Análise|Palmeiras tem um a mais, perde pênalti e empata primeiro dérbi do ano com o Corinthians


Ineficiência custa caro ao time alviverde, que desperdiça penalidade nos acréscimos com Estêvão e se frustra no Allianz Parque

Por Ricardo Magatti
Atualização:

Atrasado em meia hora devido à tempestade de granizo que caiu na capital paulista, o primeiro dérbi de 2025 terminou empatado por 1 a 1. No Allianz Parque, Palmeiras e Corinthians fizeram um jogo de bom nível técnico. O time alviverde foi superior, dominou a maior parte do clássico, tentou de todas as maneiras, mas foi ineficiente. A equipe alvinegra, mais competente em sua estratégia, segurou o rival e voltou pra casa com um ponto. Estêvão parou em Hugo Souza e perdeu nos acréscimos o pênalti que daria vitória aos anfitriões.

Maurício marcou para os palmeirenses e Yuri Alberto, este que deixou o seu time com 10 ao ser expulso no início do segundo tempo, arrancou o empate no clássico, permeado por provocações dentro e fora de campo. Antes do jogo, uma cabeça de porco foi arremessada perto de um dos portões do Allianz Parque.

Para o Palmeiras, foi um jogo para esquecer. Erros em profusão, sobretudo nas finalizações, e uma falha de Ríos que custou o triunfo. Ao Corinthians, a boa notícia é o comportamento da equipe, que, organizada e disciplinada taticamente, segurou o arquirrival com um a menos desde os 10 minutos da etapa final. Mas, se abrir mão de jogar tão cedo, o resultado pode nem sempre ser positivo.

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A fim de dar uma resposta ao seu torcedor, o Palmeiras, ligado e interessado, imprimiu ritmo forte nos primeiros minutos, encurralou o Corinthians e deu sinais de que construiria uma vitória até tranquila. Foi grande o volume de jogo e a marcação estava ajustada, impedindo que saísse em contra-ataques perigosos o rival alvinegro.

Palmeiras e Corinthians se enfrentaram no Allianz Parque no primeiro dérbi do ano Foto: Alex Silva/Estadão
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O gol cedo, marcado por Maurício, aos nove minutos, em chute seco após bonito lançamento de Piquerez, reforçou a impressão de que os anfitriões, dominantes, não dariam brechas aos visitantes. O meia-atacante é o maior protagonista palmeirense em 2025 e o artilheiro na temporada: são quatro gols em cinco partidas.

Ocorre que Richard Ríos devolveu o Corinthians ao jogo com um erro primário. Talvez por excesso de confiança, o colombiano, único volante escalado do Palmeiras escalado desde o início, resolveu driblar no campo defensivo e perdeu a bola para Depay. Inteligente, o holandês colocou Yuri Alberto na cara do gol. Desta vez o camisa 9 não perdeu. Foi à rede com uma conclusão rasteira e correu para chutar a bandeira palmeirense fincada no escanteio.

Estêvão, Veiga, Maurício e Facundo, além de Gómez, que não raro vai ao ataque, foram protagonistas das tentativas palmeirenses para retomar a vantagem no placar no segundo tempo. Mas o Corinthians resistiu, com 11 ou com 10 - depois da expulsão de Yuri Alberto em um ato de pouco inteligência ao simular uma falta em dividida com Naves.

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Tempestade de granizo alagou gramado do Allianz Parque e atrasou clássico em meia hora Foto: Alex Silva/Estadão

Foi difícil para o Palmeiras reencontrar o caminho do gol porque a estratégia não foi a mais inteligência. Sem tanto repertório, o time de Abel Ferreira lançou mão de muitos cruzamentos à área. O problema é que não havia um centroavante para empurrar a bola para as redes. Rony, conhecido por sua deficiência técnica, está na lista de negociáveis e não tem sido relacionado. Nem no banco também não estava Flaco López, por opção do técnico português.

Sem um camisa 9 e sem criatividade, os anfitriões foram incapazes de vencer o bloqueio defensivo corintiano. Mayke chegou mais perto. O lateral se infiltrou na área, foi achado por Facundo Torres, e cabeceou na trave.

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Estêvão, em noite pouco feliz, ainda perdeu nos acréscimos a mais importante oportunidade de vencer. Ele sofreu pênalti e, na cobrança, errou. Chutou rasteiro no canto direito, onde estava Hugo Souza, competente debaixo das traves.

