Copa do Mundo do Catar tem o maior número de gols da história e menor média de faltas


Com 172, Mundial de 2022 supera marca de 1998 e 2014; campeão, Messi é o primeiro atleta a conquistar o prêmio de melhor jogador em duas edições

Por Murillo César Alves
Atualização:

2022 foi o último ano em que o modelo da Copa do Mundo contou com 32 seleções - a partir de 2026, nos EUA, Canadá e México, 48 equipes disputarão o título. Além do tricampeonato da Argentina, o Catar se despede do Mundial com números e marcas históricas - algumas inéditas - entre as edições que contaram com esse formato atual, vigente desde 1998.

Após 64 jogos, 172 gols foram registrados no Catar. É a maior marca na história das Copas e supera 2014 e 1998 (171 cada). A média final é de 2,69 gol por jogo. A maior média é a da edição de 1954, que teve 5,38 gols registrados por partida.

Por outro lado, apesar do número recorde de gols, as finalizações certas nesta Copa ficaram abaixo da maioria das edições com 32 seleções. Foram registrados 8,23 chutes certos por jogo, marca superior apenas a 2018, com 7,8 por partida. A Copa de 2014, disputada no Brasil, teve a maior média dos últimos 24 anos: 15,8.

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Outra tendência, registrada desde 1998, é o aumento na média de gols no segundo tempo e prorrogação na história deste modelo com 32 equipes. Dos 172, 105 foram marcados no segundo tempo ou na prorrogação, o equivalente a 61,1% do total de gols.

Porcentagem de gols no 2º tempo por ano

  • 2022: 61,1%
  • 2018: 60%
  • 2014: 60%
  • 2010: 59%
  • 2006: 52%
  • 2002: 57%
  • 1998: 59%
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2022 é também a segunda Copa com o maior número de assistências da história, atrás apenas de 2014. Ao todo, 119 gols marcados foram por meio de uma assistência nesta Copa, média de 1,85 por partida. Nas assistências, quatro jogadores dividiram a liderança, com três cada um: Griezmann, Bruno Fernandes e Kane, além de Messi.

Artilheiro da Copa, Mbappé marcou três gols na decisão com a Argentina. Foto: Natacha Pisarenko/AP

Messi, em sua quinta e última Copa, foi o grande nome da edição e eleito o melhor jogador. O camisa 10 argentino teve participação direta em 10 gols (sete tentos e três assistências). Na decisão, marcou duas vezes e superou a marca de Pelé, com 13 gols nas edições de 1958, 1962, 1966 e 1970, somadas. Atacante neste ano, ele marcou em todas as fases da competição (fase de grupos, oitavas, quartas, semi e final).

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Além disso, Messi, com o troféu de melhor jogador em campo, se torna o primeiro a conquistar o prêmio em duas edições. Além de 2022, ele venceu em 2014, após derrota na final para a Alemanha. Mbappé, apesar do vice-campeonato no Catar, termina como artilheiro da competição, com oito gols em sete jogos, sendo que três destes foram marcados na decisão.

Número de pênaltis

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Em 2018, primeiro ano da Copa com o auxílio do árbitro de vídeo, 29 pênaltis foram assinalados pela arbitragem. O número seguiu alto em 2022. Ao todo, 23 penalidades foram marcadas, com 16 acertos e apenas sete erros por parte dos cobradores. Na decisão entre Argentina e França, três infrações foram cometidas dentro da área - recorde para uma final de Copa do Mundo.

Messi marca o primeiro gol na disputa por pênaltis na decisão da Copa do Mundo de 2022. Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Além disso, a decisão do título nas penalidades máximas foi a quinta nesta Copa do Mundo, outro recorde na história dos Mundiais. Antes da edição deste ano, 1990, 2006, 2014 e 2018 eram os Mundiais com o maior número de disputas por pênaltis, com quatro cada.

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Disciplina na Copa do Mundo

A disciplina dos jogadores nesta Copa passou por altos e baixos. Enquanto a partida entre Argentina e Holanda registrou o recorde de cartões amarelos em uma partida de Copa - 18, sendo que um deles foi o segundo amarelo para Dumfries.

