Pacaembu tem risco estrutural enquanto concessionária e linha do Metrô trocam acusações


Responsável por reformas no estádio alerta sobre possíveis danos causados pelas obras do transporte público

Por Sergio Neto e Ricardo Magatti
Atualização:

As obras no estádio do Pacaembu estão dando mais dor de cabeça que o previsto. A reinauguração do local tem passado por uma série de adiamentos e um imbróglio entre a concessionária responsável e o Metrô pode atrasar ainda mais a reabertura. O foco agora seria uma área comprometida sob gestão do Museu do Futebol.

A Concessionária Allegra Pacaembu, responsável pelas reformas no estádio, acusa a Linha Uni, encarregada por obras na linha laranja do Metrô, de fazer uma intervenção “sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico”. A intervenção da estação FAAP/Pacaembu, da Linha 6 - Laranja, estaria afetando diretamente as arquibancadas do Pacaembu, causando riscos estruturais.

O Estadão entrou em contato com as duas concessionárias. A Allegra alega que alertou a Linha Uni sobre o cuidado que precisa ser tomado em torno de um local historicamente importante como o estádio paulistano. Diz também ter “preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6″.

continua após a publicidade
O Estadão visitou o Pacaembu em março, quando estava sendo colocado o gramado sintético. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Allegra afirma que alertou a Linha Uni sobre as preocupações, que respondeu com “uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu”. Tal pronunciamento, para a concessionária que detém a outorga do Pacaembu, seria para eximir a Linha Uni de qualquer responsabilidade por eventuais danos estruturais causados no local.

Em resposta, a Linha Uni minimizou as acusações e diz que vem trabalhando em conjunto com a Allegra para que as duas obras sejam viabilizadas e realizadas ao mesmo tempo, sem interferência de uma à outra. A empresa responsável pela obra no transporte público ainda argumenta que “não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.”

continua após a publicidade

Reabertura adiada

Entre provocações, acusações e respostas, fato é que a reinauguração do estádio do Pacaembu está atrasada há meses. No março de 2023, o Estadão noticiou que o palco seria entregue em 25 de janeiro, dia de aniversário da cidade de São Paulo. Devido a atrasos nas obras, isso não foi possível. Então, uma nova data foi anunciada: 19 de abril, com show do cantor Roberto Carlos. Novamente, a promessa não foi cumprida, o que irritou os fãs do cantor que já haviam comprados os ingressos e só souberam do cancelamento do show horas antes do início do evento.

A concessionária informou, então, que o Pacaembu seria entregue no final deste mês, dia 29, mas não está certo que esse prazo será respeitado. Ainda assim, apenas uma parcela do complexo seria entregue, seguindo o contrato estabelecido no contrato de concessão: a piscina, o estádio e o centro de tênis. O complexo completo deverá ser reaberto apenas em 2025.

continua após a publicidade

Confira, na íntegra, a nota enviada ao Estadão pela Concessionária Allegra Pacaembu:

A Concessionária Allegra Pacaembu (“Allegra”) informa que, em dois ofícios endereçados à Concessionária Linha Universitária S.A. (“Linha Uni”), solicitou esclarecimentos sobre uma intervenção, feita pela Linha Uni, em área sob gestão do Museu do Futebol, sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico.

A Allegra alertou a Linha Uni, em ambas as comunicações, acerca do cuidado especial que um ativo da importância do Complexo Pacaembu demanda. E informou sua preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo.

continua após a publicidade

Mesmo sem nenhuma acusação ter sido feita pela Allegra, a Linha Uni respondeu com uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu, gerando ainda mais estranheza pela conduta e teor da resposta. Na qual fica evidenciada a tentativa, da Linha Uni, de se eximir de obrigações e responsabilidades perante órgãos municipais e estaduais, em especial ao intervir em local revestido de proteção por decretos de tombamento em dois níveis federativos.

Allegra Pacaembu

Veja o posicionamento da Linha Uni enviado ao Estadão:

continua após a publicidade

A Linha Uni vem mantendo contato com a Allegra de forma a compatibilizar os dois projetos. Cabe ressaltar que a concessionária já se posicionou, em resposta às alegações da Allegra, comprovando por meio de relatórios técnicos que não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.

