Palmeiras aumenta receita em 390%, supera Corinthians e se torna modelo financeiro na última década


Estudo da consultoria EY aponta crescimento substancial do clube alviverde nos últimos dez anos, muito antes da chegada de Leila Pereira como patrocinadora e da contratação de Abel Ferreira

Por Gonçalo Junior
Atualização:

O desempenho financeiro dos quatro grandes clubes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) na última década provocou uma reorganização de forças que acaba se refletindo dentro de campo. Após profunda reestruturação e grandes investimentos, o Palmeiras se tornou o modelo de gestão de finanças. O Corinthians, dono das maiores receitas até 2013, acumula dívidas, principalmente tributárias. O São Paulo passou a depender ainda mais da venda de atletas e sofre com empréstimos bancários, enquanto o Santos perdeu terreno para os rivais por causa da dificuldade para aumentar suas receitas.

Nesse cenário, o Palmeiras deve largar na frente no novo contexto do futebol brasileiro que se configura a partir do ano que vem, com a possibilidade de criação de uma liga de clubes (para operar em 2025) e a perspectiva de aumento de receita. Essas conclusões são feitas a partir da análise financeira da EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, sobre os balanços dos clubes paulistas na última década, antes de a Crefisa assinar com o clube e da contratação do técnico Abel Ferreira. O levantamento apresenta as principais fontes de receita, custos e despesas, endividamento e comparativos históricos dos clubes entre 2013 e 2022.

As receitas aumentaram. O grupo dos quatro grandes clubes paulistas registrou um crescimento de 153% na receita total no período entre 2013 e 2022, chegando a R$ 2,6 bilhões só no último ano. Além da premiação e direitos de transmissão, as fontes de receita são transferência de atletas, patrocínios e publicidade e bilheteria e programas de sócio-torcedor, talvez a maior novidade da década.

continua após a publicidade

“Comparando 2022 com 2021, identificamos um aumento de 6% na proporção com transferências de atletas, chegando à fatia de 23% da receita dos clubes, só perdendo para os direitos de transmissão e premiação”, afirma Pedro Daniel, diretor executivo de Esportes da EY.

Análise financeira pela Ernst & Young indica o crescimento do Palmeiras em relação aos rivais Foto: Reprodução/Ernst & Young

Na última década, o principal movimento das finanças dos clubes foi a inversão de posições entre Palmeiras e Corinthians. O clube alviverde teve um aumento de 390% em sua receita entre 2013 e 2022, passando de R$ 190 milhões para R$ 867 milhões. Já o alvinegro passou a arrecadar mais, saltando de R$ 316 milhões para R$ 779 milhões. “O Palmeiras passou da menor para a maior receita entre os grandes de São Paulo”, pontua Pedro Daniel. “Já o Corinthians, que estava no topo da saúde financeira dos clubes, com maior potencial de receita e endividamento equilibrado, não continuou com o aumento de receita”, diz. A engenharia financeira para a construção da Neo Química Arena não entra na conta.

continua após a publicidade

Entre os fatores que explicam a ascensão palmeirense estão a atuação direta do ex-presidente Paulo Nobre, que emprestou quase R$ 200 milhões do próprio bolso para sanar as dívidas do clube, a chegada de um patrocínio milionário, por meio da Crefisa e da Faculdade das Américas e o modelo de negócios bem-sucedido do Allianz Parque.

DÍVIDAS DOS QUATRO CLUBES TAMBÉM AUMENTARAM

Em relação à dívida dos clubes de São Paulo, o levantamento analisa o endividamento líquido, empréstimos e tributário. De maneira geral, os quatro clubes estão devendo mais nos três pilares.

continua após a publicidade

Nesse contexto, o São Paulo precisa acender uma “luz amarela”. A dívida do clube aumentou 134% no período, com redução de 9% entre 2021 e 2022. O problema é o perfil dessa dívida, formada, principalmente, por empréstimos bancários. Hoje, os débitos são de R$ 587 milhões - desse total, R$ 223 milhões são de empréstimos. Também pesa o fato de o clube depender, fundamentalmente, da venda de atletas como fonte de receita. Esse não é um recurso recorrente, mas extraordinário. Em 2020, o clube vendeu o atacante Antony por aproximadamente de 16 milhões de euros (cerca de R$ 74 milhões na cotação da época).

Para o Corinthians, que deve atualmente R$ 927 milhões, o problema é o impacto tributário dessas despesas. São R$ 539 milhões de débitos com impostos. O endividamento líquido do clube teve uma evolução de 262%, com redução de menos de 1% entre 2021 e 2022.

