Palmeiras contesta súmula de Claus no Choque-Rei e irá acionar STJD contra o árbitro


Clube alviverde questiona trechos de diálogos atribuídos ao auxiliar João Martins e ao diretor de futebol Anderson Barros no documento oficial do clássico com o São Paulo

Por Murillo César Alves e Bruno Accorsi
Atualização:

Para o Palmeiras, mesmo com a vitória no clássico com o São Paulo, a forma como a arbitragem, comandada por Raphael Claus, atuou no duelo é motivo de insatisfação por parte do clube e dos dirigentes. Justamente por isso o time alviverde irá entrar com uma representação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para contestar a súmula do árbitro da partida.

A informação foi divulgada primeiro pelo portal Uol e confirmada pelo Estadão. A ideia é que Claus prove no tribunal as informações contidas no documento, em relação à confusão entre jogadores e comissão técnica ao término da partida, assim como trechos de diálogos atribuídos a Anderson Barros e João Martins.

Clássico entre Palmeiras e São Paulo foi marcado por confusão ao fim da partida. Foto: Felipe Rau/Estadão
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No documento, Claus confirma as expulsões de Zé Rafael e Rodrigo Nestor, que brigaram no túnel de acesso aos vestiários, de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, e revela ter sido intimidado pelo diretor de futebol palmeirense Anderson Barros. Além disso, relata o arremesso de objetos no gramado, inclusive um tênis.

O Palmeiras irá contestar quatro principais pontos em relação à súmula do árbitro, segundo apurou o Estadão. São eles:

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  • Como Claus sabe que a confusão foi causada por provocações dos gandulas aos atletas do São Paulo? O Palmeiras entende que, pela distância do árbitro no momento em que começam as discussões, ele não poderia ter visto, com todos os detalhes, o início do conflito. O clube quer saber se Claus se baseou exclusivamente nos relatos dos atletas são-paulinos, que apontaram a provocação dos profissionais do Allianz Parque e do Palmeiras.
  • Por que Claus não relatou na súmula a agressão do atleta Sabino, do São Paulo, ao colaborador Fernando Galuppo, da comunicação do Palmeiras? Para o clube, é clara a ação do jogador, flagrada pelas câmeras do estádio.
  • Anderson Barros não teria falado que Claus “é tendencioso”, mas sim que ele “está sendo tendencioso”. Para o Palmeiras, há uma diferença no tom do diretor de futebol – e o árbitro não teria colocado a frase correta na súmula.
  • Por fim, há o entendimento de que João Martins, auxiliar técnico, não falou, em momento algum, que “a arbitragem aqui (no Brasil) é uma vergonha”, diferentemente relatado por Claus na súmula.

Mesmo sem a contestação do Palmeiras, as imagens e súmula da partida já seriam julgadas pelo STJD, para punir jogadores e membros da comissão técnica envolvidos na confusão após o término da partida.

O que Claus disse na súmula?

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A súmula, publicada na segunda-feira, trouxe descrições de uma série de situações que ocorreram no gramado e até na parte interna do estádio. Entre os temas contestados pelo Palmeiras, Claus detalhou a expulsão de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, nos acréscimos do primeiro tempo. De acordo com o árbitro, o português “gesticulou de forma acintosa” após marcação de falta a favor do São Paulo e disse: “Tem que apitar para os dois lados, seu critério é uma vergonha, a arbitragem aqui é uma vergonha”. Martins teve de ser contido pelos jogadores após receber o vermelho.

A expulsão, de acordo com o árbitro, revoltou o diretor de futebol do time alviverde, Anderson Barros, que fez cobranças na saída para os vestiários, durante o intervalo. “Ainda no túnel que dá acesso ao vestiário, fui abordado pelo Sr Anderson Barros, diretor de futebol da SE Palmeiras, bradando as seguintes palavras: “‘Claus, qual é o seu problema com a nossa comissão técnica? Se você tem problema, é melhor não apitar mais. Você é tendencioso’”, diz o documento.

