Com o fim das oitavas de final da Copa do Mundo feminina de 2023, as oito seleções que participarão das quartas já estão definidas. São elas: Austrália, Japão, Espanha, Inglaterra, Holanda, França, Suécia, e Colômbia. São cinco equipes da Europa.
A nova fase começa nesta quinta-feira, dia 10, às 22h (de Brasília), com a partida entre Espanha e Holanda. Um europeu vai ficar pelo caminho. Quer saber o que esperar da próxima fase do Mundial? O Estadão detalha os próximos confrontos da competição. Se liga na tabela.
Espanha x Holanda
Com um número expressivo de gols, foram 13 em quatro jogos, a Espanha chega às quartas de finais da Copa do Mundo de 2023 com um dos jogos coletivos mais envolventes da competição. Além de Alexia Putellas, a atual melhor jogadora do mundo, as espanholas também contam com a jovem Aitana Bonmatí e a artilheira Alba Redondo em excelente fase.
Elas, no entanto, sofreram uma derrotada vexatória contra o Japão por 4 a 0 na última partida da fase de grupos. Se o confronto com as japonesas foi um pequeno tropeço em um caminho estável ou um sinal de que elas talvez não sejam tão fortes quanto parecem, só o tempo dirá. Mas a Espanha sonha com o título inédito e a coroação da melhor geração espanhola do futebol feminino.
Já a Holanda, atual vice-campeã do torneio, quer chegar à final novamente e conquistar o que deixou na mão dos Estados Unidos em 2019. As holandesas também tem um ótimo ataque, são 11 gols em quatro jogos, e contam com a experiência de já ter disputado o torneio até sua última partida. No ataque, a artilheira Jill Roord, que marcou quatro gols em quatro jogos, é a esperança de bola nas redes. As seleções se enfrentam nesta quinta-feira, dia 10, às 22h (de Brasília).
Japão x Suécia
Com o melhor ataque da competiçao, 14 gols em quatro jogos, a melhor defesa, somente um gol sofrido, e a artilheira da competição, Hinata Miyazawa, o Japão é o favorito para levantar o troféu da Copa do Mundo Feminina. Não era, mas a campanha o coloca como um dos candidatos. O time comandado por Futoshi Ikeda é extremamente adaptável, sendo capaz de jogar com a posse de bola ou no contra-ataque com a mesma efetividade.
Com uma das seleções mais jovens do torneio, a atual geração japonesa foi formada no Mundial Sub-20 de 2018, onde boa parte do elenco, em conjunto com Ikeda, se sagrou campeão. Sonhando em repetir o que o país fez em 2011, quando venceu a Copa de maneira surpreendente, o Japão sabe que tem uma chance de ouro para faturar o torneio.
Do outro lado, no entanto, uma pedreira difícil de passar. A Suécia não só eliminou os EUA, como também teve 100% de aproveitamento na fase de grupo e conta com atuações inspiradas da goleira Zećira Mušović, uma das melhores arqueiras da competição.
Apesar do Japão ser uma das sensações da Copa, não é prudente já colocá-lo nas semifinais. No torneio, as europeias estão se divertindo ao frustrar os sonhos das favoritas. O confronto entre as duas equipes ocorre na sexta-feira, dia 11, às 4h30 (de Brasília).
Inglaterra x Colômbia
A Inglaterra era uma das favoritas ao título no início da Copa, mas apesar do bom futebol apresentado durante a fase de grupos, a perda de sua principal jogadora no torneio durante as oitavas de final pode afetar as chances inglesas de avançar na competição.
Lauren James, atacante do Chelsea de apenas 21 anos, estava voando. Na partida contra a Nigéria, no entanto, ela pisou de forma gratuita nas costas da defensora Michelle Alozie e foi expulsa após revisão do VAR. Ela está automaticamente fora das quartas para cumprir suspensão pela expulsão, mas o lance foi tão feio que é bem possível que a Fifa aumente sua punição, o que poderia, caso a Inglaterra avance, tirar a jogadora da semifinal e até da final.
Já para as colombianas, alcançar as quartas de final é um feito histórico por si só. Em sua terceira participação em uma Copa, é a primeira vez que a Colômbia chega a essa fase do torneio. Única sul-americana ainda na competição, elas contam com o brilho de Linda Caicedo, atacante de apenas 18 anos, para vencer as europeias. Caso ganhem o torneio, elas seriam a primeira equipe da América do Sul a realizar tal feito. O jogo entre as duas seleções ocorre no sábado, dia 12, às 7h30 (de Brasília).
Austrália x França
A campanha das Matildas na Copa do Mundo de 2023 é histórica. Uma das anfitriãs do torneio, a Austrália conta com um apoio massivo de seu povo que está lotando os estádios, quebrando recordes de audiência em TVs locais e incentivando a equipe a sonhar com um improvável título.
Em campo, a seleção australiana tem correspondido. Uma derrota para a Nigéria na primeira fase não foi o suficiente para desanimar as jogadoras, que golearam o Canadá e bateram a Dinamarca para chegar às quartas. O melhor de tudo para elas? Sam Kerr, atacante do Chelsea e principal atleta da seleção, ainda não jogou muito.
Kerr estava machucada e viu as Matildas avançarem na competição do banco. Nas oitavas, no entanto, ela finalmente estreou e deve ter mais minutos contra a França. Se o time já estava engrenado sem sua principal jogadora, com Kerr de volta ao campo, a Austrália quer mostrar que não é só uma boa anfitriã, mas uma seleção capaz de chegar na final.
Do outro lado, a França enfrenta mais uma vez o fantasma das quartas. Nas últimas duas edições, as francesas caíram exatamente nessa etapa do torneio. A campanha europeia começou com um leve tropeço e um empate surpreendente contra a Jamaica colocou em cheque a capacidade do time.
Mas elas se recuperam no jogo contra o Brasil, vencendo a seleção de Pia por 2 a 1, e desde então não conhecem outro sabor na competição que não a vitória. Apesar de problemas extracampo há poucos meses antes do início da Copa, a França parece ter encontrado o seu rumo. E, sob nova direção, pretende desafiar o tabu que a assombra e, quem sabe, sonhar com o título. O confronto entre ambas as seleções ocorre no sábado, dia 12, às 4h (de Brasília).