Palmeiras sobrevive sem os patrocínios das empresas da presidente Leila Pereira? Confira os valores


Mandatária alviverde trouxe Crefisa e FAM para patrocinarem a equipe em 2015 e é alvo de críticas da torcida pela forma como tem gerido o clube; ‘Estadão’ revira os balanços e aponta a receita advinda da investidora

Por Marcos Antomil
Atualização:

A falta de contratações e o insucesso do Palmeiras na Libertadores e Copa do Brasil elevaram o tom das críticas sobre a presidente do clube, Leila Pereira. A mandatária, que também é dona das patrocinadoras Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), vai viver no fim de 2024 uma nova eleição para renovar seu mandato por mais três anos à frente do clube. Ela já admitiu sua candidatura. O desempenho da equipe em campo, as finanças do clube e a parte social do Palmeiras costumam ser fatores preponderantes no pleito.

Em sua gestão, iniciada no fim de 2021, Leila tem adotado uma postura conservadora no mercado para respeitar os limites financeiros do clube. Já disse também que não vai gastar sem planejamento e sem fazer as contas. A expectativa de parte da torcida de ampliação do investimento feito pelas empresas da presidente não foi correspondida, apesar de a mandatária ter renovado seu vínculo como patrocinadora antes de assumir a presidência do clube. Ou seja, já se sabia de antemão que os valores do patrocínio seriam de R$ 81 milhões por ano mais premiações por títulos. Até agosto deste ano, patrocínios e publicidade representam 13,75% da arrecadação total do clube na temporada.

Se antes o Palmeiras ostentava o maior patrocínio do continente, agora não pode mais dizer isso. Com o passar dos anos, os valores ficaram defasados em relação ao posto de liderança sul-americana e ganhou concorrentes diretos: Flamengo e Corinthians, cujos patrocínios em 2023 podem superar a marca dos R$ 100 milhões. A presidente duvidou que a camisa do rival Corinthians tenha o valor que chegou para ela em uma entrevista, de R$ 123 milhões. O clube alvinegro não se manifestou. Ela prometeu cobrir a oferta do Palmeiras se esse valor fosse comprovado.

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Palmeiras e Puma Brasil lançam camisa em apoio ao Outubro Rosa e o Novembro Azul, na sede do A.C.Camargo, em São Paulo-SP. (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon) Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
Não posso dizer que a camisa de um clube é R$ 123 milhões, você viu o contrato? Você não viu. Então como pode falar que a camisa de um clube vale R$ 123 milhões porque ‘falaram’? Tem de ser responsável, tem de ter a certeza de que vale. Prove que pela camisa do Corinthians estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano.

Leila Pereira, em entrevista na semana passada.

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A Crefisa e a FAM estampam todos os espaços do uniforme do futebol masculino do Palmeiras, além de banners nas entrevistas coletivas, placas na Academia de Futebol e o nome do canal de vídeos oficial do clube. Leila abriu mão de exibir as marcas das suas empresas nos uniformes do futebol feminino e permitiu que outras empresas apoiassem o Palmeiras em exibições menores, como a Cimed no microfone das entrevistas e maca móvel no Allianz Parque.

No balancete do mês de agosto, o mais recente divulgado pelo Palmeiras, o item “Publicidade e Patrocínio” aponta que o clube arrecadou até aquele mês R$ 78,908 milhões. O total realizado pelo clube no mesmo período, somadas outras fontes de receita, totalizam R$ 573,785 milhões. Assim, a participação de publicidade e patrocínio corresponde a 13,75% do total arrecadado até agosto de 2023.

Esse é o menor percentual desde 2015, ano em que entrou em vigor o acordo de patrocínio entre o Palmeiras e as empresas de Leila Pereira e de seu marido José Roberto Lamacchia. Em 2014, ano do centenário alviverde, o Palmeiras arrecadou cerca de R$ 17 milhões em patrocínio, o correspondente a 6,95% do total auferido na temporada. Confira os números:

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Os maiores valores nominais de patrocínio foram obtidos pelo Palmeiras em 2021, ano-calendário em que o clube faturou duas Libertadores e uma Copa do Brasil. Eram tempos de pandemia. Já percentualmente, em 2017, o patrocínio correspondeu a 25,9% do arrecadado pelo clube no ano. No entanto, em 2018, a contabilidade teve de fazer uma mudança, uma vez que o aporte dado pela Crefisa para a contratação de jogadores foi realocado como empréstimo.

