Onde o Brasil errou? Leia análises da eliminação da seleção na Copa do Mundo


Derrota nos pênaltis diante da Croácia significou o fim da linha para o time comandado pelo técnico Tite

Por Redação
Atualização:

O tabu foi mantido e, mais uma vez, o sonho do hexa foi adiado. A seleção brasileira ficou no empate por 0 a 0 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia pelas quartas de final da Copa do Mundo, dando adeus à competição. Confira análise dos profissionais do Estadão após mais uma eliminação do Brasil.

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Robson Morelli, editor geral de esportes

O Brasil está fora da Copa do Mundo do Catar. Empatou no tempo normal sem gols, empatou por 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia. Faltou tudo ao time nesta decisão de quartas de final. É a terceira Copa de Neymar sem nada. É o quinto fracasso depois do penta, sempre diante de um rival europeu. Neymar ficou devendo. Fez um gol no fim do primeiro tempo da prorrogação, mas a equipe permitiu o empate logo depois, em um contra-ataque com a defesa toda desarrumada. Não podia ser assim. Faltou ataque na decisão. Vini Jr, Richarlison e Raphinha não funcionaram. Paquetá só melhorou depois que deixou de ser volante e passou a atuar de meia. Numas dessas jogadas, ele achou Neymar para fazer o gol. O único gol. A defesa foi pouco exigida, mas quando precisou segurar o resultado na prorrogação, não soube fazer isso. O Brasil tinha apenas uma jogada: passar a bola para Neymar. Não deu certo. Nos pênaltis, Rodrygo e Marquinhos erraram suas cobranças. O Brasil volta para o fundo do poço em Mundiais.

Marcius Azevedo, editor assistente de esportes

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Uma das virtudes de Tite como treinador sempre foi aprender com os erros e, na segunda chance, alcançar um patamar melhor do que o anterior. A eliminação diante da Croácia provou que o técnico, desta vez, não soube tirar qualquer lição da queda em 2018, na Rússia. Aquela derrota para a Bélgica deixou claro o que é necessário para ganhar uma Copa do Mundo. O Brasil foi precavido durante 70% dos 120 minutos contra os croatas. Mesmo assim, em uma jogada de craque de Neymar, abriu o placar já na prorrogação e estava muito perto de carimbar sua vaga para jogar uma semifinal. Mas Tite quis mexer no time. Colocou Alex Sandro frio em um jogo quente. Foi punido com o gol ao desarrumar o setor defensivo. A bola que bateu em Marquinhos, que não estava no lugar certo, matou Alisson. Apesar do empate, o Brasil ainda tinha os pênaltis para provar que aprendeu com sua eliminação há pouco mais de quatro anos. Mas onde estava Neymar? O craque, o melhor batedor, só apareceu nas imagens rezando pelos companheiros. O Brasil volta para casa. E Tite certamente vai ficar um bom tempo pensando no que fez naqueles instantes que definiram que ele não iria conquistar uma Copa.

Rodrygo, Pedro e Neymar após o Brasil ser eliminado pela Croácia Foto: Matthew Childs / Reuters

