Núcleo do Futebol Feminino: como São Paulo ajudou a impulsionar a modalidade?


Equipes paulistas colecionam títulos nacionais, internacionais e até mundiais

Por Leticia Quadros
Atualização:

Quando se fala em futebol feminino no Brasil, os times de São Paulo ocupam um lugar central. As equipes paulistas colecionam o maior número de títulos nas principais competições do país e da América do Sul. Mas a história do futebol feminino não se resume aos quatro grandes clubes do Estado.

Após a regulamentação do esporte no Brasil, em 1983 - que havia sido proibido em 1941 anos por meio de um decreto-lei do então presidente Getúlio Vargas - o Saad Esporte Clube, originário de São Caetano do Sul, no ABC paulista, foi um dos clubes pioneiros a abrir as portas para as mulheres jogarem futebol.

Principal time do Brasil nos últimos anos, o Corinthians conta com uma das melhores estruturas do futebol feminino no País.  Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians
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Outro clube do interior paulista foi importante para o desenvolvimento do futebol feminino, o São José. Tricampeão da Libertadores Feminina, a criação do time feminino foi em 2001, e fez história em 2014 ao se tornar a única equipe feminina brasileira campeã do mundo, após derrotar o Arsenal (Inglaterra) por 2 a 0.

A taça foi levantada por um elenco de nomes importantes do futebol feminino, como Formiga, Debinha e Andressa Alves. Apesar do torneio não ser reconhecido pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), ele é considerado oficial pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

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Para professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisadora do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), Leda Costa, esses exemplos são fundamentais para o desenvolvimento da modalidade em São Paulo: “É importante destacar os clubes do interior de São Paulo que abraçaram o futebol de mulheres muito antes dos grandes, como Corinthians e Palmeiras, que ficaram omissos por muito tempo”.

Criação das competições de base

Além dos clubes do interior paulista, outro movimento pode ser considerado como um marco para o desenvolvimento do futebol feminino no estado. Em 2016, o então vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva, teve um encontro com algumas jogadoras e ex-jogadoras, que relataram as dificuldades que enfrentavam para jogar futebol.

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A partir dessa conversa foi criado um departamento de futebol feminino na FPF, para que a modalidade tivesse um foco maior de atenção. Atualmente na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ex-jogadora Aline Pellegrino foi escolhida como coordenadora: “Ela foi muito importante pela garra, pela determinação, pela convicção que ela tinha, sabendo o que precisaria ser feito também, porque ela tinha estado dentro do campo, ela viveu todas essas dificuldades”, relembra Silva.

A presença de mulheres engajadas nesses espaços é um avanço importante para o desenvolvimento da modalidade: “É importante ter mulheres no comando da federação que comungam do objetivo que é fazer o futebol de mulheres conquistar cada vez mais espaço midiático, investimento e que consiga se manter e minimizar o fantasma que sempre perseguiu o esporte que é ‘até quando vai durar?’”, completa Leda.

Um passo importante para a consolidação do futebol feminino foi a criação das competições de base. Identificando uma lacuna na formação de jogadoras, a FPF incentivou a criação de torneios sub-20, sub-15, sub-17, sub-14 e sub-12. Além disso, atualmente o Campeonato Brasileiro tem 3 divisões, aumentando o calendário do futebol feminino no país.

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Campeões das principais competições

Totalizando 28 títulos de 37 possíveis, as equipes paulistas são as maiores vencedoras dos torneios nacionais e internacionais. Na Libertadores, de 15 edições, o Brasil foi campeão em 12 - todos os títulos levantados por times de São Paulo. No Campeonato Brasileiro, são 10 conquistas para os paulistas em 11 edições do torneio. E completando o trio de principais competições do futebol brasileiro, na Copa do Brasil são 6 taças para o estado de São Paulo em 10 possíveis. Confira a lista de títulos:

Libertadores:

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  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Palmeiras (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Ferroviária (SP)
  • 2019 - Corinthians (SP)
  • 2018 - Atlético Huila (Colômbia)
  • 2017 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2016 - Sportivo Limpeño (Paraguai)
  • 2015 - Ferroviária (SP)
  • 2014 - São José-SP (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - Colo-Colo (Chile)
  • 2011 - São José-SP (SP)
  • 2010 - Santos (SP)
  • 2009 - Santos (SP)

*No ano de 2017 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

Campeonato Brasileiro:

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  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Corinthians (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Corinthians (SP)
  • 2019 - Ferroviária (SP)
  • 2018 - Corinthians (SP)
  • 2017 - Santos (SP)
  • 2016 - Flamengo (RJ)
  • 2015 - Rio Preto (SP)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - Centro Olímpico (SP)

Copa do Brasil:

  • 2016 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2015 - Kindermann (SC)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - São José-SP (SP)
  • 2011 - Foz Cataratas (PR)
  • 2010 - Duque de Caxias (RJ)
  • 2009 - Santos (SP)
  • 2008 - Santos (SP)
  • 2007 - Saad (MS)**

*No ano de 2016 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

**Em 1989 o Saad se transferiu de São Paulo para Mato Grosso do Sul

Berço de grandes nomes

A infraestrutura da cidade também foi importante para que a modalidade se desenvolvesse. Criado pela Secretaria Municipal de Esporte (SEME), o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é conhecido por formar atletas para o esporte de alto rendimento.

Com o futebol feminino não é diferente. Desde os anos 2000, são mais de 70 atletas convocadas para a seleção brasileira com passagem pelo COTP. Nomes como Letícia, Lauren, Tamires, Luana, Ary Borges, Debinha e Gabi Nunes, que disputaram a Copa do Mundo de 2023, começaram no Centro Olímpico.

Números vêm crescendo

Uma pesquisa feita pela Sponsorlink, em 2023, indicou que o interesse pelo futebol feminino aumentou em 34%, entre homens e mulheres, desde 2018, no Brasil. Isso se reflete na audiência de grandes competições, como a Copa do Mundo Feminina, disputada no ano passado, na Austrália.

A CazéTV bateu o recorde de maior transmissão de futebol feminino da história do YouTube no mundo, ao transmitir a estreia da seleção brasileira no torneio, com mais de 1 milhão de aparelhos conectados de forma simultânea.

A TV Globo, outra detentora dos direitos de transmissão do torneio, também registrou números históricos. A goleada de 4 a 0 do Brasil sobre o Panamá alcançou 16 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão), o dobro da audiência normalmente obtida no horário (8h às 10h).

E os recordes não se restringem à televisão. Por dois anos seguidos, times paulistas quebraram recordes de público em seus estádios na modalidade. Em 2022 o Palmeiras levou 20.071 torcedores ao Allianz Parque para acompanhar o título do Paulistão Feminino, conquistado após a vitória de 1 a 0 sobre o Santos. Além disso, em 2023, 42.556 pessoas foram à Neo Química Arena acompanhar a final do Campeonato Brasileiro Feminino, disputada entre Corinthians e Ferroviária, e viram as Brabas levantarem a taça em casa depois da vitória por 2 a 1.

Primeira Copinha Feminina

Torneio que acontece há 55 anos na modalidade masculina, a Copa São Paulo de Futebol Júnior Feminina só foi ter sua primeira edição em 2023. O torneio foi disputado em dezembro e contou com 16 times.

As equipes foram divididas em 4 grupos, e jogaram entre si. Os 4 líderes avançavam para as semifinais, disputadas em jogo único. A final foi decidida entre times cariocas, e o Flamengo foi o primeiro campeão da competição, ao vencer o Botafogo por 2 a 0.

Para a zagueira Sofia, da equipe rubro-negra, a criação da Copinha Feminina foi fundamental e a tendência é que ano após ano ela ganhe mais visibilidade: “A cada ano que passa lutamos por mais campeonatos. Somos as atuais campeãs e lembro como se fosse hoje de cada detalhe. Até homenagem pelo título recebemos, então fica nítido o peso da competição”, afirma Sofia.

Expectativa para a Copa do Mundo Feminina de 2027

A FIFA escolheu o Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Derrotando a candidatura europeia feita pela Alemanha, Bélgica e Holanda, o País foi escolhido para ser palco da 10ª edição torneio pela estrutura, já pronta por conta da Copa Masculina de 2014, o Maracanã como estádio da abertura e final, a diversidade e a paixão das mulheres pelo futebol.

O movimento vanguardista de São Paulo no desenvolvimento do futebol feminino, para Silva, foi importante para essa conquista: “Os números dos clubes paulistas colocam o futebol feminino do Brasil em uma posição de destaque. A gente puxou isso e acabou arrastando outros estados, então essa é uma vitória brasileira que nos deixa muito orgulhosos”, celebra Silva.