“Assim como em anos anteriores, a administração intensificou novos investimentos na aquisição de atletas para o futebol profissional. Os recursos foram obtidos, principalmente, junto à patrocinadora máster, Crefisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos. Para que isso fosse possível, em 2018, foi alterada a natureza de determinadas transações, passando, por meio de aditivos contratuais, a reconhecer determinadas transações como empréstimos ao invés de patrocínios. Entretanto, as condições para liquidação deste passivo (R$ 142,7 milhões em 31/12/2018) ocorrerão somente na venda ou término dos contratos com os atletas, além dos encargos financeiros serem inferiores às taxas praticadas no mercado”, informou o balanço do clube em 2018.

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Nas demonstrações financeiras do Palmeiras sobre 2022, a dívida com a Crefisa estava na casa dos R$ 65,69 milhões. Ao longo daquele ano, o clube alviverde amortizou R$ 64,7 milhões da dívida, por meio de “valores de premiações de conquistas esportivas a receber da Crefisa e pelo repasse de recursos oriundos das vendas ou cessão temporária de jogadores realizadas durante o exercício.”

Com o vencimento do contrato atual de patrocínio, Leila promete abrir uma concorrência para que outros interessados possam se manifestar e protocolar propostas para associar suas marcas ao Palmeiras. “Temos contrato e vamos honrá-lo até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e, se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, caso haja alguém pagando acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea”, afirmou Leila.

O Palmeiras tem receitas variadas de outras fontes. A saber: programa sócio-torcedor (185 mil associados), bilheterias, venda de jogadores, dia do jogo, lojas do clube e direitos de transmissão dos jogos. As receitas do clube são estimadas nesta temporada em R$ 750 milhões.

A falta de contratações e o insucesso do Palmeiras na Libertadores e Copa do Brasil elevaram o tom das críticas sobre a presidente do clube, Leila Pereira. A mandatária, que também é dona das patrocinadoras Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), vai viver no fim de 2024 uma nova eleição para renovar seu mandato por mais três anos à frente do clube. Ela já admitiu sua candidatura. O desempenho da equipe em campo, as finanças do clube e a parte social do Palmeiras costumam ser fatores preponderantes no pleito.

Em sua gestão, iniciada no fim de 2021, Leila tem adotado uma postura conservadora no mercado para respeitar os limites financeiros do clube. Já disse também que não vai gastar sem planejamento e sem fazer as contas. A expectativa de parte da torcida de ampliação do investimento feito pelas empresas da presidente não foi correspondida, apesar de a mandatária ter renovado seu vínculo como patrocinadora antes de assumir a presidência do clube. Ou seja, já se sabia de antemão que os valores do patrocínio seriam de R$ 81 milhões por ano mais premiações por títulos. Até agosto deste ano, patrocínios e publicidade representam 13,75% da arrecadação total do clube na temporada.

Se antes o Palmeiras ostentava o maior patrocínio do continente, agora não pode mais dizer isso. Com o passar dos anos, os valores ficaram defasados em relação ao posto de liderança sul-americana e ganhou concorrentes diretos: Flamengo e Corinthians, cujos patrocínios em 2023 podem superar a marca dos R$ 100 milhões. A presidente duvidou que a camisa do rival Corinthians tenha o valor que chegou para ela em uma entrevista, de R$ 123 milhões. O clube alvinegro não se manifestou. Ela prometeu cobrir a oferta do Palmeiras se esse valor fosse comprovado.

Palmeiras e Puma Brasil lançam camisa em apoio ao Outubro Rosa e o Novembro Azul, na sede do A.C.Camargo, em São Paulo-SP. (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon) Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
Não posso dizer que a camisa de um clube é R$ 123 milhões, você viu o contrato? Você não viu. Então como pode falar que a camisa de um clube vale R$ 123 milhões porque ‘falaram’? Tem de ser responsável, tem de ter a certeza de que vale. Prove que pela camisa do Corinthians estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano.

Leila Pereira, em entrevista na semana passada.

