Há 59 anos que a seleção da Suíça não levava seis gols em uma partida. E a nova derrota vexatória veio logo em um duelo de oitavas de final de Copa do Mundo. Ciente de sua responsabilidade, o técnico Murat Yakin evitou culpar os jogadores ou o esquema com três zagueiros pela eliminação, mas assumiu que a seleção “não jogou” contra Portugal. Nada, porém, de admitir que foi um fracasso pessoal.
“Acabamos de perder um jogo, sem ser tão ruim. Temos um bom espírito de equipe, só temos de aceitar que hoje o adversário foi melhor que nós. Agora é hora de tentar virar a página e tentar olhar, como equipe, para o futuro”, disse, cabisbaixo após surra de 6 a 1 para Portugal. “É tirar conclusões e voltar mais fortes”, seguiu, já olhando para a Eurocopa de 2024, até onde vai o seu contrato.”
Foi o segundo embate com Portugal no ano, e após levar 4 a 0 na Liga das Nações, foi justamente no esquema com três defensores que Yakin conseguiu a vingança, vencendo por 1 a 0. Ele tentou repetir o plano, mas acabou frustrado por não ter obtido êxito.
“Queríamos fazer história, deixar os suíços felizes, com orgulho da gente, mas não jogamos. O que propusemos fazer e nos tornou forte não deu certo”, reconheceu. “É uma noite triste”, prosseguiu, evitando ao máximo expor seus comandados. “Não culpo a equipe, eles tentaram de tudo e não deu certo. Mas também estávamos muito impacientes. Sinto pelos jogadores e pela nação.”
“Portugal foi claramente melhor do que nós. Deixamos eles jogarem e sabíamos que se eles ficassem à vontade iria ser difícil para nós. No final, nos marcaram seis gols e nós somente um”, lamentou o atacante Seferovic, que entrou somente no segundo tempo e nada pôde fazer.
Ex-companheiro de Gonçalo Ramos no Benfica - está emprestado ao Galatasaray -, o atacante revelou estar torcendo pelo jovem português. “Conheço o Gonçalo Ramos há muito tempo. Estou feliz por ele, sobretudo pelo que fez hoje (terça-feira). Desejo-lhe o melhor, tal como a Portugal, a quem sou fã e acho que pode ir até a final e ganhar.”