Almir Leite, editor assistente de esportes

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Neymar é o melhor batedor de pênalti da seleção brasileira. Por que, então, não abriu a cobrança de pênaltis contra a Croácia? Ele estava em campo, e recomenda a lógica que iniciasse a série que definiria quem passaria à semifinal da Copa do Mundo. Ele poderia perder? Claro que poderia. Mas muitas vezes, no futebol e na vida, fazer o simples, o lógico, dá resultados. O Brasil para novamente nas quartas de final da Copa do Mundo. Tite, único a ter segunda chance como treinador, também. Parou no mesmo lugar. Não evoluiu. E, a rigor, não dá para a seleção reclamar da eliminação. O Brasil teve mais volume a partir do segundo tempo, quando a Croácia cansou. Dominou a partida, mas isso não quer dizer que não tenha pecado bastante. No primeiro, por exemplo, com marcação frouxa, lentidão e deixando o meio de campo adversário ditar o ritmo, os brasileiros assistiram ao domínio dos croatas. No cômputo geral, a seleção esteve longe de apresentar um futebol envolvente. Permitiu, inclusive na segunda etapa, o toque de bola dos europeus, claramente mais desgastados e interessados em quebrar o ritmo do jogo. As alterações de Tite melhoraram o time. Rodrygo e Antony entraram bem. Mas mesmo com isso, e as várias bolas que “bateram” no goleiro adversário, faltou muito à seleção. Mais variação de jogadas, mais lances individuais, laterais que apoiassem mais. Faltou muita coisa à seleção. Inclusive depois de Neymar ter marcado na prorrogação um belo gol em bela jogada. Como se permite um contra-ataque adversário no fim da prorrogação? O castigo foi merecido.

Glauco de Pierri, editor assistente de esportes

A covardia do treinador do Brasil selou o destino da equipe na Copa do Mundo do Catar. Tite é um técnico que possui “teimosias”, e não convicções. Desde o início da Copa, a palavra de ordem contra equipes bem treinadas e de qualidade, que se defendem em bloco, é a velocidade na troca de passes no meio-campo. Durante os 90 minutos, a seleção mostrou ter muito mais receio de levar um gol da Croácia do que vontade de ir com agressividade e velocidade para o ataque, fatores decisivos de um jogo e que foram prometidos pelo técnico Tite na véspera da partida. A equipe chegou muito mais na base da individualidade do que na tática. Casemiro e Paquetá, com ritmo lento, não deram fluidez na transição. Raphinha teve atuação medíocre e Vinicius Junior, sempre perigoso, não deveria ter saído. Na prorrogação, mais uma vez a genialidade de Neymar fez o brasileiro sorrir. E o que Tite fez? Usou a sua irritante teimosia, colocou volantes no jogo, trouxe a Croácia para o campo brasileiro e desperdiçou a maior chance de sua vida. Duas Copas do Mundo para um treinador retranqueiro como Tite é demais para o tamanho da seleção brasileira. Já passou da hora da mudança - adeus Adenor e família.

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Raphael Ramos, editor assistente

Goleiro precisa ter sorte. Alisson não teve nas quartas de final de 2018, diante da Bélgica, e não teve novamente nesta sexta-feira contra a Croácia. Além de talento e competência, os grandes campeões precisam contar com algo a mais nos jogos importantes e complicados, como são quartas de final de Copas do Mundo. Contra a Croácia, a sorte não esteve ao lado do goleiro do Liverpool no chute desviado em Marquinhos no finzinho da prorrogação e muito menos nos pênaltis, quando ele bem que tentou, mas nada fez para evitar a eliminação do Brasil. Tite confiou em Alisson mais uma vez e os dois morreram abraçados na praia. Talvez o Brasil tivesse sorte melhor se o goleiro titular fosse Weverton, Ederson ou até mesmo Cássio, que há exatos dez anos contou com a sorte para fazer Tite campeão do mundo. De clubes.

O tabu foi mantido e, mais uma vez, o sonho do hexa foi adiado. A seleção brasileira ficou no empate por 0 a 0 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia pelas quartas de final da Copa do Mundo, dando adeus à competição. Confira análise dos profissionais do Estadão após mais uma eliminação do Brasil.

