A semana começou mais triste para os torcedores de Corinthians, Cruzeiro e Atlético-MG e os saudosistas do futebol brasileiro. Nesta segunda-feira, foi confirmada a morte do atacante Palhinha, de 73 anos, em Belo Horizonte. Vanderlei Eustáquio de Oliveira, um grande goleador e que ajudou o time paulista a acabar com o jejum de títulos em 1977 não resistiu a uma infecção – estava internado em um hospital da capital mineira. Informações sobre o velório e enterro ainda não foram divulgadas.
O centroavante chegou ao Parque São Jorge em 1977 com investimento alto e sob enorme expectativa do clube paulista pelo fim do jejum de títulos que durava quase 23 anos. Então ídolo do Cruzeiro, onde fez história, Palhinha contribuiu, e muito, em seus quatro anos no Parque São Jorge.
No primeiro jogo da final do Paulistão contra a Ponte Preta, foi o centroavante que definiu o triunfo por 1 a 0. Ainda marcaria nos dois compromissos contra a mesma equipe campineira na decisão do Estadual de 1979. Ele saiu para também brilhar no Atlético-MG em 1980, no qual fez parceria com Reinaldo, sendo o artilheiro corintiano com 44 gols. Após a aposentadoria, ainda treinou o Corinthians em 1989.
“O Atlético-MG lamenta o falecimento de Palhinha, jogador e ídolo do clube, que nos deixou hoje pela manhã, aos 73 anos. Palhinha foi um dos grandes atletas do futebol brasileiro. No Galo, foi um dos craques daquele histórico time do início da década de 80, conquistando o Campeonato Mineiro em 1980 e 1981, além de ter chegado à final do Brasileiro de 80″, lamentou o clube de Minas Gerais.
Depois de se destacar no Cruzeiro com gols decisivos em final Estadual diante do rival Atlético-MG, mesmo brigando pela posição com Tostão e Dirceu Lopes, outros grandes ídolos celestes, Palhinha se tornou a contratação mais cara da história do País na época ao ser comprado por um US$ 1 milhão.
O atacante é até hoje o sétimo maior artilheiro do Cruzeiro, com 156 gols em 457 partidas, dono de sete estaduais e herói na conquista da Libertadores de 1976, sendo o artilheiro da equipe na competição. No Atlético-MG foram somente 77 partidas, mas dois estaduais e 27 gols anotados.
No Corinthians, ele jogou ao lado de nomes consagrados no clube naquela campanha de 1977, que, para muitos, é a conquista mais importante da história corintiana, mais até que Libertadores e Mundial. Estiveram ao seu lado jogadores como Tobias; Zé Maria, Moisés, Ademir e Wladimir; Ruço, Basílio; Vaguinho, Romeu, Geraldão e muitos outros.
“Descanse em paz, Palhinha! Meu primeiro técnico no Corinthians. Vai deixar saudades. Sujeito gente boa e uma baita craque”, escreveu o meia Neto, também ídolo corintiano. O América-MG e administradores do Mineirão, onde o atacante fez 113 gols, também prestaram uma última homenagem ao jogador.
“O América Futebol Clube lamenta o falecimento de Palhinha, falecido na manhã desta segunda-feira em Belo Horizonte. Palhinha fez parte do nosso elenco no ano de 1985.Nossa solidariedade aos familiares e fãs neste difícil momento”, prestou homenagem o clube.
“Palhinha marcou seu nome na história do futebol mineiro, com passagens memoráveis por Cruzeiro e Atlético. É um dos grandes artilheiros da história do Mineirão, com 113 gols. Seus pés estão imortalizados na Calçada da Fama do estádio. Descanse em paz, craque”, postou a página do maior estádio de Minas Gerais.
Corinthians e Cruzeiro também prestaram suas homenagens ao jogador. O clube paulista destacou a importância no título de 1977. “Autor do gol na primeira final do histórico título Paulista de 1977 e tendo vestido o manto em 148 jogos, o craque do Time do Povo também foi treinador da equipe em 1989. Desejamos nossos mais sinceros sentimentos aos amigos, fãs e familiares”, escreveu o clube.