Quando se fala em futebol feminino no Brasil, os times de São Paulo ocupam um lugar central. As equipes paulistas colecionam o maior número de títulos nas principais competições do país e da América do Sul. Mas a história do futebol feminino não se resume aos quatro grandes clubes do Estado.

Após a regulamentação do esporte no Brasil, em 1983 - que havia sido proibido em 1941 anos por meio de um decreto-lei do então presidente Getúlio Vargas - o Saad Esporte Clube, originário de São Caetano do Sul, no ABC paulista, foi um dos clubes pioneiros a abrir as portas para as mulheres jogarem futebol.

Principal time do Brasil nos últimos anos, o Corinthians conta com uma das melhores estruturas do futebol feminino no País.  Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Outro clube do interior paulista foi importante para o desenvolvimento do futebol feminino, o São José. Tricampeão da Libertadores Feminina, a criação do time feminino foi em 2001, e fez história em 2014 ao se tornar a única equipe feminina brasileira campeã do mundo, após derrotar o Arsenal (Inglaterra) por 2 a 0.

A taça foi levantada por um elenco de nomes importantes do futebol feminino, como Formiga, Debinha e Andressa Alves. Apesar do torneio não ser reconhecido pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), ele é considerado oficial pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Para professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisadora do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), Leda Costa, esses exemplos são fundamentais para o desenvolvimento da modalidade em São Paulo: “É importante destacar os clubes do interior de São Paulo que abraçaram o futebol de mulheres muito antes dos grandes, como Corinthians e Palmeiras, que ficaram omissos por muito tempo”.

Criação das competições de base

Além dos clubes do interior paulista, outro movimento pode ser considerado como um marco para o desenvolvimento do futebol feminino no estado. Em 2016, o então vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva, teve um encontro com algumas jogadoras e ex-jogadoras, que relataram as dificuldades que enfrentavam para jogar futebol.

A partir dessa conversa foi criado um departamento de futebol feminino na FPF, para que a modalidade tivesse um foco maior de atenção. Atualmente na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ex-jogadora Aline Pellegrino foi escolhida como coordenadora: “Ela foi muito importante pela garra, pela determinação, pela convicção que ela tinha, sabendo o que precisaria ser feito também, porque ela tinha estado dentro do campo, ela viveu todas essas dificuldades”, relembra Silva.

A presença de mulheres engajadas nesses espaços é um avanço importante para o desenvolvimento da modalidade: “É importante ter mulheres no comando da federação que comungam do objetivo que é fazer o futebol de mulheres conquistar cada vez mais espaço midiático, investimento e que consiga se manter e minimizar o fantasma que sempre perseguiu o esporte que é ‘até quando vai durar?’”, completa Leda.

Um passo importante para a consolidação do futebol feminino foi a criação das competições de base. Identificando uma lacuna na formação de jogadoras, a FPF incentivou a criação de torneios sub-20, sub-15, sub-17, sub-14 e sub-12. Além disso, atualmente o Campeonato Brasileiro tem 3 divisões, aumentando o calendário do futebol feminino no país.

Campeões das principais competições

Totalizando 28 títulos de 37 possíveis, as equipes paulistas são as maiores vencedoras dos torneios nacionais e internacionais. Na Libertadores, de 15 edições, o Brasil foi campeão em 12 - todos os títulos levantados por times de São Paulo. No Campeonato Brasileiro, são 10 conquistas para os paulistas em 11 edições do torneio. E completando o trio de principais competições do futebol brasileiro, na Copa do Brasil são 6 taças para o estado de São Paulo em 10 possíveis. Confira a lista de títulos:

Libertadores:

  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Palmeiras (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Ferroviária (SP)
  • 2019 - Corinthians (SP)
  • 2018 - Atlético Huila (Colômbia)
  • 2017 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2016 - Sportivo Limpeño (Paraguai)
  • 2015 - Ferroviária (SP)
  • 2014 - São José-SP (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - Colo-Colo (Chile)
  • 2011 - São José-SP (SP)
  • 2010 - Santos (SP)
  • 2009 - Santos (SP)

*No ano de 2017 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

Campeonato Brasileiro:

  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Corinthians (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Corinthians (SP)
  • 2019 - Ferroviária (SP)
  • 2018 - Corinthians (SP)
  • 2017 - Santos (SP)
  • 2016 - Flamengo (RJ)
  • 2015 - Rio Preto (SP)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - Centro Olímpico (SP)

Copa do Brasil:

  • 2016 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2015 - Kindermann (SC)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - São José-SP (SP)
  • 2011 - Foz Cataratas (PR)
  • 2010 - Duque de Caxias (RJ)
  • 2009 - Santos (SP)
  • 2008 - Santos (SP)
  • 2007 - Saad (MS)**

*No ano de 2016 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

**Em 1989 o Saad se transferiu de São Paulo para Mato Grosso do Sul

Berço de grandes nomes

A infraestrutura da cidade também foi importante para que a modalidade se desenvolvesse. Criado pela Secretaria Municipal de Esporte (SEME), o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é conhecido por formar atletas para o esporte de alto rendimento.

Com o futebol feminino não é diferente. Desde os anos 2000, são mais de 70 atletas convocadas para a seleção brasileira com passagem pelo COTP. Nomes como Letícia, Lauren, Tamires, Luana, Ary Borges, Debinha e Gabi Nunes, que disputaram a Copa do Mundo de 2023, começaram no Centro Olímpico.

Números vêm crescendo

Uma pesquisa feita pela Sponsorlink, em 2023, indicou que o interesse pelo futebol feminino aumentou em 34%, entre homens e mulheres, desde 2018, no Brasil. Isso se reflete na audiência de grandes competições, como a Copa do Mundo Feminina, disputada no ano passado, na Austrália.

A CazéTV bateu o recorde de maior transmissão de futebol feminino da história do YouTube no mundo, ao transmitir a estreia da seleção brasileira no torneio, com mais de 1 milhão de aparelhos conectados de forma simultânea.

A TV Globo, outra detentora dos direitos de transmissão do torneio, também registrou números históricos. A goleada de 4 a 0 do Brasil sobre o Panamá alcançou 16 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão), o dobro da audiência normalmente obtida no horário (8h às 10h).

E os recordes não se restringem à televisão. Por dois anos seguidos, times paulistas quebraram recordes de público em seus estádios na modalidade. Em 2022 o Palmeiras levou 20.071 torcedores ao Allianz Parque para acompanhar o título do Paulistão Feminino, conquistado após a vitória de 1 a 0 sobre o Santos. Além disso, em 2023, 42.556 pessoas foram à Neo Química Arena acompanhar a final do Campeonato Brasileiro Feminino, disputada entre Corinthians e Ferroviária, e viram as Brabas levantarem a taça em casa depois da vitória por 2 a 1.

Primeira Copinha Feminina

Torneio que acontece há 55 anos na modalidade masculina, a Copa São Paulo de Futebol Júnior Feminina só foi ter sua primeira edição em 2023. O torneio foi disputado em dezembro e contou com 16 times.

As equipes foram divididas em 4 grupos, e jogaram entre si. Os 4 líderes avançavam para as semifinais, disputadas em jogo único. A final foi decidida entre times cariocas, e o Flamengo foi o primeiro campeão da competição, ao vencer o Botafogo por 2 a 0.

Para a zagueira Sofia, da equipe rubro-negra, a criação da Copinha Feminina foi fundamental e a tendência é que ano após ano ela ganhe mais visibilidade: “A cada ano que passa lutamos por mais campeonatos. Somos as atuais campeãs e lembro como se fosse hoje de cada detalhe. Até homenagem pelo título recebemos, então fica nítido o peso da competição”, afirma Sofia.

Expectativa para a Copa do Mundo Feminina de 2027

A FIFA escolheu o Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Derrotando a candidatura europeia feita pela Alemanha, Bélgica e Holanda, o País foi escolhido para ser palco da 10ª edição torneio pela estrutura, já pronta por conta da Copa Masculina de 2014, o Maracanã como estádio da abertura e final, a diversidade e a paixão das mulheres pelo futebol.

O movimento vanguardista de São Paulo no desenvolvimento do futebol feminino, para Silva, foi importante para essa conquista: “Os números dos clubes paulistas colocam o futebol feminino do Brasil em uma posição de destaque. A gente puxou isso e acabou arrastando outros estados, então essa é uma vitória brasileira que nos deixa muito orgulhosos”, celebra Silva.