Robson Morelli, editor geral de esportes

O Brasil está fora da Copa do Mundo do Catar. Empatou no tempo normal sem gols, empatou por 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia. Faltou tudo ao time nesta decisão de quartas de final. É a terceira Copa de Neymar sem nada. É o quinto fracasso depois do penta, sempre diante de um rival europeu. Neymar ficou devendo. Fez um gol no fim do primeiro tempo da prorrogação, mas a equipe permitiu o empate logo depois, em um contra-ataque com a defesa toda desarrumada. Não podia ser assim. Faltou ataque na decisão. Vini Jr, Richarlison e Raphinha não funcionaram. Paquetá só melhorou depois que deixou de ser volante e passou a atuar de meia. Numas dessas jogadas, ele achou Neymar para fazer o gol. O único gol. A defesa foi pouco exigida, mas quando precisou segurar o resultado na prorrogação, não soube fazer isso. O Brasil tinha apenas uma jogada: passar a bola para Neymar. Não deu certo. Nos pênaltis, Rodrygo e Marquinhos erraram suas cobranças. O Brasil volta para o fundo do poço em Mundiais.

Marcius Azevedo, editor assistente de esportes

Uma das virtudes de Tite como treinador sempre foi aprender com os erros e, na segunda chance, alcançar um patamar melhor do que o anterior. A eliminação diante da Croácia provou que o técnico, desta vez, não soube tirar qualquer lição da queda em 2018, na Rússia. Aquela derrota para a Bélgica deixou claro o que é necessário para ganhar uma Copa do Mundo. O Brasil foi precavido durante 70% dos 120 minutos contra os croatas. Mesmo assim, em uma jogada de craque de Neymar, abriu o placar já na prorrogação e estava muito perto de carimbar sua vaga para jogar uma semifinal. Mas Tite quis mexer no time. Colocou Alex Sandro frio em um jogo quente. Foi punido com o gol ao desarrumar o setor defensivo. A bola que bateu em Marquinhos, que não estava no lugar certo, matou Alisson. Apesar do empate, o Brasil ainda tinha os pênaltis para provar que aprendeu com sua eliminação há pouco mais de quatro anos. Mas onde estava Neymar? O craque, o melhor batedor, só apareceu nas imagens rezando pelos companheiros. O Brasil volta para casa. E Tite certamente vai ficar um bom tempo pensando no que fez naqueles instantes que definiram que ele não iria conquistar uma Copa.

Rodrygo, Pedro e Neymar após o Brasil ser eliminado pela Croácia Foto: Matthew Childs / Reuters

Almir Leite, editor assistente de esportes

Neymar é o melhor batedor de pênalti da seleção brasileira. Por que, então, não abriu a cobrança de pênaltis contra a Croácia? Ele estava em campo, e recomenda a lógica que iniciasse a série que definiria quem passaria à semifinal da Copa do Mundo. Ele poderia perder? Claro que poderia. Mas muitas vezes, no futebol e na vida, fazer o simples, o lógico, dá resultados. O Brasil para novamente nas quartas de final da Copa do Mundo. Tite, único a ter segunda chance como treinador, também. Parou no mesmo lugar. Não evoluiu. E, a rigor, não dá para a seleção reclamar da eliminação. O Brasil teve mais volume a partir do segundo tempo, quando a Croácia cansou. Dominou a partida, mas isso não quer dizer que não tenha pecado bastante. No primeiro, por exemplo, com marcação frouxa, lentidão e deixando o meio de campo adversário ditar o ritmo, os brasileiros assistiram ao domínio dos croatas. No cômputo geral, a seleção esteve longe de apresentar um futebol envolvente. Permitiu, inclusive na segunda etapa, o toque de bola dos europeus, claramente mais desgastados e interessados em quebrar o ritmo do jogo. As alterações de Tite melhoraram o time. Rodrygo e Antony entraram bem. Mas mesmo com isso, e as várias bolas que “bateram” no goleiro adversário, faltou muito à seleção. Mais variação de jogadas, mais lances individuais, laterais que apoiassem mais. Faltou muita coisa à seleção. Inclusive depois de Neymar ter marcado na prorrogação um belo gol em bela jogada. Como se permite um contra-ataque adversário no fim da prorrogação? O castigo foi merecido.

