Análise|Santos perde 3ª seguida, agora do Novorizontino, e pode deixar G-4 da Série B; veja os gols


Time alvinegro não consegue reagir no interior paulista e terá de secar Ceará, América-MG e Mirassol

Por Fábio Hecico
Atualização:

Sem inspiração e criatividade, e bastante vulnerável na defesa, o Santos voltou a decepcionar na Série B. Apontado como favorito disparado não apenas para subir, mas também pelo título, o time de Fabio Carille perdeu o rumo na competição, somou a terceira derrota seguida - a quarta em nove jogos -, agora com 3 a 1 para o Novorizontino, e pode deixar a zona de acesso.

Dono de defesa forte no começo da Série B, o Santos somou sete gols nos últimos três jogos. Além de lamentar nova chance desperdiçada de assumir a liderança, pode ser superado por Ceará e América-MG, ambos com os mesmos 15 pontos dos santistas, terceiros colocados, e Mirassol, com 14, no complemento da rodada.

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Santos perde para o Novorizontino fora de casa e pode se complicar na Série B. Foto: Santos FC via X

Vindo de duas derrotas, para América-MG e Botafogo de Ribeirão Preto, ambas por 2 a 1, precisando se recuperar e, acima de tudo, apresentar um bom rendimento, o Santos entrou em campo mexido, com a volta de João Schmidt no meio, Rodrigo Ferreira na lateral-direita e Weslley no ataque.

Diante de um adversário a quem perdeu em plena Vila Belmiro no Paulistão (2 a 1) - o Novorizontino também bateu no Corinthians e eliminou o São Paulo nos pênaltis - a ordem de Fábio Carille era administrar a posse de bola com os meias Otero e Giuliano e investir em Willian Bigode e Weslley na frente para ganhar e dormir na liderança.

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O começo não foi animador. Pouco objetivo, o Santos demorou a assustar o goleiro Jordi, um dos cotados para ser contratado para a vaga de João Paulo - operou o tendão e só volta em 2025. A primeira oportunidade veio em chute de Weslley, parando em boa defesa. O passe para deixar o atacante cara a cara veio de João Schmidt, aparecendo bem como armador.

Quando o Santos começou a ter o controle, um contragolpe custou caro. O time da Baixada errou um cruzamento no ataque e o Novorizontino chegou rápido à frente. Neto Pessoa abriu para Paulo Vitor mandar à área e encontrar Fabrício Daniel livre para cabecear sem defesa de Brazão.

Após o gol, o Novorizontino se retraiu, chamando o Santos para seu campo e apenas armando novo contra-ataque. Mesmo com a posse de bola, os visitantes não sabiam o que fazer. A torcida até empurrava, mas não vinha aquele lance para “incendiar” a arquibancada. Willian até parou em Jordi, mas o Santos foi ao vestiário com um futebol pobre.

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O clube claramente sentia os desfalques dos experientes atacantes Guilherme e Julio Furch, em reta final de recuperação de lesão, e também do lateral-direito JP Chermont, destaque nos últimos jogos, que está em fase de treinos com a seleção brasileira sub-20.

Desgostoso com a apresentação santista, carente de armação, Carille trocou Patati por Patrick para ter mais força do meio, isolando Willian Bigode na frente. E a estrela do técnico brilhou. No primeiro ataque, veio o empate. Giuliano serviu Patrick, que deu uma cavadinha e encontrou Diego Pituca. O capitão deixou tudo igual, furando a parede defensiva do Novorizontino.

Nem deu tempo de a torcida santista celebrar e o Novorizontino voltou a comandar o placar. Geovane passou pelos marcadores e cruzou rasteiro. Reverson apareceu livre na área e apenas escorou para as redes.

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O Santos sentiu o baque do segundo gol e murchou na etapa. Com velocidade, o Novorizontino empilhou chances desperdiçadas. E obrigou Carille a modificar novas peças para tentar ao menos o empate - não igualou nenhum jogo na Série B, tampouco virou. Quando saiu perdendo, ficou sem somar pontos.

