Conheça as manias curiosas do novo técnico do São Paulo
Juan Carlos Osorio leva canetas na meia e gosta de enviar bilhetes
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Por Ciro Campos e Paulo Favero
O primeiro colombiano a dirigir um time brasileiro buscou grande parte de toda a inspiração para trabalhar bem longe da terra natal. O futebol inglês e a idolatria por um português nortearam os passos de Juan Carlos Osorio até o São Paulo. O metódico e calculista treinador planejou todos os detalhes da vitoriosa carreira em um caderno de anotações rascunhado em duas cores.
Aos 53 anos, o colombiano da pequena cidade andina de Santa Rosa de Cabal vive o grande desafio da carreira. Poucos estrangeiros deram certo no futebol brasileiro e somente dois compatriotas defenderam o São Paulo antes dele. Os atacantes Aristizábal e Pabón, assim como Osorio, também vieram do Atlético Nacional, primeiro clube colombiano a ser campeão da Copa Libertadores, em 1989.
Osorio deixa o país para se apresentar ao São Paulo e reviver o desafio de trabalhar em outra nação. Já fez isso nos anos 1990, quando foi para os Estados Unidos sem saber falar inglês e saiu de lá rumo à Inglaterra, fonte de boa parte do seu conhecimento. Na Terra da Rainha, adquiriu diplomas e experiência.
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Durante seis anos o colombiano trabalhou como assistente técnico do Manchester City ao lado do ex-atacante Kevin Keegan. Osorio conciliou as atribuições no clube com idas para Liverpool, próxima de Manchester, onde fez pós-graduação em Ciências de Futebol na universidade local. Também gostava de visitar os treinos dos Reds e acompanhar os trabalhos do técnico francês Gerard Houllier. O português José Mourinho é o grande ídolo do treinador colombiano.
Antes de retornar à América do Sul, ele ainda se e formou na faculdade de gestão técnica pela Associação Holandesa de futebol e obteve licença de categoria A para treinadores da Uefa. O estilo inglês de jogo, com intensa movimentação e treinos físicos pesados, acabou por fascinar o colombiano. Osorio aplica isso nas suas equipes, porém com certas adaptações. Toda e qualquer atividade é feita sempre com bola e durante a semana, gosta de alternar a carga de treinos e decidir até quais jogadores vão conceder entrevistas.
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Nos três anos em que dirigiu o Atlético Nacional, o técnico costumava selecionar quatro atletas para conceder entrevistas todos os dias. E os critérios variavam. Um jogador poderia ser escolhido por ter se destacado no jogo anterior ou sobrava para quem na opinião de Osorio estava muito tímido nos treinos e precisava se expor mais. Detalhista, preocupa-se nos treinamentos até com a distância entre os cones no trabalho de aquecimento.
São Paulo em 2015
O colombiano tem como ponto forte uma ótima memória. É capaz de guardar o nome dos jogadores adversários, escalações recentes e informações. Quando recebeu a visita de dirigentes do São Paulo em Medellín, impressionou pelo conhecimento sobre o elenco e até pelo acervo pessoal com vídeos da equipe.
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Para o meia Michel Bastos, um treinador assim não é novidade em sua carreira. Logo que se transferiu para a Europa, ele teve contato com Claude Puel, seu técnico no Lille e no Lyon. "Ele é um técnico que estuda bastante e no começo tive dificuldade, mas depois acabei me acostumando", afirmou, comparando o jeito detalhista de seu antigo comandante e do futuro, pois Osorio é reconhecido por passar informações bastante aprofundadas sobre o adversário ao elenco.
Outra curiosidade é que Osorio dispensa a prancheta e prefere caneta e papel. Vai ao jogos com duas canetas, ambas guardadas na meia. Uma de cor azul só é usada para anotar qualidades da sua equipe e a de cor vermelha, serve para escrever sobre os defeitos. Em vez de gritar com os jogadores, prefere entregar bilhetes com desenhos da mudança tática que deseja ver em campo.
Essa situação já tem mexido com a imaginação dos são-paulinos e Michel Bastos quer ver de perto o jeito de trabalhar do colombiano. "Às vezes é bom dar um grito para acordar algum jogador que não está legal. Esse método eu não conhecia, mas se for para ajudar é bom. Espero que dê certo. Na hora que ele chegar e alguém ganhar um bilhetinho, vai rolar uma brincadeira", conclui o titular do São Paulo.