Glauco de Pierri, editor assistente de esportes

A covardia do treinador do Brasil selou o destino da equipe na Copa do Mundo do Catar. Tite é um técnico que possui “teimosias”, e não convicções. Desde o início da Copa, a palavra de ordem contra equipes bem treinadas e de qualidade, que se defendem em bloco, é a velocidade na troca de passes no meio-campo. Durante os 90 minutos, a seleção mostrou ter muito mais receio de levar um gol da Croácia do que vontade de ir com agressividade e velocidade para o ataque, fatores decisivos de um jogo e que foram prometidos pelo técnico Tite na véspera da partida. A equipe chegou muito mais na base da individualidade do que na tática. Casemiro e Paquetá, com ritmo lento, não deram fluidez na transição. Raphinha teve atuação medíocre e Vinicius Junior, sempre perigoso, não deveria ter saído. Na prorrogação, mais uma vez a genialidade de Neymar fez o brasileiro sorrir. E o que Tite fez? Usou a sua irritante teimosia, colocou volantes no jogo, trouxe a Croácia para o campo brasileiro e desperdiçou a maior chance de sua vida. Duas Copas do Mundo para um treinador retranqueiro como Tite é demais para o tamanho da seleção brasileira. Já passou da hora da mudança - adeus Adenor e família.

Raphael Ramos, editor assistente

Goleiro precisa ter sorte. Alisson não teve nas quartas de final de 2018, diante da Bélgica, e não teve novamente nesta sexta-feira contra a Croácia. Além de talento e competência, os grandes campeões precisam contar com algo a mais nos jogos importantes e complicados, como são quartas de final de Copas do Mundo. Contra a Croácia, a sorte não esteve ao lado do goleiro do Liverpool no chute desviado em Marquinhos no finzinho da prorrogação e muito menos nos pênaltis, quando ele bem que tentou, mas nada fez para evitar a eliminação do Brasil. Tite confiou em Alisson mais uma vez e os dois morreram abraçados na praia. Talvez o Brasil tivesse sorte melhor se o goleiro titular fosse Weverton, Ederson ou até mesmo Cássio, que há exatos dez anos contou com a sorte para fazer Tite campeão do mundo. De clubes.

O tabu foi mantido e, mais uma vez, o sonho do hexa foi adiado. A seleção brasileira ficou no empate por 0 a 0 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia pelas quartas de final da Copa do Mundo, dando adeus à competição. Confira análise dos profissionais do Estadão após mais uma eliminação do Brasil.

Robson Morelli, editor geral de esportes

O Brasil está fora da Copa do Mundo do Catar. Empatou no tempo normal sem gols, empatou por 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia. Faltou tudo ao time nesta decisão de quartas de final. É a terceira Copa de Neymar sem nada. É o quinto fracasso depois do penta, sempre diante de um rival europeu. Neymar ficou devendo. Fez um gol no fim do primeiro tempo da prorrogação, mas a equipe permitiu o empate logo depois, em um contra-ataque com a defesa toda desarrumada. Não podia ser assim. Faltou ataque na decisão. Vini Jr, Richarlison e Raphinha não funcionaram. Paquetá só melhorou depois que deixou de ser volante e passou a atuar de meia. Numas dessas jogadas, ele achou Neymar para fazer o gol. O único gol. A defesa foi pouco exigida, mas quando precisou segurar o resultado na prorrogação, não soube fazer isso. O Brasil tinha apenas uma jogada: passar a bola para Neymar. Não deu certo. Nos pênaltis, Rodrygo e Marquinhos erraram suas cobranças. O Brasil volta para o fundo do poço em Mundiais.