Mesmo assim, a média de cartões amarelos por jogo foi inferior a 2018. 2,43 por jogo, enquanto no último Mundial, disputado na Rússia, 2,46 cartões foram registrados por partida. Em expulsões, quatro vermelhos foram distribuídos entre os jogadores de campo no Catar - mesma marca registrada há quatro anos.

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Paulo Bento, técnico da Coreia do Sul, foi expulso na partida contra o Gana - o primeiro membro da comissão técnica desde que a Fifa aprovou a alteração na regra. Antes, técnico e auxiliares eram expulsos apenas verbalmente.

A Inglaterra foi a seleção menos amarelada - apenas um em cinco jogos. Arábia Saudita, por sua vez, teve a maior média de cartões por jogo, 14 ao todo e 4,7 por partida.

Gol contra de Aguerd, na partida da fase de grupos entre Canadá e Marrocos, foi o primeiro desta Copa. Foto: Lee Smith/Reuters

Outra tendência nesta Copa foi a queda nos erros da defesa. No Catar, foram registrados apenas dois gols contra, de Aguerd, em Marrocos e Canadá, e Enzo Fernández, em Argentina e Austrália. É a menor marca no formato de Copas com 32 seleções, ao lado de 2002 e 2010.

Impedimento, VAR e acréscimos

Novidade nesta Copa, o recurso do impedimento semiautomático prometeu facilitar e tornar mais rápida as decisões no VAR. Com o recurso, o número de jogadores em posição irregular teve um aumento do último Mundial para este.

Número de impedimentos na Copa do Catar foi superior a 2018. Foto: Glyn Kirk/AFP

O novo recurso do impedimento semiautomático foi registrado já na primeira partida, entre Catar e Equador. Ao todo, uma média 3,9 impedimentos por jogo foi registrada no Catar. A partida entre Argentina x Arábia Saudita, na primeira rodada da fase de grupos, teve o recorde de infrações por uma mesma equipe: a seleção argentina, derrotada por 2 a 1, teve 10 impedimentos assinalados.

Todas essas intervenções tiveram um preço: o aumento no número de acréscimos ao final do jogo. Ao todo, 676 minutos foram acrescidos ao final dos tempos regulamentares - uma média de 10,56 a mais por partida. Isso fez com que o tempo de jogo fosse superior a 100 minutos.

Essa medida foi um pedido da Fifa, para aumentar o tempo de bola rolando. No início da Copa, Pierluigi Collina, ex-árbitro da entidade, afirmou que a alteração fez com que o jogo tivesse, em média, 59 minutos da bola em campo. Na goleada da Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2, 27 minutos de acréscimo foram acrescidos aos 90 previstos - recorde neste Mundial.

2022 foi o último ano em que o modelo da Copa do Mundo contou com 32 seleções - a partir de 2026, nos EUA, Canadá e México, 48 equipes disputarão o título. Além do tricampeonato da Argentina, o Catar se despede do Mundial com números e marcas históricas - algumas inéditas - entre as edições que contaram com esse formato atual, vigente desde 1998.

Após 64 jogos, 172 gols foram registrados no Catar. É a maior marca na história das Copas e supera 2014 e 1998 (171 cada). A média final é de 2,69 gol por jogo. A maior média é a da edição de 1954, que teve 5,38 gols registrados por partida.

Por outro lado, apesar do número recorde de gols, as finalizações certas nesta Copa ficaram abaixo da maioria das edições com 32 seleções. Foram registrados 8,23 chutes certos por jogo, marca superior apenas a 2018, com 7,8 por partida. A Copa de 2014, disputada no Brasil, teve a maior média dos últimos 24 anos: 15,8.

Outra tendência, registrada desde 1998, é o aumento na média de gols no segundo tempo e prorrogação na história deste modelo com 32 equipes. Dos 172, 105 foram marcados no segundo tempo ou na prorrogação, o equivalente a 61,1% do total de gols.