Quando se fala em futebol feminino no Brasil, os times de São Paulo ocupam um lugar central. As equipes paulistas colecionam o maior número de títulos nas principais competições do país e da América do Sul. Mas a história do futebol feminino não se resume aos quatro grandes clubes do Estado.

Após a regulamentação do esporte no Brasil, em 1983 - que havia sido proibido em 1941 anos por meio de um decreto-lei do então presidente Getúlio Vargas - o Saad Esporte Clube, originário de São Caetano do Sul, no ABC paulista, foi um dos clubes pioneiros a abrir as portas para as mulheres jogarem futebol.

Principal time do Brasil nos últimos anos, o Corinthians conta com uma das melhores estruturas do futebol feminino no País.  Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Outro clube do interior paulista foi importante para o desenvolvimento do futebol feminino, o São José. Tricampeão da Libertadores Feminina, a criação do time feminino foi em 2001, e fez história em 2014 ao se tornar a única equipe feminina brasileira campeã do mundo, após derrotar o Arsenal (Inglaterra) por 2 a 0.

A taça foi levantada por um elenco de nomes importantes do futebol feminino, como Formiga, Debinha e Andressa Alves. Apesar do torneio não ser reconhecido pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), ele é considerado oficial pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Para professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisadora do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), Leda Costa, esses exemplos são fundamentais para o desenvolvimento da modalidade em São Paulo: “É importante destacar os clubes do interior de São Paulo que abraçaram o futebol de mulheres muito antes dos grandes, como Corinthians e Palmeiras, que ficaram omissos por muito tempo”.

Criação das competições de base

Além dos clubes do interior paulista, outro movimento pode ser considerado como um marco para o desenvolvimento do futebol feminino no estado. Em 2016, o então vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva, teve um encontro com algumas jogadoras e ex-jogadoras, que relataram as dificuldades que enfrentavam para jogar futebol.

A partir dessa conversa foi criado um departamento de futebol feminino na FPF, para que a modalidade tivesse um foco maior de atenção. Atualmente na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ex-jogadora Aline Pellegrino foi escolhida como coordenadora: “Ela foi muito importante pela garra, pela determinação, pela convicção que ela tinha, sabendo o que precisaria ser feito também, porque ela tinha estado dentro do campo, ela viveu todas essas dificuldades”, relembra Silva.

A presença de mulheres engajadas nesses espaços é um avanço importante para o desenvolvimento da modalidade: “É importante ter mulheres no comando da federação que comungam do objetivo que é fazer o futebol de mulheres conquistar cada vez mais espaço midiático, investimento e que consiga se manter e minimizar o fantasma que sempre perseguiu o esporte que é ‘até quando vai durar?’”, completa Leda.

Um passo importante para a consolidação do futebol feminino foi a criação das competições de base. Identificando uma lacuna na formação de jogadoras, a FPF incentivou a criação de torneios sub-20, sub-15, sub-17, sub-14 e sub-12. Além disso, atualmente o Campeonato Brasileiro tem 3 divisões, aumentando o calendário do futebol feminino no país.

Campeões das principais competições

Totalizando 28 títulos de 37 possíveis, as equipes paulistas são as maiores vencedoras dos torneios nacionais e internacionais. Na Libertadores, de 15 edições, o Brasil foi campeão em 12 - todos os títulos levantados por times de São Paulo. No Campeonato Brasileiro, são 10 conquistas para os paulistas em 11 edições do torneio. E completando o trio de principais competições do futebol brasileiro, na Copa do Brasil são 6 taças para o estado de São Paulo em 10 possíveis. Confira a lista de títulos:

Libertadores:

  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Palmeiras (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Ferroviária (SP)
  • 2019 - Corinthians (SP)
  • 2018 - Atlético Huila (Colômbia)
  • 2017 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2016 - Sportivo Limpeño (Paraguai)
  • 2015 - Ferroviária (SP)
  • 2014 - São José-SP (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - Colo-Colo (Chile)
  • 2011 - São José-SP (SP)
  • 2010 - Santos (SP)
  • 2009 - Santos (SP)

*No ano de 2017 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

Campeonato Brasileiro:

  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Corinthians (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Corinthians (SP)
  • 2019 - Ferroviária (SP)
  • 2018 - Corinthians (SP)
  • 2017 - Santos (SP)
  • 2016 - Flamengo (RJ)
  • 2015 - Rio Preto (SP)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - Centro Olímpico (SP)

