelé ou Rei era o Dico, apelido que usava pala chamá-lo carinhosamente. O fato foi lembrado pelo Santos em nota divulgada nesta sexta para lamentar a morte de Celeste e decretar luto de três dias.

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“Celeste teve uma infância difícil ao lado de seu irmão Jorge. Ainda jovem, conheceu Dondinho, com quem viveu uma grande história de amor e iniciou a sua família. Dessa família que surgiria Edson Arantes, chamado carinhosamente de Dico, e que mais tarde o mundo conheceria como Pelé. Porém, para o menino Dico se tornar Rei, um longo caminho precisou ser percorrido. E esse caminho não seria possível sem a também eterna Dona Celeste”, diz o texto.

“Foram 101 anos de uma história de vida inspiradora. De uma mulher negra que enfrentou as infinitas adversidades da vida pelo bem de sua família. Descanse em paz, Rainha. O carinho, a admiração e a gratidão da nação santista são para sempre”, conclui.

Quando a mãe completou 100 anos, em 20 de novembro de 2022, Pelé fez uma publicação para homenageá-la. “Desde criancinha, ela me ensinou o valor do amor e da paz. Eu tenho muito mais de uma centena de motivos para agradecer por ser o seu filho. Compartilho essas fotos com vocês, com muita emoção por celebrar este dia. Obrigado por todos os dias ao seu lado, mãe”, escreveu Pelé, pouco mais de um mês antes de morrer no dia 29 de dezembro daquele ano.

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Vida longe dos holofotes

Discreta, dona Celeste não costumava aparecer. Preferia quase que o anonimato não fosse o fato de ter o filho famoso. Uma das paixões de Pelé sempre foi reunir a família para grandes almoços aos domingos, com a presença da matriarca. Dona Celeste falava pouco, não reclamava de nada e tinha em sua filha sua parceira nesses 100 anos.

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Nas vozes dos narradores esportivos do Brasil, ao longo da carreira de Pelé, Dona Celeste sempre foi uma espécie de mulher abençoada por ter dado ao futebol o melhor jogador de todos os tempos. Era a forma de agradecer a ela cada jogada genial do seu filho.

Sua história foi retratada nos filmes que contam a vida de Pelé, desde a cidade de Três Corações, onde nasceu, passando por Bauru até chegar em Santos. Não era uma vida fácil ou de privilégios. A família sempre esteve junta e unida, com dúvidas inclusive se Pelé deveria mesmo se lançar ao futebol. Seu pai o ensinou a jogar até onde pôde. Ela era contra à ideia de Pelé ser jogador.

De tanto ver o marido sofrer com lesões, Celeste não queria que o filho escolhesse o mesmo caminho do pai, ainda que soubesse de seu talento extraordinário. Ela chegou até a impedir que o Bangu o contratasse. Mas Dondinho a convenceu do contrário. Ela só queria que o filho fosse boa pessoa.

Celeste Arantes do Nascimento, mãe do Rei Pelé, morreu aos 101 anos, nesta sexta-feira, 21, em Santos, no litoral paulista. Celeste estava no hospital SerPiero há uma semana e morreu de causas naturais. Um de seus netos, Edinho comunicou oficialmente a morte da avó em nome da família em suas redes sociais. “Descanse em paz, vó”, escreveu ele brevemente.

Dona Celeste será velada e enterrada no Memorial Necrópole Ecumênica, cemitério vertical onde está Pelé e seu irmão Jair, conhecido como Zoca. A filha do Rei do Futebol, Sandra Arantes do Nascimento, que morreu em 2006 vítima de um câncer, também está enterrada no local.

Além de Pelé e Zoca, Celeste era mãe de Maria Lúcia, com quem vivia e que era responsável pelos cuidados dela. Os três filhos são fruto do relacionamento com João Ramos do Nascimento, o Dondinho, com quem foi casada até 1996, ano em que ficou viúva.

Na época da morte de Pelé, no final dezembro de 2022, foi dito que a mãe não tinha plena noção do ocorrido. O cortejo com o corpo do Rei, realizado já em janeiro de 2023, passou em frente à casa de Dona Celeste no Canal 6, mas apenas a filha Maria Lúcia apareceu ao público. Na ocasião, milhares de pessoas se aglomeraram para acompanhar o cortejo. Uma bandeira com os dizeres “Pelé Eterno” decorava uma das janelas da casa.