Com um poder de arrecadação menor que os rivais, o Santos vem perdendo terreno nos últimos anos, de acordo com o estudo. As receitas subiram 80% no período, com redução de 16% entre 2021 e 2022. Por outro lado, o endividamento líquido aumentou 6% nos últimos dois anos.

O desempenho financeiro dos quatro grandes clubes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) na última década provocou uma reorganização de forças que acaba se refletindo dentro de campo. Após profunda reestruturação e grandes investimentos, o Palmeiras se tornou o modelo de gestão de finanças. O Corinthians, dono das maiores receitas até 2013, acumula dívidas, principalmente tributárias. O São Paulo passou a depender ainda mais da venda de atletas e sofre com empréstimos bancários, enquanto o Santos perdeu terreno para os rivais por causa da dificuldade para aumentar suas receitas.

Nesse cenário, o Palmeiras deve largar na frente no novo contexto do futebol brasileiro que se configura a partir do ano que vem, com a possibilidade de criação de uma liga de clubes (para operar em 2025) e a perspectiva de aumento de receita. Essas conclusões são feitas a partir da análise financeira da EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, sobre os balanços dos clubes paulistas na última década, antes de a Crefisa assinar com o clube e da contratação do técnico Abel Ferreira. O levantamento apresenta as principais fontes de receita, custos e despesas, endividamento e comparativos históricos dos clubes entre 2013 e 2022.

As receitas aumentaram. O grupo dos quatro grandes clubes paulistas registrou um crescimento de 153% na receita total no período entre 2013 e 2022, chegando a R$ 2,6 bilhões só no último ano. Além da premiação e direitos de transmissão, as fontes de receita são transferência de atletas, patrocínios e publicidade e bilheteria e programas de sócio-torcedor, talvez a maior novidade da década.

“Comparando 2022 com 2021, identificamos um aumento de 6% na proporção com transferências de atletas, chegando à fatia de 23% da receita dos clubes, só perdendo para os direitos de transmissão e premiação”, afirma Pedro Daniel, diretor executivo de Esportes da EY.

Análise financeira pela Ernst & Young indica o crescimento do Palmeiras em relação aos rivais Foto: Reprodução/Ernst & Young

Na última década, o principal movimento das finanças dos clubes foi a inversão de posições entre Palmeiras e Corinthians. O clube alviverde teve um aumento de 390% em sua receita entre 2013 e 2022, passando de R$ 190 milhões para R$ 867 milhões. Já o alvinegro passou a arrecadar mais, saltando de R$ 316 milhões para R$ 779 milhões. “O Palmeiras passou da menor para a maior receita entre os grandes de São Paulo”, pontua Pedro Daniel. “Já o Corinthians, que estava no topo da saúde financeira dos clubes, com maior potencial de receita e endividamento equilibrado, não continuou com o aumento de receita”, diz. A engenharia financeira para a construção da Neo Química Arena não entra na conta.

Entre os fatores que explicam a ascensão palmeirense estão a atuação direta do ex-presidente Paulo Nobre, que emprestou quase R$ 200 milhões do próprio bolso para sanar as dívidas do clube, a chegada de um patrocínio milionário, por meio da Crefisa e da Faculdade das Américas e o modelo de negócios bem-sucedido do Allianz Parque.

DÍVIDAS DOS QUATRO CLUBES TAMBÉM AUMENTARAM

Em relação à dívida dos clubes de São Paulo, o levantamento analisa o endividamento líquido, empréstimos e tributário. De maneira geral, os quatro clubes estão devendo mais nos três pilares.

Nesse contexto, o São Paulo precisa acender uma “luz amarela”. A dívida do clube aumentou 134% no período, com redução de 9% entre 2021 e 2022. O problema é o perfil dessa dívida, formada, principalmente, por empréstimos bancários. Hoje, os débitos são de R$ 587 milhões - desse total, R$ 223 milhões são de empréstimos. Também pesa o fato de o clube depender, fundamentalmente, da venda de atletas como fonte de receita. Esse não é um recurso recorrente, mas extraordinário. Em 2020, o clube vendeu o atacante Antony por aproximadamente de 16 milhões de euros (cerca de R$ 74 milhões na cotação da época).

Para o Corinthians, que deve atualmente R$ 927 milhões, o problema é o impacto tributário dessas despesas. São R$ 539 milhões de débitos com impostos. O endividamento líquido do clube teve uma evolução de 262%, com redução de menos de 1% entre 2021 e 2022.