O primeiro colombiano a dirigir um time brasileiro buscou grande parte de toda a inspiração para trabalhar bem longe da terra natal. O futebol inglês e a idolatria por um português nortearam os passos de Juan Carlos Osorio até o São Paulo. O metódico e calculista treinador planejou todos os detalhes da vitoriosa carreira em um caderno de anotações rascunhado em duas cores.
Aos 53 anos, o colombiano da pequena cidade andina de Santa Rosa de Cabal vive o grande desafio da carreira. Poucos estrangeiros deram certo no futebol brasileiro e somente dois compatriotas defenderam o São Paulo antes dele. Os atacantes Aristizábal e Pabón, assim como Osorio, também vieram do Atlético Nacional, primeiro clube colombiano a ser campeão da Copa Libertadores, em 1989.
Osorio deixa o país para se apresentar ao São Paulo e reviver o desafio de trabalhar em outra nação. Já fez isso nos anos 1990, quando foi para os Estados Unidos sem saber falar inglês e saiu de lá rumo à Inglaterra, fonte de boa parte do seu conhecimento. Na Terra da Rainha, adquiriu diplomas e experiência.
Durante seis anos o colombiano trabalhou como assistente técnico do Manchester City ao lado do ex-atacante Kevin Keegan. Osorio conciliou as atribuições no clube com idas para Liverpool, próxima de Manchester, onde fez pós-graduação em Ciências de Futebol na universidade local. Também gostava de visitar os treinos dos Reds e acompanhar os trabalhos do técnico francês Gerard Houllier. O português José Mourinho é o grande ídolo do treinador colombiano.
Antes de retornar à América do Sul, ele ainda se e formou na faculdade de gestão técnica pela Associação Holandesa de futebol e obteve licença de categoria A para treinadores da Uefa. O estilo inglês de jogo, com intensa movimentação e treinos físicos pesados, acabou por fascinar o colombiano. Osorio aplica isso nas suas equipes, porém com certas adaptações. Toda e qualquer atividade é feita sempre com bola e durante a semana, gosta de alternar a carga de treinos e decidir até quais jogadores vão conceder entrevistas.
Nos três anos em que dirigiu o Atlético Nacional, o técnico costumava selecionar quatro atletas para conceder entrevistas todos os dias. E os critérios variavam. Um jogador poderia ser escolhido por ter se destacado no jogo anterior ou sobrava para quem na opinião de Osorio estava muito tímido nos treinos e precisava se expor mais. Detalhista, preocupa-se nos treinamentos até com a distância entre os cones no trabalho de aquecimento.
São Paulo em 2015
O colombiano tem como ponto forte uma ótima memória. É capaz de guardar o nome dos jogadores adversários, escalações recentes e informações. Quando recebeu a visita de dirigentes do São Paulo em Medellín, impressionou pelo conhecimento sobre o elenco e até pelo acervo pessoal com vídeos da equipe.
Para o meia Michel Bastos, um treinador assim não é novidade em sua carreira. Logo que se transferiu para a Europa, ele teve contato com Claude Puel, seu técnico no Lille e no Lyon. "Ele é um técnico que estuda bastante e no começo tive dificuldade, mas depois acabei me acostumando", afirmou, comparando o jeito detalhista de seu antigo comandante e do futuro, pois Osorio é reconhecido por passar informações bastante aprofundadas sobre o adversário ao elenco.
Outra curiosidade é que Osorio dispensa a prancheta e prefere caneta e papel. Vai ao jogos com duas canetas, ambas guardadas na meia. Uma de cor azul só é usada para anotar qualidades da sua equipe e a de cor vermelha, serve para escrever sobre os defeitos. Em vez de gritar com os jogadores, prefere entregar bilhetes com desenhos da mudança tática que deseja ver em campo.
Essa situação já tem mexido com a imaginação dos são-paulinos e Michel Bastos quer ver de perto o jeito de trabalhar do colombiano. "Às vezes é bom dar um grito para acordar algum jogador que não está legal. Esse método eu não conhecia, mas se for para ajudar é bom. Espero que dê certo. Na hora que ele chegar e alguém ganhar um bilhetinho, vai rolar uma brincadeira", conclui o titular do São Paulo.