Porcentagem de gols no 2º tempo por ano

  • 2022: 61,1%
  • 2018: 60%
  • 2014: 60%
  • 2010: 59%
  • 2006: 52%
  • 2002: 57%
  • 1998: 59%

2022 é também a segunda Copa com o maior número de assistências da história, atrás apenas de 2014. Ao todo, 119 gols marcados foram por meio de uma assistência nesta Copa, média de 1,85 por partida. Nas assistências, quatro jogadores dividiram a liderança, com três cada um: Griezmann, Bruno Fernandes e Kane, além de Messi.

Artilheiro da Copa, Mbappé marcou três gols na decisão com a Argentina. Foto: Natacha Pisarenko/AP

Messi, em sua quinta e última Copa, foi o grande nome da edição e eleito o melhor jogador. O camisa 10 argentino teve participação direta em 10 gols (sete tentos e três assistências). Na decisão, marcou duas vezes e superou a marca de Pelé, com 13 gols nas edições de 1958, 1962, 1966 e 1970, somadas. Atacante neste ano, ele marcou em todas as fases da competição (fase de grupos, oitavas, quartas, semi e final).

Além disso, Messi, com o troféu de melhor jogador em campo, se torna o primeiro a conquistar o prêmio em duas edições. Além de 2022, ele venceu em 2014, após derrota na final para a Alemanha. Mbappé, apesar do vice-campeonato no Catar, termina como artilheiro da competição, com oito gols em sete jogos, sendo que três destes foram marcados na decisão.

Número de pênaltis

Em 2018, primeiro ano da Copa com o auxílio do árbitro de vídeo, 29 pênaltis foram assinalados pela arbitragem. O número seguiu alto em 2022. Ao todo, 23 penalidades foram marcadas, com 16 acertos e apenas sete erros por parte dos cobradores. Na decisão entre Argentina e França, três infrações foram cometidas dentro da área - recorde para uma final de Copa do Mundo.

Messi marca o primeiro gol na disputa por pênaltis na decisão da Copa do Mundo de 2022. Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Além disso, a decisão do título nas penalidades máximas foi a quinta nesta Copa do Mundo, outro recorde na história dos Mundiais. Antes da edição deste ano, 1990, 2006, 2014 e 2018 eram os Mundiais com o maior número de disputas por pênaltis, com quatro cada.

Disciplina na Copa do Mundo

A disciplina dos jogadores nesta Copa passou por altos e baixos. Enquanto a partida entre Argentina e Holanda registrou o recorde de cartões amarelos em uma partida de Copa - 18, sendo que um deles foi o segundo amarelo para Dumfries.

Mesmo assim, a média de cartões amarelos por jogo foi inferior a 2018. 2,43 por jogo, enquanto no último Mundial, disputado na Rússia, 2,46 cartões foram registrados por partida. Em expulsões, quatro vermelhos foram distribuídos entre os jogadores de campo no Catar - mesma marca registrada há quatro anos.

Paulo Bento, técnico da Coreia do Sul, foi expulso na partida contra o Gana - o primeiro membro da comissão técnica desde que a Fifa aprovou a alteração na regra. Antes, técnico e auxiliares eram expulsos apenas verbalmente.

A Inglaterra foi a seleção menos amarelada - apenas um em cinco jogos. Arábia Saudita, por sua vez, teve a maior média de cartões por jogo, 14 ao todo e 4,7 por partida.

Gol contra de Aguerd, na partida da fase de grupos entre Canadá e Marrocos, foi o primeiro desta Copa. Foto: Lee Smith/Reuters

Outra tendência nesta Copa foi a queda nos erros da defesa. No Catar, foram registrados apenas dois gols contra, de Aguerd, em Marrocos e Canadá, e Enzo Fernández, em Argentina e Austrália. É a menor marca no formato de Copas com 32 seleções, ao lado de 2002 e 2010.

Impedimento, VAR e acréscimos

Novidade nesta Copa, o recurso do impedimento semiautomático prometeu facilitar e tornar mais rápida as decisões no VAR. Com o recurso, o número de jogadores em posição irregular teve um aumento do último Mundial para este.