O empate é bom negócio para o Corinthians, dono da melhor campanha do Paulistão. São 19 pontos, fruto de seis vitórias e um empate na competição. É líder do Grupo A, com quatro pontos a mais que o Mirassol. O cenário é confortável e a classificação ao mata-mata, iminente.

Para o Palmeiras, o resultado é frustrante, considerando o volume de jogo, e ruim porque o time alviverde se mantém distante do líder de seu grupo, o São Bernardo, que tem 16 pontos. A equipe alviverde, como a Ponte Preta, tem 12. Os dois brigam pela vice-liderança.

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Palmeirenses comemoram gol de Maurício no início do clássico Foto: Alex Silva/Estadão

PALMEIRAS 1 X 1 CORINTHIANS

  • PALMEIRAS - Weverton; Gustavo Gómez, Murilo e Naves (Thalys); Mayke (Marcos Rocha), Richard Ríos, Raphael Veiga (Figueiredo), Maurício (Luighi) e Piquerez (Benedetti); Estêvão e Facundo Torres. Técnico: Abel Ferreira.
  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Cacá e Hugo (Matheus Bidu); Raniele, Alex Santana (João Pedro), Carillo (Ryan) e Igor Coronado (Talles Magno); Memphis Depay e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • GOLS: Maurício, aos 8, e Yuri Alberto, aos 42 minutos do primeiro tempo.
  • ÁRBITRO: Raphael Claus.
  • CARTÃO AMARELO: Alex Santana.
  • CARTÃO VERMELHO: Yuri Alberto.
  • PÚBLICO: 32.029 torcedores.
  • RENDA: R$ 2.711.706,50.
  • LOCAL: Allianz Parque.

Atrasado em meia hora devido à tempestade de granizo que caiu na capital paulista, o primeiro dérbi de 2025 terminou empatado por 1 a 1. No Allianz Parque, Palmeiras e Corinthians fizeram um jogo de bom nível técnico. O time alviverde foi superior, dominou a maior parte do clássico, tentou de todas as maneiras, mas foi ineficiente. A equipe alvinegra, mais competente em sua estratégia, segurou o rival e voltou pra casa com um ponto. Estêvão parou em Hugo Souza e perdeu nos acréscimos o pênalti que daria vitória aos anfitriões.

Maurício marcou para os palmeirenses e Yuri Alberto, este que deixou o seu time com 10 ao ser expulso no início do segundo tempo, arrancou o empate no clássico, permeado por provocações dentro e fora de campo. Antes do jogo, uma cabeça de porco foi arremessada perto de um dos portões do Allianz Parque.

Para o Palmeiras, foi um jogo para esquecer. Erros em profusão, sobretudo nas finalizações, e uma falha de Ríos que custou o triunfo. Ao Corinthians, a boa notícia é o comportamento da equipe, que, organizada e disciplinada taticamente, segurou o arquirrival com um a menos desde os 10 minutos da etapa final. Mas, se abrir mão de jogar tão cedo, o resultado pode nem sempre ser positivo.

A fim de dar uma resposta ao seu torcedor, o Palmeiras, ligado e interessado, imprimiu ritmo forte nos primeiros minutos, encurralou o Corinthians e deu sinais de que construiria uma vitória até tranquila. Foi grande o volume de jogo e a marcação estava ajustada, impedindo que saísse em contra-ataques perigosos o rival alvinegro.

Palmeiras e Corinthians se enfrentaram no Allianz Parque no primeiro dérbi do ano Foto: Alex Silva/Estadão

O gol cedo, marcado por Maurício, aos nove minutos, em chute seco após bonito lançamento de Piquerez, reforçou a impressão de que os anfitriões, dominantes, não dariam brechas aos visitantes. O meia-atacante é o maior protagonista palmeirense em 2025 e o artilheiro na temporada: são quatro gols em cinco partidas.

Ocorre que Richard Ríos devolveu o Corinthians ao jogo com um erro primário. Talvez por excesso de confiança, o colombiano, único volante escalado do Palmeiras escalado desde o início, resolveu driblar no campo defensivo e perdeu a bola para Depay. Inteligente, o holandês colocou Yuri Alberto na cara do gol. Desta vez o camisa 9 não perdeu. Foi à rede com uma conclusão rasteira e correu para chutar a bandeira palmeirense fincada no escanteio.

