Análise|Olimpíadas 2024: Brasil cai diante dos EUA de novo e fica com a prata em possível adeus de Marta


Seleção brasileira teve ótimas chances no primeiro tempo, mas falta de precisão prejudicou sonho de ficar com o ouro no futebol feminino em Paris

Por Marcos Antomil
Atualização:

PARIS - A seleção brasileira feminina de futebol perdeu, neste sábado, a decisão da medalha de ouro para os Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos de Paris, por 1 a 0. Atuando no Parque dos Príncipes, a equipe de Arthur Elias teve grandes oportunidades para sair de campo com o título, mas desperdiçou uma série de lances claros de gol e viu as norte-americanas anotarem uma única vez para subir no lugar mais alto do pódio.

Independentemente do resultado da final olímpica, a seleção brasileira já tem muito o que comemorar. O resultado inesperado fortalece o futebol feminino no País e traz a motivação necessária para a construção de um time e de uma energia positiva para a Copa do Mundo de 2027, que terá o Brasil como sede.

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É a terceira vez que o Brasil perde para os Estados Unidos uma final olímpica. O mesmo panorama foi visto em Atenas-2004 e Pequim-2008. A partida na capital francesa também pode ter colocado um ponto final da carreira de Marta junto à seleção brasileira e em torneios olímpicos. A maior estrela do País na modalidade está com 38 anos.

Marta entrou em campo no segundo tempo da final entre Brasil e Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP
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Logo no primeiro minuto de jogo, Ludmila desperdiçou uma grande chance brasileira ao ficar frente a frente com a goleira dos EUA. Pouco tempo depois, foi a vez de Jheniffer perder o tempo da bola e furar em lance claro na área. Os Estados Unidos passaram a ficar mais com a bola e deixaram o Brasil preso ao campo de defesa, tentando explorar algum contragolpe.

Aos 15 minutos, Ludmila tramou linda jogada pela esquerda, invadiu a área e marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento no momento do passe em profundidade para a atacante brasileira e anulou o gol. A seleção brasileira criava os lances mais perigosos, especialmente quando apostava nos duelos mano a mano pelas laterais. A arbitragem foi tema de recorrentes reclamações por decisões favoráveis às norte-americanas ao longo da etapa inicial. Vaias ecoaram pelo estádio do Paris Saint-Germain.

Depois da parada técnica para hidratação das atletas, o jogo ficou mais morno, o que ajudou as norte-americanas. A seleção brasileira valorizava as jogadas mais agudas e verticais, ou seja, aqueles lances que contam com mais velocidade e em direção ao gol. Já nos acréscimos, Gabi Portilho teve ótima oportunidade que parou na goleira Naeher.

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O Brasil foi muito superior aos Estados Unidos ao longo do primeiro tempo. Uma imposição técnica que já assistimos em outras finais olímpicas diante das norte-americanas. O grande pecado foi não ir para o intervalo com ao menos um gol de vantagem. Chances não faltaram, mas a precipitação e a falta de um pouco mais de capricho impediam o zero de sair do placar na capital francesa.

Ludmila foi a melhor jogadora em campo durante o primeiro tempo da final olímpica entre Brasil e EUA, em Paris. Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No início da segunda parte, a seleção brasileira mudou um pouco seu estilo, preferindo ficar mais tempo com a posse de bola e articulando de forma mais paciente as jogadas. Essa alteração prejudicou a fluidez do jogo brasileiro. Não demorou para a consequência bater à porta, com os EUA usando a principal arma do Brasil durante o primeiro tempo. Swanson arrancou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e marcou o gol para os Estados Unidos, aos 11 minutos.

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Com o placar adverso, Arthur Elias promoveu alterações. Marta entrou em campo, e Ludmila, que fora a melhor atleta na final, deixou o gramado. A ansiedade contribuiu para o desequilíbrio entre defesa e ataque do Brasil. Os Estados Unidos ficaram próximos de ampliar o placar. Problemas físicos foram sentidos pelas atletas brasileiras, casos de Vitória Yaya e Tarciane. No restante do duelo, o Brasil persistiu na luta pelo gol de empate, sem sucesso, ficando amarrado pela estratégia conservadora montada pelos EUA.