A Crefisa e a FAM estampam todos os espaços do uniforme do futebol masculino do Palmeiras, além de banners nas entrevistas coletivas, placas na Academia de Futebol e o nome do canal de vídeos oficial do clube. Leila abriu mão de exibir as marcas das suas empresas nos uniformes do futebol feminino e permitiu que outras empresas apoiassem o Palmeiras em exibições menores, como a Cimed no microfone das entrevistas e maca móvel no Allianz Parque.

No balancete do mês de agosto, o mais recente divulgado pelo Palmeiras, o item “Publicidade e Patrocínio” aponta que o clube arrecadou até aquele mês R$ 78,908 milhões. O total realizado pelo clube no mesmo período, somadas outras fontes de receita, totalizam R$ 573,785 milhões. Assim, a participação de publicidade e patrocínio corresponde a 13,75% do total arrecadado até agosto de 2023.

Esse é o menor percentual desde 2015, ano em que entrou em vigor o acordo de patrocínio entre o Palmeiras e as empresas de Leila Pereira e de seu marido José Roberto Lamacchia. Em 2014, ano do centenário alviverde, o Palmeiras arrecadou cerca de R$ 17 milhões em patrocínio, o correspondente a 6,95% do total auferido na temporada. Confira os números:

Os maiores valores nominais de patrocínio foram obtidos pelo Palmeiras em 2021, ano-calendário em que o clube faturou duas Libertadores e uma Copa do Brasil. Eram tempos de pandemia. Já percentualmente, em 2017, o patrocínio correspondeu a 25,9% do arrecadado pelo clube no ano. No entanto, em 2018, a contabilidade teve de fazer uma mudança, uma vez que o aporte dado pela Crefisa para a contratação de jogadores foi realocado como empréstimo.

“Assim como em anos anteriores, a administração intensificou novos investimentos na aquisição de atletas para o futebol profissional. Os recursos foram obtidos, principalmente, junto à patrocinadora máster, Crefisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos. Para que isso fosse possível, em 2018, foi alterada a natureza de determinadas transações, passando, por meio de aditivos contratuais, a reconhecer determinadas transações como empréstimos ao invés de patrocínios. Entretanto, as condições para liquidação deste passivo (R$ 142,7 milhões em 31/12/2018) ocorrerão somente na venda ou término dos contratos com os atletas, além dos encargos financeiros serem inferiores às taxas praticadas no mercado”, informou o balanço do clube em 2018.

Nas demonstrações financeiras do Palmeiras sobre 2022, a dívida com a Crefisa estava na casa dos R$ 65,69 milhões. Ao longo daquele ano, o clube alviverde amortizou R$ 64,7 milhões da dívida, por meio de “valores de premiações de conquistas esportivas a receber da Crefisa e pelo repasse de recursos oriundos das vendas ou cessão temporária de jogadores realizadas durante o exercício.”

Com o vencimento do contrato atual de patrocínio, Leila promete abrir uma concorrência para que outros interessados possam se manifestar e protocolar propostas para associar suas marcas ao Palmeiras. “Temos contrato e vamos honrá-lo até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e, se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, caso haja alguém pagando acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea”, afirmou Leila.

O Palmeiras tem receitas variadas de outras fontes. A saber: programa sócio-torcedor (185 mil associados), bilheterias, venda de jogadores, dia do jogo, lojas do clube e direitos de transmissão dos jogos. As receitas do clube são estimadas nesta temporada em R$ 750 milhões.

A falta de contratações e o insucesso do Palmeiras na Libertadores e Copa do Brasil elevaram o tom das críticas sobre a presidente do clube, Leila Pereira. A mandatária, que também é dona das patrocinadoras Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), vai viver no fim de 2024 uma nova eleição para renovar seu mandato por mais três anos à frente do clube. Ela já admitiu sua candidatura. O desempenho da equipe em campo, as finanças do clube e a parte social do Palmeiras costumam ser fatores preponderantes no pleito.