Com um poder de arrecadação menor que os rivais, o Santos vem perdendo terreno nos últimos anos, de acordo com o estudo. As receitas subiram 80% no período, com redução de 16% entre 2021 e 2022. Por outro lado, o endividamento líquido aumentou 6% nos últimos dois anos.

O desempenho financeiro dos quatro grandes clubes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) na última década provocou uma reorganização de forças que acaba se refletindo dentro de campo. Após profunda reestruturação e grandes investimentos, o Palmeiras se tornou o modelo de gestão de finanças. O Corinthians, dono das maiores receitas até 2013, acumula dívidas, principalmente tributárias. O São Paulo passou a depender ainda mais da venda de atletas e sofre com empréstimos bancários, enquanto o Santos perdeu terreno para os rivais por causa da dificuldade para aumentar suas receitas.

Nesse cenário, o Palmeiras deve largar na frente no novo contexto do futebol brasileiro que se configura a partir do ano que vem, com a possibilidade de criação de uma liga de clubes (para operar em 2025) e a perspectiva de aumento de receita. Essas conclusões são feitas a partir da análise financeira da EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, sobre os balanços dos clubes paulistas na última década, antes de a Crefisa assinar com o clube e da contratação do técnico Abel Ferreira. O levantamento apresenta as principais fontes de receita, custos e despesas, endividamento e comparativos históricos dos clubes entre 2013 e 2022.

As receitas aumentaram. O grupo dos quatro grandes clubes paulistas registrou um crescimento de 153% na receita total no período entre 2013 e 2022, chegando a R$ 2,6 bilhões só no último ano. Além da premiação e direitos de transmissão, as fontes de receita são transferência de atletas, patrocínios e publicidade e bilheteria e programas de sócio-torcedor, talvez a maior novidade da década.

“Comparando 2022 com 2021, identificamos um aumento de 6% na proporção com transferências de atletas, chegando à fatia de 23% da receita dos clubes, só perdendo para os direitos de transmissão e premiação”, afirma Pedro Daniel, diretor executivo de Esportes da EY.

Análise financeira pela Ernst & Young indica o crescimento do Palmeiras em relação aos rivais Foto: Reprodução/Ernst & Young

Na última década, o principal movimento das finanças dos clubes foi a inversão de posições entre Palmeiras e Corinthians. O clube alviverde teve um aumento de 390% em sua receita entre 2013 e 2022, passando de R$ 190 milhões para R$ 867 milhões. Já o alvinegro passou a arrecadar mais, saltando de R$ 316 milhões para R$ 779 milhões. “O Palmeiras passou da menor para a maior receita entre os grandes de São Paulo”, pontua Pedro Daniel. “Já o Corinthians, que estava no topo da saúde financeira dos clubes, com maior potencial de receita e endividamento equilibrado, não continuou com o aumento de receita”, diz. A engenharia financeira para a construção da Neo Química Arena não entra na conta.

Entre os fatores que explicam a ascensão palmeirense estão a atuação direta do ex-presidente Paulo Nobre, que emprestou quase R$ 200 milhões do próprio bolso para sanar as dívidas do clube, a chegada de um patrocínio milionário, por meio da Crefisa e da Faculdade das Américas e o modelo de negócios bem-sucedido do Allianz Parque.

DÍVIDAS DOS QUATRO CLUBES TAMBÉM AUMENTARAM

Em relação à dívida dos clubes de São Paulo, o levantamento analisa o endividamento líquido, empréstimos e tributário. De maneira geral, os quatro clubes estão devendo mais nos três pilares.

Nesse contexto, o São Paulo precisa acender uma “luz amarela”. A dívida do clube aumentou 134% no período, com redução de 9% entre 2021 e 2022. O problema é o perfil dessa dívida, formada, principalmente, por empréstimos bancários. Hoje, os débitos são de R$ 587 milhões - desse total, R$ 223 milhões são de empréstimos. Também pesa o fato de o clube depender, fundamentalmente, da venda de atletas como fonte de receita. Esse não é um recurso recorrente, mas extraordinário. Em 2020, o clube vendeu o atacante Antony por aproximadamente de 16 milhões de euros (cerca de R$ 74 milhões na cotação da época).

Para o Corinthians, que deve atualmente R$ 927 milhões, o problema é o impacto tributário dessas despesas. São R$ 539 milhões de débitos com impostos. O endividamento líquido do clube teve uma evolução de 262%, com redução de menos de 1% entre 2021 e 2022.

Com um poder de arrecadação menor que os rivais, o Santos vem perdendo terreno nos últimos anos, de acordo com o estudo. As receitas subiram 80% no período, com redução de 16% entre 2021 e 2022. Por outro lado, o endividamento líquido aumentou 6% nos últimos dois anos.