Mãe de Pelé, dona Celeste Arante morreu nesta sexta, aos 101 anos Foto: Mauricio de Souza/Estadão

Mineira de Três Corações, onde há onde há uma estátua que a retrata grávida de Pelé, aos 16 anos, em frente à casa onde viveu, a mãe do maior jogador de futebol de todos os tempos vivia em Santos desde 1956, quando a família se mudou a fim de acompanhar o filho em seus primeiros passos no clube do litoral paulista. Para ela, o homem que todos chamavam de Pelé ou Rei era o Dico, apelido que usava pala chamá-lo carinhosamente. O fato foi lembrado pelo Santos em nota divulgada nesta sexta para lamentar a morte de Celeste e decretar luto de três dias.

“Celeste teve uma infância difícil ao lado de seu irmão Jorge. Ainda jovem, conheceu Dondinho, com quem viveu uma grande história de amor e iniciou a sua família. Dessa família que surgiria Edson Arantes, chamado carinhosamente de Dico, e que mais tarde o mundo conheceria como Pelé. Porém, para o menino Dico se tornar Rei, um longo caminho precisou ser percorrido. E esse caminho não seria possível sem a também eterna Dona Celeste”, diz o texto.

“Foram 101 anos de uma história de vida inspiradora. De uma mulher negra que enfrentou as infinitas adversidades da vida pelo bem de sua família. Descanse em paz, Rainha. O carinho, a admiração e a gratidão da nação santista são para sempre”, conclui.

Quando a mãe completou 100 anos, em 20 de novembro de 2022, Pelé fez uma publicação para homenageá-la. “Desde criancinha, ela me ensinou o valor do amor e da paz. Eu tenho muito mais de uma centena de motivos para agradecer por ser o seu filho. Compartilho essas fotos com vocês, com muita emoção por celebrar este dia. Obrigado por todos os dias ao seu lado, mãe”, escreveu Pelé, pouco mais de um mês antes de morrer no dia 29 de dezembro daquele ano.

Vida longe dos holofotes

Discreta, dona Celeste não costumava aparecer. Preferia quase que o anonimato não fosse o fato de ter o filho famoso. Uma das paixões de Pelé sempre foi reunir a família para grandes almoços aos domingos, com a presença da matriarca. Dona Celeste falava pouco, não reclamava de nada e tinha em sua filha sua parceira nesses 100 anos.

Nas vozes dos narradores esportivos do Brasil, ao longo da carreira de Pelé, Dona Celeste sempre foi uma espécie de mulher abençoada por ter dado ao futebol o melhor jogador de todos os tempos. Era a forma de agradecer a ela cada jogada genial do seu filho.

Sua história foi retratada nos filmes que contam a vida de Pelé, desde a cidade de Três Corações, onde nasceu, passando por Bauru até chegar em Santos. Não era uma vida fácil ou de privilégios. A família sempre esteve junta e unida, com dúvidas inclusive se Pelé deveria mesmo se lançar ao futebol. Seu pai o ensinou a jogar até onde pôde. Ela era contra à ideia de Pelé ser jogador.

De tanto ver o marido sofrer com lesões, Celeste não queria que o filho escolhesse o mesmo caminho do pai, ainda que soubesse de seu talento extraordinário. Ela chegou até a impedir que o Bangu o contratasse. Mas Dondinho a convenceu do contrário. Ela só queria que o filho fosse boa pessoa.

Celeste Arantes do Nascimento, mãe do Rei Pelé, morreu aos 101 anos, nesta sexta-feira, 21, em Santos, no litoral paulista. Celeste estava no hospital SerPiero há uma semana e morreu de causas naturais. Um de seus netos, Edinho comunicou oficialmente a morte da avó em nome da família em suas redes sociais. “Descanse em paz, vó”, escreveu ele brevemente.

Dona Celeste será velada e enterrada no Memorial Necrópole Ecumênica, cemitério vertical onde está Pelé e seu irmão Jair, conhecido como Zoca. A filha do Rei do Futebol, Sandra Arantes do Nascimento, que morreu em 2006 vítima de um câncer, também está enterrada no local.