Em sua gestão, iniciada no fim de 2021, Leila tem adotado uma postura conservadora no mercado para respeitar os limites financeiros do clube. Já disse também que não vai gastar sem planejamento e sem fazer as contas. A expectativa de parte da torcida de ampliação do investimento feito pelas empresas da presidente não foi correspondida, apesar de a mandatária ter renovado seu vínculo como patrocinadora antes de assumir a presidência do clube. Ou seja, já se sabia de antemão que os valores do patrocínio seriam de R$ 81 milhões por ano mais premiações por títulos. Até agosto deste ano, patrocínios e publicidade representam 13,75% da arrecadação total do clube na temporada.

Se antes o Palmeiras ostentava o maior patrocínio do continente, agora não pode mais dizer isso. Com o passar dos anos, os valores ficaram defasados em relação ao posto de liderança sul-americana e ganhou concorrentes diretos: Flamengo e Corinthians, cujos patrocínios em 2023 podem superar a marca dos R$ 100 milhões. A presidente duvidou que a camisa do rival Corinthians tenha o valor que chegou para ela em uma entrevista, de R$ 123 milhões. O clube alvinegro não se manifestou. Ela prometeu cobrir a oferta do Palmeiras se esse valor fosse comprovado.

Palmeiras e Puma Brasil lançam camisa em apoio ao Outubro Rosa e o Novembro Azul, na sede do A.C.Camargo, em São Paulo-SP. (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon) Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
Não posso dizer que a camisa de um clube é R$ 123 milhões, você viu o contrato? Você não viu. Então como pode falar que a camisa de um clube vale R$ 123 milhões porque ‘falaram’? Tem de ser responsável, tem de ter a certeza de que vale. Prove que pela camisa do Corinthians estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano.

Leila Pereira, em entrevista na semana passada.

A Crefisa e a FAM estampam todos os espaços do uniforme do futebol masculino do Palmeiras, além de banners nas entrevistas coletivas, placas na Academia de Futebol e o nome do canal de vídeos oficial do clube. Leila abriu mão de exibir as marcas das suas empresas nos uniformes do futebol feminino e permitiu que outras empresas apoiassem o Palmeiras em exibições menores, como a Cimed no microfone das entrevistas e maca móvel no Allianz Parque.

No balancete do mês de agosto, o mais recente divulgado pelo Palmeiras, o item “Publicidade e Patrocínio” aponta que o clube arrecadou até aquele mês R$ 78,908 milhões. O total realizado pelo clube no mesmo período, somadas outras fontes de receita, totalizam R$ 573,785 milhões. Assim, a participação de publicidade e patrocínio corresponde a 13,75% do total arrecadado até agosto de 2023.

Esse é o menor percentual desde 2015, ano em que entrou em vigor o acordo de patrocínio entre o Palmeiras e as empresas de Leila Pereira e de seu marido José Roberto Lamacchia. Em 2014, ano do centenário alviverde, o Palmeiras arrecadou cerca de R$ 17 milhões em patrocínio, o correspondente a 6,95% do total auferido na temporada. Confira os números:

Os maiores valores nominais de patrocínio foram obtidos pelo Palmeiras em 2021, ano-calendário em que o clube faturou duas Libertadores e uma Copa do Brasil. Eram tempos de pandemia. Já percentualmente, em 2017, o patrocínio correspondeu a 25,9% do arrecadado pelo clube no ano. No entanto, em 2018, a contabilidade teve de fazer uma mudança, uma vez que o aporte dado pela Crefisa para a contratação de jogadores foi realocado como empréstimo.

“Assim como em anos anteriores, a administração intensificou novos investimentos na aquisição de atletas para o futebol profissional. Os recursos foram obtidos, principalmente, junto à patrocinadora máster, Crefisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos. Para que isso fosse possível, em 2018, foi alterada a natureza de determinadas transações, passando, por meio de aditivos contratuais, a reconhecer determinadas transações como empréstimos ao invés de patrocínios. Entretanto, as condições para liquidação deste passivo (R$ 142,7 milhões em 31/12/2018) ocorrerão somente na venda ou término dos contratos com os atletas, além dos encargos financeiros serem inferiores às taxas praticadas no mercado”, informou o balanço do clube em 2018.

Nas demonstrações financeiras do Palmeiras sobre 2022, a dívida com a Crefisa estava na casa dos R$ 65,69 milhões. Ao longo daquele ano, o clube alviverde amortizou R$ 64,7 milhões da dívida, por meio de “valores de premiações de conquistas esportivas a receber da Crefisa e pelo repasse de recursos oriundos das vendas ou cessão temporária de jogadores realizadas durante o exercício.”

