Endrick retorna nesta terça-feira ao Palmeiras, após fracasso da seleção brasileira no Pré-Olímpico da Venezuela. O Brasil ficou fora dos Jogos de Paris. O jovem prodígio volta um dia depois de o técnico Abel Ferreira lamentar que seus atacantes não souberam “matar o jogo” em visita ao Santo André, pelo Paulistão. O time cedeu o empate no fim: 1 a 1. Endrick, contudo, não chegará com status de titular, segundo o português.
“Vamos receber (o Endrick), fazer os testes. Ele vai ter a concorrência de dois jogadores que estão muito bem, o Flaco (López) e o Rony”, enfatizou o treinador, mostrando satisfação com a temporada de suas peças ofensivas, apesar do tropeço em Santo André. “As escolhas são feitas não pensando no jogador A, B ou C, e sim na equipe. Ele chega e falará comigo”, frisou o técnico.
Abel elogiou a mentalidade de Endrick, mas disse não saber como ele retornará ao time após o vexame de não conseguir ajudar o Brasil a defender o ouro olímpico nos Jogos de Paris. O treinador afirmou que vai auxiliar o atacante a não deixar o insucesso da seleção influenciar em seu desempenho no Palmeiras. Endrick era titular antes de se apresentar na seleção.
“Já falei com ele por telefone, trocamos mensagens. Ele esteve na seleção e não tenho mais informações. Vamos traçar a melhor estratégia para o time. Não sei a parte psicológica. Logicamente, quando você vai para uma competição onde vocês (da imprensa) têm grandes expectativas... Costumo dizer que ninguém foi antes de o ser. Mas ele é um jogador mentalmente muito forte. Uma coisa é o que se passa na seleção, outra o que acontece no Palmeiras”, comentou Abel.
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Endrick já tem contrato assinado para defender o Real Madrid assim que completar 18 anos, no dia 21 de julho. No início de junho, porém, se mantido o retrospecto recente, o garoto deve ser convocado para a seleção brasileira principal para atuar na Copa América, no começo de junho. Isso pode significar que o atacante tem pouco menos de quatro meses para usar o uniforme do Palmeiras.
Abel Ferreira analisa empate com o Santo André
Sobre a igualdade no Bruno José Daniel, o treinador não viu uma apresentação ruim do Palmeiras, mesmo com uma escalação mista. “Na minha opinião, fizemos um bom jogo. Podemos andar e dar voltas, falar que trocamos dois, três, sete jogadores... Não, a diferença é fazer os gols, por isso temos de ficar tristes”, enfatizou.
“Não fomos capazes de matar o jogo com o segundo gol. E já disse muitas vezes que futebol é eficácia. Tivemos tudo para fazer o segundo gol... Depois, (cometemos) um erro no escanteio, em bola longa”, lamentou. “Competir em alto nível é estar concentrado o jogo todo. Uma pena, porque produzimos o suficiente para mais de um gol.”
O Palmeiras volta a campo na quinta-feira, em visita ao São Bernardo. Depois, no domingo, enfrenta o Corinthians, na Arena Barueri. O treinador garantiu que deixar nomes importantes fora, como Raphael Veiga, Mayke e Rony, não teve relação com o derby. Foi focado em não perder jogadores por lesão.
“Não (foi pensando no jogo com o Corinthians). E sim para não ter lesionados”, garantiu. “Não é por acaso que o Palmeiras é uma das equipes que tem menos lesões ao longo do ano. Temos um bom Núcleo de Performance e também um treinador arrojado que gosta de dar oportunidade aos jogadores, que gosta de ver todos. Não penso daqui a três jogos e sim um de cada vez.”