Marcius Azevedo, editor assistente de esportes

Uma das virtudes de Tite como treinador sempre foi aprender com os erros e, na segunda chance, alcançar um patamar melhor do que o anterior. A eliminação diante da Croácia provou que o técnico, desta vez, não soube tirar qualquer lição da queda em 2018, na Rússia. Aquela derrota para a Bélgica deixou claro o que é necessário para ganhar uma Copa do Mundo. O Brasil foi precavido durante 70% dos 120 minutos contra os croatas. Mesmo assim, em uma jogada de craque de Neymar, abriu o placar já na prorrogação e estava muito perto de carimbar sua vaga para jogar uma semifinal. Mas Tite quis mexer no time. Colocou Alex Sandro frio em um jogo quente. Foi punido com o gol ao desarrumar o setor defensivo. A bola que bateu em Marquinhos, que não estava no lugar certo, matou Alisson. Apesar do empate, o Brasil ainda tinha os pênaltis para provar que aprendeu com sua eliminação há pouco mais de quatro anos. Mas onde estava Neymar? O craque, o melhor batedor, só apareceu nas imagens rezando pelos companheiros. O Brasil volta para casa. E Tite certamente vai ficar um bom tempo pensando no que fez naqueles instantes que definiram que ele não iria conquistar uma Copa.

Rodrygo, Pedro e Neymar após o Brasil ser eliminado pela Croácia Foto: Matthew Childs / Reuters

Almir Leite, editor assistente de esportes

Neymar é o melhor batedor de pênalti da seleção brasileira. Por que, então, não abriu a cobrança de pênaltis contra a Croácia? Ele estava em campo, e recomenda a lógica que iniciasse a série que definiria quem passaria à semifinal da Copa do Mundo. Ele poderia perder? Claro que poderia. Mas muitas vezes, no futebol e na vida, fazer o simples, o lógico, dá resultados. O Brasil para novamente nas quartas de final da Copa do Mundo. Tite, único a ter segunda chance como treinador, também. Parou no mesmo lugar. Não evoluiu. E, a rigor, não dá para a seleção reclamar da eliminação. O Brasil teve mais volume a partir do segundo tempo, quando a Croácia cansou. Dominou a partida, mas isso não quer dizer que não tenha pecado bastante. No primeiro, por exemplo, com marcação frouxa, lentidão e deixando o meio de campo adversário ditar o ritmo, os brasileiros assistiram ao domínio dos croatas. No cômputo geral, a seleção esteve longe de apresentar um futebol envolvente. Permitiu, inclusive na segunda etapa, o toque de bola dos europeus, claramente mais desgastados e interessados em quebrar o ritmo do jogo. As alterações de Tite melhoraram o time. Rodrygo e Antony entraram bem. Mas mesmo com isso, e as várias bolas que “bateram” no goleiro adversário, faltou muito à seleção. Mais variação de jogadas, mais lances individuais, laterais que apoiassem mais. Faltou muita coisa à seleção. Inclusive depois de Neymar ter marcado na prorrogação um belo gol em bela jogada. Como se permite um contra-ataque adversário no fim da prorrogação? O castigo foi merecido.

Glauco de Pierri, editor assistente de esportes

A covardia do treinador do Brasil selou o destino da equipe na Copa do Mundo do Catar. Tite é um técnico que possui “teimosias”, e não convicções. Desde o início da Copa, a palavra de ordem contra equipes bem treinadas e de qualidade, que se defendem em bloco, é a velocidade na troca de passes no meio-campo. Durante os 90 minutos, a seleção mostrou ter muito mais receio de levar um gol da Croácia do que vontade de ir com agressividade e velocidade para o ataque, fatores decisivos de um jogo e que foram prometidos pelo técnico Tite na véspera da partida. A equipe chegou muito mais na base da individualidade do que na tática. Casemiro e Paquetá, com ritmo lento, não deram fluidez na transição. Raphinha teve atuação medíocre e Vinicius Junior, sempre perigoso, não deveria ter saído. Na prorrogação, mais uma vez a genialidade de Neymar fez o brasileiro sorrir. E o que Tite fez? Usou a sua irritante teimosia, colocou volantes no jogo, trouxe a Croácia para o campo brasileiro e desperdiçou a maior chance de sua vida. Duas Copas do Mundo para um treinador retranqueiro como Tite é demais para o tamanho da seleção brasileira. Já passou da hora da mudança - adeus Adenor e família.