Com o vencimento do contrato atual de patrocínio, Leila promete abrir uma concorrência para que outros interessados possam se manifestar e protocolar propostas para associar suas marcas ao Palmeiras. “Temos contrato e vamos honrá-lo até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e, se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, caso haja alguém pagando acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea”, afirmou Leila.

O Palmeiras tem receitas variadas de outras fontes. A saber: programa sócio-torcedor (185 mil associados), bilheterias, venda de jogadores, dia do jogo, lojas do clube e direitos de transmissão dos jogos. As receitas do clube são estimadas nesta temporada em R$ 750 milhões.

A falta de contratações e o insucesso do Palmeiras na Libertadores e Copa do Brasil elevaram o tom das críticas sobre a presidente do clube, Leila Pereira. A mandatária, que também é dona das patrocinadoras Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), vai viver no fim de 2024 uma nova eleição para renovar seu mandato por mais três anos à frente do clube. Ela já admitiu sua candidatura. O desempenho da equipe em campo, as finanças do clube e a parte social do Palmeiras costumam ser fatores preponderantes no pleito.

Em sua gestão, iniciada no fim de 2021, Leila tem adotado uma postura conservadora no mercado para respeitar os limites financeiros do clube. Já disse também que não vai gastar sem planejamento e sem fazer as contas. A expectativa de parte da torcida de ampliação do investimento feito pelas empresas da presidente não foi correspondida, apesar de a mandatária ter renovado seu vínculo como patrocinadora antes de assumir a presidência do clube. Ou seja, já se sabia de antemão que os valores do patrocínio seriam de R$ 81 milhões por ano mais premiações por títulos. Até agosto deste ano, patrocínios e publicidade representam 13,75% da arrecadação total do clube na temporada.

Se antes o Palmeiras ostentava o maior patrocínio do continente, agora não pode mais dizer isso. Com o passar dos anos, os valores ficaram defasados em relação ao posto de liderança sul-americana e ganhou concorrentes diretos: Flamengo e Corinthians, cujos patrocínios em 2023 podem superar a marca dos R$ 100 milhões. A presidente duvidou que a camisa do rival Corinthians tenha o valor que chegou para ela em uma entrevista, de R$ 123 milhões. O clube alvinegro não se manifestou. Ela prometeu cobrir a oferta do Palmeiras se esse valor fosse comprovado.

Palmeiras e Puma Brasil lançam camisa em apoio ao Outubro Rosa e o Novembro Azul, na sede do A.C.Camargo, em São Paulo-SP. (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon) Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
Não posso dizer que a camisa de um clube é R$ 123 milhões, você viu o contrato? Você não viu. Então como pode falar que a camisa de um clube vale R$ 123 milhões porque ‘falaram’? Tem de ser responsável, tem de ter a certeza de que vale. Prove que pela camisa do Corinthians estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano.

Leila Pereira, em entrevista na semana passada.

A Crefisa e a FAM estampam todos os espaços do uniforme do futebol masculino do Palmeiras, além de banners nas entrevistas coletivas, placas na Academia de Futebol e o nome do canal de vídeos oficial do clube. Leila abriu mão de exibir as marcas das suas empresas nos uniformes do futebol feminino e permitiu que outras empresas apoiassem o Palmeiras em exibições menores, como a Cimed no microfone das entrevistas e maca móvel no Allianz Parque.

No balancete do mês de agosto, o mais recente divulgado pelo Palmeiras, o item “Publicidade e Patrocínio” aponta que o clube arrecadou até aquele mês R$ 78,908 milhões. O total realizado pelo clube no mesmo período, somadas outras fontes de receita, totalizam R$ 573,785 milhões. Assim, a participação de publicidade e patrocínio corresponde a 13,75% do total arrecadado até agosto de 2023.