Mas o Novorizontino é quem continuou mandando na partida. Brazão espalmou os chutes de Geovane e de Luisão. O goleiro nada pôde fazer aos 35 minutos, quando o zagueiro Rafael Donato aproveitou o rebote e ampliou após Lucca mandar em cima do defensor. Desanimada, a torcida santista deixou o estádio antes dos acréscimos de oito minutos, descrente com a equipe que mais uma vez deveu futebol. O time buscará reação na sexta-feira, em visita ao Operário, em Ponta Grossa.

NOVORIZONTINO 3 x 1 SANTOS

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  • NOVORIZONTINO - Jordi; Luisão, Rafael Donato e Patrick; Paulo Vitor, Geovane, Marlon (Willian Farias) e Reverson (Danilo Barcelos); Neto Pessoa (Rodolfo), Fabrício Daniel (Rodrigo Soares) e Lucca (Waguinho). Técnico: Eduardo Baptista.
  • SANTOS - Gabriel Brazão; Rodrigo Ferreira (Hayner), Gil, Joaquim e Escobar; João Schmidt (Sandry), Diego Pituca, Giuliano e Otero (Pedrinho); Willian Bigode (Morelos) e Weslley (Patrick). Técnico: Fábio Carille.
  • GOLS - Fabrício Daniel, aos 20 minutos do primeiro tempo; Diego Pituca, aos 2, e Reverson, aos 6, e Rafael Donato, aos 35 do segundo.
  • CARTÕES AMARELOS - Lucca e Geovane (Novorizontino) e Hayner (Santos).
  • ÁRBITRO - Anderson Daronco (RS).
  • RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis
  • LOCAL - Estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte.

Sem inspiração e criatividade, e bastante vulnerável na defesa, o Santos voltou a decepcionar na Série B. Apontado como favorito disparado não apenas para subir, mas também pelo título, o time de Fabio Carille perdeu o rumo na competição, somou a terceira derrota seguida - a quarta em nove jogos -, agora com 3 a 1 para o Novorizontino, e pode deixar a zona de acesso.

Dono de defesa forte no começo da Série B, o Santos somou sete gols nos últimos três jogos. Além de lamentar nova chance desperdiçada de assumir a liderança, pode ser superado por Ceará e América-MG, ambos com os mesmos 15 pontos dos santistas, terceiros colocados, e Mirassol, com 14, no complemento da rodada.

Santos perde para o Novorizontino fora de casa e pode se complicar na Série B. Foto: Santos FC via X

Vindo de duas derrotas, para América-MG e Botafogo de Ribeirão Preto, ambas por 2 a 1, precisando se recuperar e, acima de tudo, apresentar um bom rendimento, o Santos entrou em campo mexido, com a volta de João Schmidt no meio, Rodrigo Ferreira na lateral-direita e Weslley no ataque.

Diante de um adversário a quem perdeu em plena Vila Belmiro no Paulistão (2 a 1) - o Novorizontino também bateu no Corinthians e eliminou o São Paulo nos pênaltis - a ordem de Fábio Carille era administrar a posse de bola com os meias Otero e Giuliano e investir em Willian Bigode e Weslley na frente para ganhar e dormir na liderança.

O começo não foi animador. Pouco objetivo, o Santos demorou a assustar o goleiro Jordi, um dos cotados para ser contratado para a vaga de João Paulo - operou o tendão e só volta em 2025. A primeira oportunidade veio em chute de Weslley, parando em boa defesa. O passe para deixar o atacante cara a cara veio de João Schmidt, aparecendo bem como armador.

Quando o Santos começou a ter o controle, um contragolpe custou caro. O time da Baixada errou um cruzamento no ataque e o Novorizontino chegou rápido à frente. Neto Pessoa abriu para Paulo Vitor mandar à área e encontrar Fabrício Daniel livre para cabecear sem defesa de Brazão.

Após o gol, o Novorizontino se retraiu, chamando o Santos para seu campo e apenas armando novo contra-ataque. Mesmo com a posse de bola, os visitantes não sabiam o que fazer. A torcida até empurrava, mas não vinha aquele lance para “incendiar” a arquibancada. Willian até parou em Jordi, mas o Santos foi ao vestiário com um futebol pobre.

O clube claramente sentia os desfalques dos experientes atacantes Guilherme e Julio Furch, em reta final de recuperação de lesão, e também do lateral-direito JP Chermont, destaque nos últimos jogos, que está em fase de treinos com a seleção brasileira sub-20.