Linha Uni

As obras no estádio do Pacaembu estão dando mais dor de cabeça que o previsto. A reinauguração do local tem passado por uma série de adiamentos e um imbróglio entre a concessionária responsável e o Metrô pode atrasar ainda mais a reabertura. O foco agora seria uma área comprometida sob gestão do Museu do Futebol.

A Concessionária Allegra Pacaembu, responsável pelas reformas no estádio, acusa a Linha Uni, encarregada por obras na linha laranja do Metrô, de fazer uma intervenção “sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico”. A intervenção da estação FAAP/Pacaembu, da Linha 6 - Laranja, estaria afetando diretamente as arquibancadas do Pacaembu, causando riscos estruturais.

O Estadão entrou em contato com as duas concessionárias. A Allegra alega que alertou a Linha Uni sobre o cuidado que precisa ser tomado em torno de um local historicamente importante como o estádio paulistano. Diz também ter “preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6″.

O Estadão visitou o Pacaembu em março, quando estava sendo colocado o gramado sintético. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Allegra afirma que alertou a Linha Uni sobre as preocupações, que respondeu com “uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu”. Tal pronunciamento, para a concessionária que detém a outorga do Pacaembu, seria para eximir a Linha Uni de qualquer responsabilidade por eventuais danos estruturais causados no local.

Em resposta, a Linha Uni minimizou as acusações e diz que vem trabalhando em conjunto com a Allegra para que as duas obras sejam viabilizadas e realizadas ao mesmo tempo, sem interferência de uma à outra. A empresa responsável pela obra no transporte público ainda argumenta que “não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.”

Reabertura adiada

Entre provocações, acusações e respostas, fato é que a reinauguração do estádio do Pacaembu está atrasada há meses. No março de 2023, o Estadão noticiou que o palco seria entregue em 25 de janeiro, dia de aniversário da cidade de São Paulo. Devido a atrasos nas obras, isso não foi possível. Então, uma nova data foi anunciada: 19 de abril, com show do cantor Roberto Carlos. Novamente, a promessa não foi cumprida, o que irritou os fãs do cantor que já haviam comprados os ingressos e só souberam do cancelamento do show horas antes do início do evento.

A concessionária informou, então, que o Pacaembu seria entregue no final deste mês, dia 29, mas não está certo que esse prazo será respeitado. Ainda assim, apenas uma parcela do complexo seria entregue, seguindo o contrato estabelecido no contrato de concessão: a piscina, o estádio e o centro de tênis. O complexo completo deverá ser reaberto apenas em 2025.

Confira, na íntegra, a nota enviada ao Estadão pela Concessionária Allegra Pacaembu:

A Concessionária Allegra Pacaembu (“Allegra”) informa que, em dois ofícios endereçados à Concessionária Linha Universitária S.A. (“Linha Uni”), solicitou esclarecimentos sobre uma intervenção, feita pela Linha Uni, em área sob gestão do Museu do Futebol, sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico.

A Allegra alertou a Linha Uni, em ambas as comunicações, acerca do cuidado especial que um ativo da importância do Complexo Pacaembu demanda. E informou sua preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo.

Mesmo sem nenhuma acusação ter sido feita pela Allegra, a Linha Uni respondeu com uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu, gerando ainda mais estranheza pela conduta e teor da resposta. Na qual fica evidenciada a tentativa, da Linha Uni, de se eximir de obrigações e responsabilidades perante órgãos municipais e estaduais, em especial ao intervir em local revestido de proteção por decretos de tombamento em dois níveis federativos.

Allegra Pacaembu

Veja o posicionamento da Linha Uni enviado ao Estadão:

A Linha Uni vem mantendo contato com a Allegra de forma a compatibilizar os dois projetos. Cabe ressaltar que a concessionária já se posicionou, em resposta às alegações da Allegra, comprovando por meio de relatórios técnicos que não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.