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Como foi a campanha do Brasil no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris

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A campanha da seleção brasileira nesse Jogos Olímpicos começou com vitória magra sobre a Nigéria por 1 a 0. Na segunda rodada da fase de grupos, a vitória e consequente classificação antecipada para as quartas de final parecia encaminhada sobre o Japão, mas nos acréscimos do segundo tempo, as adversárias viraram a partida: 2 a 1. No jogo derradeiro, diante da Espanha, atual campeã mundial, Marta foi expulsa e o Brasil foi derrotado por 2 a 0.

Graças ao formato da competição, o Brasil avançou para a próxima etapa como o segundo melhor terceiro colocado, representando a pior campanha entre as oitos seleções das quartas de final. A adversária dessa fase foi a França, dona da casa. Na parte final do jogo, Gabi Portilho marcou o gol da vitória brasileira. O duelo ficou marcado pelo tempo dado de acréscimos pela arbitragem, que totalizou 25 minutos.

O cenário se repetiu na semifinal, 24 minutos de acréscimo somando as duas partes do jogo. Sem poder contar com Marta, que pegou dois jogos de suspensão, o Brasil mediu forças novamente com as espanholas e foi muito superior durante toda a partida. A vitória por 4 a 2 garantiu a seleção de volta à final olímpica após 16 anos.

PARIS - A seleção brasileira feminina de futebol perdeu, neste sábado, a decisão da medalha de ouro para os Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos de Paris, por 1 a 0. Atuando no Parque dos Príncipes, a equipe de Arthur Elias teve grandes oportunidades para sair de campo com o título, mas desperdiçou uma série de lances claros de gol e viu as norte-americanas anotarem uma única vez para subir no lugar mais alto do pódio.

Independentemente do resultado da final olímpica, a seleção brasileira já tem muito o que comemorar. O resultado inesperado fortalece o futebol feminino no País e traz a motivação necessária para a construção de um time e de uma energia positiva para a Copa do Mundo de 2027, que terá o Brasil como sede.

É a terceira vez que o Brasil perde para os Estados Unidos uma final olímpica. O mesmo panorama foi visto em Atenas-2004 e Pequim-2008. A partida na capital francesa também pode ter colocado um ponto final da carreira de Marta junto à seleção brasileira e em torneios olímpicos. A maior estrela do País na modalidade está com 38 anos.

Marta entrou em campo no segundo tempo da final entre Brasil e Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP

Logo no primeiro minuto de jogo, Ludmila desperdiçou uma grande chance brasileira ao ficar frente a frente com a goleira dos EUA. Pouco tempo depois, foi a vez de Jheniffer perder o tempo da bola e furar em lance claro na área. Os Estados Unidos passaram a ficar mais com a bola e deixaram o Brasil preso ao campo de defesa, tentando explorar algum contragolpe.

Aos 15 minutos, Ludmila tramou linda jogada pela esquerda, invadiu a área e marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento no momento do passe em profundidade para a atacante brasileira e anulou o gol. A seleção brasileira criava os lances mais perigosos, especialmente quando apostava nos duelos mano a mano pelas laterais. A arbitragem foi tema de recorrentes reclamações por decisões favoráveis às norte-americanas ao longo da etapa inicial. Vaias ecoaram pelo estádio do Paris Saint-Germain.

Depois da parada técnica para hidratação das atletas, o jogo ficou mais morno, o que ajudou as norte-americanas. A seleção brasileira valorizava as jogadas mais agudas e verticais, ou seja, aqueles lances que contam com mais velocidade e em direção ao gol. Já nos acréscimos, Gabi Portilho teve ótima oportunidade que parou na goleira Naeher.

O Brasil foi muito superior aos Estados Unidos ao longo do primeiro tempo. Uma imposição técnica que já assistimos em outras finais olímpicas diante das norte-americanas. O grande pecado foi não ir para o intervalo com ao menos um gol de vantagem. Chances não faltaram, mas a precipitação e a falta de um pouco mais de capricho impediam o zero de sair do placar na capital francesa.