Raphael Ramos, editor assistente

Goleiro precisa ter sorte. Alisson não teve nas quartas de final de 2018, diante da Bélgica, e não teve novamente nesta sexta-feira contra a Croácia. Além de talento e competência, os grandes campeões precisam contar com algo a mais nos jogos importantes e complicados, como são quartas de final de Copas do Mundo. Contra a Croácia, a sorte não esteve ao lado do goleiro do Liverpool no chute desviado em Marquinhos no finzinho da prorrogação e muito menos nos pênaltis, quando ele bem que tentou, mas nada fez para evitar a eliminação do Brasil. Tite confiou em Alisson mais uma vez e os dois morreram abraçados na praia. Talvez o Brasil tivesse sorte melhor se o goleiro titular fosse Weverton, Ederson ou até mesmo Cássio, que há exatos dez anos contou com a sorte para fazer Tite campeão do mundo. De clubes.

O tabu foi mantido e, mais uma vez, o sonho do hexa foi adiado. A seleção brasileira ficou no empate por 0 a 0 no tempo normal e 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia pelas quartas de final da Copa do Mundo, dando adeus à competição. Confira análise dos profissionais do Estadão após mais uma eliminação do Brasil.

Robson Morelli, editor geral de esportes

O Brasil está fora da Copa do Mundo do Catar. Empatou no tempo normal sem gols, empatou por 1 a 1 na prorrogação e perdeu nos pênaltis por 4 a 2 para a Croácia. Faltou tudo ao time nesta decisão de quartas de final. É a terceira Copa de Neymar sem nada. É o quinto fracasso depois do penta, sempre diante de um rival europeu. Neymar ficou devendo. Fez um gol no fim do primeiro tempo da prorrogação, mas a equipe permitiu o empate logo depois, em um contra-ataque com a defesa toda desarrumada. Não podia ser assim. Faltou ataque na decisão. Vini Jr, Richarlison e Raphinha não funcionaram. Paquetá só melhorou depois que deixou de ser volante e passou a atuar de meia. Numas dessas jogadas, ele achou Neymar para fazer o gol. O único gol. A defesa foi pouco exigida, mas quando precisou segurar o resultado na prorrogação, não soube fazer isso. O Brasil tinha apenas uma jogada: passar a bola para Neymar. Não deu certo. Nos pênaltis, Rodrygo e Marquinhos erraram suas cobranças. O Brasil volta para o fundo do poço em Mundiais.

Marcius Azevedo, editor assistente de esportes

Uma das virtudes de Tite como treinador sempre foi aprender com os erros e, na segunda chance, alcançar um patamar melhor do que o anterior. A eliminação diante da Croácia provou que o técnico, desta vez, não soube tirar qualquer lição da queda em 2018, na Rússia. Aquela derrota para a Bélgica deixou claro o que é necessário para ganhar uma Copa do Mundo. O Brasil foi precavido durante 70% dos 120 minutos contra os croatas. Mesmo assim, em uma jogada de craque de Neymar, abriu o placar já na prorrogação e estava muito perto de carimbar sua vaga para jogar uma semifinal. Mas Tite quis mexer no time. Colocou Alex Sandro frio em um jogo quente. Foi punido com o gol ao desarrumar o setor defensivo. A bola que bateu em Marquinhos, que não estava no lugar certo, matou Alisson. Apesar do empate, o Brasil ainda tinha os pênaltis para provar que aprendeu com sua eliminação há pouco mais de quatro anos. Mas onde estava Neymar? O craque, o melhor batedor, só apareceu nas imagens rezando pelos companheiros. O Brasil volta para casa. E Tite certamente vai ficar um bom tempo pensando no que fez naqueles instantes que definiram que ele não iria conquistar uma Copa.