Desgostoso com a apresentação santista, carente de armação, Carille trocou Patati por Patrick para ter mais força do meio, isolando Willian Bigode na frente. E a estrela do técnico brilhou. No primeiro ataque, veio o empate. Giuliano serviu Patrick, que deu uma cavadinha e encontrou Diego Pituca. O capitão deixou tudo igual, furando a parede defensiva do Novorizontino.

Nem deu tempo de a torcida santista celebrar e o Novorizontino voltou a comandar o placar. Geovane passou pelos marcadores e cruzou rasteiro. Reverson apareceu livre na área e apenas escorou para as redes.

O Santos sentiu o baque do segundo gol e murchou na etapa. Com velocidade, o Novorizontino empilhou chances desperdiçadas. E obrigou Carille a modificar novas peças para tentar ao menos o empate - não igualou nenhum jogo na Série B, tampouco virou. Quando saiu perdendo, ficou sem somar pontos.

Mas o Novorizontino é quem continuou mandando na partida. Brazão espalmou os chutes de Geovane e de Luisão. O goleiro nada pôde fazer aos 35 minutos, quando o zagueiro Rafael Donato aproveitou o rebote e ampliou após Lucca mandar em cima do defensor. Desanimada, a torcida santista deixou o estádio antes dos acréscimos de oito minutos, descrente com a equipe que mais uma vez deveu futebol. O time buscará reação na sexta-feira, em visita ao Operário, em Ponta Grossa.

NOVORIZONTINO 3 x 1 SANTOS

  • NOVORIZONTINO - Jordi; Luisão, Rafael Donato e Patrick; Paulo Vitor, Geovane, Marlon (Willian Farias) e Reverson (Danilo Barcelos); Neto Pessoa (Rodolfo), Fabrício Daniel (Rodrigo Soares) e Lucca (Waguinho). Técnico: Eduardo Baptista.
  • SANTOS - Gabriel Brazão; Rodrigo Ferreira (Hayner), Gil, Joaquim e Escobar; João Schmidt (Sandry), Diego Pituca, Giuliano e Otero (Pedrinho); Willian Bigode (Morelos) e Weslley (Patrick). Técnico: Fábio Carille.
  • GOLS - Fabrício Daniel, aos 20 minutos do primeiro tempo; Diego Pituca, aos 2, e Reverson, aos 6, e Rafael Donato, aos 35 do segundo.
  • CARTÕES AMARELOS - Lucca e Geovane (Novorizontino) e Hayner (Santos).
  • ÁRBITRO - Anderson Daronco (RS).
  • RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis
  • LOCAL - Estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte.

Sem inspiração e criatividade, e bastante vulnerável na defesa, o Santos voltou a decepcionar na Série B. Apontado como favorito disparado não apenas para subir, mas também pelo título, o time de Fabio Carille perdeu o rumo na competição, somou a terceira derrota seguida - a quarta em nove jogos -, agora com 3 a 1 para o Novorizontino, e pode deixar a zona de acesso.

Dono de defesa forte no começo da Série B, o Santos somou sete gols nos últimos três jogos. Além de lamentar nova chance desperdiçada de assumir a liderança, pode ser superado por Ceará e América-MG, ambos com os mesmos 15 pontos dos santistas, terceiros colocados, e Mirassol, com 14, no complemento da rodada.

Santos perde para o Novorizontino fora de casa e pode se complicar na Série B. Foto: Santos FC via X

Vindo de duas derrotas, para América-MG e Botafogo de Ribeirão Preto, ambas por 2 a 1, precisando se recuperar e, acima de tudo, apresentar um bom rendimento, o Santos entrou em campo mexido, com a volta de João Schmidt no meio, Rodrigo Ferreira na lateral-direita e Weslley no ataque.

Diante de um adversário a quem perdeu em plena Vila Belmiro no Paulistão (2 a 1) - o Novorizontino também bateu no Corinthians e eliminou o São Paulo nos pênaltis - a ordem de Fábio Carille era administrar a posse de bola com os meias Otero e Giuliano e investir em Willian Bigode e Weslley na frente para ganhar e dormir na liderança.