Esse é o menor percentual desde 2015, ano em que entrou em vigor o acordo de patrocínio entre o Palmeiras e as empresas de Leila Pereira e de seu marido José Roberto Lamacchia. Em 2014, ano do centenário alviverde, o Palmeiras arrecadou cerca de R$ 17 milhões em patrocínio, o correspondente a 6,95% do total auferido na temporada. Confira os números:

Os maiores valores nominais de patrocínio foram obtidos pelo Palmeiras em 2021, ano-calendário em que o clube faturou duas Libertadores e uma Copa do Brasil. Eram tempos de pandemia. Já percentualmente, em 2017, o patrocínio correspondeu a 25,9% do arrecadado pelo clube no ano. No entanto, em 2018, a contabilidade teve de fazer uma mudança, uma vez que o aporte dado pela Crefisa para a contratação de jogadores foi realocado como empréstimo.

“Assim como em anos anteriores, a administração intensificou novos investimentos na aquisição de atletas para o futebol profissional. Os recursos foram obtidos, principalmente, junto à patrocinadora máster, Crefisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos. Para que isso fosse possível, em 2018, foi alterada a natureza de determinadas transações, passando, por meio de aditivos contratuais, a reconhecer determinadas transações como empréstimos ao invés de patrocínios. Entretanto, as condições para liquidação deste passivo (R$ 142,7 milhões em 31/12/2018) ocorrerão somente na venda ou término dos contratos com os atletas, além dos encargos financeiros serem inferiores às taxas praticadas no mercado”, informou o balanço do clube em 2018.

Nas demonstrações financeiras do Palmeiras sobre 2022, a dívida com a Crefisa estava na casa dos R$ 65,69 milhões. Ao longo daquele ano, o clube alviverde amortizou R$ 64,7 milhões da dívida, por meio de “valores de premiações de conquistas esportivas a receber da Crefisa e pelo repasse de recursos oriundos das vendas ou cessão temporária de jogadores realizadas durante o exercício.”

Com o vencimento do contrato atual de patrocínio, Leila promete abrir uma concorrência para que outros interessados possam se manifestar e protocolar propostas para associar suas marcas ao Palmeiras. “Temos contrato e vamos honrá-lo até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e, se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, caso haja alguém pagando acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea”, afirmou Leila.

O Palmeiras tem receitas variadas de outras fontes. A saber: programa sócio-torcedor (185 mil associados), bilheterias, venda de jogadores, dia do jogo, lojas do clube e direitos de transmissão dos jogos. As receitas do clube são estimadas nesta temporada em R$ 750 milhões.

A falta de contratações e o insucesso do Palmeiras na Libertadores e Copa do Brasil elevaram o tom das críticas sobre a presidente do clube, Leila Pereira. A mandatária, que também é dona das patrocinadoras Crefisa e Faculdade das Américas (FAM), vai viver no fim de 2024 uma nova eleição para renovar seu mandato por mais três anos à frente do clube. Ela já admitiu sua candidatura. O desempenho da equipe em campo, as finanças do clube e a parte social do Palmeiras costumam ser fatores preponderantes no pleito.

Em sua gestão, iniciada no fim de 2021, Leila tem adotado uma postura conservadora no mercado para respeitar os limites financeiros do clube. Já disse também que não vai gastar sem planejamento e sem fazer as contas. A expectativa de parte da torcida de ampliação do investimento feito pelas empresas da presidente não foi correspondida, apesar de a mandatária ter renovado seu vínculo como patrocinadora antes de assumir a presidência do clube. Ou seja, já se sabia de antemão que os valores do patrocínio seriam de R$ 81 milhões por ano mais premiações por títulos. Até agosto deste ano, patrocínios e publicidade representam 13,75% da arrecadação total do clube na temporada.

Se antes o Palmeiras ostentava o maior patrocínio do continente, agora não pode mais dizer isso. Com o passar dos anos, os valores ficaram defasados em relação ao posto de liderança sul-americana e ganhou concorrentes diretos: Flamengo e Corinthians, cujos patrocínios em 2023 podem superar a marca dos R$ 100 milhões. A presidente duvidou que a camisa do rival Corinthians tenha o valor que chegou para ela em uma entrevista, de R$ 123 milhões. O clube alvinegro não se manifestou. Ela prometeu cobrir a oferta do Palmeiras se esse valor fosse comprovado.