Copa do Brasil:

  • 2016 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2015 - Kindermann (SC)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - São José-SP (SP)
  • 2011 - Foz Cataratas (PR)
  • 2010 - Duque de Caxias (RJ)
  • 2009 - Santos (SP)
  • 2008 - Santos (SP)
  • 2007 - Saad (MS)**

*No ano de 2016 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

**Em 1989 o Saad se transferiu de São Paulo para Mato Grosso do Sul

Berço de grandes nomes

A infraestrutura da cidade também foi importante para que a modalidade se desenvolvesse. Criado pela Secretaria Municipal de Esporte (SEME), o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é conhecido por formar atletas para o esporte de alto rendimento.

Com o futebol feminino não é diferente. Desde os anos 2000, são mais de 70 atletas convocadas para a seleção brasileira com passagem pelo COTP. Nomes como Letícia, Lauren, Tamires, Luana, Ary Borges, Debinha e Gabi Nunes, que disputaram a Copa do Mundo de 2023, começaram no Centro Olímpico.

Números vêm crescendo

Uma pesquisa feita pela Sponsorlink, em 2023, indicou que o interesse pelo futebol feminino aumentou em 34%, entre homens e mulheres, desde 2018, no Brasil. Isso se reflete na audiência de grandes competições, como a Copa do Mundo Feminina, disputada no ano passado, na Austrália.

A CazéTV bateu o recorde de maior transmissão de futebol feminino da história do YouTube no mundo, ao transmitir a estreia da seleção brasileira no torneio, com mais de 1 milhão de aparelhos conectados de forma simultânea.

A TV Globo, outra detentora dos direitos de transmissão do torneio, também registrou números históricos. A goleada de 4 a 0 do Brasil sobre o Panamá alcançou 16 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão), o dobro da audiência normalmente obtida no horário (8h às 10h).

E os recordes não se restringem à televisão. Por dois anos seguidos, times paulistas quebraram recordes de público em seus estádios na modalidade. Em 2022 o Palmeiras levou 20.071 torcedores ao Allianz Parque para acompanhar o título do Paulistão Feminino, conquistado após a vitória de 1 a 0 sobre o Santos. Além disso, em 2023, 42.556 pessoas foram à Neo Química Arena acompanhar a final do Campeonato Brasileiro Feminino, disputada entre Corinthians e Ferroviária, e viram as Brabas levantarem a taça em casa depois da vitória por 2 a 1.

Primeira Copinha Feminina

Torneio que acontece há 55 anos na modalidade masculina, a Copa São Paulo de Futebol Júnior Feminina só foi ter sua primeira edição em 2023. O torneio foi disputado em dezembro e contou com 16 times.

As equipes foram divididas em 4 grupos, e jogaram entre si. Os 4 líderes avançavam para as semifinais, disputadas em jogo único. A final foi decidida entre times cariocas, e o Flamengo foi o primeiro campeão da competição, ao vencer o Botafogo por 2 a 0.

Para a zagueira Sofia, da equipe rubro-negra, a criação da Copinha Feminina foi fundamental e a tendência é que ano após ano ela ganhe mais visibilidade: “A cada ano que passa lutamos por mais campeonatos. Somos as atuais campeãs e lembro como se fosse hoje de cada detalhe. Até homenagem pelo título recebemos, então fica nítido o peso da competição”, afirma Sofia.

Expectativa para a Copa do Mundo Feminina de 2027

A FIFA escolheu o Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Derrotando a candidatura europeia feita pela Alemanha, Bélgica e Holanda, o País foi escolhido para ser palco da 10ª edição torneio pela estrutura, já pronta por conta da Copa Masculina de 2014, o Maracanã como estádio da abertura e final, a diversidade e a paixão das mulheres pelo futebol.

O movimento vanguardista de São Paulo no desenvolvimento do futebol feminino, para Silva, foi importante para essa conquista: “Os números dos clubes paulistas colocam o futebol feminino do Brasil em uma posição de destaque. A gente puxou isso e acabou arrastando outros estados, então essa é uma vitória brasileira que nos deixa muito orgulhosos”, celebra Silva.

Quando se fala em futebol feminino no Brasil, os times de São Paulo ocupam um lugar central. As equipes paulistas colecionam o maior número de títulos nas principais competições do país e da América do Sul. Mas a história do futebol feminino não se resume aos quatro grandes clubes do Estado.