Depois de relatar o comportamento do dirigente, o árbitro cita novas ofensas feitas pelo auxiliar João Martins. “Informo ainda que o Sr. João Miguel Barreto Martins, auxiliar técnico do Palmeiras, que fora expulso da área técnica, como relatado acima, novamente, de forma acintosa, profere as seguintes palavras: ‘Você é mentiroso’, repetindo essa mesma frase por diversas vezes”.

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O extenso relato da súmula também detalha objetos que foram arremessados ao gramado aos 27 minutos do segundo tempo, após gol marcado pelo são-paulino Luciano. “Foram arremessados no campo de jogo um pé de tênis branco, um copo descartável contendo água, um saco plástico contendo pipoca, vindos da direção de onde se encontravam os torcedores da equipe SE Palmeiras, não atingindo ninguém.”

Por fim, Claus atribuí a confusão generalizada aos gandulas do Palmeiras, identificados como Marcel Rodrigues Teixeira e Leonardo Ribero, que fizeram provocações aos são-paulinos no momento do término da partida. Este é outro ponto questionado pela diretoria palmeirense.

A súmula foi publicada na segunda-feira, e confirmou duas novas expulsões Zé Rafael e Nestor não receberam cartão vermelho na hora da confusão justamente porque Claus e os demais integrantes da comissão de campo não presenciaram a cena, e não houve tempo de advertir os atletas antes que eles se dirigissem aos vestiários. A equipe do VAR, contudo, sugeriu ao árbitro que analisasse imagens captadas no túnel.

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“Após o término da partida e antes de deixar o campo de jogo, o VAR me sugeriu a revisão de um confronto entre dois jogadores no túnel de acesso aos vestiários. Ao revisar, constatei uma conduta violenta do jogador Nº 08, Sr José Rafael Vivian, da equipe SE Palmeiras, agarrando o pescoço do senhor Rodrigo Nestor Bertalia, Nº 11 da equipe do São Paulo FC, com o uso de força excessiva, que revidou com um soco no rosto de seu adversário ciado acima. Informo que ambos, expulsos, não receberam cartão vermelho devido ao fato de se dirigirem aos respectivos vestiários de forma imediata após o conflito”, diz o relato.

Para o Palmeiras, mesmo com a vitória no clássico com o São Paulo, a forma como a arbitragem, comandada por Raphael Claus, atuou no duelo é motivo de insatisfação por parte do clube e dos dirigentes. Justamente por isso o time alviverde irá entrar com uma representação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para contestar a súmula do árbitro da partida.

A informação foi divulgada primeiro pelo portal Uol e confirmada pelo Estadão. A ideia é que Claus prove no tribunal as informações contidas no documento, em relação à confusão entre jogadores e comissão técnica ao término da partida, assim como trechos de diálogos atribuídos a Anderson Barros e João Martins.

Clássico entre Palmeiras e São Paulo foi marcado por confusão ao fim da partida. Foto: Felipe Rau/Estadão

No documento, Claus confirma as expulsões de Zé Rafael e Rodrigo Nestor, que brigaram no túnel de acesso aos vestiários, de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, e revela ter sido intimidado pelo diretor de futebol palmeirense Anderson Barros. Além disso, relata o arremesso de objetos no gramado, inclusive um tênis.

O Palmeiras irá contestar quatro principais pontos em relação à súmula do árbitro, segundo apurou o Estadão. São eles:

  • Como Claus sabe que a confusão foi causada por provocações dos gandulas aos atletas do São Paulo? O Palmeiras entende que, pela distância do árbitro no momento em que começam as discussões, ele não poderia ter visto, com todos os detalhes, o início do conflito. O clube quer saber se Claus se baseou exclusivamente nos relatos dos atletas são-paulinos, que apontaram a provocação dos profissionais do Allianz Parque e do Palmeiras.
  • Por que Claus não relatou na súmula a agressão do atleta Sabino, do São Paulo, ao colaborador Fernando Galuppo, da comunicação do Palmeiras? Para o clube, é clara a ação do jogador, flagrada pelas câmeras do estádio.
  • Anderson Barros não teria falado que Claus “é tendencioso”, mas sim que ele “está sendo tendencioso”. Para o Palmeiras, há uma diferença no tom do diretor de futebol – e o árbitro não teria colocado a frase correta na súmula.
  • Por fim, há o entendimento de que João Martins, auxiliar técnico, não falou, em momento algum, que “a arbitragem aqui (no Brasil) é uma vergonha”, diferentemente relatado por Claus na súmula.

Mesmo sem a contestação do Palmeiras, as imagens e súmula da partida já seriam julgadas pelo STJD, para punir jogadores e membros da comissão técnica envolvidos na confusão após o término da partida.

O que Claus disse na súmula?

A súmula, publicada na segunda-feira, trouxe descrições de uma série de situações que ocorreram no gramado e até na parte interna do estádio. Entre os temas contestados pelo Palmeiras, Claus detalhou a expulsão de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, nos acréscimos do primeiro tempo. De acordo com o árbitro, o português “gesticulou de forma acintosa” após marcação de falta a favor do São Paulo e disse: “Tem que apitar para os dois lados, seu critério é uma vergonha, a arbitragem aqui é uma vergonha”. Martins teve de ser contido pelos jogadores após receber o vermelho.

A expulsão, de acordo com o árbitro, revoltou o diretor de futebol do time alviverde, Anderson Barros, que fez cobranças na saída para os vestiários, durante o intervalo. “Ainda no túnel que dá acesso ao vestiário, fui abordado pelo Sr Anderson Barros, diretor de futebol da SE Palmeiras, bradando as seguintes palavras: “‘Claus, qual é o seu problema com a nossa comissão técnica? Se você tem problema, é melhor não apitar mais. Você é tendencioso’”, diz o documento.

Depois de relatar o comportamento do dirigente, o árbitro cita novas ofensas feitas pelo auxiliar João Martins. “Informo ainda que o Sr. João Miguel Barreto Martins, auxiliar técnico do Palmeiras, que fora expulso da área técnica, como relatado acima, novamente, de forma acintosa, profere as seguintes palavras: ‘Você é mentiroso’, repetindo essa mesma frase por diversas vezes”.

O extenso relato da súmula também detalha objetos que foram arremessados ao gramado aos 27 minutos do segundo tempo, após gol marcado pelo são-paulino Luciano. “Foram arremessados no campo de jogo um pé de tênis branco, um copo descartável contendo água, um saco plástico contendo pipoca, vindos da direção de onde se encontravam os torcedores da equipe SE Palmeiras, não atingindo ninguém.”

Por fim, Claus atribuí a confusão generalizada aos gandulas do Palmeiras, identificados como Marcel Rodrigues Teixeira e Leonardo Ribero, que fizeram provocações aos são-paulinos no momento do término da partida. Este é outro ponto questionado pela diretoria palmeirense.

A súmula foi publicada na segunda-feira, e confirmou duas novas expulsões Zé Rafael e Nestor não receberam cartão vermelho na hora da confusão justamente porque Claus e os demais integrantes da comissão de campo não presenciaram a cena, e não houve tempo de advertir os atletas antes que eles se dirigissem aos vestiários. A equipe do VAR, contudo, sugeriu ao árbitro que analisasse imagens captadas no túnel.

“Após o término da partida e antes de deixar o campo de jogo, o VAR me sugeriu a revisão de um confronto entre dois jogadores no túnel de acesso aos vestiários. Ao revisar, constatei uma conduta violenta do jogador Nº 08, Sr José Rafael Vivian, da equipe SE Palmeiras, agarrando o pescoço do senhor Rodrigo Nestor Bertalia, Nº 11 da equipe do São Paulo FC, com o uso de força excessiva, que revidou com um soco no rosto de seu adversário ciado acima. Informo que ambos, expulsos, não receberam cartão vermelho devido ao fato de se dirigirem aos respectivos vestiários de forma imediata após o conflito”, diz o relato.