Estêvão, Veiga, Maurício e Facundo, além de Gómez, que não raro vai ao ataque, foram protagonistas das tentativas palmeirenses para retomar a vantagem no placar no segundo tempo. Mas o Corinthians resistiu, com 11 ou com 10 - depois da expulsão de Yuri Alberto em um ato de pouco inteligência ao simular uma falta em dividida com Naves.

Tempestade de granizo alagou gramado do Allianz Parque e atrasou clássico em meia hora Foto: Alex Silva/Estadão

Foi difícil para o Palmeiras reencontrar o caminho do gol porque a estratégia não foi a mais inteligência. Sem tanto repertório, o time de Abel Ferreira lançou mão de muitos cruzamentos à área. O problema é que não havia um centroavante para empurrar a bola para as redes. Rony, conhecido por sua deficiência técnica, está na lista de negociáveis e não tem sido relacionado. Nem no banco também não estava Flaco López, por opção do técnico português.

Sem um camisa 9 e sem criatividade, os anfitriões foram incapazes de vencer o bloqueio defensivo corintiano. Mayke chegou mais perto. O lateral se infiltrou na área, foi achado por Facundo Torres, e cabeceou na trave.

Estêvão, em noite pouco feliz, ainda perdeu nos acréscimos a mais importante oportunidade de vencer. Ele sofreu pênalti e, na cobrança, errou. Chutou rasteiro no canto direito, onde estava Hugo Souza, competente debaixo das traves.

O empate é bom negócio para o Corinthians, dono da melhor campanha do Paulistão. São 19 pontos, fruto de seis vitórias e um empate na competição. É líder do Grupo A, com quatro pontos a mais que o Mirassol. O cenário é confortável e a classificação ao mata-mata, iminente.

Para o Palmeiras, o resultado é frustrante, considerando o volume de jogo, e ruim porque o time alviverde se mantém distante do líder de seu grupo, o São Bernardo, que tem 16 pontos. A equipe alviverde, como a Ponte Preta, tem 12. Os dois brigam pela vice-liderança.

Palmeirenses comemoram gol de Maurício no início do clássico Foto: Alex Silva/Estadão

PALMEIRAS 1 X 1 CORINTHIANS

  • PALMEIRAS - Weverton; Gustavo Gómez, Murilo e Naves (Thalys); Mayke (Marcos Rocha), Richard Ríos, Raphael Veiga (Figueiredo), Maurício (Luighi) e Piquerez (Benedetti); Estêvão e Facundo Torres. Técnico: Abel Ferreira.
  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Cacá e Hugo (Matheus Bidu); Raniele, Alex Santana (João Pedro), Carillo (Ryan) e Igor Coronado (Talles Magno); Memphis Depay e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • GOLS: Maurício, aos 8, e Yuri Alberto, aos 42 minutos do primeiro tempo.
  • ÁRBITRO: Raphael Claus.
  • CARTÃO AMARELO: Alex Santana.
  • CARTÃO VERMELHO: Yuri Alberto.
  • PÚBLICO: 32.029 torcedores.
  • RENDA: R$ 2.711.706,50.
  • LOCAL: Allianz Parque.

Atrasado em meia hora devido à tempestade de granizo que caiu na capital paulista, o primeiro dérbi de 2025 terminou empatado por 1 a 1. No Allianz Parque, Palmeiras e Corinthians fizeram um jogo de bom nível técnico. O time alviverde foi superior, dominou a maior parte do clássico, tentou de todas as maneiras, mas foi ineficiente. A equipe alvinegra, mais competente em sua estratégia, segurou o rival e voltou pra casa com um ponto. Estêvão parou em Hugo Souza e perdeu nos acréscimos o pênalti que daria vitória aos anfitriões.

Maurício marcou para os palmeirenses e Yuri Alberto, este que deixou o seu time com 10 ao ser expulso no início do segundo tempo, arrancou o empate no clássico, permeado por provocações dentro e fora de campo. Antes do jogo, uma cabeça de porco foi arremessada perto de um dos portões do Allianz Parque.

Para o Palmeiras, foi um jogo para esquecer. Erros em profusão, sobretudo nas finalizações, e uma falha de Ríos que custou o triunfo. Ao Corinthians, a boa notícia é o comportamento da equipe, que, organizada e disciplinada taticamente, segurou o arquirrival com um a menos desde os 10 minutos da etapa final. Mas, se abrir mão de jogar tão cedo, o resultado pode nem sempre ser positivo.