Linha Uni

As obras no estádio do Pacaembu estão dando mais dor de cabeça que o previsto. A reinauguração do local tem passado por uma série de adiamentos e um imbróglio entre a concessionária responsável e o Metrô pode atrasar ainda mais a reabertura. O foco agora seria uma área comprometida sob gestão do Museu do Futebol.

A Concessionária Allegra Pacaembu, responsável pelas reformas no estádio, acusa a Linha Uni, encarregada por obras na linha laranja do Metrô, de fazer uma intervenção “sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico”. A intervenção da estação FAAP/Pacaembu, da Linha 6 - Laranja, estaria afetando diretamente as arquibancadas do Pacaembu, causando riscos estruturais.

O Estadão entrou em contato com as duas concessionárias. A Allegra alega que alertou a Linha Uni sobre o cuidado que precisa ser tomado em torno de um local historicamente importante como o estádio paulistano. Diz também ter “preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6″.

O Estadão visitou o Pacaembu em março, quando estava sendo colocado o gramado sintético. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Allegra afirma que alertou a Linha Uni sobre as preocupações, que respondeu com “uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu”. Tal pronunciamento, para a concessionária que detém a outorga do Pacaembu, seria para eximir a Linha Uni de qualquer responsabilidade por eventuais danos estruturais causados no local.

Em resposta, a Linha Uni minimizou as acusações e diz que vem trabalhando em conjunto com a Allegra para que as duas obras sejam viabilizadas e realizadas ao mesmo tempo, sem interferência de uma à outra. A empresa responsável pela obra no transporte público ainda argumenta que “não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.”

Reabertura adiada

Entre provocações, acusações e respostas, fato é que a reinauguração do estádio do Pacaembu está atrasada há meses. No março de 2023, o Estadão noticiou que o palco seria entregue em 25 de janeiro, dia de aniversário da cidade de São Paulo. Devido a atrasos nas obras, isso não foi possível. Então, uma nova data foi anunciada: 19 de abril, com show do cantor Roberto Carlos. Novamente, a promessa não foi cumprida, o que irritou os fãs do cantor que já haviam comprados os ingressos e só souberam do cancelamento do show horas antes do início do evento.

A concessionária informou, então, que o Pacaembu seria entregue no final deste mês, dia 29, mas não está certo que esse prazo será respeitado. Ainda assim, apenas uma parcela do complexo seria entregue, seguindo o contrato estabelecido no contrato de concessão: a piscina, o estádio e o centro de tênis. O complexo completo deverá ser reaberto apenas em 2025.

Confira, na íntegra, a nota enviada ao Estadão pela Concessionária Allegra Pacaembu:

A Concessionária Allegra Pacaembu (“Allegra”) informa que, em dois ofícios endereçados à Concessionária Linha Universitária S.A. (“Linha Uni”), solicitou esclarecimentos sobre uma intervenção, feita pela Linha Uni, em área sob gestão do Museu do Futebol, sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico.

A Allegra alertou a Linha Uni, em ambas as comunicações, acerca do cuidado especial que um ativo da importância do Complexo Pacaembu demanda. E informou sua preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo.

Mesmo sem nenhuma acusação ter sido feita pela Allegra, a Linha Uni respondeu com uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu, gerando ainda mais estranheza pela conduta e teor da resposta. Na qual fica evidenciada a tentativa, da Linha Uni, de se eximir de obrigações e responsabilidades perante órgãos municipais e estaduais, em especial ao intervir em local revestido de proteção por decretos de tombamento em dois níveis federativos.

Allegra Pacaembu

Veja o posicionamento da Linha Uni enviado ao Estadão:

A Linha Uni vem mantendo contato com a Allegra de forma a compatibilizar os dois projetos. Cabe ressaltar que a concessionária já se posicionou, em resposta às alegações da Allegra, comprovando por meio de relatórios técnicos que não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.

Linha Uni

As obras no estádio do Pacaembu estão dando mais dor de cabeça que o previsto. A reinauguração do local tem passado por uma série de adiamentos e um imbróglio entre a concessionária responsável e o Metrô pode atrasar ainda mais a reabertura. O foco agora seria uma área comprometida sob gestão do Museu do Futebol.