Para o Palmeiras, mesmo com a vitória no clássico com o São Paulo, a forma como a arbitragem, comandada por Raphael Claus, atuou no duelo é motivo de insatisfação por parte do clube e dos dirigentes. Justamente por isso o time alviverde irá entrar com uma representação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para contestar a súmula do árbitro da partida.

A informação foi divulgada primeiro pelo portal Uol e confirmada pelo Estadão. A ideia é que Claus prove no tribunal as informações contidas no documento, em relação à confusão entre jogadores e comissão técnica ao término da partida, assim como trechos de diálogos atribuídos a Anderson Barros e João Martins.

Clássico entre Palmeiras e São Paulo foi marcado por confusão ao fim da partida. Foto: Felipe Rau/Estadão

No documento, Claus confirma as expulsões de Zé Rafael e Rodrigo Nestor, que brigaram no túnel de acesso aos vestiários, de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, e revela ter sido intimidado pelo diretor de futebol palmeirense Anderson Barros. Além disso, relata o arremesso de objetos no gramado, inclusive um tênis.

O Palmeiras irá contestar quatro principais pontos em relação à súmula do árbitro, segundo apurou o Estadão. São eles:

  • Como Claus sabe que a confusão foi causada por provocações dos gandulas aos atletas do São Paulo? O Palmeiras entende que, pela distância do árbitro no momento em que começam as discussões, ele não poderia ter visto, com todos os detalhes, o início do conflito. O clube quer saber se Claus se baseou exclusivamente nos relatos dos atletas são-paulinos, que apontaram a provocação dos profissionais do Allianz Parque e do Palmeiras.
  • Por que Claus não relatou na súmula a agressão do atleta Sabino, do São Paulo, ao colaborador Fernando Galuppo, da comunicação do Palmeiras? Para o clube, é clara a ação do jogador, flagrada pelas câmeras do estádio.
  • Anderson Barros não teria falado que Claus “é tendencioso”, mas sim que ele “está sendo tendencioso”. Para o Palmeiras, há uma diferença no tom do diretor de futebol – e o árbitro não teria colocado a frase correta na súmula.
  • Por fim, há o entendimento de que João Martins, auxiliar técnico, não falou, em momento algum, que “a arbitragem aqui (no Brasil) é uma vergonha”, diferentemente relatado por Claus na súmula.

Mesmo sem a contestação do Palmeiras, as imagens e súmula da partida já seriam julgadas pelo STJD, para punir jogadores e membros da comissão técnica envolvidos na confusão após o término da partida.

O que Claus disse na súmula?

A súmula, publicada na segunda-feira, trouxe descrições de uma série de situações que ocorreram no gramado e até na parte interna do estádio. Entre os temas contestados pelo Palmeiras, Claus detalhou a expulsão de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, nos acréscimos do primeiro tempo. De acordo com o árbitro, o português “gesticulou de forma acintosa” após marcação de falta a favor do São Paulo e disse: “Tem que apitar para os dois lados, seu critério é uma vergonha, a arbitragem aqui é uma vergonha”. Martins teve de ser contido pelos jogadores após receber o vermelho.

A expulsão, de acordo com o árbitro, revoltou o diretor de futebol do time alviverde, Anderson Barros, que fez cobranças na saída para os vestiários, durante o intervalo. “Ainda no túnel que dá acesso ao vestiário, fui abordado pelo Sr Anderson Barros, diretor de futebol da SE Palmeiras, bradando as seguintes palavras: “‘Claus, qual é o seu problema com a nossa comissão técnica? Se você tem problema, é melhor não apitar mais. Você é tendencioso’”, diz o documento.