A fim de dar uma resposta ao seu torcedor, o Palmeiras, ligado e interessado, imprimiu ritmo forte nos primeiros minutos, encurralou o Corinthians e deu sinais de que construiria uma vitória até tranquila. Foi grande o volume de jogo e a marcação estava ajustada, impedindo que saísse em contra-ataques perigosos o rival alvinegro.

Palmeiras e Corinthians se enfrentaram no Allianz Parque no primeiro dérbi do ano Foto: Alex Silva/Estadão

O gol cedo, marcado por Maurício, aos nove minutos, em chute seco após bonito lançamento de Piquerez, reforçou a impressão de que os anfitriões, dominantes, não dariam brechas aos visitantes. O meia-atacante é o maior protagonista palmeirense em 2025 e o artilheiro na temporada: são quatro gols em cinco partidas.

Ocorre que Richard Ríos devolveu o Corinthians ao jogo com um erro primário. Talvez por excesso de confiança, o colombiano, único volante escalado do Palmeiras escalado desde o início, resolveu driblar no campo defensivo e perdeu a bola para Depay. Inteligente, o holandês colocou Yuri Alberto na cara do gol. Desta vez o camisa 9 não perdeu. Foi à rede com uma conclusão rasteira e correu para chutar a bandeira palmeirense fincada no escanteio.

Estêvão, Veiga, Maurício e Facundo, além de Gómez, que não raro vai ao ataque, foram protagonistas das tentativas palmeirenses para retomar a vantagem no placar no segundo tempo. Mas o Corinthians resistiu, com 11 ou com 10 - depois da expulsão de Yuri Alberto em um ato de pouco inteligência ao simular uma falta em dividida com Naves.

Tempestade de granizo alagou gramado do Allianz Parque e atrasou clássico em meia hora Foto: Alex Silva/Estadão

Foi difícil para o Palmeiras reencontrar o caminho do gol porque a estratégia não foi a mais inteligência. Sem tanto repertório, o time de Abel Ferreira lançou mão de muitos cruzamentos à área. O problema é que não havia um centroavante para empurrar a bola para as redes. Rony, conhecido por sua deficiência técnica, está na lista de negociáveis e não tem sido relacionado. Nem no banco também não estava Flaco López, por opção do técnico português.

Sem um camisa 9 e sem criatividade, os anfitriões foram incapazes de vencer o bloqueio defensivo corintiano. Mayke chegou mais perto. O lateral se infiltrou na área, foi achado por Facundo Torres, e cabeceou na trave.

Estêvão, em noite pouco feliz, ainda perdeu nos acréscimos a mais importante oportunidade de vencer. Ele sofreu pênalti e, na cobrança, errou. Chutou rasteiro no canto direito, onde estava Hugo Souza, competente debaixo das traves.

O empate é bom negócio para o Corinthians, dono da melhor campanha do Paulistão. São 19 pontos, fruto de seis vitórias e um empate na competição. É líder do Grupo A, com quatro pontos a mais que o Mirassol. O cenário é confortável e a classificação ao mata-mata, iminente.

Para o Palmeiras, o resultado é frustrante, considerando o volume de jogo, e ruim porque o time alviverde se mantém distante do líder de seu grupo, o São Bernardo, que tem 16 pontos. A equipe alviverde, como a Ponte Preta, tem 12. Os dois brigam pela vice-liderança.

Palmeirenses comemoram gol de Maurício no início do clássico Foto: Alex Silva/Estadão

PALMEIRAS 1 X 1 CORINTHIANS

  • PALMEIRAS - Weverton; Gustavo Gómez, Murilo e Naves (Thalys); Mayke (Marcos Rocha), Richard Ríos, Raphael Veiga (Figueiredo), Maurício (Luighi) e Piquerez (Benedetti); Estêvão e Facundo Torres. Técnico: Abel Ferreira.
  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Cacá e Hugo (Matheus Bidu); Raniele, Alex Santana (João Pedro), Carillo (Ryan) e Igor Coronado (Talles Magno); Memphis Depay e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • GOLS: Maurício, aos 8, e Yuri Alberto, aos 42 minutos do primeiro tempo.
  • ÁRBITRO: Raphael Claus.
  • CARTÃO AMARELO: Alex Santana.
  • CARTÃO VERMELHO: Yuri Alberto.
  • PÚBLICO: 32.029 torcedores.
  • RENDA: R$ 2.711.706,50.
  • LOCAL: Allianz Parque.
Análise por Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

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