Dudu é o craque e ídolo do século XXI palmeirense. Ele mudou o patamar alviverde quando chegou, em janeiro de 2015. Dias antes de a Crefisa assinar com o clube. Tabelinha vitoriosa que fez a empresa ganhar muito com o Palmeiras - e pelo Palmeiras. Como o maior campeão nacional ganhou demais com sua mais longeva e vitoriosa parceira desde a cogestão técnica dos anos 1990, na época igualmente campeã das vacas gordas da Parmalat.
O que era uma situação ganha-ganha histórica, como o Palmeiras, virou refrega histérica de egos se perdendo em pavonices e palavras. Dudu a empenhou com o Cruzeiro em julho até dar para trás quando a reação da torcida foi proporcional à paixão que conquistou. Leila bateu o pé pesado no patrimônio ao dizer que o ciclo dele terminara - como repete a rigidez imperial ao decretar que o tempo de Rony também está encerrado no clube onde é artilheiro antológico na Libertadores.
Leila não quis mais jogo com Dudu desde julho. O Baixola pouco jogou e jogou pouco desde então - muito pela operação no joelho, em agosto de 2023. Um pouco mais de boa vontade das partes, e um tanto mais do diálogo que só travaram nas trevas das redes antissociais e microfones (onde Dudu foi deselegante e mal-educado com a presidente), e o Baixola ainda estaria disponível e disposto a fazer mais história. Sem paternalismo. Sem infantilidade. Com muita memória e identificação. Sem perder a cabeça, o alto nível, a admiração e a idolatria que são eternas como tudo que conquistou desde 2015.
Também com o essencial aporte da Crefisa nessa era campeã iniciada por Paulo Nobre, mantida por Maurício Galiotte e ampliada pela multipresidente e plenipotenciária Leila Pereira. Presidentes tão importantes como foram Crefisa e FAM desde 2015. Allianz Seguros é desde 2013. WTorre joga junto desde 2010. Sociedade Esportiva é marca desde 1914.
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O Palmeiras não foi o campeão do século XX a partir de 2015. Ninguém joga e ninguém ganha sozinho. Ninguém compra sua história. Ninguém a vende ou empresta. Pode negociar o nome na camisa. Investir nela. Mas o “P” que a veste e reveste não tem preço. Tem valor. Respeitar a história é respeitar a democracia e o debate em um clube de corneteiros. Discute-se até o Divino e quem é santo. Só não pode o palmeirense tolerar quem não entende que o Palmeiras é de todos. É família. É de sangue e tradição. Crédito que se tem de berço. E não pede recibo.
O palmeirense perde muito sem Dudu. O Palmeiras vai ganhar ainda mais com Sportingbet e Sil na camisa. A presidente não vai se perder mais no conflito de interesses. E ganhará ainda mais se falar mais do Palmeiras do que dos ex-parceiros na camisa e no peito.