A seleção brasileira está sem treinador desde a eliminação na Copa do Mundo do Catar nas quartas de final. Com a saída de Tite, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pretende escolher o novo técnico no mês de janeiro. O assunto é tratado como sigiloso no alto escalão da entidade. O presidente Ednaldo Rodrigues afirmou algumas vezes que a decisão sobre o nome que dirigirá o Brasil rumo à Copa de 2026 será exclusivamente dele.
A final da Copa acontece neste domingo, dia 18, às 12h, entre as seleções da França e da Argentina. Ambas são comandadas por ex-jogadores das equipes. Didier Deschamps foi campeão como jogador do Mundial de 1998. Lionel Scaloni, o técnico mais jovem deste Mundial (44 anos), foi lateral-direito da Argentina na Copa de 2006.
Por que a CBF não pode seguir o exemplo de França e Argentina e voltar a apostar em ex-jogador da seleção para o comando técnico do Brasil? Veja 15 opções de ex-atletas que poderiam assumir o cargo de treinador do Brasil:
JORGINHO
Lateral-direito nas Copas de 1990 e 1994, Jorginho, de 58 anos, tem longa carreira como treinador. Após ser auxiliar de Dunga no ciclo para a Copa de 2010, Jorginho dirigiu diversas equipes, como Vasco, Atlético Goianiense, Cuiabá, Coritiba, Ponte Preta, Ceará, Bahia, Flamengo, Figueirense e Goiás.
PAULO SILAS
Silas, de 57, defendeu a seleção brasileira em 1986 e 1990. O meia, desde 2007, se dedica à carreira de treinador. Teve experiências em clubes grandes, como Grêmio e Flamengo. Seus mais recentes trabalhos foram no São Bento de Sorocaba e Atlético Tubarão, de Santa Catarina.
RENATO GAÚCHO
Assim como Silas, Renato Portaluppi, de 60, jogou pela seleção na Copa de 1990. Como treinador, o ex-atacante teve muito sucesso, conquistando diversos títulos. Pelo Grêmio, seu principal troféu foi a Libertadores de 2017. Nas últimas temporadas, vem sendo questionado. No Flamengo, perdeu a Libertadores de 2021 para o Palmeiras. Após deixar o clube rubro-negro, ficou alguns meses no mercado e voltou ao Grêmio no fim desta temporada para levar o time de volta à elite do futebol brasileiro.
LEONARDO
Leonardo, de 53 anos, foi tetracampeão mundial com a seleção brasileira em 1994. Apesar de ocupar mais vezes o cargo de diretor, o lateral-esquerdo foi técnico dos italianos Milan, substituindo Carlo Ancelotti, da Inter de Milão e do turco Antalyaspor. Não teve passagens vitoriosas e atualmente está sem clube.
ROBERTO CARLOS
Outro lateral-esquerdo importante na história da seleção, Roberto Carlos, de 49 anos, disputou os Mundiais de 1998, 2002 - quando levou o penta - e 2006. Nesta semana, ele afirmou que está se preparando para ser técnico da seleção brasileira. Suas experiências como treinador foram breves, tendo liderado os turcos Sivasspor e Akhisarspor.
DORIVA
O ex-volante Doriva, de 50 anos, jogou a Copa de 1998. Como treinador, teve um início meteórico. Começou em 2013 no Ituano, de Juninho Paulista, e foi campeão do Estadual em 2014, sobre o Santos. Ganhou chances em times grandes, como Athletico-PR, Vasco e São Paulo, onde teve passagem relâmpago com apenas sete jogos. Seu último trabalho como técnico foi no São Bento de Sorocaba, em 2019. Depois, optou por integrar a comissão técnica de Sylvinho, atuando no Corinthians.
ROQUE JÚNIOR
Pentacampeão com o Brasil em 2002, o ex-zagueiro Roque Júnior, de 46 anos, se aventurou na carreira de treinador pelo interior paulista. Comandou XV de Piracicaba e Ituano, em 2015 e 2017, respectivamente. Preferiu se especializar como dirigente e foi comentarista da Globo durante a Copa do Mundo do Catar.
RICARDINHO
Assim como Roque, Ricardinho, de 46 anos, foi penta em 2002 e hoje é comentarista da Globo. O meia também jogou o Mundial de 2006. Começou na função de treinador em 2012 no Paraná Clube. Também trabalhou no Ceará, Avaí, Portuguesa, Tupi e Londrina, seu último clube, em 2018.
BELLETTI
Lateral-direito campeão mundial em 2002, Belletti, 46, já foi comentarista, dirigente de Cruzeiro e Coritiba e começa a estruturar sua vida como treinador. Assumiu há pouco mais de um mês o comando técnico do time sub-20 do São Paulo.
ROGÉRIO CENI
Goleiro nas Copas de 2002 e 2006, ídolo e técnico do São Paulo, Rogério Ceni, de 49 anos, pode ser apontado como o técnico mais promissor desta lista. Fez excelente trabalho no Fortaleza, conquistou títulos no Flamengo e também passou brevemente pelo Cruzeiro. Na equipe do Morumbi, levou o time aos vice-campeonatos paulista e da Sul-Americana em 2022.
KAKÁ
Kaká, de 40 anos, foi o último brasileiro escolhido como melhor jogador do mundo, em 2007. O meia jogou as Copas de 2002, 2006 e 2010. Há alguns meses, está se dedicando aos estudos para se tornar treinador, tendo concluído o curso da CBF em maio.
JUNINHO PERNAMBUCANO
Juninho Pernambucano, 47, ainda não se aventurou como treinador. Ocupou até 2021 um cargo diretivo no Lyon. O meia, especialista em cobranças de falta, defendeu as cores da seleção no Mundial de 2006 e ambiciona uma vaga de treinador. Ele está comentando jogos transmitidos na Cazé TV na Copa do Catar.
ELANO BLUMER
Meia na Copa de 2010, Elano, de 41 anos, já viveu altos e baixos como treinador. Começou como interino no Santos em 2017, depois passou por Inter de Limeira, Figueirense, Ferroviária e Náutico, mais recentemente.
FILIPE LUÍS
Ainda jogador, Filipe Luís, 37, tem deixado boas impressões como comentarista no SporTV e já deixou clara a sua intenção de ser treinador. Estudioso, o lateral-esquerdo fez o curso da CBF e deve encerrar a carreira ao fim de 2023. Tendo participado da Copa de 2018, o atleta sempre chamou a atenção de Tite e teve seu nome cogitado para integrar a comissão técnica do Brasil no Catar.
THIAGO SILVA
Capitão nas Copas de 2014, 2018 e 2022, Thiago Silva está no fim da carreira como jogador. Com 38 anos, o zagueiro do Chelsea tem estudado para seguir no futebol como treinador. A mulher de Thiago Silva, Isabelle Silva, em publicação nas redes sociais, disse apoiar que o zagueiro se torne técnico.