Palmeiras e Puma Brasil lançam camisa em apoio ao Outubro Rosa e o Novembro Azul, na sede do A.C.Camargo, em São Paulo-SP. (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon) Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
Não posso dizer que a camisa de um clube é R$ 123 milhões, você viu o contrato? Você não viu. Então como pode falar que a camisa de um clube vale R$ 123 milhões porque ‘falaram’? Tem de ser responsável, tem de ter a certeza de que vale. Prove que pela camisa do Corinthians estão pagando R$ 123 milhões. Mostrem o papel que eu pago R$ 123 milhões. Quero que comprove que essas empresas pagam R$ 123 milhões por ano.

Leila Pereira, em entrevista na semana passada.

A Crefisa e a FAM estampam todos os espaços do uniforme do futebol masculino do Palmeiras, além de banners nas entrevistas coletivas, placas na Academia de Futebol e o nome do canal de vídeos oficial do clube. Leila abriu mão de exibir as marcas das suas empresas nos uniformes do futebol feminino e permitiu que outras empresas apoiassem o Palmeiras em exibições menores, como a Cimed no microfone das entrevistas e maca móvel no Allianz Parque.

No balancete do mês de agosto, o mais recente divulgado pelo Palmeiras, o item “Publicidade e Patrocínio” aponta que o clube arrecadou até aquele mês R$ 78,908 milhões. O total realizado pelo clube no mesmo período, somadas outras fontes de receita, totalizam R$ 573,785 milhões. Assim, a participação de publicidade e patrocínio corresponde a 13,75% do total arrecadado até agosto de 2023.

Esse é o menor percentual desde 2015, ano em que entrou em vigor o acordo de patrocínio entre o Palmeiras e as empresas de Leila Pereira e de seu marido José Roberto Lamacchia. Em 2014, ano do centenário alviverde, o Palmeiras arrecadou cerca de R$ 17 milhões em patrocínio, o correspondente a 6,95% do total auferido na temporada. Confira os números:

Os maiores valores nominais de patrocínio foram obtidos pelo Palmeiras em 2021, ano-calendário em que o clube faturou duas Libertadores e uma Copa do Brasil. Eram tempos de pandemia. Já percentualmente, em 2017, o patrocínio correspondeu a 25,9% do arrecadado pelo clube no ano. No entanto, em 2018, a contabilidade teve de fazer uma mudança, uma vez que o aporte dado pela Crefisa para a contratação de jogadores foi realocado como empréstimo.

“Assim como em anos anteriores, a administração intensificou novos investimentos na aquisição de atletas para o futebol profissional. Os recursos foram obtidos, principalmente, junto à patrocinadora máster, Crefisa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos. Para que isso fosse possível, em 2018, foi alterada a natureza de determinadas transações, passando, por meio de aditivos contratuais, a reconhecer determinadas transações como empréstimos ao invés de patrocínios. Entretanto, as condições para liquidação deste passivo (R$ 142,7 milhões em 31/12/2018) ocorrerão somente na venda ou término dos contratos com os atletas, além dos encargos financeiros serem inferiores às taxas praticadas no mercado”, informou o balanço do clube em 2018.

Nas demonstrações financeiras do Palmeiras sobre 2022, a dívida com a Crefisa estava na casa dos R$ 65,69 milhões. Ao longo daquele ano, o clube alviverde amortizou R$ 64,7 milhões da dívida, por meio de “valores de premiações de conquistas esportivas a receber da Crefisa e pelo repasse de recursos oriundos das vendas ou cessão temporária de jogadores realizadas durante o exercício.”

Com o vencimento do contrato atual de patrocínio, Leila promete abrir uma concorrência para que outros interessados possam se manifestar e protocolar propostas para associar suas marcas ao Palmeiras. “Temos contrato e vamos honrá-lo até o final. Vou ser candidata à reeleição no Palmeiras e, se o associado tiver confiança no meu trabalho e eu for reeleita, terei o maior prazer de continuar patrocinando. Mas nós faremos uma BID, uma concorrência, caso haja alguém pagando acima do valor que vou me propor a pagar, desde que seja uma empresa idônea”, afirmou Leila.

O Palmeiras tem receitas variadas de outras fontes. A saber: programa sócio-torcedor (185 mil associados), bilheterias, venda de jogadores, dia do jogo, lojas do clube e direitos de transmissão dos jogos. As receitas do clube são estimadas nesta temporada em R$ 750 milhões.

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