Sylvio Luiz Perez Machado de Souza foi ator mirim, por influência da mãe, Elizabeth Darcy, mas nunca deixou o amor pelo esporte. Com isso, tornou-se árbitro de futebol em meados dos anos 60 e trabalhou pelos campos por mais de uma década. Mas foi na carreira de narrador esportivo que se tornou uma celebridade.
É comum ouvir seu nome quando a enquete é saber qual o melhor narrador de todos os tempos da TV brasileira. Mais comum ainda é ver Silvio à frente de Luciano do Valle e Galvão Bueno.
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Nos anos 80, Silvio formou o maior trio de transmissão já visto na TV nacional, ao lado do comentarista Pedro Luiz, que fora uma lenda da narração esportiva de rádio nos anos 50 e 60, e de Flávio Prado nas reportagens.
O ‘time’ da TV Record foi líder de audiência, a ponto de o “canal 7″ emprestar os três para a rádio Record nos eventos que eram exclusividade da Globo na televisão. No Mundialito do Uruguai, em 1980/1981, o sucesso era tão grande que as pessoas abaixavam o volume da TV e aumentavam o do rádio para ouvir Silvio e seus bordões famosos “olho no lance”, “pelo amor dos meus filhinhos”, “foi no gogó da ema” e “pelas barbas do profeta”.
Crítico ferrenho do sistema que dominava o futebol brasileiro, Silvio resolveu sair candidato à presidência da Federação Paulista de Futebol, com Flávio Prado como vice. Os dois desceram a avenida Brigadeiro Luis Antonio de carruagem e entraram de fraque e cartola na sede da FPF para votar. Receberam apenas os seus dois votos, enquanto José Maria Marin levou 187 e Nabi Abi Chedid 131. Três anos mais tarde, ficaram com 4 votos, contra 153 de Marin, 125 de Felipe Cheidde e 5 de Ulisses Gouveia.
Silvio Luiz foi mais que um narrador ou jornalista. Foi um grande personagem do futebol brasileiro, que levou informação de uma forma alegre e divertida, sem ser vulgar. Um estilo que jamais será igualado, mas sempre será lembrado pelos torcedores de todos os times.