O desempenho financeiro dos quatro grandes clubes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) na última década provocou uma reorganização de forças que acaba se refletindo dentro de campo. Após profunda reestruturação e grandes investimentos, o Palmeiras se tornou o modelo de gestão de finanças. O Corinthians, dono das maiores receitas até 2013, acumula dívidas, principalmente tributárias. O São Paulo passou a depender ainda mais da venda de atletas e sofre com empréstimos bancários, enquanto o Santos perdeu terreno para os rivais por causa da dificuldade para aumentar suas receitas.

Nesse cenário, o Palmeiras deve largar na frente no novo contexto do futebol brasileiro que se configura a partir do ano que vem, com a possibilidade de criação de uma liga de clubes (para operar em 2025) e a perspectiva de aumento de receita. Essas conclusões são feitas a partir da análise financeira da EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, sobre os balanços dos clubes paulistas na última década, antes de a Crefisa assinar com o clube e da contratação do técnico Abel Ferreira. O levantamento apresenta as principais fontes de receita, custos e despesas, endividamento e comparativos históricos dos clubes entre 2013 e 2022.

As receitas aumentaram. O grupo dos quatro grandes clubes paulistas registrou um crescimento de 153% na receita total no período entre 2013 e 2022, chegando a R$ 2,6 bilhões só no último ano. Além da premiação e direitos de transmissão, as fontes de receita são transferência de atletas, patrocínios e publicidade e bilheteria e programas de sócio-torcedor, talvez a maior novidade da década.

“Comparando 2022 com 2021, identificamos um aumento de 6% na proporção com transferências de atletas, chegando à fatia de 23% da receita dos clubes, só perdendo para os direitos de transmissão e premiação”, afirma Pedro Daniel, diretor executivo de Esportes da EY.

Análise financeira pela Ernst & Young indica o crescimento do Palmeiras em relação aos rivais Foto: Reprodução/Ernst & Young

Na última década, o principal movimento das finanças dos clubes foi a inversão de posições entre Palmeiras e Corinthians. O clube alviverde teve um aumento de 390% em sua receita entre 2013 e 2022, passando de R$ 190 milhões para R$ 867 milhões. Já o alvinegro passou a arrecadar mais, saltando de R$ 316 milhões para R$ 779 milhões. “O Palmeiras passou da menor para a maior receita entre os grandes de São Paulo”, pontua Pedro Daniel. “Já o Corinthians, que estava no topo da saúde financeira dos clubes, com maior potencial de receita e endividamento equilibrado, não continuou com o aumento de receita”, diz. A engenharia financeira para a construção da Neo Química Arena não entra na conta.

Entre os fatores que explicam a ascensão palmeirense estão a atuação direta do ex-presidente Paulo Nobre, que emprestou quase R$ 200 milhões do próprio bolso para sanar as dívidas do clube, a chegada de um patrocínio milionário, por meio da Crefisa e da Faculdade das Américas e o modelo de negócios bem-sucedido do Allianz Parque.

DÍVIDAS DOS QUATRO CLUBES TAMBÉM AUMENTARAM

Em relação à dívida dos clubes de São Paulo, o levantamento analisa o endividamento líquido, empréstimos e tributário. De maneira geral, os quatro clubes estão devendo mais nos três pilares.

Nesse contexto, o São Paulo precisa acender uma “luz amarela”. A dívida do clube aumentou 134% no período, com redução de 9% entre 2021 e 2022. O problema é o perfil dessa dívida, formada, principalmente, por empréstimos bancários. Hoje, os débitos são de R$ 587 milhões - desse total, R$ 223 milhões são de empréstimos. Também pesa o fato de o clube depender, fundamentalmente, da venda de atletas como fonte de receita. Esse não é um recurso recorrente, mas extraordinário. Em 2020, o clube vendeu o atacante Antony por aproximadamente de 16 milhões de euros (cerca de R$ 74 milhões na cotação da época).

Para o Corinthians, que deve atualmente R$ 927 milhões, o problema é o impacto tributário dessas despesas. São R$ 539 milhões de débitos com impostos. O endividamento líquido do clube teve uma evolução de 262%, com redução de menos de 1% entre 2021 e 2022.

Com um poder de arrecadação menor que os rivais, o Santos vem perdendo terreno nos últimos anos, de acordo com o estudo. As receitas subiram 80% no período, com redução de 16% entre 2021 e 2022. Por outro lado, o endividamento líquido aumentou 6% nos últimos dois anos.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.