Número de impedimentos na Copa do Catar foi superior a 2018. Foto: Glyn Kirk/AFP

O novo recurso do impedimento semiautomático foi registrado já na primeira partida, entre Catar e Equador. Ao todo, uma média 3,9 impedimentos por jogo foi registrada no Catar. A partida entre Argentina x Arábia Saudita, na primeira rodada da fase de grupos, teve o recorde de infrações por uma mesma equipe: a seleção argentina, derrotada por 2 a 1, teve 10 impedimentos assinalados.

Todas essas intervenções tiveram um preço: o aumento no número de acréscimos ao final do jogo. Ao todo, 676 minutos foram acrescidos ao final dos tempos regulamentares - uma média de 10,56 a mais por partida. Isso fez com que o tempo de jogo fosse superior a 100 minutos.

Essa medida foi um pedido da Fifa, para aumentar o tempo de bola rolando. No início da Copa, Pierluigi Collina, ex-árbitro da entidade, afirmou que a alteração fez com que o jogo tivesse, em média, 59 minutos da bola em campo. Na goleada da Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2, 27 minutos de acréscimo foram acrescidos aos 90 previstos - recorde neste Mundial.

2022 foi o último ano em que o modelo da Copa do Mundo contou com 32 seleções - a partir de 2026, nos EUA, Canadá e México, 48 equipes disputarão o título. Além do tricampeonato da Argentina, o Catar se despede do Mundial com números e marcas históricas - algumas inéditas - entre as edições que contaram com esse formato atual, vigente desde 1998.

Após 64 jogos, 172 gols foram registrados no Catar. É a maior marca na história das Copas e supera 2014 e 1998 (171 cada). A média final é de 2,69 gol por jogo. A maior média é a da edição de 1954, que teve 5,38 gols registrados por partida.

Por outro lado, apesar do número recorde de gols, as finalizações certas nesta Copa ficaram abaixo da maioria das edições com 32 seleções. Foram registrados 8,23 chutes certos por jogo, marca superior apenas a 2018, com 7,8 por partida. A Copa de 2014, disputada no Brasil, teve a maior média dos últimos 24 anos: 15,8.

Outra tendência, registrada desde 1998, é o aumento na média de gols no segundo tempo e prorrogação na história deste modelo com 32 equipes. Dos 172, 105 foram marcados no segundo tempo ou na prorrogação, o equivalente a 61,1% do total de gols.

Porcentagem de gols no 2º tempo por ano

  • 2022: 61,1%
  • 2018: 60%
  • 2014: 60%
  • 2010: 59%
  • 2006: 52%
  • 2002: 57%
  • 1998: 59%

2022 é também a segunda Copa com o maior número de assistências da história, atrás apenas de 2014. Ao todo, 119 gols marcados foram por meio de uma assistência nesta Copa, média de 1,85 por partida. Nas assistências, quatro jogadores dividiram a liderança, com três cada um: Griezmann, Bruno Fernandes e Kane, além de Messi.

Artilheiro da Copa, Mbappé marcou três gols na decisão com a Argentina. Foto: Natacha Pisarenko/AP

Messi, em sua quinta e última Copa, foi o grande nome da edição e eleito o melhor jogador. O camisa 10 argentino teve participação direta em 10 gols (sete tentos e três assistências). Na decisão, marcou duas vezes e superou a marca de Pelé, com 13 gols nas edições de 1958, 1962, 1966 e 1970, somadas. Atacante neste ano, ele marcou em todas as fases da competição (fase de grupos, oitavas, quartas, semi e final).

Além disso, Messi, com o troféu de melhor jogador em campo, se torna o primeiro a conquistar o prêmio em duas edições. Além de 2022, ele venceu em 2014, após derrota na final para a Alemanha. Mbappé, apesar do vice-campeonato no Catar, termina como artilheiro da competição, com oito gols em sete jogos, sendo que três destes foram marcados na decisão.

Número de pênaltis

Em 2018, primeiro ano da Copa com o auxílio do árbitro de vídeo, 29 pênaltis foram assinalados pela arbitragem. O número seguiu alto em 2022. Ao todo, 23 penalidades foram marcadas, com 16 acertos e apenas sete erros por parte dos cobradores. Na decisão entre Argentina e França, três infrações foram cometidas dentro da área - recorde para uma final de Copa do Mundo.