O começo não foi animador. Pouco objetivo, o Santos demorou a assustar o goleiro Jordi, um dos cotados para ser contratado para a vaga de João Paulo - operou o tendão e só volta em 2025. A primeira oportunidade veio em chute de Weslley, parando em boa defesa. O passe para deixar o atacante cara a cara veio de João Schmidt, aparecendo bem como armador.

Quando o Santos começou a ter o controle, um contragolpe custou caro. O time da Baixada errou um cruzamento no ataque e o Novorizontino chegou rápido à frente. Neto Pessoa abriu para Paulo Vitor mandar à área e encontrar Fabrício Daniel livre para cabecear sem defesa de Brazão.

Após o gol, o Novorizontino se retraiu, chamando o Santos para seu campo e apenas armando novo contra-ataque. Mesmo com a posse de bola, os visitantes não sabiam o que fazer. A torcida até empurrava, mas não vinha aquele lance para “incendiar” a arquibancada. Willian até parou em Jordi, mas o Santos foi ao vestiário com um futebol pobre.

O clube claramente sentia os desfalques dos experientes atacantes Guilherme e Julio Furch, em reta final de recuperação de lesão, e também do lateral-direito JP Chermont, destaque nos últimos jogos, que está em fase de treinos com a seleção brasileira sub-20.

Desgostoso com a apresentação santista, carente de armação, Carille trocou Patati por Patrick para ter mais força do meio, isolando Willian Bigode na frente. E a estrela do técnico brilhou. No primeiro ataque, veio o empate. Giuliano serviu Patrick, que deu uma cavadinha e encontrou Diego Pituca. O capitão deixou tudo igual, furando a parede defensiva do Novorizontino.

Nem deu tempo de a torcida santista celebrar e o Novorizontino voltou a comandar o placar. Geovane passou pelos marcadores e cruzou rasteiro. Reverson apareceu livre na área e apenas escorou para as redes.

O Santos sentiu o baque do segundo gol e murchou na etapa. Com velocidade, o Novorizontino empilhou chances desperdiçadas. E obrigou Carille a modificar novas peças para tentar ao menos o empate - não igualou nenhum jogo na Série B, tampouco virou. Quando saiu perdendo, ficou sem somar pontos.

Mas o Novorizontino é quem continuou mandando na partida. Brazão espalmou os chutes de Geovane e de Luisão. O goleiro nada pôde fazer aos 35 minutos, quando o zagueiro Rafael Donato aproveitou o rebote e ampliou após Lucca mandar em cima do defensor. Desanimada, a torcida santista deixou o estádio antes dos acréscimos de oito minutos, descrente com a equipe que mais uma vez deveu futebol. O time buscará reação na sexta-feira, em visita ao Operário, em Ponta Grossa.

NOVORIZONTINO 3 x 1 SANTOS

  • NOVORIZONTINO - Jordi; Luisão, Rafael Donato e Patrick; Paulo Vitor, Geovane, Marlon (Willian Farias) e Reverson (Danilo Barcelos); Neto Pessoa (Rodolfo), Fabrício Daniel (Rodrigo Soares) e Lucca (Waguinho). Técnico: Eduardo Baptista.
  • SANTOS - Gabriel Brazão; Rodrigo Ferreira (Hayner), Gil, Joaquim e Escobar; João Schmidt (Sandry), Diego Pituca, Giuliano e Otero (Pedrinho); Willian Bigode (Morelos) e Weslley (Patrick). Técnico: Fábio Carille.
  • GOLS - Fabrício Daniel, aos 20 minutos do primeiro tempo; Diego Pituca, aos 2, e Reverson, aos 6, e Rafael Donato, aos 35 do segundo.
  • CARTÕES AMARELOS - Lucca e Geovane (Novorizontino) e Hayner (Santos).
  • ÁRBITRO - Anderson Daronco (RS).
  • RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis
  • LOCAL - Estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte.
Análise por Fábio Hecico

Jornalista paulistano, tem mais de 25 anos dedicados ao Grupo Estado, com passagem por jornal, portal e Agência Estado. Fanático por futebol, já foi setorista de Corinthians, São Paulo e Palmeiras, cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e eventos diversos. Apaixonado, ainda, por futebol americano, NBA, boxe e um bom jogo de tênis e de vôlei.

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