Ludmila foi a melhor jogadora em campo durante o primeiro tempo da final olímpica entre Brasil e EUA, em Paris. Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No início da segunda parte, a seleção brasileira mudou um pouco seu estilo, preferindo ficar mais tempo com a posse de bola e articulando de forma mais paciente as jogadas. Essa alteração prejudicou a fluidez do jogo brasileiro. Não demorou para a consequência bater à porta, com os EUA usando a principal arma do Brasil durante o primeiro tempo. Swanson arrancou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e marcou o gol para os Estados Unidos, aos 11 minutos.

Com o placar adverso, Arthur Elias promoveu alterações. Marta entrou em campo, e Ludmila, que fora a melhor atleta na final, deixou o gramado. A ansiedade contribuiu para o desequilíbrio entre defesa e ataque do Brasil. Os Estados Unidos ficaram próximos de ampliar o placar. Problemas físicos foram sentidos pelas atletas brasileiras, casos de Vitória Yaya e Tarciane. No restante do duelo, o Brasil persistiu na luta pelo gol de empate, sem sucesso, ficando amarrado pela estratégia conservadora montada pelos EUA.

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Como foi a campanha do Brasil no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris

A campanha da seleção brasileira nesse Jogos Olímpicos começou com vitória magra sobre a Nigéria por 1 a 0. Na segunda rodada da fase de grupos, a vitória e consequente classificação antecipada para as quartas de final parecia encaminhada sobre o Japão, mas nos acréscimos do segundo tempo, as adversárias viraram a partida: 2 a 1. No jogo derradeiro, diante da Espanha, atual campeã mundial, Marta foi expulsa e o Brasil foi derrotado por 2 a 0.

Graças ao formato da competição, o Brasil avançou para a próxima etapa como o segundo melhor terceiro colocado, representando a pior campanha entre as oitos seleções das quartas de final. A adversária dessa fase foi a França, dona da casa. Na parte final do jogo, Gabi Portilho marcou o gol da vitória brasileira. O duelo ficou marcado pelo tempo dado de acréscimos pela arbitragem, que totalizou 25 minutos.

O cenário se repetiu na semifinal, 24 minutos de acréscimo somando as duas partes do jogo. Sem poder contar com Marta, que pegou dois jogos de suspensão, o Brasil mediu forças novamente com as espanholas e foi muito superior durante toda a partida. A vitória por 4 a 2 garantiu a seleção de volta à final olímpica após 16 anos.

PARIS - A seleção brasileira feminina de futebol perdeu, neste sábado, a decisão da medalha de ouro para os Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos de Paris, por 1 a 0. Atuando no Parque dos Príncipes, a equipe de Arthur Elias teve grandes oportunidades para sair de campo com o título, mas desperdiçou uma série de lances claros de gol e viu as norte-americanas anotarem uma única vez para subir no lugar mais alto do pódio.

Independentemente do resultado da final olímpica, a seleção brasileira já tem muito o que comemorar. O resultado inesperado fortalece o futebol feminino no País e traz a motivação necessária para a construção de um time e de uma energia positiva para a Copa do Mundo de 2027, que terá o Brasil como sede.

É a terceira vez que o Brasil perde para os Estados Unidos uma final olímpica. O mesmo panorama foi visto em Atenas-2004 e Pequim-2008. A partida na capital francesa também pode ter colocado um ponto final da carreira de Marta junto à seleção brasileira e em torneios olímpicos. A maior estrela do País na modalidade está com 38 anos.

Marta entrou em campo no segundo tempo da final entre Brasil e Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP

Logo no primeiro minuto de jogo, Ludmila desperdiçou uma grande chance brasileira ao ficar frente a frente com a goleira dos EUA. Pouco tempo depois, foi a vez de Jheniffer perder o tempo da bola e furar em lance claro na área. Os Estados Unidos passaram a ficar mais com a bola e deixaram o Brasil preso ao campo de defesa, tentando explorar algum contragolpe.

Aos 15 minutos, Ludmila tramou linda jogada pela esquerda, invadiu a área e marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento no momento do passe em profundidade para a atacante brasileira e anulou o gol. A seleção brasileira criava os lances mais perigosos, especialmente quando apostava nos duelos mano a mano pelas laterais. A arbitragem foi tema de recorrentes reclamações por decisões favoráveis às norte-americanas ao longo da etapa inicial. Vaias ecoaram pelo estádio do Paris Saint-Germain.