Messi marca o primeiro gol na disputa por pênaltis na decisão da Copa do Mundo de 2022. Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Além disso, a decisão do título nas penalidades máximas foi a quinta nesta Copa do Mundo, outro recorde na história dos Mundiais. Antes da edição deste ano, 1990, 2006, 2014 e 2018 eram os Mundiais com o maior número de disputas por pênaltis, com quatro cada.

Disciplina na Copa do Mundo

A disciplina dos jogadores nesta Copa passou por altos e baixos. Enquanto a partida entre Argentina e Holanda registrou o recorde de cartões amarelos em uma partida de Copa - 18, sendo que um deles foi o segundo amarelo para Dumfries.

Mesmo assim, a média de cartões amarelos por jogo foi inferior a 2018. 2,43 por jogo, enquanto no último Mundial, disputado na Rússia, 2,46 cartões foram registrados por partida. Em expulsões, quatro vermelhos foram distribuídos entre os jogadores de campo no Catar - mesma marca registrada há quatro anos.

Paulo Bento, técnico da Coreia do Sul, foi expulso na partida contra o Gana - o primeiro membro da comissão técnica desde que a Fifa aprovou a alteração na regra. Antes, técnico e auxiliares eram expulsos apenas verbalmente.

A Inglaterra foi a seleção menos amarelada - apenas um em cinco jogos. Arábia Saudita, por sua vez, teve a maior média de cartões por jogo, 14 ao todo e 4,7 por partida.

Gol contra de Aguerd, na partida da fase de grupos entre Canadá e Marrocos, foi o primeiro desta Copa. Foto: Lee Smith/Reuters

Outra tendência nesta Copa foi a queda nos erros da defesa. No Catar, foram registrados apenas dois gols contra, de Aguerd, em Marrocos e Canadá, e Enzo Fernández, em Argentina e Austrália. É a menor marca no formato de Copas com 32 seleções, ao lado de 2002 e 2010.

Impedimento, VAR e acréscimos

Novidade nesta Copa, o recurso do impedimento semiautomático prometeu facilitar e tornar mais rápida as decisões no VAR. Com o recurso, o número de jogadores em posição irregular teve um aumento do último Mundial para este.

Número de impedimentos na Copa do Catar foi superior a 2018. Foto: Glyn Kirk/AFP

O novo recurso do impedimento semiautomático foi registrado já na primeira partida, entre Catar e Equador. Ao todo, uma média 3,9 impedimentos por jogo foi registrada no Catar. A partida entre Argentina x Arábia Saudita, na primeira rodada da fase de grupos, teve o recorde de infrações por uma mesma equipe: a seleção argentina, derrotada por 2 a 1, teve 10 impedimentos assinalados.

Todas essas intervenções tiveram um preço: o aumento no número de acréscimos ao final do jogo. Ao todo, 676 minutos foram acrescidos ao final dos tempos regulamentares - uma média de 10,56 a mais por partida. Isso fez com que o tempo de jogo fosse superior a 100 minutos.

Essa medida foi um pedido da Fifa, para aumentar o tempo de bola rolando. No início da Copa, Pierluigi Collina, ex-árbitro da entidade, afirmou que a alteração fez com que o jogo tivesse, em média, 59 minutos da bola em campo. Na goleada da Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2, 27 minutos de acréscimo foram acrescidos aos 90 previstos - recorde neste Mundial.

2022 foi o último ano em que o modelo da Copa do Mundo contou com 32 seleções - a partir de 2026, nos EUA, Canadá e México, 48 equipes disputarão o título. Além do tricampeonato da Argentina, o Catar se despede do Mundial com números e marcas históricas - algumas inéditas - entre as edições que contaram com esse formato atual, vigente desde 1998.

Após 64 jogos, 172 gols foram registrados no Catar. É a maior marca na história das Copas e supera 2014 e 1998 (171 cada). A média final é de 2,69 gol por jogo. A maior média é a da edição de 1954, que teve 5,38 gols registrados por partida.