O primeiro colombiano a dirigir um time brasileiro buscou grande parte de toda a inspiração para trabalhar bem longe da terra natal. O futebol inglês e a idolatria por um português nortearam os passos de Juan Carlos Osorio até o São Paulo. O metódico e calculista treinador planejou todos os detalhes da vitoriosa carreira em um caderno de anotações rascunhado em duas cores.
Aos 53 anos, o colombiano da pequena cidade andina de Santa Rosa de Cabal vive o grande desafio da carreira. Poucos estrangeiros deram certo no futebol brasileiro e somente dois compatriotas defenderam o São Paulo antes dele. Os atacantes Aristizábal e Pabón, assim como Osorio, também vieram do Atlético Nacional, primeiro clube colombiano a ser campeão da Copa Libertadores, em 1989.
Osorio deixa o país para se apresentar ao São Paulo e reviver o desafio de trabalhar em outra nação. Já fez isso nos anos 1990, quando foi para os Estados Unidos sem saber falar inglês e saiu de lá rumo à Inglaterra, fonte de boa parte do seu conhecimento. Na Terra da Rainha, adquiriu diplomas e experiência.
Durante seis anos o colombiano trabalhou como assistente técnico do Manchester City ao lado do ex-atacante Kevin Keegan. Osorio conciliou as atribuições no clube com idas para Liverpool, próxima de Manchester, onde fez pós-graduação em Ciências de Futebol na universidade local. Também gostava de visitar os treinos dos Reds e acompanhar os trabalhos do técnico francês Gerard Houllier. O português José Mourinho é o grande ídolo do treinador colombiano.
Antes de retornar à América do Sul, ele ainda se e formou na faculdade de gestão técnica pela Associação Holandesa de futebol e obteve licença de categoria A para treinadores da Uefa. O estilo inglês de jogo, com intensa movimentação e treinos físicos pesados, acabou por fascinar o colombiano. Osorio aplica isso nas suas equipes, porém com certas adaptações. Toda e qualquer atividade é feita sempre com bola e durante a semana, gosta de alternar a carga de treinos e decidir até quais jogadores vão conceder entrevistas.
Nos três anos em que dirigiu o Atlético Nacional, o técnico costumava selecionar quatro atletas para conceder entrevistas todos os dias. E os critérios variavam. Um jogador poderia ser escolhido por ter se destacado no jogo anterior ou sobrava para quem na opinião de Osorio estava muito tímido nos treinos e precisava se expor mais. Detalhista, preocupa-se nos treinamentos até com a distância entre os cones no trabalho de aquecimento.
São Paulo em 2015
O colombiano tem como ponto forte uma ótima memória. É capaz de guardar o nome dos jogadores adversários, escalações recentes e informações. Quando recebeu a visita de dirigentes do São Paulo em Medellín, impressionou pelo conhecimento sobre o elenco e até pelo acervo pessoal com vídeos da equipe.
Para o meia Michel Bastos, um treinador assim não é novidade em sua carreira. Logo que se transferiu para a Europa, ele teve contato com Claude Puel, seu técnico no Lille e no Lyon. "Ele é um técnico que estuda bastante e no começo tive dificuldade, mas depois acabei me acostumando", afirmou, comparando o jeito detalhista de seu antigo comandante e do futuro, pois Osorio é reconhecido por passar informações bastante aprofundadas sobre o adversário ao elenco.
Outra curiosidade é que Osorio dispensa a prancheta e prefere caneta e papel. Vai ao jogos com duas canetas, ambas guardadas na meia. Uma de cor azul só é usada para anotar qualidades da sua equipe e a de cor vermelha, serve para escrever sobre os defeitos. Em vez de gritar com os jogadores, prefere entregar bilhetes com desenhos da mudança tática que deseja ver em campo.
Essa situação já tem mexido com a imaginação dos são-paulinos e Michel Bastos quer ver de perto o jeito de trabalhar do colombiano. "Às vezes é bom dar um grito para acordar algum jogador que não está legal. Esse método eu não conhecia, mas se for para ajudar é bom. Espero que dê certo. Na hora que ele chegar e alguém ganhar um bilhetinho, vai rolar uma brincadeira", conclui o titular do São Paulo.