Após a regulamentação do esporte no Brasil, em 1983 - que havia sido proibido em 1941 anos por meio de um decreto-lei do então presidente Getúlio Vargas - o Saad Esporte Clube, originário de São Caetano do Sul, no ABC paulista, foi um dos clubes pioneiros a abrir as portas para as mulheres jogarem futebol.

Principal time do Brasil nos últimos anos, o Corinthians conta com uma das melhores estruturas do futebol feminino no País.  Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Outro clube do interior paulista foi importante para o desenvolvimento do futebol feminino, o São José. Tricampeão da Libertadores Feminina, a criação do time feminino foi em 2001, e fez história em 2014 ao se tornar a única equipe feminina brasileira campeã do mundo, após derrotar o Arsenal (Inglaterra) por 2 a 0.

A taça foi levantada por um elenco de nomes importantes do futebol feminino, como Formiga, Debinha e Andressa Alves. Apesar do torneio não ser reconhecido pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), ele é considerado oficial pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Para professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisadora do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), Leda Costa, esses exemplos são fundamentais para o desenvolvimento da modalidade em São Paulo: “É importante destacar os clubes do interior de São Paulo que abraçaram o futebol de mulheres muito antes dos grandes, como Corinthians e Palmeiras, que ficaram omissos por muito tempo”.

Criação das competições de base

Além dos clubes do interior paulista, outro movimento pode ser considerado como um marco para o desenvolvimento do futebol feminino no estado. Em 2016, o então vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Mauro Silva, teve um encontro com algumas jogadoras e ex-jogadoras, que relataram as dificuldades que enfrentavam para jogar futebol.

A partir dessa conversa foi criado um departamento de futebol feminino na FPF, para que a modalidade tivesse um foco maior de atenção. Atualmente na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ex-jogadora Aline Pellegrino foi escolhida como coordenadora: “Ela foi muito importante pela garra, pela determinação, pela convicção que ela tinha, sabendo o que precisaria ser feito também, porque ela tinha estado dentro do campo, ela viveu todas essas dificuldades”, relembra Silva.

A presença de mulheres engajadas nesses espaços é um avanço importante para o desenvolvimento da modalidade: “É importante ter mulheres no comando da federação que comungam do objetivo que é fazer o futebol de mulheres conquistar cada vez mais espaço midiático, investimento e que consiga se manter e minimizar o fantasma que sempre perseguiu o esporte que é ‘até quando vai durar?’”, completa Leda.

Um passo importante para a consolidação do futebol feminino foi a criação das competições de base. Identificando uma lacuna na formação de jogadoras, a FPF incentivou a criação de torneios sub-20, sub-15, sub-17, sub-14 e sub-12. Além disso, atualmente o Campeonato Brasileiro tem 3 divisões, aumentando o calendário do futebol feminino no país.

Campeões das principais competições

Totalizando 28 títulos de 37 possíveis, as equipes paulistas são as maiores vencedoras dos torneios nacionais e internacionais. Na Libertadores, de 15 edições, o Brasil foi campeão em 12 - todos os títulos levantados por times de São Paulo. No Campeonato Brasileiro, são 10 conquistas para os paulistas em 11 edições do torneio. E completando o trio de principais competições do futebol brasileiro, na Copa do Brasil são 6 taças para o estado de São Paulo em 10 possíveis. Confira a lista de títulos:

Libertadores:

  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Palmeiras (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Ferroviária (SP)
  • 2019 - Corinthians (SP)
  • 2018 - Atlético Huila (Colômbia)
  • 2017 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2016 - Sportivo Limpeño (Paraguai)
  • 2015 - Ferroviária (SP)
  • 2014 - São José-SP (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - Colo-Colo (Chile)
  • 2011 - São José-SP (SP)
  • 2010 - Santos (SP)
  • 2009 - Santos (SP)

*No ano de 2017 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

Campeonato Brasileiro:

  • 2023 - Corinthians (SP)
  • 2022 - Corinthians (SP)
  • 2021 - Corinthians (SP)
  • 2020 - Corinthians (SP)
  • 2019 - Ferroviária (SP)
  • 2018 - Corinthians (SP)
  • 2017 - Santos (SP)
  • 2016 - Flamengo (RJ)
  • 2015 - Rio Preto (SP)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - Centro Olímpico (SP)