Por outro lado, apesar do número recorde de gols, as finalizações certas nesta Copa ficaram abaixo da maioria das edições com 32 seleções. Foram registrados 8,23 chutes certos por jogo, marca superior apenas a 2018, com 7,8 por partida. A Copa de 2014, disputada no Brasil, teve a maior média dos últimos 24 anos: 15,8.

Outra tendência, registrada desde 1998, é o aumento na média de gols no segundo tempo e prorrogação na história deste modelo com 32 equipes. Dos 172, 105 foram marcados no segundo tempo ou na prorrogação, o equivalente a 61,1% do total de gols.

Porcentagem de gols no 2º tempo por ano

  • 2022: 61,1%
  • 2018: 60%
  • 2014: 60%
  • 2010: 59%
  • 2006: 52%
  • 2002: 57%
  • 1998: 59%

2022 é também a segunda Copa com o maior número de assistências da história, atrás apenas de 2014. Ao todo, 119 gols marcados foram por meio de uma assistência nesta Copa, média de 1,85 por partida. Nas assistências, quatro jogadores dividiram a liderança, com três cada um: Griezmann, Bruno Fernandes e Kane, além de Messi.

Artilheiro da Copa, Mbappé marcou três gols na decisão com a Argentina. Foto: Natacha Pisarenko/AP

Messi, em sua quinta e última Copa, foi o grande nome da edição e eleito o melhor jogador. O camisa 10 argentino teve participação direta em 10 gols (sete tentos e três assistências). Na decisão, marcou duas vezes e superou a marca de Pelé, com 13 gols nas edições de 1958, 1962, 1966 e 1970, somadas. Atacante neste ano, ele marcou em todas as fases da competição (fase de grupos, oitavas, quartas, semi e final).

Além disso, Messi, com o troféu de melhor jogador em campo, se torna o primeiro a conquistar o prêmio em duas edições. Além de 2022, ele venceu em 2014, após derrota na final para a Alemanha. Mbappé, apesar do vice-campeonato no Catar, termina como artilheiro da competição, com oito gols em sete jogos, sendo que três destes foram marcados na decisão.

Número de pênaltis

Em 2018, primeiro ano da Copa com o auxílio do árbitro de vídeo, 29 pênaltis foram assinalados pela arbitragem. O número seguiu alto em 2022. Ao todo, 23 penalidades foram marcadas, com 16 acertos e apenas sete erros por parte dos cobradores. Na decisão entre Argentina e França, três infrações foram cometidas dentro da área - recorde para uma final de Copa do Mundo.

Messi marca o primeiro gol na disputa por pênaltis na decisão da Copa do Mundo de 2022. Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Além disso, a decisão do título nas penalidades máximas foi a quinta nesta Copa do Mundo, outro recorde na história dos Mundiais. Antes da edição deste ano, 1990, 2006, 2014 e 2018 eram os Mundiais com o maior número de disputas por pênaltis, com quatro cada.

Disciplina na Copa do Mundo

A disciplina dos jogadores nesta Copa passou por altos e baixos. Enquanto a partida entre Argentina e Holanda registrou o recorde de cartões amarelos em uma partida de Copa - 18, sendo que um deles foi o segundo amarelo para Dumfries.

Mesmo assim, a média de cartões amarelos por jogo foi inferior a 2018. 2,43 por jogo, enquanto no último Mundial, disputado na Rússia, 2,46 cartões foram registrados por partida. Em expulsões, quatro vermelhos foram distribuídos entre os jogadores de campo no Catar - mesma marca registrada há quatro anos.

Paulo Bento, técnico da Coreia do Sul, foi expulso na partida contra o Gana - o primeiro membro da comissão técnica desde que a Fifa aprovou a alteração na regra. Antes, técnico e auxiliares eram expulsos apenas verbalmente.

A Inglaterra foi a seleção menos amarelada - apenas um em cinco jogos. Arábia Saudita, por sua vez, teve a maior média de cartões por jogo, 14 ao todo e 4,7 por partida.