Depois da parada técnica para hidratação das atletas, o jogo ficou mais morno, o que ajudou as norte-americanas. A seleção brasileira valorizava as jogadas mais agudas e verticais, ou seja, aqueles lances que contam com mais velocidade e em direção ao gol. Já nos acréscimos, Gabi Portilho teve ótima oportunidade que parou na goleira Naeher.

O Brasil foi muito superior aos Estados Unidos ao longo do primeiro tempo. Uma imposição técnica que já assistimos em outras finais olímpicas diante das norte-americanas. O grande pecado foi não ir para o intervalo com ao menos um gol de vantagem. Chances não faltaram, mas a precipitação e a falta de um pouco mais de capricho impediam o zero de sair do placar na capital francesa.

Ludmila foi a melhor jogadora em campo durante o primeiro tempo da final olímpica entre Brasil e EUA, em Paris. Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No início da segunda parte, a seleção brasileira mudou um pouco seu estilo, preferindo ficar mais tempo com a posse de bola e articulando de forma mais paciente as jogadas. Essa alteração prejudicou a fluidez do jogo brasileiro. Não demorou para a consequência bater à porta, com os EUA usando a principal arma do Brasil durante o primeiro tempo. Swanson arrancou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e marcou o gol para os Estados Unidos, aos 11 minutos.

Com o placar adverso, Arthur Elias promoveu alterações. Marta entrou em campo, e Ludmila, que fora a melhor atleta na final, deixou o gramado. A ansiedade contribuiu para o desequilíbrio entre defesa e ataque do Brasil. Os Estados Unidos ficaram próximos de ampliar o placar. Problemas físicos foram sentidos pelas atletas brasileiras, casos de Vitória Yaya e Tarciane. No restante do duelo, o Brasil persistiu na luta pelo gol de empate, sem sucesso, ficando amarrado pela estratégia conservadora montada pelos EUA.

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Como foi a campanha do Brasil no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris

A campanha da seleção brasileira nesse Jogos Olímpicos começou com vitória magra sobre a Nigéria por 1 a 0. Na segunda rodada da fase de grupos, a vitória e consequente classificação antecipada para as quartas de final parecia encaminhada sobre o Japão, mas nos acréscimos do segundo tempo, as adversárias viraram a partida: 2 a 1. No jogo derradeiro, diante da Espanha, atual campeã mundial, Marta foi expulsa e o Brasil foi derrotado por 2 a 0.

Graças ao formato da competição, o Brasil avançou para a próxima etapa como o segundo melhor terceiro colocado, representando a pior campanha entre as oitos seleções das quartas de final. A adversária dessa fase foi a França, dona da casa. Na parte final do jogo, Gabi Portilho marcou o gol da vitória brasileira. O duelo ficou marcado pelo tempo dado de acréscimos pela arbitragem, que totalizou 25 minutos.

O cenário se repetiu na semifinal, 24 minutos de acréscimo somando as duas partes do jogo. Sem poder contar com Marta, que pegou dois jogos de suspensão, o Brasil mediu forças novamente com as espanholas e foi muito superior durante toda a partida. A vitória por 4 a 2 garantiu a seleção de volta à final olímpica após 16 anos.

PARIS - A seleção brasileira feminina de futebol perdeu, neste sábado, a decisão da medalha de ouro para os Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos de Paris, por 1 a 0. Atuando no Parque dos Príncipes, a equipe de Arthur Elias teve grandes oportunidades para sair de campo com o título, mas desperdiçou uma série de lances claros de gol e viu as norte-americanas anotarem uma única vez para subir no lugar mais alto do pódio.

Independentemente do resultado da final olímpica, a seleção brasileira já tem muito o que comemorar. O resultado inesperado fortalece o futebol feminino no País e traz a motivação necessária para a construção de um time e de uma energia positiva para a Copa do Mundo de 2027, que terá o Brasil como sede.

É a terceira vez que o Brasil perde para os Estados Unidos uma final olímpica. O mesmo panorama foi visto em Atenas-2004 e Pequim-2008. A partida na capital francesa também pode ter colocado um ponto final da carreira de Marta junto à seleção brasileira e em torneios olímpicos. A maior estrela do País na modalidade está com 38 anos.