Copa do Brasil:

  • 2016 - Corinthians/Audax (SP)*
  • 2015 - Kindermann (SC)
  • 2014 - Ferroviária (SP)
  • 2013 - São José-SP (SP)
  • 2012 - São José-SP (SP)
  • 2011 - Foz Cataratas (PR)
  • 2010 - Duque de Caxias (RJ)
  • 2009 - Santos (SP)
  • 2008 - Santos (SP)
  • 2007 - Saad (MS)**

*No ano de 2016 Corinthians e Audax disputaram o torneio em parceria

**Em 1989 o Saad se transferiu de São Paulo para Mato Grosso do Sul

Berço de grandes nomes

A infraestrutura da cidade também foi importante para que a modalidade se desenvolvesse. Criado pela Secretaria Municipal de Esporte (SEME), o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) é conhecido por formar atletas para o esporte de alto rendimento.

Com o futebol feminino não é diferente. Desde os anos 2000, são mais de 70 atletas convocadas para a seleção brasileira com passagem pelo COTP. Nomes como Letícia, Lauren, Tamires, Luana, Ary Borges, Debinha e Gabi Nunes, que disputaram a Copa do Mundo de 2023, começaram no Centro Olímpico.

Números vêm crescendo

Uma pesquisa feita pela Sponsorlink, em 2023, indicou que o interesse pelo futebol feminino aumentou em 34%, entre homens e mulheres, desde 2018, no Brasil. Isso se reflete na audiência de grandes competições, como a Copa do Mundo Feminina, disputada no ano passado, na Austrália.

A CazéTV bateu o recorde de maior transmissão de futebol feminino da história do YouTube no mundo, ao transmitir a estreia da seleção brasileira no torneio, com mais de 1 milhão de aparelhos conectados de forma simultânea.

A TV Globo, outra detentora dos direitos de transmissão do torneio, também registrou números históricos. A goleada de 4 a 0 do Brasil sobre o Panamá alcançou 16 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão), o dobro da audiência normalmente obtida no horário (8h às 10h).

E os recordes não se restringem à televisão. Por dois anos seguidos, times paulistas quebraram recordes de público em seus estádios na modalidade. Em 2022 o Palmeiras levou 20.071 torcedores ao Allianz Parque para acompanhar o título do Paulistão Feminino, conquistado após a vitória de 1 a 0 sobre o Santos. Além disso, em 2023, 42.556 pessoas foram à Neo Química Arena acompanhar a final do Campeonato Brasileiro Feminino, disputada entre Corinthians e Ferroviária, e viram as Brabas levantarem a taça em casa depois da vitória por 2 a 1.

Primeira Copinha Feminina

Torneio que acontece há 55 anos na modalidade masculina, a Copa São Paulo de Futebol Júnior Feminina só foi ter sua primeira edição em 2023. O torneio foi disputado em dezembro e contou com 16 times.

As equipes foram divididas em 4 grupos, e jogaram entre si. Os 4 líderes avançavam para as semifinais, disputadas em jogo único. A final foi decidida entre times cariocas, e o Flamengo foi o primeiro campeão da competição, ao vencer o Botafogo por 2 a 0.

Para a zagueira Sofia, da equipe rubro-negra, a criação da Copinha Feminina foi fundamental e a tendência é que ano após ano ela ganhe mais visibilidade: “A cada ano que passa lutamos por mais campeonatos. Somos as atuais campeãs e lembro como se fosse hoje de cada detalhe. Até homenagem pelo título recebemos, então fica nítido o peso da competição”, afirma Sofia.

Expectativa para a Copa do Mundo Feminina de 2027

A FIFA escolheu o Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Derrotando a candidatura europeia feita pela Alemanha, Bélgica e Holanda, o País foi escolhido para ser palco da 10ª edição torneio pela estrutura, já pronta por conta da Copa Masculina de 2014, o Maracanã como estádio da abertura e final, a diversidade e a paixão das mulheres pelo futebol.

O movimento vanguardista de São Paulo no desenvolvimento do futebol feminino, para Silva, foi importante para essa conquista: “Os números dos clubes paulistas colocam o futebol feminino do Brasil em uma posição de destaque. A gente puxou isso e acabou arrastando outros estados, então essa é uma vitória brasileira que nos deixa muito orgulhosos”, celebra Silva.

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