Rodrygo, Pedro e Neymar após o Brasil ser eliminado pela Croácia Foto: Matthew Childs / Reuters

Almir Leite, editor assistente de esportes

Neymar é o melhor batedor de pênalti da seleção brasileira. Por que, então, não abriu a cobrança de pênaltis contra a Croácia? Ele estava em campo, e recomenda a lógica que iniciasse a série que definiria quem passaria à semifinal da Copa do Mundo. Ele poderia perder? Claro que poderia. Mas muitas vezes, no futebol e na vida, fazer o simples, o lógico, dá resultados. O Brasil para novamente nas quartas de final da Copa do Mundo. Tite, único a ter segunda chance como treinador, também. Parou no mesmo lugar. Não evoluiu. E, a rigor, não dá para a seleção reclamar da eliminação. O Brasil teve mais volume a partir do segundo tempo, quando a Croácia cansou. Dominou a partida, mas isso não quer dizer que não tenha pecado bastante. No primeiro, por exemplo, com marcação frouxa, lentidão e deixando o meio de campo adversário ditar o ritmo, os brasileiros assistiram ao domínio dos croatas. No cômputo geral, a seleção esteve longe de apresentar um futebol envolvente. Permitiu, inclusive na segunda etapa, o toque de bola dos europeus, claramente mais desgastados e interessados em quebrar o ritmo do jogo. As alterações de Tite melhoraram o time. Rodrygo e Antony entraram bem. Mas mesmo com isso, e as várias bolas que “bateram” no goleiro adversário, faltou muito à seleção. Mais variação de jogadas, mais lances individuais, laterais que apoiassem mais. Faltou muita coisa à seleção. Inclusive depois de Neymar ter marcado na prorrogação um belo gol em bela jogada. Como se permite um contra-ataque adversário no fim da prorrogação? O castigo foi merecido.

Glauco de Pierri, editor assistente de esportes

A covardia do treinador do Brasil selou o destino da equipe na Copa do Mundo do Catar. Tite é um técnico que possui “teimosias”, e não convicções. Desde o início da Copa, a palavra de ordem contra equipes bem treinadas e de qualidade, que se defendem em bloco, é a velocidade na troca de passes no meio-campo. Durante os 90 minutos, a seleção mostrou ter muito mais receio de levar um gol da Croácia do que vontade de ir com agressividade e velocidade para o ataque, fatores decisivos de um jogo e que foram prometidos pelo técnico Tite na véspera da partida. A equipe chegou muito mais na base da individualidade do que na tática. Casemiro e Paquetá, com ritmo lento, não deram fluidez na transição. Raphinha teve atuação medíocre e Vinicius Junior, sempre perigoso, não deveria ter saído. Na prorrogação, mais uma vez a genialidade de Neymar fez o brasileiro sorrir. E o que Tite fez? Usou a sua irritante teimosia, colocou volantes no jogo, trouxe a Croácia para o campo brasileiro e desperdiçou a maior chance de sua vida. Duas Copas do Mundo para um treinador retranqueiro como Tite é demais para o tamanho da seleção brasileira. Já passou da hora da mudança - adeus Adenor e família.

Raphael Ramos, editor assistente

Goleiro precisa ter sorte. Alisson não teve nas quartas de final de 2018, diante da Bélgica, e não teve novamente nesta sexta-feira contra a Croácia. Além de talento e competência, os grandes campeões precisam contar com algo a mais nos jogos importantes e complicados, como são quartas de final de Copas do Mundo. Contra a Croácia, a sorte não esteve ao lado do goleiro do Liverpool no chute desviado em Marquinhos no finzinho da prorrogação e muito menos nos pênaltis, quando ele bem que tentou, mas nada fez para evitar a eliminação do Brasil. Tite confiou em Alisson mais uma vez e os dois morreram abraçados na praia. Talvez o Brasil tivesse sorte melhor se o goleiro titular fosse Weverton, Ederson ou até mesmo Cássio, que há exatos dez anos contou com a sorte para fazer Tite campeão do mundo. De clubes.

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