A Concessionária Allegra Pacaembu, responsável pelas reformas no estádio, acusa a Linha Uni, encarregada por obras na linha laranja do Metrô, de fazer uma intervenção “sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico”. A intervenção da estação FAAP/Pacaembu, da Linha 6 - Laranja, estaria afetando diretamente as arquibancadas do Pacaembu, causando riscos estruturais.

O Estadão entrou em contato com as duas concessionárias. A Allegra alega que alertou a Linha Uni sobre o cuidado que precisa ser tomado em torno de um local historicamente importante como o estádio paulistano. Diz também ter “preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6″.

O Estadão visitou o Pacaembu em março, quando estava sendo colocado o gramado sintético. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Allegra afirma que alertou a Linha Uni sobre as preocupações, que respondeu com “uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu”. Tal pronunciamento, para a concessionária que detém a outorga do Pacaembu, seria para eximir a Linha Uni de qualquer responsabilidade por eventuais danos estruturais causados no local.

Em resposta, a Linha Uni minimizou as acusações e diz que vem trabalhando em conjunto com a Allegra para que as duas obras sejam viabilizadas e realizadas ao mesmo tempo, sem interferência de uma à outra. A empresa responsável pela obra no transporte público ainda argumenta que “não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.”

Reabertura adiada

Entre provocações, acusações e respostas, fato é que a reinauguração do estádio do Pacaembu está atrasada há meses. No março de 2023, o Estadão noticiou que o palco seria entregue em 25 de janeiro, dia de aniversário da cidade de São Paulo. Devido a atrasos nas obras, isso não foi possível. Então, uma nova data foi anunciada: 19 de abril, com show do cantor Roberto Carlos. Novamente, a promessa não foi cumprida, o que irritou os fãs do cantor que já haviam comprados os ingressos e só souberam do cancelamento do show horas antes do início do evento.

A concessionária informou, então, que o Pacaembu seria entregue no final deste mês, dia 29, mas não está certo que esse prazo será respeitado. Ainda assim, apenas uma parcela do complexo seria entregue, seguindo o contrato estabelecido no contrato de concessão: a piscina, o estádio e o centro de tênis. O complexo completo deverá ser reaberto apenas em 2025.

Confira, na íntegra, a nota enviada ao Estadão pela Concessionária Allegra Pacaembu:

A Concessionária Allegra Pacaembu (“Allegra”) informa que, em dois ofícios endereçados à Concessionária Linha Universitária S.A. (“Linha Uni”), solicitou esclarecimentos sobre uma intervenção, feita pela Linha Uni, em área sob gestão do Museu do Futebol, sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico.

A Allegra alertou a Linha Uni, em ambas as comunicações, acerca do cuidado especial que um ativo da importância do Complexo Pacaembu demanda. E informou sua preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo.

Mesmo sem nenhuma acusação ter sido feita pela Allegra, a Linha Uni respondeu com uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu, gerando ainda mais estranheza pela conduta e teor da resposta. Na qual fica evidenciada a tentativa, da Linha Uni, de se eximir de obrigações e responsabilidades perante órgãos municipais e estaduais, em especial ao intervir em local revestido de proteção por decretos de tombamento em dois níveis federativos.

Allegra Pacaembu

Veja o posicionamento da Linha Uni enviado ao Estadão:

A Linha Uni vem mantendo contato com a Allegra de forma a compatibilizar os dois projetos. Cabe ressaltar que a concessionária já se posicionou, em resposta às alegações da Allegra, comprovando por meio de relatórios técnicos que não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.

Linha Uni

As obras no estádio do Pacaembu estão dando mais dor de cabeça que o previsto. A reinauguração do local tem passado por uma série de adiamentos e um imbróglio entre a concessionária responsável e o Metrô pode atrasar ainda mais a reabertura. O foco agora seria uma área comprometida sob gestão do Museu do Futebol.