Além de Pelé e Zoca, Celeste era mãe de Maria Lúcia, com quem vivia e que era responsável pelos cuidados dela. Os três filhos são fruto do relacionamento com João Ramos do Nascimento, o Dondinho, com quem foi casada até 1996, ano em que ficou viúva.

Na época da morte de Pelé, no final dezembro de 2022, foi dito que a mãe não tinha plena noção do ocorrido. O cortejo com o corpo do Rei, realizado já em janeiro de 2023, passou em frente à casa de Dona Celeste no Canal 6, mas apenas a filha Maria Lúcia apareceu ao público. Na ocasião, milhares de pessoas se aglomeraram para acompanhar o cortejo. Uma bandeira com os dizeres “Pelé Eterno” decorava uma das janelas da casa.

Mãe de Pelé, dona Celeste Arante morreu nesta sexta, aos 101 anos Foto: Mauricio de Souza/Estadão

Mineira de Três Corações, onde há onde há uma estátua que a retrata grávida de Pelé, aos 16 anos, em frente à casa onde viveu, a mãe do maior jogador de futebol de todos os tempos vivia em Santos desde 1956, quando a família se mudou a fim de acompanhar o filho em seus primeiros passos no clube do litoral paulista. Para ela, o homem que todos chamavam de Pelé ou Rei era o Dico, apelido que usava pala chamá-lo carinhosamente. O fato foi lembrado pelo Santos em nota divulgada nesta sexta para lamentar a morte de Celeste e decretar luto de três dias.

“Celeste teve uma infância difícil ao lado de seu irmão Jorge. Ainda jovem, conheceu Dondinho, com quem viveu uma grande história de amor e iniciou a sua família. Dessa família que surgiria Edson Arantes, chamado carinhosamente de Dico, e que mais tarde o mundo conheceria como Pelé. Porém, para o menino Dico se tornar Rei, um longo caminho precisou ser percorrido. E esse caminho não seria possível sem a também eterna Dona Celeste”, diz o texto.

“Foram 101 anos de uma história de vida inspiradora. De uma mulher negra que enfrentou as infinitas adversidades da vida pelo bem de sua família. Descanse em paz, Rainha. O carinho, a admiração e a gratidão da nação santista são para sempre”, conclui.

Quando a mãe completou 100 anos, em 20 de novembro de 2022, Pelé fez uma publicação para homenageá-la. “Desde criancinha, ela me ensinou o valor do amor e da paz. Eu tenho muito mais de uma centena de motivos para agradecer por ser o seu filho. Compartilho essas fotos com vocês, com muita emoção por celebrar este dia. Obrigado por todos os dias ao seu lado, mãe”, escreveu Pelé, pouco mais de um mês antes de morrer no dia 29 de dezembro daquele ano.

Vida longe dos holofotes

Discreta, dona Celeste não costumava aparecer. Preferia quase que o anonimato não fosse o fato de ter o filho famoso. Uma das paixões de Pelé sempre foi reunir a família para grandes almoços aos domingos, com a presença da matriarca. Dona Celeste falava pouco, não reclamava de nada e tinha em sua filha sua parceira nesses 100 anos.

Nas vozes dos narradores esportivos do Brasil, ao longo da carreira de Pelé, Dona Celeste sempre foi uma espécie de mulher abençoada por ter dado ao futebol o melhor jogador de todos os tempos. Era a forma de agradecer a ela cada jogada genial do seu filho.

Sua história foi retratada nos filmes que contam a vida de Pelé, desde a cidade de Três Corações, onde nasceu, passando por Bauru até chegar em Santos. Não era uma vida fácil ou de privilégios. A família sempre esteve junta e unida, com dúvidas inclusive se Pelé deveria mesmo se lançar ao futebol. Seu pai o ensinou a jogar até onde pôde. Ela era contra à ideia de Pelé ser jogador.

De tanto ver o marido sofrer com lesões, Celeste não queria que o filho escolhesse o mesmo caminho do pai, ainda que soubesse de seu talento extraordinário. Ela chegou até a impedir que o Bangu o contratasse. Mas Dondinho a convenceu do contrário. Ela só queria que o filho fosse boa pessoa.

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