Gol contra de Aguerd, na partida da fase de grupos entre Canadá e Marrocos, foi o primeiro desta Copa. Foto: Lee Smith/Reuters

Outra tendência nesta Copa foi a queda nos erros da defesa. No Catar, foram registrados apenas dois gols contra, de Aguerd, em Marrocos e Canadá, e Enzo Fernández, em Argentina e Austrália. É a menor marca no formato de Copas com 32 seleções, ao lado de 2002 e 2010.

Impedimento, VAR e acréscimos

Novidade nesta Copa, o recurso do impedimento semiautomático prometeu facilitar e tornar mais rápida as decisões no VAR. Com o recurso, o número de jogadores em posição irregular teve um aumento do último Mundial para este.

Número de impedimentos na Copa do Catar foi superior a 2018. Foto: Glyn Kirk/AFP

O novo recurso do impedimento semiautomático foi registrado já na primeira partida, entre Catar e Equador. Ao todo, uma média 3,9 impedimentos por jogo foi registrada no Catar. A partida entre Argentina x Arábia Saudita, na primeira rodada da fase de grupos, teve o recorde de infrações por uma mesma equipe: a seleção argentina, derrotada por 2 a 1, teve 10 impedimentos assinalados.

Todas essas intervenções tiveram um preço: o aumento no número de acréscimos ao final do jogo. Ao todo, 676 minutos foram acrescidos ao final dos tempos regulamentares - uma média de 10,56 a mais por partida. Isso fez com que o tempo de jogo fosse superior a 100 minutos.

Essa medida foi um pedido da Fifa, para aumentar o tempo de bola rolando. No início da Copa, Pierluigi Collina, ex-árbitro da entidade, afirmou que a alteração fez com que o jogo tivesse, em média, 59 minutos da bola em campo. Na goleada da Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2, 27 minutos de acréscimo foram acrescidos aos 90 previstos - recorde neste Mundial.

2022 foi o último ano em que o modelo da Copa do Mundo contou com 32 seleções - a partir de 2026, nos EUA, Canadá e México, 48 equipes disputarão o título. Além do tricampeonato da Argentina, o Catar se despede do Mundial com números e marcas históricas - algumas inéditas - entre as edições que contaram com esse formato atual, vigente desde 1998.

Após 64 jogos, 172 gols foram registrados no Catar. É a maior marca na história das Copas e supera 2014 e 1998 (171 cada). A média final é de 2,69 gol por jogo. A maior média é a da edição de 1954, que teve 5,38 gols registrados por partida.

Por outro lado, apesar do número recorde de gols, as finalizações certas nesta Copa ficaram abaixo da maioria das edições com 32 seleções. Foram registrados 8,23 chutes certos por jogo, marca superior apenas a 2018, com 7,8 por partida. A Copa de 2014, disputada no Brasil, teve a maior média dos últimos 24 anos: 15,8.

Outra tendência, registrada desde 1998, é o aumento na média de gols no segundo tempo e prorrogação na história deste modelo com 32 equipes. Dos 172, 105 foram marcados no segundo tempo ou na prorrogação, o equivalente a 61,1% do total de gols.

Porcentagem de gols no 2º tempo por ano

  • 2022: 61,1%
  • 2018: 60%
  • 2014: 60%
  • 2010: 59%
  • 2006: 52%
  • 2002: 57%
  • 1998: 59%

2022 é também a segunda Copa com o maior número de assistências da história, atrás apenas de 2014. Ao todo, 119 gols marcados foram por meio de uma assistência nesta Copa, média de 1,85 por partida. Nas assistências, quatro jogadores dividiram a liderança, com três cada um: Griezmann, Bruno Fernandes e Kane, além de Messi.

Artilheiro da Copa, Mbappé marcou três gols na decisão com a Argentina. Foto: Natacha Pisarenko/AP

Messi, em sua quinta e última Copa, foi o grande nome da edição e eleito o melhor jogador. O camisa 10 argentino teve participação direta em 10 gols (sete tentos e três assistências). Na decisão, marcou duas vezes e superou a marca de Pelé, com 13 gols nas edições de 1958, 1962, 1966 e 1970, somadas. Atacante neste ano, ele marcou em todas as fases da competição (fase de grupos, oitavas, quartas, semi e final).