Marta entrou em campo no segundo tempo da final entre Brasil e Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Vadim Ghirda/AP

Logo no primeiro minuto de jogo, Ludmila desperdiçou uma grande chance brasileira ao ficar frente a frente com a goleira dos EUA. Pouco tempo depois, foi a vez de Jheniffer perder o tempo da bola e furar em lance claro na área. Os Estados Unidos passaram a ficar mais com a bola e deixaram o Brasil preso ao campo de defesa, tentando explorar algum contragolpe.

Aos 15 minutos, Ludmila tramou linda jogada pela esquerda, invadiu a área e marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento no momento do passe em profundidade para a atacante brasileira e anulou o gol. A seleção brasileira criava os lances mais perigosos, especialmente quando apostava nos duelos mano a mano pelas laterais. A arbitragem foi tema de recorrentes reclamações por decisões favoráveis às norte-americanas ao longo da etapa inicial. Vaias ecoaram pelo estádio do Paris Saint-Germain.

Depois da parada técnica para hidratação das atletas, o jogo ficou mais morno, o que ajudou as norte-americanas. A seleção brasileira valorizava as jogadas mais agudas e verticais, ou seja, aqueles lances que contam com mais velocidade e em direção ao gol. Já nos acréscimos, Gabi Portilho teve ótima oportunidade que parou na goleira Naeher.

O Brasil foi muito superior aos Estados Unidos ao longo do primeiro tempo. Uma imposição técnica que já assistimos em outras finais olímpicas diante das norte-americanas. O grande pecado foi não ir para o intervalo com ao menos um gol de vantagem. Chances não faltaram, mas a precipitação e a falta de um pouco mais de capricho impediam o zero de sair do placar na capital francesa.

Ludmila foi a melhor jogadora em campo durante o primeiro tempo da final olímpica entre Brasil e EUA, em Paris. Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

No início da segunda parte, a seleção brasileira mudou um pouco seu estilo, preferindo ficar mais tempo com a posse de bola e articulando de forma mais paciente as jogadas. Essa alteração prejudicou a fluidez do jogo brasileiro. Não demorou para a consequência bater à porta, com os EUA usando a principal arma do Brasil durante o primeiro tempo. Swanson arrancou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e marcou o gol para os Estados Unidos, aos 11 minutos.

Com o placar adverso, Arthur Elias promoveu alterações. Marta entrou em campo, e Ludmila, que fora a melhor atleta na final, deixou o gramado. A ansiedade contribuiu para o desequilíbrio entre defesa e ataque do Brasil. Os Estados Unidos ficaram próximos de ampliar o placar. Problemas físicos foram sentidos pelas atletas brasileiras, casos de Vitória Yaya e Tarciane. No restante do duelo, o Brasil persistiu na luta pelo gol de empate, sem sucesso, ficando amarrado pela estratégia conservadora montada pelos EUA.

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Como foi a campanha do Brasil no futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris

A campanha da seleção brasileira nesse Jogos Olímpicos começou com vitória magra sobre a Nigéria por 1 a 0. Na segunda rodada da fase de grupos, a vitória e consequente classificação antecipada para as quartas de final parecia encaminhada sobre o Japão, mas nos acréscimos do segundo tempo, as adversárias viraram a partida: 2 a 1. No jogo derradeiro, diante da Espanha, atual campeã mundial, Marta foi expulsa e o Brasil foi derrotado por 2 a 0.

Graças ao formato da competição, o Brasil avançou para a próxima etapa como o segundo melhor terceiro colocado, representando a pior campanha entre as oitos seleções das quartas de final. A adversária dessa fase foi a França, dona da casa. Na parte final do jogo, Gabi Portilho marcou o gol da vitória brasileira. O duelo ficou marcado pelo tempo dado de acréscimos pela arbitragem, que totalizou 25 minutos.

O cenário se repetiu na semifinal, 24 minutos de acréscimo somando as duas partes do jogo. Sem poder contar com Marta, que pegou dois jogos de suspensão, o Brasil mediu forças novamente com as espanholas e foi muito superior durante toda a partida. A vitória por 4 a 2 garantiu a seleção de volta à final olímpica após 16 anos.

Análise por Marcos Antomil

Editor assistente de Esportes. Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduado em Jornalismo e Transmissões Esportivas pela Universidad Nebrija (Espanha).

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