Depois de relatar o comportamento do dirigente, o árbitro cita novas ofensas feitas pelo auxiliar João Martins. “Informo ainda que o Sr. João Miguel Barreto Martins, auxiliar técnico do Palmeiras, que fora expulso da área técnica, como relatado acima, novamente, de forma acintosa, profere as seguintes palavras: ‘Você é mentiroso’, repetindo essa mesma frase por diversas vezes”.

O extenso relato da súmula também detalha objetos que foram arremessados ao gramado aos 27 minutos do segundo tempo, após gol marcado pelo são-paulino Luciano. “Foram arremessados no campo de jogo um pé de tênis branco, um copo descartável contendo água, um saco plástico contendo pipoca, vindos da direção de onde se encontravam os torcedores da equipe SE Palmeiras, não atingindo ninguém.”

Por fim, Claus atribuí a confusão generalizada aos gandulas do Palmeiras, identificados como Marcel Rodrigues Teixeira e Leonardo Ribero, que fizeram provocações aos são-paulinos no momento do término da partida. Este é outro ponto questionado pela diretoria palmeirense.

A súmula foi publicada na segunda-feira, e confirmou duas novas expulsões Zé Rafael e Nestor não receberam cartão vermelho na hora da confusão justamente porque Claus e os demais integrantes da comissão de campo não presenciaram a cena, e não houve tempo de advertir os atletas antes que eles se dirigissem aos vestiários. A equipe do VAR, contudo, sugeriu ao árbitro que analisasse imagens captadas no túnel.

“Após o término da partida e antes de deixar o campo de jogo, o VAR me sugeriu a revisão de um confronto entre dois jogadores no túnel de acesso aos vestiários. Ao revisar, constatei uma conduta violenta do jogador Nº 08, Sr José Rafael Vivian, da equipe SE Palmeiras, agarrando o pescoço do senhor Rodrigo Nestor Bertalia, Nº 11 da equipe do São Paulo FC, com o uso de força excessiva, que revidou com um soco no rosto de seu adversário ciado acima. Informo que ambos, expulsos, não receberam cartão vermelho devido ao fato de se dirigirem aos respectivos vestiários de forma imediata após o conflito”, diz o relato.

Para o Palmeiras, mesmo com a vitória no clássico com o São Paulo, a forma como a arbitragem, comandada por Raphael Claus, atuou no duelo é motivo de insatisfação por parte do clube e dos dirigentes. Justamente por isso o time alviverde irá entrar com uma representação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para contestar a súmula do árbitro da partida.

A informação foi divulgada primeiro pelo portal Uol e confirmada pelo Estadão. A ideia é que Claus prove no tribunal as informações contidas no documento, em relação à confusão entre jogadores e comissão técnica ao término da partida, assim como trechos de diálogos atribuídos a Anderson Barros e João Martins.

Clássico entre Palmeiras e São Paulo foi marcado por confusão ao fim da partida. Foto: Felipe Rau/Estadão

No documento, Claus confirma as expulsões de Zé Rafael e Rodrigo Nestor, que brigaram no túnel de acesso aos vestiários, de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, e revela ter sido intimidado pelo diretor de futebol palmeirense Anderson Barros. Além disso, relata o arremesso de objetos no gramado, inclusive um tênis.

O Palmeiras irá contestar quatro principais pontos em relação à súmula do árbitro, segundo apurou o Estadão. São eles:

  • Como Claus sabe que a confusão foi causada por provocações dos gandulas aos atletas do São Paulo? O Palmeiras entende que, pela distância do árbitro no momento em que começam as discussões, ele não poderia ter visto, com todos os detalhes, o início do conflito. O clube quer saber se Claus se baseou exclusivamente nos relatos dos atletas são-paulinos, que apontaram a provocação dos profissionais do Allianz Parque e do Palmeiras.
  • Por que Claus não relatou na súmula a agressão do atleta Sabino, do São Paulo, ao colaborador Fernando Galuppo, da comunicação do Palmeiras? Para o clube, é clara a ação do jogador, flagrada pelas câmeras do estádio.
  • Anderson Barros não teria falado que Claus “é tendencioso”, mas sim que ele “está sendo tendencioso”. Para o Palmeiras, há uma diferença no tom do diretor de futebol – e o árbitro não teria colocado a frase correta na súmula.
  • Por fim, há o entendimento de que João Martins, auxiliar técnico, não falou, em momento algum, que “a arbitragem aqui (no Brasil) é uma vergonha”, diferentemente relatado por Claus na súmula.