Além disso, Messi, com o troféu de melhor jogador em campo, se torna o primeiro a conquistar o prêmio em duas edições. Além de 2022, ele venceu em 2014, após derrota na final para a Alemanha. Mbappé, apesar do vice-campeonato no Catar, termina como artilheiro da competição, com oito gols em sete jogos, sendo que três destes foram marcados na decisão.

Número de pênaltis

Em 2018, primeiro ano da Copa com o auxílio do árbitro de vídeo, 29 pênaltis foram assinalados pela arbitragem. O número seguiu alto em 2022. Ao todo, 23 penalidades foram marcadas, com 16 acertos e apenas sete erros por parte dos cobradores. Na decisão entre Argentina e França, três infrações foram cometidas dentro da área - recorde para uma final de Copa do Mundo.

Messi marca o primeiro gol na disputa por pênaltis na decisão da Copa do Mundo de 2022. Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Além disso, a decisão do título nas penalidades máximas foi a quinta nesta Copa do Mundo, outro recorde na história dos Mundiais. Antes da edição deste ano, 1990, 2006, 2014 e 2018 eram os Mundiais com o maior número de disputas por pênaltis, com quatro cada.

Disciplina na Copa do Mundo

A disciplina dos jogadores nesta Copa passou por altos e baixos. Enquanto a partida entre Argentina e Holanda registrou o recorde de cartões amarelos em uma partida de Copa - 18, sendo que um deles foi o segundo amarelo para Dumfries.

Mesmo assim, a média de cartões amarelos por jogo foi inferior a 2018. 2,43 por jogo, enquanto no último Mundial, disputado na Rússia, 2,46 cartões foram registrados por partida. Em expulsões, quatro vermelhos foram distribuídos entre os jogadores de campo no Catar - mesma marca registrada há quatro anos.

Paulo Bento, técnico da Coreia do Sul, foi expulso na partida contra o Gana - o primeiro membro da comissão técnica desde que a Fifa aprovou a alteração na regra. Antes, técnico e auxiliares eram expulsos apenas verbalmente.

A Inglaterra foi a seleção menos amarelada - apenas um em cinco jogos. Arábia Saudita, por sua vez, teve a maior média de cartões por jogo, 14 ao todo e 4,7 por partida.

Gol contra de Aguerd, na partida da fase de grupos entre Canadá e Marrocos, foi o primeiro desta Copa. Foto: Lee Smith/Reuters

Outra tendência nesta Copa foi a queda nos erros da defesa. No Catar, foram registrados apenas dois gols contra, de Aguerd, em Marrocos e Canadá, e Enzo Fernández, em Argentina e Austrália. É a menor marca no formato de Copas com 32 seleções, ao lado de 2002 e 2010.

Impedimento, VAR e acréscimos

Novidade nesta Copa, o recurso do impedimento semiautomático prometeu facilitar e tornar mais rápida as decisões no VAR. Com o recurso, o número de jogadores em posição irregular teve um aumento do último Mundial para este.

Número de impedimentos na Copa do Catar foi superior a 2018. Foto: Glyn Kirk/AFP

O novo recurso do impedimento semiautomático foi registrado já na primeira partida, entre Catar e Equador. Ao todo, uma média 3,9 impedimentos por jogo foi registrada no Catar. A partida entre Argentina x Arábia Saudita, na primeira rodada da fase de grupos, teve o recorde de infrações por uma mesma equipe: a seleção argentina, derrotada por 2 a 1, teve 10 impedimentos assinalados.

Todas essas intervenções tiveram um preço: o aumento no número de acréscimos ao final do jogo. Ao todo, 676 minutos foram acrescidos ao final dos tempos regulamentares - uma média de 10,56 a mais por partida. Isso fez com que o tempo de jogo fosse superior a 100 minutos.

Essa medida foi um pedido da Fifa, para aumentar o tempo de bola rolando. No início da Copa, Pierluigi Collina, ex-árbitro da entidade, afirmou que a alteração fez com que o jogo tivesse, em média, 59 minutos da bola em campo. Na goleada da Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2, 27 minutos de acréscimo foram acrescidos aos 90 previstos - recorde neste Mundial.

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