A Concessionária Allegra Pacaembu, responsável pelas reformas no estádio, acusa a Linha Uni, encarregada por obras na linha laranja do Metrô, de fazer uma intervenção “sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico”. A intervenção da estação FAAP/Pacaembu, da Linha 6 - Laranja, estaria afetando diretamente as arquibancadas do Pacaembu, causando riscos estruturais.

O Estadão entrou em contato com as duas concessionárias. A Allegra alega que alertou a Linha Uni sobre o cuidado que precisa ser tomado em torno de um local historicamente importante como o estádio paulistano. Diz também ter “preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6″.

O Estadão visitou o Pacaembu em março, quando estava sendo colocado o gramado sintético. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A Allegra afirma que alertou a Linha Uni sobre as preocupações, que respondeu com “uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu”. Tal pronunciamento, para a concessionária que detém a outorga do Pacaembu, seria para eximir a Linha Uni de qualquer responsabilidade por eventuais danos estruturais causados no local.

Em resposta, a Linha Uni minimizou as acusações e diz que vem trabalhando em conjunto com a Allegra para que as duas obras sejam viabilizadas e realizadas ao mesmo tempo, sem interferência de uma à outra. A empresa responsável pela obra no transporte público ainda argumenta que “não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.”

Reabertura adiada

Entre provocações, acusações e respostas, fato é que a reinauguração do estádio do Pacaembu está atrasada há meses. No março de 2023, o Estadão noticiou que o palco seria entregue em 25 de janeiro, dia de aniversário da cidade de São Paulo. Devido a atrasos nas obras, isso não foi possível. Então, uma nova data foi anunciada: 19 de abril, com show do cantor Roberto Carlos. Novamente, a promessa não foi cumprida, o que irritou os fãs do cantor que já haviam comprados os ingressos e só souberam do cancelamento do show horas antes do início do evento.

A concessionária informou, então, que o Pacaembu seria entregue no final deste mês, dia 29, mas não está certo que esse prazo será respeitado. Ainda assim, apenas uma parcela do complexo seria entregue, seguindo o contrato estabelecido no contrato de concessão: a piscina, o estádio e o centro de tênis. O complexo completo deverá ser reaberto apenas em 2025.

Confira, na íntegra, a nota enviada ao Estadão pela Concessionária Allegra Pacaembu:

A Concessionária Allegra Pacaembu (“Allegra”) informa que, em dois ofícios endereçados à Concessionária Linha Universitária S.A. (“Linha Uni”), solicitou esclarecimentos sobre uma intervenção, feita pela Linha Uni, em área sob gestão do Museu do Futebol, sem autorização das Secretarias Municipais e dos órgãos, municipal e estadual, de proteção ao Patrimônio Histórico.

A Allegra alertou a Linha Uni, em ambas as comunicações, acerca do cuidado especial que um ativo da importância do Complexo Pacaembu demanda. E informou sua preocupação, após tomar conhecimento de eventos recentes na Praça Charles Miller e na FAAP, afinal tais eventos ocorreram na área de influência do Complexo e podem estar relacionados com as obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo.

Mesmo sem nenhuma acusação ter sido feita pela Allegra, a Linha Uni respondeu com uma série de ilações e afirmações falaciosas sobre o andamento das obras de reforma, modernização e restauro do Pacaembu, gerando ainda mais estranheza pela conduta e teor da resposta. Na qual fica evidenciada a tentativa, da Linha Uni, de se eximir de obrigações e responsabilidades perante órgãos municipais e estaduais, em especial ao intervir em local revestido de proteção por decretos de tombamento em dois níveis federativos.

Allegra Pacaembu

Veja o posicionamento da Linha Uni enviado ao Estadão:

A Linha Uni vem mantendo contato com a Allegra de forma a compatibilizar os dois projetos. Cabe ressaltar que a concessionária já se posicionou, em resposta às alegações da Allegra, comprovando por meio de relatórios técnicos que não há qualquer relação entre as obras da Linha 6-Laranja de metrô e os alegados problemas estruturais do estádio.

Linha Uni

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.