Mesmo sem a contestação do Palmeiras, as imagens e súmula da partida já seriam julgadas pelo STJD, para punir jogadores e membros da comissão técnica envolvidos na confusão após o término da partida.

O que Claus disse na súmula?

A súmula, publicada na segunda-feira, trouxe descrições de uma série de situações que ocorreram no gramado e até na parte interna do estádio. Entre os temas contestados pelo Palmeiras, Claus detalhou a expulsão de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, nos acréscimos do primeiro tempo. De acordo com o árbitro, o português “gesticulou de forma acintosa” após marcação de falta a favor do São Paulo e disse: “Tem que apitar para os dois lados, seu critério é uma vergonha, a arbitragem aqui é uma vergonha”. Martins teve de ser contido pelos jogadores após receber o vermelho.

A expulsão, de acordo com o árbitro, revoltou o diretor de futebol do time alviverde, Anderson Barros, que fez cobranças na saída para os vestiários, durante o intervalo. “Ainda no túnel que dá acesso ao vestiário, fui abordado pelo Sr Anderson Barros, diretor de futebol da SE Palmeiras, bradando as seguintes palavras: “‘Claus, qual é o seu problema com a nossa comissão técnica? Se você tem problema, é melhor não apitar mais. Você é tendencioso’”, diz o documento.

Depois de relatar o comportamento do dirigente, o árbitro cita novas ofensas feitas pelo auxiliar João Martins. “Informo ainda que o Sr. João Miguel Barreto Martins, auxiliar técnico do Palmeiras, que fora expulso da área técnica, como relatado acima, novamente, de forma acintosa, profere as seguintes palavras: ‘Você é mentiroso’, repetindo essa mesma frase por diversas vezes”.

O extenso relato da súmula também detalha objetos que foram arremessados ao gramado aos 27 minutos do segundo tempo, após gol marcado pelo são-paulino Luciano. “Foram arremessados no campo de jogo um pé de tênis branco, um copo descartável contendo água, um saco plástico contendo pipoca, vindos da direção de onde se encontravam os torcedores da equipe SE Palmeiras, não atingindo ninguém.”

Por fim, Claus atribuí a confusão generalizada aos gandulas do Palmeiras, identificados como Marcel Rodrigues Teixeira e Leonardo Ribero, que fizeram provocações aos são-paulinos no momento do término da partida. Este é outro ponto questionado pela diretoria palmeirense.

A súmula foi publicada na segunda-feira, e confirmou duas novas expulsões Zé Rafael e Nestor não receberam cartão vermelho na hora da confusão justamente porque Claus e os demais integrantes da comissão de campo não presenciaram a cena, e não houve tempo de advertir os atletas antes que eles se dirigissem aos vestiários. A equipe do VAR, contudo, sugeriu ao árbitro que analisasse imagens captadas no túnel.

“Após o término da partida e antes de deixar o campo de jogo, o VAR me sugeriu a revisão de um confronto entre dois jogadores no túnel de acesso aos vestiários. Ao revisar, constatei uma conduta violenta do jogador Nº 08, Sr José Rafael Vivian, da equipe SE Palmeiras, agarrando o pescoço do senhor Rodrigo Nestor Bertalia, Nº 11 da equipe do São Paulo FC, com o uso de força excessiva, que revidou com um soco no rosto de seu adversário ciado acima. Informo que ambos, expulsos, não receberam cartão vermelho devido ao fato de se dirigirem aos respectivos vestiários de forma imediata após o conflito”, diz o relato.

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